empregada

Amélia/ Améli

Eu sabia que o mundo era cruel mais não imaginava que ia provar da perversidade e insanidade dele, cresci ciente do mundo que estávamos rodeados, desde que fui adotada sempre soube que a vida não seria fácil, aprendi os afazeres domésticos e sobre jardinagem tudo para ajudar em casa, assim quando completei dezoito anos e comecei a faculdade as despesas aumentaram independente de ser bolsista, precisava trabalhar para ajudar nas contas e ter o dinheiro do lanche e da condução. Mesmo diante de Stefan nunca me senti tão impotente e sozinha sim, estou com medo nunca vi alguém carregar tanta ódio assim por mim.

Estou dentro de um portas malas que está sacudindo por mais de meia hora, eu conto o tempo, para ter certeza dos locais onde estou indo, pelo menos si tiver a oportunidade de escapar não estarei tão perdida assim. Aqui presa como um animal novamente com as mãos e pés amarrados, e a boca com uma fita enorme, o homem de quase dois metros de altura mandou os seus homens me arrastarem para o carro após me dizer que serei sua escrava, e nessa hora a incerteza do que será feito de mim me fez desejar a morte, que tipo de escrava ele queria? Estou completamente dolorida mas estou suportando tudo, assim que tiver a oportunidade de falar com o meu algoz eu irei dizer que está com a pessoa errada, ele terá que parar para me ouvir em algum momento, assim Eu espero.

Já si passaram uma hora, a textura do asfaltou mudou por diversas vezes me dando uma noção que saímos de um gramado para uma rua de terra, para depois ir para um asfalto, pelas quantidade de vezes que fui lançada de um lado para o outro de forma bruta no porta malas, pude notar que passamos por curvas acentuadas, já estava quase perdendo o foco devido ao extremo cansaço quando o asfalto mudou de novo e o barulho do trânsito foi reduzido ao máximo, entramos em alguma rua com chão de pedras, asfalto e grama, o carro parou e vozes podiam ser ouvidas perto do porta malas.

- Vem - O capanga chamado Xavier, esse era o seu nome, ouvi o seu "patrão" dizer o nome dele quando o obrigou a me colocar no porta malas. Ele me puxou me içando do carro me sustentando de pé, diferente de como me tratou na primeira vez foi gentil me mantendo de pé me olhou terno, e foi aí que tive uma ponta de esperança dele me ajudar, mais seria cedo demais para ter certeza que poderia contar com ele.- Vou te pegar no colo- Disse-me baixinho, e esperou eu confirmar com a cabeça, pediu licença antes de passar as mãos por baixo das minhas pernas.

Olhei em volta e tinha vários carros estacionados ali, um gramado enorme bem cuidado, ao longe uma casa bem vista de vidro, de longe parecia si tratar de uma academia particular, Xavier andou no gramado indo em direção a uma grande casa de estrutura moderna e cor clara, tinha alguns degraus na entrada principal aonde Xavier caminhou carregando-me nós braços . Olhei em volta e aqui é bem mais equipado de segurança que a casa dos petrova, ele entrou pela grande porta que já estava aberta, acompanhado de mais dois homens que não sei quem são, o homem o tal Magnum não vi mais desde o momento que fui tirada das correntes.

Assim que entrei na sala enorme que parece um hall de entrada sofisticado vi uma mulher que aparenta ter seus 45 anos me olhar com uma carranca enorme, ela estava vestida como uma governanta, das escadas que ficava bem de frente a porta principal desceu ele, o meu sequestrador, descia cada degrau me olhando como um jaguar feroz, que está prestes a atacar sua presa, olhou para Xavier com os lábios curvados e vincos nas sobrancelhas.

- Por que está á carregando? - Sua voz soou como trovão fazendo meu corpo arrepiar, e meu coração acelerar com sua imponência.- Solte-a. - Xavier olhou em meus olhos e eu sabia que me pedia desculpas, pelo jeito que me soltou, cai no chão, não tinha como me segurar por muito tempo em pé já que estava amarrada, como um porco indo pro abate.

- Posso desamarra-la? - Ele perguntou a olhar para Magnum, eu fiquei a fitar o chão sem coragem o suficiente para olhar para cima, ele intimida-me, ouvi apenas um grunhido e vi os pés de Xavier si mover para trás longe o suficiente de mim, permaneci a encarar o chão, quando dois pés enormes sugiram no meu campo de visão parando diante de mim.

- Me dê as mãos - A voz de trovão soou mais perto sem exitar estiquei os braços permitindo-me olhar para o homem diante de mim, agora olhando-o de perto engoli saliva, Ele puxou de uma vez a fita que cobria a minha boca, um ardor eu senti na face. Ele é ainda mais bonito do que eu imaginava, os ombros largos, os olhos verdes, cor De folha seca do outono, várias tatuagens no rosto, a barba bem desenhada, os lábios grossos e lindos, os seus olhos encontraram com os meus, por um instante ele encarou-me, assim como eu o analisava percebi que fez o mesmo comigo, parando os olhos nos meus lábios, ele desviou o olhar, visivelmente desconfortável pela situação, tirou uma faca da cintura o que me fez sair do seu domínio, pois segurava as minhas mãos, "Ele vai-me matar?" meus olhos esbugalharam e eu gemi um "não" ele me encarou a repreender minha atitude de tentar afastar-me. Ele segurou mais Firme os meus punhos e cortou as cordas, segurou os meus braços analisando-os, passou os polegares em cima das marcas que as cordas fizeram, o seu toque na minha pele fez algo estranho percorrer o meu corpo e eu odiei-me por isso, a sua beleza não podia me ludibriar assim afinal ele sequestrou-me. Ele abriu um sorriso de lado e me encarou.

- Desamarre os pés - Ordenou para mim, que imediatamente obedeci - Jana? - Chamou a mulher que até o momento estava parada no mesmo lugar nos encarando, essa é Natasha petrova, a sua nova emprega e a minha escrava- Olhou dela para mim, - Levanta.- Eu obedeci, - Ficará presa no sótão a noite, de dia quero ela fazendo todas as tarefas domésticas, me servirá em todas as ocasiões, mas não a quero cozinhando de maneira alguma.

- Sim senhor. Venha já tenho um trabalho para você . A mulher disse.

- Xavier está dispensado - Ouvi ele dizer, enquanto seguia Jana - Janaina!- Ele chamou-a que o olhou a parar no caminho, - Depois venha ao meu escritório.