Um mês se passou e Emily logo que ficou boa,passou a viver com Orlando como se fossem marido e mulher. Ela não executava mais tarefas pesadas, para estar descansada à noite. Ele estava mais carinhoso e não era mais violento com ela na cama, mesmo assim, ela não gostava, pois não era uma escolha sua, sentia-se usada.
Orlando não podia estar mais feliz, pois realmente gostava de Emily e por isso resolveu legalizar a situação. Pediu que seu assistente trouxesse os documentos e viajou para a cidade depois de fazê-la assinar, como se não fosse nada.
Emily sequer sabia que agora era casada com Orlando. Não houve cerimônia, bênção do padre e muito menos testemunhas. Foi tudo feito no escritório e uma atriz interpretou o papel de Emily.
Emily aproveitou que ele viajou, saiu para respirar um pouco de ar puro e pegar sol. Mollie achou-a desanimada, magra e pálida, então comentou:
— Você precisa se animar querida, está tão minguada.
— Desculpe, Mollie, mas não aguento mais essa vida. Toda vez que ele vem, nunca parece satisfeito e me consome todas as noites. Tenho me sentido cansada e muito enjoada.
— Eu entendo, querida. Mas notei que ele gosta de você e toda mulher tem seu jeitinho de conseguir as coisas de um homem.
Emily se revoltou ao ouvir aquilo, não era uma meretriz, era uma prisioneira, tratada como escrava sexual e não aceitaria nunca essa situação.
Continuou caminhando e viu que a planta que havia visto anteriormente , havia crescido e virado um pequeno arbusto.
— Será que um dia ele permitirá que eu me vá? Ele me libertará, Mollie?
— Não sei querida, não sei.
O telefone dentro da casa tocou e só Mollie podia atender, então ela pediu que Emily não saísse dali e correu para dentro de casa. Rapidamente, Emily pegou um pequeno papel que tinha no bolso e jogou no meio do arbusto, notando que o segurança que falou com ela no outro dia, estava a observando a distância.
Jordan notou o que ela fez e depois que ela entrou e anoiteceu, ele voltou e encontrou o papel. Nele havia um número de telefone e os dizeres:
' Erva do sono '
Ele se afastou com um sorriso no rosto e no dia seguinte, estava capinando aquela área. Mollie viu e se entristeceu, entendendo que não poderia contar com ele e que ele deveria estar do lado de Orlando.
Mas Jordan tomou o cuidado de separar o arbusto e só depois, ateou fogo em tudo. Infelizmente, naquela noite, Orlando voltou e estava tão sedento de Emily, que a deixou exausta por vários dias. Ele sentia-se casado e em plena Lua de mel, só que ela não sabia.
Jordan também não sabia e por isso continuou planejando uma retirada estratégica de Emily dali. Era um plano que exigia muita paciência e logo o dia chegaria e daria tudo certo. Enquanto isso, ele ligou para o número de telefone que Emily lhe passou e descobriu que era de Ester Navarro.
Quando Ester ouviu que Jordan a localiz e estava em contato com Emily, chorou. Ele não sabia quem era ela, mas logo ela se identificou e contou a verdadeira situação de Emily naquela casa.
— " Minha filha foi sequestrada, já tentei negociar com Orlando, mas ele não aceita, você pode me dizer como ela está? "
— Ela está vivendo como prisioneira, senhora, mas está bem.
— " Quero tirá-la daí, mas não sei como. "
— Eu tenho um plano, mas precisamos ter paciência. Ele é um homem poderoso e quando conseguirmos tirar ela de lá, ela terá que ficar muito bem escondida e tenho o lugar certo para isso.
— " Do que você precisa? "
— Um meio de comunicação via satélite e dinheiro para um estoque de mantimento, água e roupas.
— " Entendi, vou enviar isso para você. Me passe os dados, vou confiar em você, mas se me trair, te encontro e te mato."
— Entendido, senhora, pode ficar tranquila, logo a senhora verá sua filha.
Mais uma vez, Orlando viajou e deixou Emily exausta e enjoada. Mollie começou a desconfiar do estado da jovem e lhe deu chás para enjôos e alimentos leves, que sustentavam e paravam em seu estômago.
— Você precisa comer, querida, não pode continuar fraca desse jeito.
— Mas eu provoco tudo, não para nada no meu estômago.
— Vai passar, querida, vai passar. — Mollie estava penalizada com a garota. Ela sequer desconfiava que estava grávida e pelo jeito, já tinha quase dois meses.
— Por quê estou assim, Mollie? Será que é por que estou presa e com saudade da minha família?
— Quando foi a última vez que suas regras vieram? — perguntou Mollie para ver se a menina desconfiava.
Emily fez as contas nos dedos e arregalou os olhos, finalmente se dando conta do que estava acontecendo. Se jogou na cama, cobriu o rosto com o travesseiro e levou um tempo para a ficha cair.
Estando na situação de sequestrada e abusada, estar grávida não era uma notícia agradável. Muitas mulheres desejam engravidar e não conseguem, mas ela, mesmo com Orlando usando preservativo, sem querer, engravidou.
Mollie não saiu do lado dela e quando finalmente, ela removeu o travesseiro da cara, sentou-se na cama e olhou para Mollie, pediu:
— Eu prometo que vou me cuidar, Mollie, mas quero te pedir que não conte para ele, por favor, está bem? Espere eu me acostumar com a ideia e daí eu mesma conto, tá bem. Não quero que ninguém saiba, por enquanto. Prometo que vou me cuidar.
Mollie olhou para ela, sentindo que era a única coisa que podia fazer para amenizar o sofrimento da jovem.
— Pode contar comigo, querida. Serei como uma mãe para você e a avó desse bebê.
— Muito obrigada, Mollie. Se não fosse por você, eu teria sucumbido desde o início, quando cheguei aqui.
Emily cumpriu o que prometeu e se esforçou, começou a se alimentar melhor e pegar sol todas as manhãs. Via Jordan de longe e ele acenou positivo com a cabeça e começaram a se comunicar por sinais, formando um plano, pouco a pouco.
Era uma pequena esperança, será que daria certo?
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Atualizado até capítulo 70
Comments
Mônica
Orlando é um psicopata.
2025-01-21
1
Maria Helena Macedo e Silva
a mãe dela não sabe que ele casou , será que o detetive saiu da jogada ou estar sendo agente duplo🤦?
2024-09-18
1
Fatima Vieira
Jordan precisa tomar cuidado
2024-09-07
1