Não perdoei

AMÉLIA

'' AMELIA ABAIXE,- A voz de um homem soou pelo carro, barulhos incontáveis de tiro que era disparado na nossa direção, o carro fazia ziguezague na pista, uma mulher olhava aflita e dizia coisas sem sentido para o homem negro que dirigia o carro, ela gritava em uma lingua que eu não reconhecia os dois discutia sobre algo, eu estava abaixada tentando segurar o meu corpo que insistia em ser arremessado de um lado para o outro.

-Clarke, estão si aproximando- A mulher disse com os olhos lacrimejando. Uma batida forte no carro fez a gente quase sair da pista, o meu telefone caiu no chão no (carpete) do carro, eu ia baixar mais para pegar, quando outra batida forte nos acertou e o carro capotou, eu fui arremessada pelo vidro, estava sem cinto de segurança.''

Acordei suada e com aperto no peito a sensação de que algo ruim estava para acontecer. Levantei era 06:30 da manhã, desliguei o despertador e caminhei preguiçosamente até o banheiro, já nua entrei na água morna e tomei o banho sem pressa, quando terminei enrolei na toalha após enxugar e voltei para o quarto escolhendo no guarda-roupa a roupa de hoje, para ir ao trabalho, legging e tênis esportivo, com uma blusa de malha, da cor preta, para a faculdade uma calça zara bege e uma blusa preta com o blazer da mesma cor da calça e as habituais sapatilhas, com o cabelo preso num rabo de cavalo e alguns fios soltos na frente. Segui para a cozinha na intenção de tomar o café da manhã, quando entrei na cozinha na procura do café que papai sempre faz não tinha nada feito, olhei o relógio e pensei que eu poderia ter errado a hora, quando Francisco entrou na cozinha coberto por seu hobby e chinelos nos pés.

- Bom dia! papai pensei que já tinha saído.

- Eu e a sua mãe não estamos nos sentindo bem minha filha- Disse ele a metros de distância, ele espirrou- Acredito que pegamos alguma gripe ou virose.

- Pai, quer que eu vá com vocês ao médico?- Eu ia aproximar-me dele, quando ele deu um passo para trás, si afastando mais, eu olhei para ele receosa.

- Não minha filha, vá ao trabalho, vão precisar de você, no final da tarde tudo ficará mais tranquilo, senhor stefan e a filha mais velha irão viajar, a sua mãe acaba de informar-me, vá e faça o trabalho da sua mãe, eu e ela iremos ao hospital.

- Tem certeza que não quer que eu os acompanhe?

- Sei que está preocupada, mais será melhor você ir, para a mansão, sabe como eles são referente a atrasos e faltas, precisamos desse emprego, e agora só podemos contar com você.

-Ta bom, eu vou mais me deixe informada de tudo estarei com o meu telefone, liguem-me.

- Lembre-se de obedecer às ordens deles filha, sem questionar, sem encarar, não arrume problemas Amélia, e depois vá para faculdade, nós daremos notícias.

- Está bem pai, farei tudo direito não si, preocupe, eu jamais faria algo para os prejudicar.

Eu fiz alguns ovos mexidos e papai mesmo com cara de cansado arriscou fazer o café para nós o que foi de grande ajuda. Eu peguei minhas coisas e fiz minha rota até a mansão pensando no tanto de trabalho que terei hoje, ao chegar como sempre sendo encarada praticamente engolida pelos seguranças da mansão.

 Entrei andando a passos largos, teria pouco tempo para preparar o café da manhã, fui para o quarto de empregada e me troquei a colocar o uniforme que é bem desconfortável por ser um vestido. O cabelo permaneceu num rabo de cavalo, sai do quarto e voltei para a cozinha pegando tudo que mamãe deixou pré pronto no dia anterior e a extensa lista de afazeres. Fiz panquecas, pão de queijo, pão, frios, juntei tudo que estava descrito na lista e fui montando a mesa do café da manhã na copa. O relógio marcou 08:00 e Helena apareceu, a menina é linda com os seus cabelos ruivos, parece um anjo doce e inocente, como pode ser tão diferente dos demais membros desta família.

- Bom dia! senhorita Helena! - A comprimento enquanto colocava o cestinho de pão na mesa. Ela olhou-me de forma gentil, apesar da inocência estampada na sua face à dor dos olhos de Helena era indescritível, as coisas que Helena passa devido ao pai chega dar-me asco, o homem é totalmente rude e escroto, ele não a ama como filha a trata como lixo, por diversas vezes ouvi as discussões dos dois, as vezes que a subjugou e maltratou a dar-lhe bofetadas e a prendendo no quarto por horas sem o que comer, por diversas vezes fui contra as regras de não me intrometer, para lhe alimentar, eu não podia deixar uma injustiça dessa passar. Bom da última vez eu fui pega no flagra, o senhor Stefan me viu a ajudar Helena, ela estava muito machucada o corpo estava coberto por hematomas, eu levei para ela analgésicos, água e um pouco de comida ela comia apressada após dois dias trancada, fiquei com medo que algo pior pudesse ocorrer-lhe, eu estava em pé perto da cama virada de costas para a porta quando fui agarrada pelo cabelo com muita força, Stefan viu-me no quarto.

" Helena olhou-me com espanto, eu tive a boca tampada por grandes mãos, e o corpo içado do chão sendo carregada pelo corredor do terceiro andar da mansão, era onde ficava o quarto de Helena isolado de tudo e de todos, fui levada para um quarto ao lado, onde Stefan me jogou no chão de madeira do sótão trancou a porta assim que entrou, ouvi os gritos de Helena eram baixos ela chorava e batia na porta implorava o pai para me deixar, olhei nos olhos do homem, e tudo que enxerguei foi perversidade diversão e pura maldade, ele começou a desabotoar o sinto, juro que pensei que abusaria de mim, mais ele tirou o cinto acertando nas minhas pernas e costas por diversas vezes, eu me encolhi enquanto apanhava e chorava baixinho queria revidar, mais ele não parava, Helena continuou a gritar até cessar ouvi os seus passos se afastando da porta, mamãe e Papai estaria encrencados si entrasse no meio.

- Gosta de me desafiar, acha que pode desobedecer minhas ordem sua putinha de merda. - Ele vociferou, os olhos vermelhos de raiva, estava cansado pela surra que acabará de me dar.

- Eu só...- Gaguejei, engolindo o choro.

-Você o quê?

- Não queria que ela morresse de fome- Queria sensibilizar ele dizendo que poderia ter acontecido algo, mais foi em vão.

- Não tenho tanta sorte assim, acha que me importo.

- Ela é sua filha seu monstro!- Ele riu, eu me encolhi após ele dar um passo em minha direção.

- Acha que sou um monstro ? - Ele segurou meu queixo com força- Não viu nada piranha- Vou te mostrar o quão ruim posso ser . - Ele me beijou a força tocando meu corpo sem minha permissão, tocou meus seios mesmo em meios aos meu gritos e protestos isso não pode está acontecendo, ele jogou o corpo sobre o meu me prendendo no chão si esfregava em mim completamente excitado.

- Para por favor - Implorei assim que ele deixou meus lábios para morder meu pescoço, - Por favor eu imploro.

- Sempre quis provar esse corpinho gostoso morena, me lembra a minha falecida, é tão gostosa quanto, vou ensinar-te a nunca mais me desobedecer.

Eu fui salva pela voz de Natasha, que abriu a porta e olhou-nos assustada, eu tinha certa noção que ela me odiava, mais pelo visto isso era demais até para ela ver.

- Papai pare agora mesmo, o que pensa que está fazendo?- Ele levantou contrariado a pose de macho alfa, esvaiu assim que ouviu a voz dela.

- Natasha eu...- Tentou si aproximar dela que deu um passo para trás.

- Isso, - Ela apontou para mim que ainda estava no chão me sentando, - É nojento, ela é a empregada, está louco ?- Fiquei confusa, si era nojento pelo fato de eu ser a empregada, ou pela atitude abusiva do pai dela.

- Ela desobedeceu às minhas ordens. - Ele fuzilou-me com olhos e voltou a olha-la.

- E por esse motivo decidiu abusar dela. - Ele fechou as mãos em punho, - Não acha que teria outro castigo para ela?

- Você não tem que si intrometer, está é a minha casa eu faço o que bem intender, eu sou o chefe não você, ponha-si no seu lugar. Na próxima vez que me interromper em algo, eu também te punirei.- Natasha arregalou os olhos assustada, ele saiu batendo no ombro dela. Antes de sair de vez olho-me, - Dá próxima vez que me desafiar, o castigo será pior e não terá ninguém para te salvar de mim. - Então si foi.

- Levante, recomponha-se, e volte ao trabalho, não quero ouvir nenhuma lástima ou comentário sobre o que aconteceu aqui.

- Me perdoe senhora, eu só queria ajudar Helena.

- Céus Helena, eu havia-me esquecido, -Ela saiu indo ao quarto de Helena. Antes de sair do sótão recompus-me, e agi como si nada tivesse acontecido, fiquei Por uma semana sentando torto, devido as correiadas que levei, as marcas também demoraram a sair. Meus pais nunca souberam o que ocorreu naquele dia."

- Bom dia Améli- Esse é meu apelido, apelido que Helena me deu e eu gosto.- O cheiro está bom.- Ela sorriu, e sentou.

- Preparei com carinho para você, olhe fiz pão de queijo, sei que é seu preferido.

- Obrigada.

- Sabe si eles vão comer? - Me referia aos pai e a irmã dela.

- Não tenho ideia, - Ela começou a comer apressada, quando pela porta o pai dela entrou, olhou-me dos pés a cabeça, já helena si encolheu na cadeira sem olha-lo só a presença dele a intimidava.

- Cadê os seus pais?

- Estão doentes senhor- Evitei encara-lo, toda vez que estava na sua presença o medo tomava-me, sempre fui forte e valente mais desse homem eu tenho medo.

- Hum! Fez um som baixo, colocando café na xícara nem mesmo pediu para o servir, - Espero que voltem logo, sabe que vou viajar?

- Sim, senhor, Melinda me deixou informada, será essa tarde certo?

- Não, adiamos para amanhã- Ele bebeu o café encarou-meu de novo.

- Certo, precisa que arrume as suas malas senhor?

- Não, eu mesmo farei. Pode si, retirar.

Eu pensei que teria um tempo de paz e sossego na parte da tarde mais tudo mudou em questão de segundos, eu já tinha feito meus afazeres e adiantei o jantar. Estava no banheiro tomando banho para tirar o suor do corpo quando sai para me vestir enrolada na minha toalha eu me deparei com Stefan em pé diante da minha porta.

- Fica ainda mais bonita assim molhada.

- O que você quer aqui? - Segurei firme na toalha.

- Acha mesmo que eu perdoei o que fez? está muito enganada.

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