Orlando gritava com os seguranças que dormiram no serviço. No interrogatório, Jordan foi o mais pressionado e ficou muito ferido, mas repetiu, diversas vezes, a mesma história. Foi deixado em paz, depois de várias horas e estava tão exausto, que foi para seu dormitório.
— Jordan! — chamou Mollie.
Ele parou e olhou para trás, com uma expressão cansada e doída, no rosto.
— Oi, dona Mollie. Em que posso lhe ajudar?
— Trouxe uma refeição para você. Sinto muito pelo que você passou lá dentro. Orlando está desesperado, ele está muito apaixonado por ela.
Jordan deu um sorriso meia boca, não gostando daquela fala. Sempre ouviu falar que, quem ama não mata, quem ama não causa dor e aquele homem fez muito mal para aquela menina.
— Desculpe, dona Mollie, mas não importa se ele a ama ou não. Vi aquela jovem sofrer dia após dia, com as coisas que ele fazia. Os empregados falam, sabe Dona Mollie, nada fica oculto.
— Eu sei, Jordan, mas Orlando é como um filho para mim. Ele já sofreu muito e agora, parecia estar trocando a raiva contida que tinha, pelo amor por esta menina.
— Não me importo, dona Mollie, nada justifica os maus tratos que ele fez a ela. Torço por ela e não por ele. Desculpe e obrigado pela comida, tô cheio de fome mesmo.
Ele se virou e foi embora para o alojamento dos seguranças. Entrou na pequena sala, sentou-se à mesa, abriu a pequena marmita e comeu com vontade. Deu graças a Deus porque passou pelo interrogatório e agora podia descansar. Esperava que Emily aguentasse bem a reclusão. Naquele lugar, tinha bastante espaço e ela podia passar o tempo olhando tudo.
O dia terminou e não encontraram nenhuma pista do paradeiro e nem como Emily deixou o local. Conforme escureceu, as tropas do exército e dos bombeiros foram embora. A polícia trouxe os cães farejadores e eles sentiram o cheiro dela, só dentro e em volta da casa.
Ao saber disso, Jordan deu graças a Deus por ter passado um produto na moto e nele, para disfarçar o cheiro, ou teriam descoberto que ele estava com ela.
Quanto ao cheiro dela, ela havia trocado de roupa e ele jogou a roupa que usava, no lixo. Ela tinha outro cheiro, quando saiu de casa, cheirava a sabão de côco.
Finalmente, depois de comer e saber das novidades, tomou banho e dormiu. Não aguentava mais aquele assunto, queria muito ver Emily no dia seguinte, mas poderiam segui-lo e encontrar ela.
Dormiu e sonhou que chegava ao esconderijo e Emily o recebia com um abraço carinhoso. Ela estava linda em um dos vestidos floridos que ele comprou para ela. Ele a segurava pela cintura, abraçando e rodando-a no ar. Mas enquanto ele a rodava e os dois riam, a porta se abria e Orlando descia pelas escadas com uma arma na mão, pronto para atirar.
Acordou assustado e molhado de suor. Era só um pesadelo, mas refletia exatamente o medo dele. Será que Emily estava mesmo protegida naquele lugar?
*
Mesmo Orlando sabendo que Ester queria só perturbar sua cabeça, continuou ouvindo as ameaças dela:
Quando Orlando desligou o celular, furioso, pela última vez no dia, Ester, do outro lado da linha, desligou o celular rindo do desespero dele.
— Você fará isso todo dia? — perguntou Madalena.
— Sim, vou perturbar ele, enquanto ele não desistir.
— Lembro de quando ele estava namorando com ela, ia levá-la em casa e sempre conversava conosco. A impressão que dava era de que ele realmente gostava dela e agora ele disse que se casou. Será verdade que ele gosta dela?
Ester não aguentava pensar que Orlando pudesse estar gostando de sua filha, principalmente porque ela não queria que os dois ficassem juntos.
O que ele fez não foi uma coisa de homem honrado, ele se diz cumpridor da lei, mas sequestrou uma jovem, manteve ela em cárcere privado, espancou ela e os oprimiu com fotos da tortura.
— Não quero nem pensar nisso, Madá. O que ele pensa ou sente, não me interessa.
Sua mente, logo depois do sequestro formou imagens terríveis do sofrimento de sua filha. Não sabia o que ela estava passando ou sentindo e principalmente o que ele estava fazendo com ela.
Emily foi protegida durante toda a vida, era pura, suave, sensível, amante da natureza e das pessoas. Teve uma excelente educação e não merecia viver à mercê de um homem daquele.
— Nossa menina não merecia sofrer tudo isso. Espero que ele a ame e sofra muito por esse amor. — murmurou Madalena, como a mãe que a criou, também sofreu muito com o sequestro.
— Isso, para mim, não importa. Foi ele quem usou ela para nos atacar, então ele fez tudo de caso pensado e nós sabemos que ela fugiu porque quis, ela planejou tudo e Jordan e eu só a ajudamos a ter um local para ficar protegida. Se ela quis fugir, é porque ela não quer ficar com ele.
*
Emily dormiu por muitas horas, pois estava tranquila. Quando acordou, o dia estava quase findando e estremeceu ao pensar que Orlado devia estar procurando por ela e sofreria se ele a encontrasse.
No primeiro dia, ela não teve muito tempo para olhar tudo. Apenas fez alguma coisa para comer e depois de se alimentar, procurou algum lugar onde tivesse internet ou telefone, algum meio para se comunicar com o exterior. Será que conseguiria entrar em contato com sua mãe?
Encontrou uma sala especial com uma vasta rede de computadores. Não eram os últimos lançamentos, mas na época em que foram instalados, deveriam ser os melhores. Estam todos desligados e procurou pelas paredes, onde estava o disjuntor. Encontrou e ligou, depois ligou só um dos computadores não precisaria de tudo para xeretar o mundo.
Ela precisaria aprender sobre computação e redes de internet, pois o que sabia era o básico e precisava se proteger muito para não ser encontrada, por isso, resolveu ir atrás da única pessoa que podia ajudá-la.
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Atualizado até capítulo 70
Comments
Mônica
Molie, aprende de uma vez por todas: NADA JUSTIFICA O Q ELE FEZ. NADA.
QUERO MAIS É Q ELE SE FODA.
2025-01-21
1
Fatima Vieira
tomara q tudo dê certo pra ela
2024-09-07
1
Celia Chagas
Ai tomara dar certo 🥴🥴
2024-05-01
2