Capítulo 18. Almoço

Marconi sorriu, divertido e convidou todos a seguirem para o restaurante mais famoso da cidade.

— Não será difícil conseguir lugares para todos, senhor? — perguntou um dos seis sócios.

— Não, tenho uma reserva permanente, lá. — falou ele se aproximando de Klari, e lhe oferecendo o braço para ela.

O sorriso dele era sincero, ao contrário do dela e se aproveitou de sua imobilidade, para prosseguir acompanhando-a. Ela não teve como ser rude com ele, na frente dos socios e eles pareciam ter gostado de ver os dois, juntos.

— Vocês, realmente, formam um belo casal.

— Sim, pretendem se casar em breve?

Quando ela ia negar, ele respondeu:

— Dependerá somente dela, o meu amor é grande e a pedi em casamento hoje, só resta ela concordar. 

— Nossa, isso que é amor! Vai concordar, senhorita? Nos convide, por favor. — disse o mais velho.

— Vamos almoçar, estou com muita fome.

Todos riram e concordaram, mas o Dr. Norbeth escusou-se e se despedindo, foi embora. 

Chegaram ao restaurante e foram recebidos com deferência. O próprio gerente veio atendê-los e cumprimentou Marconi com deferência.

— Seja bem vindo, senhor. Já estamos com tudo pronto, como o senhor pediu. Posso mandar servir?

— Sim, minha amada está faminta, não é meu amor?

Ela fuzilou ele com os olhos, sem entender o porquê daquela encenação. Mas ficou calada, perguntaria quando ficassem a sós.

Ela não percebeu o quê Marconi notou assim que saíram da empresa, estavam sendo seguidos por paparazzis. Ali mesmo no restaurante, algumas pessoas os fotografavam e filmavam e ele achou melhor passar uma imagem de casal, para não atiçar os seus outros parceiros de negócios, por vê-lo com os sócios da empresa concorrente.

— Então está bem, — chamou os garçons e rapidamente foi servido vários pratos diferentes. Outros dois garçons anotaram os pedidos de bebidas.

— Senhor — chamou o garçom —, pode por favor, impedir que sejamos assediados por outras pessoas. Estamos em uma comemoração de negócios e não queremos ser interrompidos. Obrigada.

O gerente olhou para seu patrão, sentado ao lado dela, com uma pergunta muda.

—  Faça isso, Gaston, não queremos ser incomodados. — autorizou Marconi.

O gerente saiu e deu ordem aos seus seguranças, logo fizeram um bloqueio estratégico e Klarice ficou mais à vontade e se afastou de Marconi.

— Esse restaurante é seu  senhor Gregorius? — perguntou um dos sócios.

— Sim, apenas um deles. Quis diversificar, experimentar pratos de diversos países diferentes. Assim saberei qual é o que mais agrada, para servir nos restaurantes dos meus hotéis.

Klarice olhou para ele, pensando:  Quem compra restaurantes, só para experimentar as comidas?

— Você não poderia só saborear a comida ou convidar pessoas, precisava comprar os restaurantes?

— Se eu posso comprar, por que não? 

— O senhor tem razão, é um próspero investimento. — disse um dos sócios.

Klarice não podia falar muito, então tratou de comer. Seu celular estava dentro da bolsa e vibrou. Como a bolsa estava pendurada na cadeira, muito próximo ao seu corpo, ela sentiu a vibração e percebeu que o celular de todos tocou ao mesmo tempo.

Todos atenderam, menos ela e Marconi,  pois achou que seria um desrespeito. Mas todos olharam para a tela, animados e comentaram uns com os outros:

— Vejam, estamos famosos!

— Sim, só por estarmos com esse casal tão lindo!

— Senhorita Jonathan, dê uma olhada nas postagens, estamos fazendo sucesso.

Ele estendeu o celular para ela ver as postagens e Marconi pegou seu celular para ver o que foi desta vez.

Era uma foto deles todos, saindo da empresa e ela segurando o braço dele. A legenda, como sempre, falava sobre o casal do momento, enfatizando como eram perfeitos juntos. Ele sorriu e não resistiu, curtiu e enviou vários corações.

— Óh! Você curtiu e enviou corações, o que está pretendendo com isso?

— Emiti minha satisfação, gostei da foto, você está tão linda e poderosa!

— É verdade, senhorita, a senhora parece estar apaixonada.

— Eu?

— Sim, como diz o enunciado da foto, vocês formam um belo casal. Posso te conduzir ao altar, já que seu pai não está aqui.

Klarice encostou-se na cadeira, olhando para baixo, desanimada.

— Todos já comeram? Têm alguma dúvida sobre as novas medidas tomadas para a empresa?

— Não, senhorita, vamos ver como vai funcionar. Agora que sabemos que o senhor Gregorius está ao seu lado, ficamos mais tranquilos.

— Ótimo, estou cansada e se não se incomodarem, vou me retirar, com licença.

— Vou levá-la, estou com meu motorista.

A fala de Marconi soou como algo que não podia recusar e o olhar dele, fez com que ela não reclamasse. Se levantaram todos e saíram, cada um indo para o seu respectivo carro e eles entraram no carro de Marconi, com duas testemunhas: Romão e o motorista. 

O que não impediu ela de brigar com ele.

— Por quê você está agindo assim, deixando todos pensarem que estamos juntos?

— Porque estamos, todos já sabem, por quê negar?

— Não me responda com outra pergunta! Você está sendo muito infantil.

— Você disse que preza muito sua imagem moral e nós já dormimos juntos, eu já te pedi em casamento e só falta você me responder.

Ela ficou tão irritada, que tremelicou no banco, rangendo os dentes. Marconi sorriu largo, com os dentes à mostra e pensando na oportunidade que chegou na hora certa, dada pela mídia e já tinha outra ideia se formando em sua mente.

chegaram à porta da casa dela e ele desceu para levá-la até a porta. Ela se virou para olhar para ele e o dispensou:

— Não precisa me acompanhar, posso ir sozinha.

— É arriscado e que namorado seria eu, se não te acompanhasse até a porta?

— Ai, você ainda está com essa ideia na cabeça?

— O melhor para acalmá-los, é não desmentir. Assim eles não terão mais que correr atrás de matérias, estará tudo à mostra.

— Você é um aproveitador, isso sim. — ela abriu a porta de sua casa e ele a segurou pela cintura, puxando-a para si e depois que as costas dela encostostaram em seu peito, ele a virou e olhando para sua boca, perguntou:

— Que tal um beijo, para comemorar?

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