Emanuelle
Não estava entendendo essa mudança de atitudes do Rafael; de repente decidiu que seria gentil? Contudo, ele conseguiu me deixar menos tensa, e sinceramente, estava adorando caminhar de mãos dadas e uma sensação de familiaridade me envolveu. É duro admitir a mim mesma, mas quando ele segurou a minha mão, senti segurança, como se haja o que houver, ele vai estar sempre comigo, independente das circunstâncias que nos obrigou a este casamento.
Só espero que ele não esteja brincando com os meus sentimentos, que no momento estão confusos me deixando numa posição vulnerável. Tentei me despir da capa protetora que uso, para não dar brechas aos homens sanguessugas. Talvez por esta noite, nós podemos fingir que somos um casal normal e apaixonado. Então eu me permiti ficar de mãos dadas com ele, como se fôssemos um casal perfeito. O vinho destravou minha língua, acabei falando pelos cotovelos, mas a verdade é que eu tenho ótimas lembranças desta capital.
Num beco, Rafael parou e me encostou na parede, uma das mãos apoiou acima da minha cabeça no muro, a outra foi até o meu pescoço e com o polegar ele acariciou meus lábios.
— Está linda esta noite, Emanuelle. — Ele sussurrou ardentemente.
Meus olhos se prenderam aos dele, minha respiração ora falhava, ora acelerava, a voz carregada de desejo e sedução me atraiu, a maneira que ele me prendeu entre o muro e seu corpo me deixou sem escapatória, mas sinceramente, eu não queria sair dali. Ele encostou nossas testas e notei que sua respiração estava tão pesada quanto a minha. Fechei os olhos e me entreguei, eu queria os beijos dele, já estava se tornando um desejo que não podia controlar. Seria o efeito do encanto de Roma? Meus pais sabem como me desestabilizar...
Meus pensamentos foram interrompidos com a boca de Rafael, que num beijo gentil me consumiu, me sujeitei ao poder que ele exercia sobre mim, correspondia o beijo com veemência e ardor. Sua mão desceu até a minha cintura e apertou suavemente, neste ponto nos beijamos loucamente, deixando nossas línguas dançarem entre si. Ele me puxou para si e grudou seu corpo ao meu, me causando calafrios de ansiedade. Estava amando essas sensações, o lugar nada comum, a intensidade e a maneira que ele me beijava. Me senti num filme romântico, meu corpo estava energizado, arrepios e calafrios prazerosos percorriam, não sei como, mas Rafael conseguiu me deixar completamente rendida por ele. Quando se afastou, estávamos tão ofegantes como quem havia corrido por alguns minutos.
Ele olhou meus lábios com luxúria, desceu o dedo pelo meu perfil e parou na boca, acariciando lentamente e afastando o lábio inferior. Voltou a se aproximar, sugou o lábio sedutoramente, se aproximou do meu ouvido e mordiscou minha orelha, me desestabilizando totalmente.
— Na sua boca tem os melhores beijos que já provei. Seus lábios são deliciosos! — Ele sussurrou.
Não tinha mais estrutura para resistir; mas será que tenho força ou coragem suficiente para pedir que ele não pare só no beijo? Com um sorriso ele voltou a segurar minha mão e me puxou para continuar a andar.
— Os seguranças estão preocupados, estamos num beco. — Rafael constatou.
Quem estava pensando em beco ou seguranças? Quando todo meu corpo estava prestes a entrar num colapso? Desta vez Rafael teve que me conduzir, parecia que estava abduzida por ele, sem condições de dirigir nossos passos. Voltamos para o carro, fiquei pensando sobre o beijo, sobre as sensações que percorreram meu corpo, e durante todo percurso me perguntei se essa noite seria diferente. Rafael parecia estar normal e mais gentil, abriu as portas e foi educado. Quando entrei no quarto estava tão tensa quanto na noite anterior, eu não sei o que me deixa assim, como se estivesse prestes a infartar. Tomei banho, coloquei uma camisola da coleção que tinha na mala, e saí do banheiro quase tremendo. Rafael me observava, mas eu mal consegui olhá-lo. Ouvi os passos dele se aproximando, minha respiração acelerou e não consegui evitar transparecer meu nervosismo.
— Do que tem medo, meu anjo? Eu não vou te machucar... Pode ir dormir. — Ele falou alisando meus braços.
— Sério? Não vai ficar bravo? — perguntei o encarando.
Ele sorriu e assentiu.
— Vou te respeitar, Emanuelle Moretti. Não vou te tocar sem que me permita e peça. Tenha uma boa noite!
Ouvir meu nome saindo da sua boca, é tão atraente. Eu amo escutar, mas ele estava certo, ainda não estava preparada para fazer sexö com ele. Rafael foi ao banheiro e eu respirei aliviada. Deitei na cama, lembrando dos beijos dele, imaginando quando finalmente teríamos essa intimidade sexual. Dormi rapidamente, nem vi a hora que Rafael saiu do banheiro.
Acordei e por alguns segundos fiquei perdida, onde estava? Sentei na cama e a visão do Rafael retirando a camisa me deixou vidrada. Ele estava de costas, notei uma tatuagem interessante, uma espada no centro e a balança da justiça pendurada nela. Seria seu signo? Eu nem sabia quando ele nasceu. Levantei e ele me olhou de alto a baixo.

— Bom dia! Acabei de vir da academia. Vou tomar um banho.
Assenti e observei ele dar as costas e entrar no banheiro. Não era o único banheiro, fui até o outro e fiz minha higiene matinal, ajeitei o cabelo e vesti um robe. Quando saí, ele estava no closet enrolado numa toalha procurando uma roupa. Ele é lindo de perder o fôlego!
Ele se virou e me olhou com malícia.
— Gostei da tatuagem. — disfarcei.
Ele apenas sorriu, sem se importar, mas algo me dizia que a tatuagem não era um simples enfeite no corpo escultural, tinha um profundo significado, já que era a única no corpo (pelo menos eu acho). Porém, acredito que não saberia o significado tão cedo.
— O que vamos fazer hoje? — Ele perguntou retirando a toalha e revelando que estava sem nada por baixo.
Que bumbum perfeito!
— Acho que vai gostar de conhecer os pontos turísticos, especialmente o Coliseu de Roma. — falei sem tirar os olhos do traseiro dele.
Ele vestiu uma cueca box, uma calça jeans, pegou uma camisa quente e o casaco.
— Excelente ideia! Vai ser minha guia? — Ele sorriu colocando a camisa.
— Posso ser, se quiser... — sorri.
— Primeiro o café da manhã. Quer que eu peça para trazerem aqui?
— Não, tem mais opções no restaurante. Vou me trocar.
— Já estou saindo, só um minuto. — Ele falou se olhando no espelho e penteando o cabelo.
— Não se preocupe.
Fui andando até minhas roupas enquanto retirava o robe, escolhi uma saia curta e rodada, blusa de lã, casaco de couro e botas. Retirei a camisola, estava só com uma calcinha minúscula, então me mantive de costas, mas sentia o olhar de Rafael queimar minhas costas. Rapidamente coloquei o sutiã, quando me virei, os seus olhos estavam como chama de fogo. Somente aqueles olhos castanhos esverdeados foram suficientes para me desestruturar. Desviei o olhar e continuei a trocar de roupa. Até quando ia me manter neste jogo?
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Atualizado até capítulo 79
Comments
Wilma Lima dos Santos
Sedutor 🔥
2025-01-01
0
imaculada lima
esse sabe seduzir....
2024-05-07
3
Jacque gil
dois besta,estão caidinho um pelo outro e nesse jogo de gato e rato🙈
2024-05-06
1