Capítulo 7

Hudson contém uma grande quantidade de vegetação, o clima ensolarado mesmo no inverno é sua característica predominante. Um parque foi construído próximos à vegetação, no intuito de preservar o motivo pelo qual turistas vêm visitar-nos.

Próxima à fonte no centro do parque, nomeada como fonte dos desejos, estou eu, sentada em um dos bancos de frente para o lugar que reluz em seu interior pela quantidade de moedas.

A essa hora o rimel foi por lágrimas abaixo, assim como toda a maquiagem. Meu cabelo já está completamente solto voando com a forte ventania, que a princípio dei o nome de Vento da solidão, já que o parque está deserto.

Meu ex-namorado me traiu com nossa professora de álgebra.

Três anos e uma coração jogados no lixo.

Cubro meu rosto com minhas duas mãos e volto a chorar novamente. Já estou ficando sem estoque de lágrimas, Piter conseguiu secar todas elas. Mas a verdade é que eu também tenho parcela de culpa, o relacionamento é responsabilidade de ambos e eu joguei todos os problemas pro ar, me fiz de cega.

— E agora além de cega, foi burra.

Salto do banco com um único pulo e solto um grito consequente do susto que levei.

— Mais que merda! Meu Deus do céu!

Encaro a figura masculina a minha frente. Richard

—O que.. — Engulo em seco outro xingamento que estava por vir. — Richard? O que você está fazendo aqui?

Ouço sua risada rouca

—O que você, está fazendo aqui?

Sinto minhas pernas fracas do tanto que corri até aqui, então sento-me novamente no banco, ao lado de Richard.

—Não é da sua conta, agora vá em bora! —Respondo ríspida.

—Eu não pediria isso se fosse você.

Ele me encara e vejo o quão em perfeito estado está o rosto desse homem, a atitude é tudo que emana dele indica uns 38 anos, se não 40. Mas a aparência bem cuidada diz o contrário. Agora que ele está perto consigo observar a cor dos seus olhos, a barba bem-feita, o maxilar marcante. Richard exala masculinidade, o que me desperta um certo medo.

Ele é amigo de minha mãe, então consequentemente ela o mandou atrás de Mim.

—Não, ela não mandou. E eu tenho 42, pensei que você fosse mais astuta, mas Daina fez um péssimo trabalho nesses últimos anos.

—O que? —O encaro sem entender —Como você...

— Sei o que passa na sua cabeça, então é melhor ter cuidado com o que pensa sobre mim a partir de agora—Seu tom seco ecoa pelo parque.

— Espera aí, como que, eu… você —As palavras somem de minha boca, essa situação é tão constrangedora e esquisita que não sei o que pensar.

— Vamos, sua mãe está a sua procura—Richard fica em pé, continuo sentada.

— Não vou a lugar algum com você. — Rebato

—Sim, você vai.—Devolve

— Se você não percebeu a maquiagem acabada, o cabelo bagunçado e o meu rosto inchado, —Paro e respiro—Eu estava chorando—Digo por fim.

Ele puxa pesadamente o ar é se senta ao meu lado se dando por vencido.

—Desnbucha.—O homem diz entre os dentes.

— Não, de jeito nenhum vou desabafar com um desconhecido!

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Comments

Pamfagundesss

Pamfagundesss

isso me lembra as clientes do meu serviço falando da vida delas, eu eu dizendo da minha kkkkkkk

2024-03-25

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