MATTEO
- Você não deveria pensar as mesmas coisas que eu, Gigi, você é a pura aqui, e eu sou o pervertido. - Nunca fiquei de pau duro tão rápido como agora.
- Mas só pensei em como você cheira bem, não falei para tirar a minha virgindade. - Puta que pariu! Não sei se estou mais louco de tesão pela voz sussurradamente sexy dela no meu ouvido ou pelo fato dela estar dizendo um projeto de sacanagem. ESPERA!!!
- Giorgia, você é virgem? - Estou surpreso que ainda estou com o pau duro, porque essa informação me brocharia imediatamente em várias outras circunstâncias.
- Claro, eu tenho dezessete anos ainda. - Como se isso fosse um motivo plausível hoje em dia. Preciso me controlar.
- Vamos sair daqui antes que eu faça uma burrada? - sussurro de volta, colado em seu ouvido. Eu sei que já estamos sozinhos e que o plano deu certo, mas não consigo me desgrudar dela, muito pelo contrário, quero apertá-la ainda mais contra o meu corpo.
- Que burrada? - Ela ergue a cabeça e me encara com uma sobrancelha arqueada mas não consigo olhar de volta em seus olhos, estou hipnotizado por sua boca entreaberta. Sei que ela está puxando o ar por ela, mas não consigo parar de pensar em como está tão convidativa para um beijo.
- Perder sua amizade. - Ela passa a língua pelos lábios e sinto que meu sangue está fluindo demais para um único órgão do meu corpo.
- E por que perderia? - A inocência dela é minha fonte de redenção, finalmente pensando direito, solto um pouco seu corpo e apoiando meu queixo em sua cabeça, a abraço fraternalmente enquanto afago seus cabelos.
- Eu não sei, só não posso perdê-la. - Sussurro mais para mim mesmo do que para ela ouvir. - Vamos sair daqui? - ela concorda com a cabeça encostada em meu peito - Que tal comermos alguma coisa?
- Já podemos falar normal? - Ela sussurra sem se afastar de mim.
- Podemos. - Falo normal em meio a risos.
- Ufa. - Ela sorri se desencostando. - Eu queria comer alguma coisa bem, gordurosamente, gostosa nesse momento. O que me diz?
- Huuum, e você quer ir em algum lugar específico ou qualquer coisa gordurosamente gostosa serve?
- Desde que seja gordurosamente gostosa, serve. - Ela sorri e seus dentes branquinhos e seus caninos pontudos aparecem me fazendo desgrudar do corpo dela imediatamente antes de me fazer endurecer outra vez.
- Quer ficar mais um pouco por aqui ou prefere descer lá em casa? - Coloco o braço dela envolvido no meu e começamos a caminhar em direção ao elevador.
- Não é querendo te chatear mas prefiro ir pra sua casa.
- Por quê me chatearia?
- Pensando que não gostei da sua boate por querer ir embora dela.
- Não me chateou, não é que eu queira ficar a sós com você ou não queira aparecer com você por aí, não me entenda mal, mas eu prefiro ficar jogado no sofá comendo uma coisa gordurosamente gordurosa, do que ter que topar com a Caroline e com a cara de bunda dela querendo explicações e te insultando.
- Não levei a mal, não. Eu também não estou afim de ter que dar um jab cross nela ou então um hadaka-jime nela, primeiro que acabei de fazer as unhas e gostei e em segundo que estou de vestido e salto alto. - Ela falou os nomes dos golpes e imitou eles no ar me fazendo rir.
- MMA e artes marciais? - Fiz uma careta de impressionado e ela sorriu.
- Uma garota precisa saber se defender, não é sempre que aparece um cara bonito pra te salvar de um assalto.
- Um cara bonito? - Arqueei as sobrancelhas.
- Porque não vamos de escada?
- Desconversando? - Ela sorriu tímida – Já andei demais de escada por hoje - E também estou com o pau semi-ereto preso na cueca e já não foi bom caminhar até aqui, imagina descer todos aqueles degraus. - Esse elevador é privativo, só eu uso. - Tiro a chave do bolso e mostro para ela.
- Ei, não pegamos nossos celulares, podemos passar, pegar eles e meu drink também.
- Podemos pegar os celulares e pedir outro drink, provavelmente já retiraram tudo da mesa.
Ela concorda, chamo o elevador e aciono o rádio, pedindo para prepararem a bebida de Giorgia e levarem junto com nossos celulares para meu apartamento. O elevador chega e assim que entramos, guardo o rádio e abraço ela de lado, apenas para ficar perto dela sem me encostar muito, meu amigo adormeceu novamente e não quero despertá-lo sem necessidade. Colo meu nariz na cabeça dela, inspirando o perfume de seus cabelos.
- Sério mesmo, seu cabelo é muito cheiroso, Gigi.
- Tem que estar mesmo, Theo, passei horas no salão hoje.
- Theo? Minha mãe me chama assim, sabia? - Sorrio com o apelido.
- Ótimo, agora será Theo sempre. Meus avós me chamam de Gigi.
- E sua amiga líder de torcida.
- Verdade, Allegra me chama assim também.
O elevador pára e dou passagem para ela sair primeiro, ela sorri e sai e eu vou logo em seguida.
- O que quer fazer enquanto escolhemos a comida e esperamos chegar?
- Que tal um filme? Eu ia maratonar uns animes hoje, sabe? Mas podemos assistir um filme legal, sem romance e sem terror. Tipo algum do Adam Sandler.
- Vários dele é tipo uma comédia romântica. Afinado no amor, Como se fosse a primeira vez, Juntos e misturados
- Little Nicky - Falamos juntos e rimos.
- Gente grande é legal, que tal? - Ela sugere e eu concordo rindo pra ela. Fico impressionado com a quantidade de sorrisos que ela consegue tirar de mim. - Mas posso tirar essa roupa primeiro? Díos mio, deixei minha bolsa lá no seu carro, fiquei toda boba com o 67 e esqueci completamente de pegar.
- Tudo bem, pega uma camisa minha, zero vontade de ir até lá agora, sobe comigo, eu troco de roupa no quarto e você no banheiro ou vice e versa. Tenho lenços para você tirar a maquiagem e alguns cremes, se não quiser ir lá também.
- Pode ser, eu troco no banheiro, aproveito e já uso o espelho.
- O que vamos comer? Aí já pedimos antes de nos trocar, pensei em pizza e refrigerante, ou um lanche e batatas.
- Pizza e refrigerante e um gelato.
- Gelato tenho aqui de creme, pistache e limão.
- Huuum, então já podemos pedir.
Ligo para a cozinha da boate mesmo, faço o pedido de três sabores de pizza e refrigerantes. Depois subimos para o quarto, pego meu maior blusão preto de anime para Giorgia e mostro os itens que acredito que ela precisará. Tiro a camisa e troco a calça por um shorts de basquete. Dou um grito para Giorgia oferecendo toalhas caso ela queira tomar banho mas ela dispensa. Desço quinze minutos depois de me trocar para receber a comida e nossos celulares e Gigi desce logo depois de eu montar a mesinha do centro da sala com as pizzas e os refrigerantes. Minha blusa chega um pouco mais da metade das coxas dela, deveria ter escolhido uma menor e branca, acho que ela está sem sutiã. Se bem que assim está melhor, pelo menos sei que vou ficar contido dentro da cueca. Eu acho.
- Eu pedi refrigerante de limão, as vezes que tomamos na nonna Ivone você pegou desse sabor, fiz mal? - Eu tive que dar uma desculpa dessas depois de ficar encarando ela por tempo demais.
- Não, eu gosto mesmo desse sabor.
Entreguei o celular para ela, e indiquei o almofadão para que se sentasse próxima a mesinha de centro, ao meu lado no chão. Dei play no filme e comemos lado a lado enquanto assistíamos e ríamos feito dois bobos. No segundo filme guardamos as sobras das pizzas e comemos sorvete, ela escolheu pistache e eu creme. Passei sorvete no nariz dela e ela revidou mas errou, caiu no meu peito e estremeci com o frio repentino e ela deu boas gargalhadas. Subi no quarto para buscar um edredom e pôr uma blusa, logo depois de tomarmos os sorvetes.
Por volta das cinco e meia da manhã, ela adormeceu no sofá, encostada no meu ombro. Eu também havia adormecido, Jean que me acordou todo alegrinho, avisando que já iam começar a fechar. Peguei ela nos braços e a levei para meu quarto, quando a coloquei na cama, ela não me soltou, então me deitei abraçado com ela. A primeira noite desde o acidente de meu irmão que durmo sem estar caindo de bêbado, com uma mulher e sem ter transado. A primeira vez que de fato eu durmo com uma mulher, apenas isso
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Atualizado até capítulo 33
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