Orlando estava passando por um ataque em todas as áreas de sua empresa, vida social e financeira. Além disso, não conseguia dormir, pois acostumou-se a dormir abraçado ao corpo de Emily. Por isso teve um surto.
Estava cansado e desiludido. Nunca imaginou que sua menina fugiria dele. Foi arrogante demais, achou que ela estava gostando de viver com ele naquela casa confortável, esqueceu que a levou para lá, contra a vontade.
Apesar de criticar tanto seu inimigo, Carlos Navarro, chamando de mafioso, estava se comportando da mesma forma. Usando a mulher como se fosse uma mercadoria ou um brinquedo para sua satisfação.
Pegou o celular e deu ordens, sua voz soava tão forte e tão autoritária, que ninguém ousou questionar as ordens dele. Logo, ele partiu para o aeroporto e entrou em sua aeronave junto com uma equipe de rastreio e foi para casa. No trajeto, ele deu as coordenadas.
— Estamos procurando uma jovem, magra e frágil. Parece estar sozinha, então, não deve ter ido muito longe. Vamos procurar por uma área circular de 10 quilômetros ao redor da casa.
— E quanto aos funcionários da casa, vamos interrogá-los?
Orlando teve vontade de dar um soco na cara do homem ignorante. Como ele podia fazer uma pergunta dessas, é claro que interrogariam todos e usariam táticas de interrogatório inteligente, pois com certeza, alguém ajudou-a a fugir.
— Enquanto vocês procuram por terra, nós vamos pegar as informações dos funcionários. Temos que ser rápidos, para que ela não consiga ir muito longe. Também não quero que sua família a resgate no caminho.
Ele já havia pedido apoio tático e aéreo militar.
— Entendido, patrão. — disse o líder.
Assim que pousaram, Orlando desceu do helicóptero e marchou para casa, parecendo um mafioso. Sua expressão era tão séria e má, que ninguém queria se aproximar. Mollie o esperava na área externa da entrada dos fundo e antes que falasse, ele ordenou:
— O que aconteceu, onde você falhou, Mollie? — acusou ele, sem dó nem piedade pela mulher que o criou.
— Não sei como ela fez, mas todos dormiram após o jantar e só acordamos ao amanhecer.
— Onde está o talzinho que assediou ela?
— Ele estava desacordado em seu setor de vigilância, caído no chão e fui eu quem o acordei.
— Tem certeza que não foi ele? Ele podia estar fingindo. — Nada lhe tirava da cabeça que aquele segurança havia ajudado Emily.
— Não senhor, ele contou que desconfiava que ela faria isso.
— Vamos procurar, depois me entendo com você. Me parece óbvio que você deu liberdade demais a ela e continuo suspeitando dele.
Em sua fúria por ter perdido sua mulher, ele não percebeu que estava ultrapassando os limites e procurando culpar alguém pela sua desgraça, descontando sua raiva em quem não merecia.
Mollie não gostou de ouvir aquela ameaça, depois de ter criado aquele moleque com todo amor e carinho. Ela lhe deu uma boa educação e princípios morais bem tangíveis, mas ele ousava ameaçá-la por causa de um erro que ele cometeu. Se ele ousasse fazer algo contra ela, ele que esperasse o que ela faria com ele.
— Arrumei o salão para vocês trabalharem.
— Óbvio.
— Espere, moleque atrevido, tem mais.
Ele parou e se virou com tanta raiva, com o punho fechado como se fosse socar a cara dela, mas, ela conseguiu chamar sua atenção, mas não contou o segredo de Emily, ele não merecia saber que seria pai, então, só falou:
— Cuidado com suas atitudes, pode ser que você a perca, quando a encontrar.
— Ouvi bem, você está me ameaçando Mollie?
— Não, só estou alertando você de que quando uma pessoa como ela chega ao seu limite, é capaz de matar ou morrer.
Aos poucos, aquela palavra foi entrando dentro de seu cérebro e mexendo em todos os neurônios. Depois disso, sua mente clareou, ele se aprumou e o pensamento de que ela poderia se matar para não ficar com ele, foi atordoante.
— Mas… por quê ela fugiu? Pensei que esse lugar era perfeito para nós. O que eu fiz para provocar isso?
— Nenhum lugar é perfeito, quando se é um prisioneiro. A gaiola pode ser de ouro, coberta de pedras preciosas, mas ainda assim, é uma prisão. Se a ama, devia ter libertado-a, talvez ela escolhesse ficar com você.
Orlando não respondeu a Mollie, pois estava nervoso e preocupado demais, para escutar o que ela tagarelava. Entrou, mas não contou a novidade, só exigiu que, caso a encontrassem, não a ferissem.
Enquanto isso, Ester Navarro apreciava tudo pelo seu monitor.
— Olha isso, Madá, um verdadeiro circo armado.
— A senhora não tem medo deles a encontrarem?
— Não, planejamos tudo muito bem e ela deve ficar escondida, até tudo isso passar.
— O que você vai fazer com ele?
— Veja!
Ester pegou o celular e ligou para Orlando e quando ele atendeu, atormentou-o:
— Você raptou a minha fiha, a torturou tanto que ela deve ter morrido e agora você arrumou esse circo todo para dizer que ela fugiu, seu idiota, EU VOU MATAR VOCÊ!
Sem que ele visse, ela tapou o microfone do celular e riu.
— Qual a parte de que ela é minha esposa, você não entendeu? Eu não a matei e se eu fosse você, estaria preocupada com ela sozinha no meio do nada, sem saber para onde ir e sem ter ajuda.
— E acaso a culpa é minha? Estou acompanhando tudo pela mídia e tem tanta gente procurando, que não adianta eu também ir procurar. Espero que quando a encontrarem, você a devolva para mim ou vou vaar você.
— Não vou devolvê-la, ela é minha esposa! Pare de me perturbar.
Ele não aguentou mais ouvir a voz da mulher, principalmente, as suas ameaças. Ele teve muito trabalho por causa dela, que interferiu muito em seus negócios e difamou-o na mídia, estavam infernizando-o, literalmente.
Com raiva, assim que avistou Jordan, entrando pela porta, seguiu até ele e esmurrou o rosto do homem derrubando e sentando em cima batendo até cansar.
— ONDE ELA ESTÁ, infeliz? Para onde você a levou?
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Atualizado até capítulo 70
Comments
Maria Helena Macedo e Silva
tem pessoas que acusam outras de coisas que eles abominam mas que são o que fazem e não admitem.
2024-09-18
2
Fatima Vieira
homem doente
2024-09-07
2
Celia Chagas
Ele ficou louco quando jurou vingança 🤮🤮
2024-05-01
3