No trabalho

Amélia

Após descer no metrô, andei por cerca de vinte minutos até a mansão, já acostuma com essa rotina, já tem seis meses que estou trabalhando na mansão de forma fixa, quando cheguei, fui engolida por diversos olhares, que me dão arrepios, os diversos rostos espalhados por pontos estratégicos, homens fortemente armados e mal-encarados, não havia um ali que não fosse a total personificação do mau, assim que alcancei o portão ele si, abriu a dar passagem para eu seguir.

Sobe olhares e comentários indiscretos, eu caminhei o mais rápido que podia, sempre me fiz de forte mais confesso esses homens assustam-me e muito, ao longe observei o meu pai regar algumas plantas que ficam perto da entrada dos fundos que dá direto para a área dos empregados e cozinha.

- Está a correr porquê? - Assim que cheguei perto ele perguntou, olhou- me desconfiado.

- Não estou a correr- Discordei.- Cadê a mamãe?

- Preparando o segundo café da manhã.

- Então ele realmente voltou? - Não precisava citar nomes para Francisco saber de quem me referia.

- Sim, estava a descansar quando sai lá de dentro, pelo menos foi o que a sua mãe disse.- Ele voltou a regar a planta e eu segui caminho, não éramos de conversar no trabalho, tínhamos que separar as coisas aqui ele era o jardineiro e eu bom a empregada.

Entrei na cozinha e mamãe andava de um lado para outro como doida, não tinha muitos empregados internos dentro da casa, tudo isso para evitar serem descobertos ou traídos, tínhamos um contrato de sigilo onde pagaríamos com a vida a traição de dizer onde trabalhamos e para quem, nenhuma informação sobre a família Petrova era permitido ser dito fora da mansão.

- Ainda bem que você chegou! Natasha acaba de acordar e está esperando o café da manhã! - Mamãe afirmou assim que me viu, colocou pães quentes em cima da mesa.

- O que aconteceu para ela acordar tão cedo?

- Não sei, mais hoje pareceu estar de bom humor, está com um sorriso diferente no rosto. Mais agora chega de conversa, vá guardar as suas coisas troque de roupa e volte logo.

E foi isso que fiz, caminhei pelo corredor a minha direita depois da porta da cozinha segui para o quartinho de empregada, tem três quartos nos fundos, e eu normalmente uso um deles para me trocar e descansar. Após vestir o meu habitual uniforme de empregada, composto por um vestido preto justo e de saia que vai até o meu joelho, com um avental branco bem desenhado por cima do vestido, as sapatilhas pretas. Fiz o coque e coloquei a redinha para cabelo, tinha que estar tudo impecável. Voltei para a cozinha pegando de cima da bancada o restante da comida para por na mesa principal.

Eu colocava os jarros de suco e garrafa de café na mesa, quando Natasha e Helena entraram na cozinha, Helena falava algo que não soube identificar com a irmã mais velha, que pareceu estar no mundo da lua, as duas são tão diferentes uma da outra tanto em personalidade quanto em aparência.

- Natasha, está-me ouvindo? - Helena tentou chamar a atenção de Natasha que si, sentou do outro lado da mesa a sua frente, com um sorriso bobo e uma expressão de quem está a queimar os neurônios.

- Você fala tanto que chego-me perder- Ralhou Natasha, os seus olhos focaram em mim, com uma expressão severa.- Cadê o meu chá? - Como si a mesa não estivesse farta de mais, ela ainda exigia mais?

- Já vou trazer senhora.- Sem manter um contato visual abaixei a cabeça e sai. Ao longe ainda pude ouvir as suas reclamações.

- Garota lerda, não sei porque ainda trabalha aqui.

- Não intendo a sua implicância com ela, ela é um amor de pessoa - Disse Helena.

Helena tem hábito de defender-me, diferente do pai e da irmã, é um doce de pessoa, tem apenas dezessete anos, é inteligente e gentil, a sua beleza física só não é maior que o seu coração, Helena tem os cabelos ruivos sardas no rosto a pele branca e as vezes avermelhada, ela acabou de si formar no colegial, não tem amigas, a única que tem para conversar sou eu e Natasha, bom a sua irmã a ignora a maioria do tempo, não é capaz de demonstração de afeto, acredito que o único sentimento capaz de ser gerado por ela, é raiva, inveja, ciúmes e rancor nunca tinha conhecido alguém tão odiosa, a não ser Stefan Petrova.

Assim que retornei a copa com o chá da Natasha fui encarada por Stefan que já si, encontrava sentado no seu lugar costumeiro, ele seguia-me com os olhos, me deixando desconcertada, um arrepio percorreu os meus braços, era medo, estar sobre o mesmo ambiente que esse homem me causava asco, Helena comia calada e de cabeça baixa, tem medo do pai tanto quanto eu, afinal ela sabia o quanto esse homem poderia ser perverso, nenhuma das duas meninas pareciam ser filhas dele, Stefan é um homem alto loiro de barba grande e olhos azuis intensos, era forte não aparentava ter mais de cinquenta, a quem diria está a chegar nos quarenta agora, Ja Natasha era negra a pele parecia chocolate, os cabelos pretos cacheados. A boatos que as meninas não são filhas dele, mais certa vez Helena me mostrou foto da falecida mãe, era negra assim como Natasha, o que não explica como Helena nasceu ruiva, dizem que foi o que levou a morte da mães delas, Stefan a matou por traição. Mais esse assunto era proibido aqui.

- Onde esteve ontem a noite? - A sua voz autoritária reverberou pela sala, ele olhava para a filha mais velha com expressão de poucos amigos.

- Dando início aos meus planos.

- Ainda com essa loucura na cabeça Natasha, julguei que tivesse desistido.

- Jamais, papai, sabe que não desisto fácil, em breve tudo dará certo.

- Teve algum êxito nesses seus planos? - Perguntou enquanto comia um pedaço de brioche.

- Sim, - Ela abriu um sorriso que nunca tinha visto antes, eu estava parada do lado de Helena esperando a autorização para me retirar, de cabeça baixa, porém olhando de soslaio para os dois. - Passei a noite com ele. - Foi aí que me dei conta de que o plano dela si, tratava de um homem, quem será a vítima? Eu queria rir desse pensamento, pobre homem que si, envolver com está louca.

- Me poupe dos detalhes, já é demais para mim saber que não é mais pura, si o seu plano falhar será difícil arranjar qualquer casamento para você. - Helena comia calada olhou de relance para o pai que também a encarou. - Só me resta essa bastarda, para conseguir alguma aliança descente caso o seu plano falhar.

Tive pena da Helena, ela era só uma criança ainda, tendo que lidar com a perversidade de dois lunáticos.

- Vai dar tudo certo, confie em mim.- Natasha afirmou mais uma vez, pareceu dizer mais para si do que para convencer o pai. Ela olhou-me, enfim me notando.- E você o que ainda faz aí, volte para cozinha. - Era tudo o que eu precisava ouvir.

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Comments

Erenildes Lima

Erenildes Lima

eu já desconfiava.

2024-05-06

3

malu

malu

Então era a Natasha que tava no bar com o Magnum🤔🤔

2023-12-24

5

VIVI FERNANDES

VIVI FERNANDES

Por que quando a gente não pode rir, ai é que da vontade de rir?Kkk eu te entendo Amélia, eu te entendo kkk

2023-12-02

3

Ver todos
Capítulos
1 Magnum Magnani
2 Amélia/ Améli
3 "refeição "
4 No trabalho
5 Treino
6 Faculdade
7 O dia esperado
8 Não perdoei
9 Pesadelo
10 Pressentimento
11 inocente
12 Demônio com cara de Anjo.
13 Minha escrava
14 empregada
15 Consciência pesada
16 uma amiga ?
17 Queda
18 Pensamentos
19 Não sai da minha cabeça
20 Menina fujona
21 Será que errei?
22 Acordo!
23 Desculpas
24 A mãe dele
25 A verdade
26 Atraída
27 Deixe-a
28 Voltando para casa
29 Ela vai partir
30 Eu voltei
31 Kratos voltou
32 novo emprego
33 racista
34 Tome cuidado
35 Eles estão juntos?
36 bônus Natasha
37 Natasha Petrova
38 pulgas atrás da orelha
39 Não é da sua conta
40 Helena inocente
41 obcecado
42 conflito e desejo
43 A mentira corrói
44 beijo
45 Prometida?
46 Papai é esperto
47 Apaixonado
48 declaração
49 Ela quer saber a verdade
50 Meus sogros?
51 lembranças
52 Lucca não é o que eu pensava
53 Estão próximos
54 personalidade
55 perseguidas
56 Minha escrava -Jogos
57 torturando o inimigo
58 Quarto de jogos
59 casa-se comigo?
60 Pedido de casamento
61 pressentimento
62 Eles estão vivos
63 Ela vai voltar ?
64 Meu passado
65 Meu coração fora do peito
66 conectados
67 menina má!!
68 Está na hora de ir pra guerra!
69 visitando os pais
70 Quinze dias
71 treino quente 21+
72 será que o tesão pode matar ?
73 padrinhos de casamento
74 sniper
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Atualizado até capítulo 74

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Pressentimento
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Demônio com cara de Anjo.
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Minha escrava
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Lucca não é o que eu pensava
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Ela vai voltar ?
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