Capítulo 18. Adaptação

Emily abriu o computador, assim que conectou tudo e a rede estava ligada a um provedor de banda larga. Conseguiu ver as imagens e conteúdos do mundo.

A primeira coisa que fez, foi criar um e-mail para si e ver as notícias locais. Ficou estarrecida ao ver tudo que estava sendo usado para encontrá-la.

— Aquele idiota é pior do que eu pensava!

Depois de ver as notícias, procurou pelo nome de Ester Navarro, nas redes sociais. Logo a encontrou e enviou uma mensagem in box.

" Oi, estou aqui."

Não demorou muito e recebeu uma resposta, era um emoji de choro.

" Não é seguro, aguarde."

Emily logo saiu daquele aplicativo e foi buscar o que mais a interessava. Primeiro pesquisou tudo sobre gravidez e o que uma gestante podia e não podia fazer e comer. Depois buscou exercícios para fortalecer o corpo de gestante e adicionou para iniciar no dia seguinte.

Cansou e foi comer e dormir, novamente. Não havia percebido que passou tanto tempo no computador. Desligou tudo e dormiu até a manhã seguinte.

Levantou, arrumou-se, comeu, fez os exercícios que havia separado no dia anterior e antes de abrir o computador, resolveu explorar uma parte do lugar. Encontrou algumas plantas em um outro quarto que parecia um depósito de escritório. Examinou cada uma, viu que aquele lugar era muito grande e que haviam outras saídas. 

Elaborou uma rota, para conhecer as outras saídas e o que havia de oculto naquele lugar. Quanto mais conhecesse o lugar, mais teria a chance de se esconder se alguém entrasse ali.

Almoçou e depois ligou o computador. Viu que recebeu um e-mail e abriu para ver o que era, podia ser de sua mãe. O nome era estranho e ela ficou preocupada de alguém ter rastreado ela. O e-mail dizia:

" Sou RX, hacker contratado pela sua mãe e estou lhe enviando um arquivo de proteção e criptografia para sua rede. Instale tudo e ficará segura para poder se contactar com ela e comigo, também. Se precisar de alguma informação, pode perguntar através deste e-mail, ele é seguro. "

Ela procedeu como ele instruiu e conseguiu proteger a sua rede para não ser encontrada. 

— Agora sim, vamos ver o que mais temos aqui.

Ela ligou os outros computadores e descobriu que havia um sistema de segurança com câmeras por toda aquela área e as telas passavam em tempo real, tudo que acontecia do lado de fora.

— Uhuuuu! Agora vamos ver se eu tenho algum sistema de defesa.

Ela foi pesquisando entrando, sem medo de descobrir e de mexer, havia aprendido que um computador não se quebra tão fácil ponto principalmente quando era bem formatado. 

Descobriu um sistema que, automaticamente, identifica um invasor no perímetro. Mas não era isso que ela queria, Jordan podia chegar e ser atingido.

— Vou ligar a defesa, só se for necessário, manterei o alarme para saber se tem algum intruso. Estou amando tudo isso.

Enquanto Emily se divertia, descobrindo o que tinha à sua disposição, Orlando se desesperava por não encontrá-la. Não conseguia comer, não estava dormindo e sua irritação beirava a loucura.

Aos poucos, as equipes que estavam na busca e não encontraram nada, foram desistindo e partindo do lugar. Orlando ficou mais irritado ainda, ao ver a descrença daqueles militares. Eles atestaram que estavam gastando dinheiro do contribuinte, para procurar uma pessoa que sumiu por conta própria.

— INFERNO! MOLLIIIIIE!

— Estou aqui, patrão!

— Você deixou ela fugir, confesse!

— Nem adianta querer, que não vou deixar você me fazer de bode expiatório. Ponha a cabeça no lugar, você tá dizendo para todo mundo que ela é a sua esposa, mas na verdade, ela era sua prisioneira. Agora, se ela fugiu, ela está no direito dela e você não pode dar parte, usando uma certidão que ela nem sabe que existe. 

— Como você ousa…

— E digo mais, vai tomar um banho, enfia a cabeça debaixo da água fria e deixa os pensamentos e a irritação de lado, porque senão, até eu vou fugir de você.

Ela falou e saiu imediatamente, pois ele podia jogar o copo de whisky que tinha na mão, sobre ela. 

Ele a olhou com raiva, mas aceitou a sugestão e subiu para o seu quarto. Entrou no banheiro e percebeu algo que ainda não tinha notado no box ao lado do sabonete havia uma barra de sabão de coco, foi assim que ela enganou os cães.

— Só agora que eu descubro isso? Os cães já foram embora, não dá mais para trazê-los de volta.

Tomou um banho frio, ficou um bom tempo com a cabeça embaixo da água até esfriar Como disse mole e depois se vestiu e pegou sua moto na garagem e saiu. Ele mesmo começaria a procurar, pois não confiava em nada que fizeram, durante todos esses dias em que buscaram e não encontraram nada.

Saiu pelo portão e seguiu pela estrada principal que dava na cidade, mas resolveu dobrar a sua esquerda, antes porém, avistou uma motocicleta vindo e parou no acostamento sem que ele visse. Quando passou, ficou observando onde ele iria parar ou se entraria na casa.

Era Jordan, que parou a motocicleta no meio do mato sem passar pelos portões da casa.

— Eu não acredito que ele não tenha nada a ver com isso, vou passar a  vigiá-lo. Ele será seguido o tempo todo quando sair daqui.

Depois disso, ele seguiu em direção à região litorânea, que era onde daria aquela estrada. Dos males o menor, se não encontrar nada, pelo menos arejaria a cabeça.

Pilotou durante uma meia hora e entrou em uma estrada de terra à direita seguindo até o final, chegando à praia. Ali, ele estacionou e seguiu a pé, depois de tirar o calçado. Passou um tempo e resolveu ir embora. Saiu com a moto e no meio da estrada, encontrou um senhor que fez sinal para que parasse.

— Boa tarde! — cumprimentou ele.

— Está procurando o esconderijo subterrâneo? Não é aqui não, fica mais lá pra diante, pegue a estrada e vá por mais meia hora, entre na estradinha e percorra mais um tempo dentro da floresta, chegará a clareira e lá é, verá a entrada do bunker.

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