Há muito tempo, Orlando havia descoberto que ninguém era perfeito e sempre havia um traidor no meio daqueles que o serviam.
Jordan parecia ser mais um deles, provavelmente se apaixonou pela pobre e doce donzela e levou o bem mais precioso que tinha, por isso merecia pagar, mas antes, encontraria Emily.
Os pensamentos de Orlando eram contrários aos de Emily, ela estava disposta a matar para defender a si e a seu filho.
Enquanto Orlando estava envolvido com sua caçada ao seu amor, Ester estava criando planos mirabolantes para ele ficar longe de sua filha. Ela contactou uma amiga, muito bonita, sua pupila, que poderia ser uma modelo, mas preferiu a vida simples.
Propôs a ela sua estratégia, explicou o motivo e Sueli aceitou prontamente seu papel. Ela se tornou escritora e publicava alguns artigos para um jornal. Fazer aquele serviço, seria um bom material para ela poder criar seus livros. Matriculou-se então, em um curso rápido de secretariado.
Orlando se levantou na manhã seguinte e sem nem tomar café, saiu. Verificou o modelo do pneu da moto de Jordan, seguindo então, pelo caminho que o velho indicou e encontrou o abrigo, rapidamente. Desceu de sua moto, verificou o local e percebeu que havia marcas do pneu da moto de Jordan no chão, mas que não chegavam até a porta.
— Ele deve ocultar a moto em algum lugar, para não ser visto.
Seguiu, então, até a porta de entrada do banking e ele ficou que o cadeado estava trancado pelo lado de fora, porém, era novo.
— Foi trocado recentemente.
Procurou pelo chão, para ver se havia vestígios de algo quebrado e encontrou a ponta do antigo cadeado, enferrujado.
— Então, ele esteve aqui e trocou o cadeado.
Sem controle, ele bateu na porta e chamou:
— EMILYYYYY? VOCÊ ESTÁ AÍ? VIM TE SALVAR!
Emily via e ouvia, Orlando gritando pelo lado de fora e considerou-o um louco. Como ele ousava pedir que ela saísse, porque veio a salvar? Ela fugiu dele porque ele a sequestrou e manteve em cárcere privado, sofrendo abusos e torturas. Agora que estava livre, não voltaria para ele, jamais.
Ficou quieta sem fazer nenhum som e já havia desligado tudo desde que ouviu parar a moto. Deixou ligado só a câmera e o áudio da segurança. Ficou observando, até que ele se cansou e resolveu ir embora. Ela não confiou que ele desistiu, com certeza voltaria com alguma ferramenta para quebrar o cadeado.
Ela já havia olhado as passagens do lugar e descoberto uma saída especial que dava na praia e era camuflada como se fosse o ambiente natural.
— Chegou a hora de eu experimentar essa saída.
Depois de limpar e lubrificar a tranca oxidada, conseguiu abrir e empurrar a porta. Sentiu o cheiro fresco do ar e da maresia que vinha do mar, saiu e viu que estava na praia. Examinou o lado de fora e viu que a porta era toda coberta com um tapete falso, imitando areia e que se encaixava perfeitamente a natureza.
Ficava em uma elevação, distante da praia e era cercado de pinheiros. Ela caminhou, depois de verificar que não havia ninguém observado e molhou os pés nas marolas.
— Liberdade! É a melhor coisa da vida.
Ela sentia um prazer profundo em seu coração, de amor por si mesma. O tempo que passou debaixo do jugo de Orlando, serviu para que ela valorizasse sua vida e liberdade e sentia dentro de si, uma vontade de ficar mais forte, de saber mais, de aprender como poderia enfrentar e derrotar os homens malucos que gostavam de subjugar os mais fracos.
Ela dançou, correu pela beira da água e quando estava satisfeita de tanto respirar ar puro, voltou para o seu esconderijo secreto, feliz. Agora ela não se sentia totalmente à mercê de Jordan e nem daquele esconderijo. Se precisasse sair, teria uma passagem que ninguém conhecia.
— Esse lugar é tão bom, pena que terei que sair daqui logo.
Passou a mão em seu ventre, que já tinha um pequeno volume e pensou que dali para frente, Jordan não poderia mais vê-la, ou ele descobriria que ela está grávida.
Orlando voltou com um grande alicate e outro cadeado. Cortou-o, abriu a porta e entrou.
Achou estranho estar tudo escuro e não encontrou onde acender as luzes. Ligou a lanterna do celular.
Examinou o que tinha no salão e seguiu para um dos corredores, verificou os quartos e não encontrou Emily ou algum sinal dela. Talvez Jordan usasse aquele espaço, como um local de descanso especial. Ficou triste e ainda tentou chamá-la:
— Emily! Emily! Você está aí? Eu te amo, querida. — sentou em um banco e começou a desabafar — Eu gostei de você desde a primeira vez que te vi, mas o ódio que sinto por seus pais me cegou e fiz o que fiz com você. Não admiti te perder e nem deixar minha vingança de lado. Mas agora, estou sofrendo muito, descobri que te amo de verdade e quero você comigo para o resto da vida. Fiz uma coisa terrível, sem falar para você, nos casamos de papel passado. Fiz você assinar os papéis sem saber o que era, agora somos casados no papel, com comunhão total de bens. Estou desabafando, sei que você não está aqui, mas o meu coração está tão necessitado, volta para mim, Emily. Não consigo nem dormir sem você.
Depois de falar bastante, chorou muito e foi embora, trancando a porta com o novo cadeado.
Emily viu e ouviu tudo, escondida em um canto, no escuro, camuflada pelos tecidos que cobriam as máquinas ali presentes. Ficou muito aborrecida por ver o egocentrismo do homem e a falta de empatia para com ela e seus direitos.
Quando ela voltou da praia, com medo de que ele chegasse até ali, ocultou todos os sinais da sua presença. Desligou tudo e ficou só observando pela câmera de segurança. Quando viu ele chegar, desligou o monitor, correu e escondeu-se.
Agora, estava livre dele, mas Jordan também não poderia entrar, a não ser que trocasse o cadeado novamente.
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Atualizado até capítulo 70
Comments
Vilma Alice
QUE SE🖕TOTALMENTE.
2025-01-18
1
Maria Helena Macedo e Silva
oh, dó, só que não/Chuckle/
2024-09-18
1
Fatima Vieira
abusou dela cego pela vingança,e agora espera q ela o perdoe, só louco
2024-09-07
3