MATTEO
- Por quê está me perguntando isso? - Giorgia me encarou com incredulidade no rosto e eu apenas dei de ombros. - Eu tenho um encontro marcado com o Zenitsu hoje.
Por essa eu não esperava.
- Quem é esse? Qual o sobrenome dele? Como você tem um encontro com um cara que seu MELHOR amigo nem sabe quem é ?
- Agatsuma, Zenitsu Agatsuma.
- Espera, Kimetsu no Yaiba? - Ela sorriu - Você vai passar a noite assistindo anime?
- Qual o problema disso? Eu faço isso sempre.
- Ok, é um ótimo programa para um fim de semana chuvoso, não numa sexta-feira quando não se tem um convite.
- De qual convite você está falando? Está bêbado?
- Ainda é muito cedo para mim estar nesse estado. Já disse que é só nas madrugadas, até dormir. - Faço uma cara de desolação como se o que ela disse realmente tivesse mexido com meu emocional. Não que eu não tenha sentido uma pontada de tristeza, ou sei lá o quê, com esse sarcasmo dela. Dou uma mordida no meu arancini e logo falo baixinho - Só depois que a boate fecha.
- Ai, Matteo, foi só uma expressão, me desculpa, eu não quis mexer na sua ferida. Sério, me desculpa?
- Não, tudo bem. A verdade é cruel mesmo. - Continuo comendo meu bolinho quieto, olhando para a mesa e fazendo charme.
- Não diz isso, Matteo. Não fica com essa cara, vai? - Suspiro e dou um sorriso forçado - Não, Matteo, assim não. Me perdoa? - Sorrio, como um felino prestes a dar o bote.
- Perdoo Com uma condição.
- Qual?
- Vem comigo, hoje, para Altare. Te pego às nove. - Olho em seus olhos fixamente.
- O QUÊ? Você está maluco, Matteo? Não dá para mim ir à uma boate assim do nada.
- Por que não? Não são nem quatro da tarde ainda. Cinco horas não são suficientes para uma garota se arrumar? Não é um casamento, não. - Ela desvia o olhar.
- Não é isso. Eu nunca fui em uma boate. Preciso fazer uma pesquisa de campo antes.
- Uma pesquisa de campo? - Agora está nervosa, balançando um croissant de um lado para outro,
- Sim. Sabe, saber como devo me vestir, me preparar psicologicamente para possíveis interações sem sentido, conversas vazias, futilidades e, você sabe, não é?
- Ei, - seguro delicadamente o pulso da mão que está o croissant - eu estarei ao seu lado, você pode conversar comigo. Disse que te pegaria às nove, pois poderá conhecer as coisas antes, conversar com o pessoal, descobrir qual drink gosta e essas coisas. A boate abre às onze, mas geralmente depois da meia-noite que libero a entrada da galera. - Ela volta a me olhar nos olhos e faço um carinho e sua bochecha, que fica levemente corada. - Pode ser? - Ela segura na minha mão que está em seu rosto e se aproxima do meu com os olhos semicerrados, achei sexy e intimidador.
- Tudo bem, mas se você sumir para se atracar com alguma minx, saiba que eu acabarei com a sua raça, - Muito intimidador, eu diria.
- Ok, ok. - Ergo as mãos na defensiva - Então temos um acordo?
- Temos. - Dou um soquinho para o ar em sinal de vitória - Mas você não acha que fica muito cansativo e na contramão para você?
- Não entendi.
- É que você já mora lá, ir até a minha casa e depois voltar para lá, acho desnecessário.
- Você quer ir na casa de meus pais e pegar algumas dicas com minha irmã? Ela não tem idade e nem autorização para entrar na minha boate, mas sei que ela entra em outras por aí, com uma identidade falsa perfeita. Eu tenho certeza que ela amaria te montar como uma boneca. E eu posso me trocar lá também.
- Huum, eu não acho uma boa ideia, não. Elas podem começar um interrogatório sobre a gente, você mesmo disse da outra vez.
- Isso é verdade, você seria o alvo, não só dela, mas da minha mãe também. - Ela não tem noção do quanto é linda, de qualquer jeito. - Olha, você não precisa ficar se preocupando em como se vestir, coloque o que te deixar confortável para sair em algumas fotos e o que te fizer se sentir segura diante das pessoas. Vou esperar você se arrumar e depois me visto combinando com o que você estiver usando, pode ser?
- Pode ser, sim. Você é um máximo, Matteo. - Ela pula em mim num abraço forte - Já estou muito mais tranquila. - Retribuo abraçando-a forte também. Me sinto estranhamente aquecido por dentro. - Quer esperar lá em casa? Aproveito e te apresento para a nonna Filomena e o nonno Walter, sem falar que podemos comer alguma coisa antes de ir, não é? Começa muito tarde para não comermos nada antes. - Separo nosso abraço.
- Às vezes, você fala rápido demais. Quase não processei o que você disse nesse seu furacão de palavras. - Ela fecha os olhos quando sorri abertamente. Um sorriso lindo. - Podemos sim, comer alguma coisa antes de irmos, e sim posso esperar na sua casa. Mas agora, vamos comer essas delícias da nonna Ivone, não quero que ela pense que estou fazendo desfeita.
- Certo. Combinado. Mas vou mandar uma mensagem para casa, avisando sobre tudo. - Ela pega o celular do bolso e da minha posição, posso ver um pouco do seu papel de parede. O engraçado é que ela é realmente o meu oposto, enquanto o dela é praticamente todo branco, o meu é todo preto.
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Atualizado até capítulo 33
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