Ele levantou a mão para estapear ela e ela esticou o rosto e disse:
— Bate, pode bater, se isso lhe aliviar o coração, bate, covarde!
Ele se levantou, para se controlar e saiu do quarto. Ela respirou fundo, tentando se acalmar, mas a raiva a consumia e lhe dava vontade de esganar ele.. Chorou! Por si, por sofrer pelo pecado daqueles que nem sabia que eram os seus pais e por ele, ao pensar no garotinho escondido, ouvindo o som de sua família sendo morta. Não era justo, nada daquilo era justo.
Orlando entrou em seu quarto e foi para o banheiro, colocou a banheira para encher e chamou Mollie.
— Sim, patrão, o que deseja?
— Traga algumas ervas curativas, ela acordou e vou trazê-la para um banho.
Ela consentiu e saiu, voltando minutos depois, com as ervas e umas essências, que ele jogou na água. Quando a banheira terminou de encher, ele foi buscar Emily.
— Vou levá-la para tomar banho. — Pegou-a no colo enquanto falava e saiu andando, sem dar a ela a chance de reclamar.
— Posso andar, sabia?
— Cale a boca!
Colocou-a de pé no banheiro e começou a tirar-lhe a camisola.
— Pare com isso, eu não lhe dei esse direito!
— Aqui, todos os direitos são meus! Fique quieta, já vi tudo que tem para ver, então, pare de ser pudica.
— Seu ogro!
Depois de despi-la e reparar em todos os hematomas, colocou-a dentro da banheira.
— Ai! Tá quente.
— Aguenta, te fará bem. Fique aí de molho, um pouco, que já volto.
Ele saiu, ela aproveitou para abrir a torneira de água fria e deixou a água cair até aliviar a quentura.
— Aquele estúpido, nem tudo deve ser conforme a vontade dele.
Ele foi dar uma olhada em seu computador, para ver como estava a retaliação de Navarro. Encontrou uma mensagem de seu programa de segurança, dizendo que haviam entrado e copiado vários arquivos.
— Vamos ver quem ousou me invadir!
Rapidamente ele tocou nas teclas e imagens foram aparecendo, fazendo o caminho reverso, chegando aquele que hackeou o seu sistema. Enviou uma mensagem ameaçadora e ficou no aguardo, recebendo uma resposta logo a seguir:
" O que você quer? "
" O contratante. "
" Ester Navarro "
" Tá "
Removeu o vírus que estava corroendo o sistema do hacker, desligou tudo e recostou na cadeira, pensativo:
' Então a mamãe é mais esperta do que o papai. Tá aí uma boa oponente. Ela não era casada com ele, quando houve a chacina.'
Só Jorge e Madalena, conheceram Ester antes dela se casar com Navarro. Foi um acordo de negócios, feito para salvar a empresa do pai dela. Ela deixou sua vida e se anulou para viver com aquele homem, que sequer protegeu a própria filha. Mas Orlando não conhecia a capacidade real de Ester Navarro.
Pensando em retrospectiva, ele caiu em si de que Emily, realmente não merecia passar por tudo aquilo, precisava rever suas ações. Voltou ao banheiro e sem dizer nada, tirou suas roupas.
— Ei! O que você pensa que está fazendo? — perguntou Emily, virando a cara para não ver a nudez dele.
— Parece óbvio, não é?
Entrou na banheira grande, pegou uma esponja e com sabonete líquido, esfregou seu corpo, suavemente, analisando todas as marcas no corpo dela.
— Você é muito estranho…
— Por quê?
— Me sequestra, me tortura e logo depois, me trata como se, se importasse.
— Gosto de você, essa é a verdade.
— E isso faz de você meu dono?
— Você é minha, Emily e quanto mais rápido aceitar, melhor pra você.
— Você critica o senhor Navarro, mas é igual a ele. Nunca ouviu falar na liberação feminina?
Ele segurou o rosto machucado, provocando um gemido de dor.
— Não me compare àquele mafioso do seu pai. — soltou-a — O banho acabou e de hoje em diante, você dormirá aqui, comigo.
*
Ao passar dos dias, embora Orlando tenha falado com grosseria, depois ele a tratou com cuidado. Era ele que lhe banhava e trazia a comida para lhe servir. Ele dormia toda noite abraçando ela e embora não percebesse, estava se apegando cada vez mais a jovem bonita e simples.
Mollie contemplava a mudança em sua agressividade e ficou esperançosa. A melhor coisa para mudar o temperamento de um homem, era o amor de uma mulher. Com certeza, se Emily continuasse carinhosa e suave, tratando ele com carinho, ela conseguiria ter um homem completo ao seu lado.
*
Do lado de fora, Jordan já havia mapeado todo o lugar e traçado várias estratégias e rotas de fuga, mas nada parecia que funcionaria. Sem ajuda de fora, seria praticamente impossível tirar Emily daquele lugar. Havia muitos seguranças guardando o lugar e o lugar era muito afastado das grandes cidades.
Precisou esperar até que ela saísse de novo e o patrão viajasse, para falar com ela novamente.
Se pelo menos ele soubesse o sobrenome dela, tentaria contatar sua família.
Continuou caminhando pelo local e pela cidade e em uma dessas visitas ao vilarejo com outros guardas, bebendo no bar, ouviu uma história dos antigos sobre uma guerra.
Segundo eles, havia um posto de comando e vigilância em uma área próxima e construíram inclusive, um esconderijo subterrâneo, que depois fecharam, pois guardava muito material bélico.
Ele não perguntou nada, para não levantar suspeitas, mas pensou em voltar em outro dia e pesquisar melhor a história.
— Aqueles generais não vão para a guerra, não sabem como é. Dão ordens e depois de muitos morrerem, recolhem o que querem, fecham tudo e vão embora, como se nada tivesse acontecido.
— Pare de falar, velho fofoqueiro, qualquer dia, um deles volta e corta sua língua fora.
— Todos aqui, com mais de 50 anos, conhecem o bunker no meio da floresta.
Alguém jogou uma caneca nele e ele resmungou, mas calou-se.
— Velho encrenqueiro, vive falando demais.
Todos riram, divertidos com a discussão dos dois velhos, Jordan, no entanto, prestou muita atenção e resolveu procurar no meio da floresta, o tal esconderijo subterrâneo, pois seria o local ideal para proteger Emily.
Só precisava da aceitação dela ede dinheiro.
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Atualizado até capítulo 70
Comments
Maria Helena Macedo e Silva
se a Ester souber do Jordan se unirão para resgatar a filha do Orlando, o bárbaro iludido.
2024-09-18
2
galega manhosa
tb acho
2024-09-08
1
Fatima Vieira
ele vai se meter em encreca
2024-09-07
1