A campainha continuou tocando e nenhuma das duas tinha coragem de atender. Então os celulares das duas tocou ao mesmo tempo. Klarice viu na tela, que era Clive e só então, lembrou que esqueceu de bloqueá-lo.
— Alô, o que você quer?
— Estou aqui na na sua porta, deixe eu me explicar.
Norma também atendeu o telefone e uma das atendentes lhe disse que havia um homem loiro intimidando elas, para que Klarice o atendesse. Norma respondeu, pedindo-a para fazer um vídeo e enviar para ela. Desligou e ligou para a polícia, explicando que um assediador as estava importando.
A polícia não gostava de receber ligações com denúncias sem procedência e Norma explicou que tinha provas e eles deram atenção e disseram que enviariam uma patrulha no mesmo instante.
Klari desligou o celular sem saber o que fazer e Norma contou-lhe:
— Já chamei a polícia, você terá que enviar para eles o vídeo.
— Não era isso que eu queria, mas será isso que terei que fazer. Que situação.
Neste instante, Clive começou a ameaçar as atendentes da loja, que com medo, mostraram a ele a escada e o alçapão aberto, mas também enviaram mensagem avisando que ele estava subindo e klarice correu para trancar o Alçapão. Mas foi tarde, ela tentou, mas ele era mais forte e empurrando com força, entrou na sala.
Norma tomou uma atitude drástica ao ver o homem com um canivete na mão, ameaçando sua amiga: enviou um pedido de socorro para Marconi, que assim que desligou, ordenou:
— Romão, klari está em perigo, preciso ir lá. Vá a delegacia responsável pela área e denuncie com o vídeo. Vou de moto, é mais rápido.
Em dez minutos ele chegou lá, causando espanto pelas ruas, com ultrapassagens perigosas e utilizando a velocidade máxima de sua Kawasaki Z1000, 240 KM/h. Abriu a porta com sua cópia da chave e subiu correndo, vendo Norma apavorada, olhando para Clive, que ameaçava klarice com um canivete.
Não viram ele, que aproveitou e andou silenciosamente, por trás deles. Klarice o avistou, mas estava tão assustada, que manteve o foco na arma. Marconi não deu uma de herói, pegou a primeira coisa que viu e tacou na cabeça de Clive e acabou sendo um dos vasos com as rosas que ele deu.
Clive caiu com a pancada, mas não ficou desacordado e logo se levantou. Norma, ligeira, chutou o canivete para longe. Clive, ao se virar para ver quem o tinha atacado, levou um murro e logo em seguida a polícia chegou e o deteve. Marconi correu para abraçar Klarice, que se deixou ficar por um instante, mas logo o empurrou.
— O que você veio fazer aqui? — perguntou ela.
— Fui eu quem chamei. Percebi que a polícia podia demorar e só consegui pensar nele. — respondeu Norma, por ele.
— Mas como você entrou, não foi pelo alçapão, eu teria visto.
— Se acalme, por favor, Klari, eu só queria te ajudar e protejer. — pediu ele, com receio da reação dele, ao lhe contar a verdade.
— Como assim?
— Você dormiu no carro aberto e eu a yrouxe para dentroas ao sair, pedi a Romão que trancasse a porta e levasse a chave para fazer uma cópia, assim, pideria trancar a porta por fora, quando saísse.
— Ah, seu…aproveitador.
Com raiva, ela esqueceu que a policia ainda estava descendo as escadas e começou a xingar e lançar nele, o que encontrava por perto e a policia voltou, antes que Norma conseguisse impedi-la.
— Precisa prender mais alguém? Ouvi a palavra aproveitador.
Norma tomou a frente e disse:
— Não senhor policial, ela está só extravasando o estresse.
— Ah sim, compreendo perfeitamente. Por favor, compareçam à delegacia para prestar depoimento, boa noite.
Já havia escurecido e Norma bateu a mão na cabeça.
— Esqueci de fechar a loja, tchau pra vocês.
Desceu correndo e encontrou as meninas, doidas para saber o que aconteceu. Mas ela as dispensou, fechou o caixa. Subiu a escada e gritou:
— Já estou indo, boa noite.
Marconi a chamou,pedindo para ela esperar e irem à delegacia, juntos.
— Está bem, mas tem que ser rápido, eu tenho marido.
Essa foi uma forma de Marconi encerrar o assunto que prometia virar uma discussão, com Clara ponto ela teve que aceitar e os três foram para a delegacia, Marconi com a moto e as duas mulheres no carro de Klarice.
Se encontraram na porta da delegacia e Klari foi logo pedindo:
— Me dê a cópia da chave!
— Talvez seja melhor ela ficar comigo, afinal, você vive precisando de ajuda e eu tendo uma cópia da chave, posso socorrê-la sempre que necessário.
— Ah, seu aproveitador!
Ela levantou o braço para dar um tapa na cara dele, mas alguém segurou sua mão e ela não viu quem foi, chutou a canela de Marconi.
— Sugiro que a senhorita pare, ou a prenderei por agressão. — Quem a segurava era um dos guardas da delegacia. Ela aquietou-se e ele soltou o seu braço, ela massageou seu pulso encolhendo os ombros, constrangida.
— Desculpa seu guarda, é só um desacordo de opiniões. Não acontecerá de novo.
— Peça desculpas a ele, que foi o agredido. — olhou para Marconi e perguntou — O senhor quer dar queixa?
— Não será necessário, ela é brava, mas eu gosto assim.
O guarda sorriu em cumplicidade e isso enojou Klarice, que só ficou quieta, porque Norma a conteve.
— Vamos entrar e terminar logo com isso, meu marido está me esperando.
— Está bem, vamos.
Os três entraram e demoraram mais de uma hora, entre darem seus depoimentos e acrescentarem osvídeoss como prova. Terminaram e Marconi ofereceu a Norma, seu carro com motorista, que ela aceitou com muita gratidão.
Klarice entrou em seu carro e dirigiu, abrorrecida por ver a moto seguindo-a de perto. Estacionou, desceu, trancou o carro e virou-se para ele, reclamando:
— Virou o meu stalker, agora?
— Não, você saiu tão rápido, que não pude devolver a chave reserva.
Ele desceu da moto, tirou a chave do bolso do paletó e estendeu a ela. Quando ela pegou a chave, ele aproveitou e a beijou, apaixonadamente.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Maria Helena Macedo e Silva
quando ele souber que o pai fazia pior com a filha, a vingança cai por terra...
2024-09-19
2
Celia Chagas
Ela está se fazendo de difícil agora 🙂🙂
2024-04-30
6
Joana Sena
uuuiiii que isso gente
2024-04-17
1