Capítulo 18

Estamos à quatro horas e meia procurando por um mísero resquício de qualquer coisa que não seja líquida dentro do chá. Anne tem apenas um microscópio antigo, e pequenas plaquinhas de vidro do tamanho do meu indicador.

Usamos cerca de vinte plaquinhas, isso porque estamos reutilizando. Lá fora escurece e começo a pensar que talvez eu não esteja viva pela manhã, já que não consegui sinal algum para avisar minha mãe.

—Ah, quase ia esquecendo. — Viro-me para ela —O professor de biologia passou uma tarefa na quinta passada.

— Que tipo de tarefa?—Questiono.

— Vaii haver uma experiência no laboratório em relação ao conteúdo de genética. Ele pediu pra que levássemos dois fios de cabelo nesta quinta-feira, um nosso e o outro…

— Pai ou mãe? — Interrompo e ela acena. —Certo.

— Achei! — Anne grita e ecoa por toda a casa. —Acho que vou chorar Ashley.

Me aproximo dela para olhar através da geringonça e realmente há um pedaço de algo ali. Sorrio para ela e damos pulinhos de alegria até que alguém bate a porta.

Nos viramos e vemos a anfitriã da casa sentada sob cadeiras de rodas, sorrindo para nós.

— Fiz um lanche para vocês meninas! — Diz contente e não demora muito para estarmos de frente para uma bandeja contendo dois hambúrgueres. Arregalo os olhos para Anne quando provo o sabor. Nunca comi um desses tão bom quanto este.

— Isso é muito bom! —Digo em meio a mordidas. —A mãe de Anne cujo não sei o nome, sorri orgulhosa olhando para nós duas devorando o seu hambúrguer. —A senhora quem prepara?

—Sim, eu e Annelita fazemos delivery de hambúrguer.

A mulher entoa certa alegria em suas palavras, mas Anne não parece tão feliz com a revelação.

—Mãe... —Adverte a mulher em nossa frente.

—Qual o problema filha? Fico feliz que tenha trazido uma amiga.

Ambas se encaram e não sei o que falar exatamente, ao que parece Anne não está muito feliz com a atual situação.

—Já está tarde, minha mãe deve estar preocupada uma hora dessas. —Ambas me olham e limpo minha boca com o guardanapo.

—Oh! certo querida. Vou prepara um para sua mãe. — A mãe de Anne gira a cadeira de rodas e vai rumo ao que parece ser a cozinha.

—Me desculpa Ashy, ela tende a ser bem otimista com tudo, as vezes irrita...

—Anne, fui bem sincera quando disse que não ligo para essas coisas. Além disso, sua mãeémaravilhosa!

Ela sorri de forma singela e da mais uma mordida em seu hambúrguer. Annelita é uma boa pessoa. Uma boa pessoa que tem vergonha de si mesma por causa de pessoas más.

—Aqui está! —A mulher me entrega uma sacola preta onde contém um recipiente de isopor e um cartão visita. — Mais uma coisa, —Diz antes que eu e Anne passemos pela porta. — Tome cuidado, a cidade a noite tende a ser perigosa.

......................

Bem que eu podia ter perguntado a elas como se chega até a minha casa. Estou me guiando por “flashs” de memórias, tentando voltar até a escola e então chegar até em casa. Tenho que agradecer muito a Anne por ficar tagarelando em cada canto que andamos até a sua casa, não gravei tudo, mas o pouco que sei, me ajudará.

A rua está deserta, completamente e inteiramente deserta. Não há nada nem ninguém.

— Porquê você é assim Ashley? Porque sempre acaba em uma rua deserta? — Falo com mim mesma, uma característica forte de esquizofrenia. Mas quem liga? Falar sozinha tem lá os seus pontos positivos.

Um pouco mais a frente consigo avistar a escola. Sinto algo gelado molhando minhas costas. Droga, o chá.

Paro e retiro a garrafa meio aberta de dentro da mochila e volto a andar. Anne ficou com a única quantidade de chá onde encontramos o resquício do que o chá foi feito. Estagno novamente quando vejo uma lata de lixo cair com força sobre o chão, um pouco mais a minha frente.

Dou um passo, me aproximando lentamente do objeto que está na entrada de um beco escuro. Quando chego próximo à lata grande estrada no chão, olho para dentro da viela completamente escura e não vejo nada. Seguro firme a garrafa e algo se movimenta no escuro, o farfalhar de pegadas chegando mais perto e um ruído de algo fino batendo ao chão.

Algo grande se aproxima, a respiração pesada quase como um rosnado. Há dois olhos grandes me encarando na escuridão, olhos vermelhos.

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

......Nota da autora:......

...Olá! Como estão? ...

Sim, tô viva e peço mil desculpas pela demora para atualizar, a vida de universitária não tá sendo uma tarefa fácil. E**spero que gostem do capítulo e prometo que vou tentar atualizar todo dia**!

...(E sim, a cabelo de água de salsicha se meteu em uma enrascada dessa vez.)...

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