Todo Seu
Todos os olhares presentes no salão imperial do Grand Hotel, convergiram para o topo da escada, por onde descia klari Jons. Jovem, estatura mediana, curvilínea, coberta com um vestido de renda nude, que lhe moldava o corpo suavemente. Nos pés delicados, uma sandália com somente duas tiras finas douradas, que partiam de entre os dedos e lhe rodeavam o tornozelo como uma cobra.
Tinha feições delicadas, nariz pequeno e arrebitado, olhos graúdos, verdes cintilantes e cachos ruivos e sedosos lhe emolduram a cabeça. Mas a boca, era a mais chamativa, com um batom vermelho, não era grande demais e nem fina, era perfeita aos olhos do homem imponente que a esperava na base da escada.
Com 25 anos, klari estava segura, até seu pai lhe deixar uma grande dívida nas mãos, já que a fez sua herdeira. Construiu uma carreira sólida como artista, pintora de aquarelas e possuía uma floricultura. Seus quadros eram famosos e muito caros, mas tudo que ganhou com eles, ainda não deu para cobrir as dívidas deixadas por seu pai.
— Você está maravilhosa! — elogiou o homem, estendendo-lhe a mão.
— Obrigada, Sr. Gregorius. É um prazer servi-lo.
Ele sorriu, imaginando como gostaria de ser servido naquela noite.
— Com toda certeza, o prazer é todo meu, bela dama. Essa noite é a mais importante dos últimos três dias, espero fechar várias parcerias.
— Que bom que está satisfeito, vamos trabalhar. — disse ela em tom baixo e suave, delicada como toda ela.
Seguiram pelo salão e a maioria dos empresários mais maduros, conheciam-na, pois eram amigos de seu pai. Sinalizou a todos para não falarem nele e conversou sobre a excelência dos negócios de seu acompanhante e naquela noite, ele fechou, realmente, várias parcerias.
Ele estava feliz e para fechar a noite com chave de ouro, queria ter aquela linda mulher nos seus braços, entre os lençóis de seda de sua cama. Infelizmente, ela não lhe deu abertura em nenhum momento, dos três dias, que trabalharam juntos e por isso, ele resolveu fazê-la beber mais champanhe do que geralmente bebericava.
Assim que ele fechou seus negócios da noite e percebeu que ela estava ficando acalorada, encaminhou-a para a saída e entraram em seu carro esportivo.
— Me deixe no hotel, por favor, não me sinto muito bem.
— Não é melhor irmos para o hospital?
— Não será necessário, uma boa noite de sono, resolverá esse pilequinho. Me descuidei. — concluiu, sem saber que foi ele quem tratou de manter sua taça sempre cheia.
— Acho que não deveria ficar sozinha. Recoste a cabeça um pouco, já vamos chegar.
Ela não percebeu que não estavam em seu hotel, até chegarem à garagem subterrânea do prédio onde ele morava. Olhou para tudo à sua volta, assim que saiu do carro, mas não viu nenhuma saída, só o elevador à sua frente.
Ele a conduziu facilmente, pois ela estava se sentindo zonza e não opôs resistência. Entraram no apartamento luxuoso e ele a pegou no colo e levou-a para o quarto, onde a deitou na cama e tirou suas roupas, deitando-se ao seu lado e iniciou seu ritual de excitação.
Klari tentou o afastar, mas não tinha forças.
— O que você está fazendo? Me leva para o meu hotel.
— Fica comigo esta noite, quero tanto amar você, garanto que vai gostar, apenas se entregue e desfrute.
Ele beijou-a, contendo suas palavras. A bebida a deixou mais receptiva e sem resistência. Logo ela estava gemendo e seu corpo correspondeu. Seus beijos eram tão apaixonados e a deixavam tão excitada, que só queria ter mais.
Quando ela chegou ao orgasmo, perguntou-se por que não fez aquilo antes, mas sia mente estava tão embotada, que dormiu. Ele a aconchegou nos braços e também dormiu.
Mas o efeito da bebida passou e Klari acordou desnorteada. Viu o homem dormindo ao seu lado e teve ‘flashes’ de lembranças do que ocorreu. Ficou muito triste pela maneira como tudo aconteceu, mas não podia perder tempo, pensando sobre o assunto ou lastimando-se, afinal, tinha que admitir, o cara era gostoso.
Levantou-se, vestiu-se rapidamente, procurou a saída e chamou um carro de aplicativo.
Foi para o hotel onde se hospedou e correu para o quarto, entrou no banheiro e logo estava sob a água abundante do chuveiro, lavando-se da noite indevida.
Passou a esponja com seu sabonete anti bactericida, várias vezes pelo corpo, não querendo que ficasse vestígio algum daquela noite.
— Me preveni a vida toda, para cair na mão de um estúpido machão.
Quando terminou, já amanhecia e aproveitou para arrumar suas coisas e ir embora. Antes de fazer o check out, ligou para sua agente, contou o que aconteceu e deixou por conta dela, se entender com o seu cliente vip.
Fechou a conta e pediu que trouxessem seu carro. Assim que saiu, passou em uma farmácia e comprou uma pílula do dia seguinte e um analgésico, pois estava dolorida e com ressaca. Não sabia se o homem tinha usado preventivo e não queria arriscar uma gravidez fora de hora.
Seguiu para um bairro de classe média e estacionou do outro lado da calçada de seu imóvel: um duplex, onde funcionava sua floricultura, na loja do primeiro piso. Era seu segundo sonho e quase a perdeu por causa de seu pai.
*
Em seu quarto, preto e cinza, antes de abrir os olhos, Marconi procurou o corpo de sua amante e não o encontrou. Em um instante, estava sentado sobre a cama e não acreditou que ela tivesse ido embora. Puxou os lençóis e viu a mancha de sangue onde ela estava e se deu conta que cometeu um grave erro.
— Será? Não pensei que ainda existissem virgens nos tempos de hoje, ou será que fui muito violento. Preciso encontrá-la.
Levantou-se e tomou um banho, vestindo uma roupa elegante, porém informal e ligou para a agenciadora de sua acompanhante. Ainda era cedo e ninguém atendeu, ele achou melhor esperar e desceu para falar com o recepcionista.
— A minha acompanhante deixou algum recado para mim?
— Não, senhor, na verdade, ela nem falou conosco. Passou direto e entrou em um carro de aplicativo.
A decepção se estampou em seu rosto, mas não tinha tempo para pensar, precisava persegui-la.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Maria De Fatima Pinto
aproveitador de mulheres indefesas
2024-11-15
1
Fátima Macedo Barbosa
isso é "sacanagem"
2024-10-13
1
Maria Helena Macedo e Silva
e vamos a mais emoções😉📖👀
seja na ficção ou na vida real os homens mesmo tentando ou dizendo não ser, continuará tratando algumas ou as mulheres que se encontrar e conviver com eles com atitudes machistas e confundindo submissão com passividade assim as oprimindos invés de respeitar.
mas como dar o que não se tem⁉🤔⏳
2024-09-19
1