AMOR A PRIMEIRA VISTA

AMOR A PRIMEIRA VISTA

Capítulo 1

Capítulo 1

As vezes enfrentar o mundo não é tão simples assim. Quebrar barreiras e desvendar o que alguns corações carregam dentro de si, não é fácil.

Conhecemos pessoas amarguradas, solitárias, mas que tem um coração maravilhoso que foi quebrado, despedaçado por várias vezes. Mas, conseguem se manter firmes. Outras trazem a dor dentro de si, mas o sorriso no rosto. Não ferem, não machucam, apenas estão ali. Talvez, já tenham sido tão feridas, que procuram não machucar outras pessoas. Tem outras que parecem anjos, mas são o caos em pessoa. Destruir, humilhar, pisar em outras, para alcançarem os seus objetivos, é o seu maior prazer. Essas são as que gostam de despedaçar corações.

Mas tem aquelas que apesar da escuridão, da solidão, e do temperamento insuportavelmente difícil, querem ajudar, mesmo sem você saber.

Conviver com todas essas pessoas não é nada fácil, mas existe uma que me faz suportar tudo isso. Tem o sorriso banguela mais lindo que eu conheço, cabelos loiros cacheadinhos, olhos amendoados, e tem cinco aninhos. Esse é o único motivo que me manteve nessa casa.

Mudei para a pequena cidade de Citrus, após a morte da minha avó. Decidi mudar de vida, mudar de ambiente e de lugar. Não aguentava mais a cidade, tudo lá estava acabando comigo. Cheguei até aqui por causa de uma amiga virtual. Vim a Citrus uma vez, a convite dela, por causa de um festival anual. Eles celebram a chegada da primavera. Flores & Cheiros. Esse é o nome do festival. A cidade é movimentada nessa época, vários turistas vêm prestigiar a festa. No começo fiquei um pouco apreensiva,por não conhecê-la, mas, depois as coisas fluiram. Sonia é um amor, me recebeu de braços abertos, me senti acolhida como filha.

A viagem é muito tranquila, pelo caminho temos a vista do porto. Uma bela paisagem, diga-se de passagem.

Chego na rodoviária da cidade, e ela está lá a minha espera.

- Luiza, que bom que chegou. Como foi a viagem? - Sonia me abraça,ja fazendo perguntas.

- Estou feliz em vê-la. A viagem foi boa. Como você está? - Enquanto ela responde, já vou pegando as malas.

- Estou bem, já estava preocupada. O ônibus atrasou, aconteceu algo no caminho? - Sonia, pega uma das malas, e vamos em direção ao táxi.

- Ele atrasou apenas cinco minutos, não aconteceu nada no caminho. Apenas algumas pessoas demoraram para descer na outra parada. - Ela apenas concorda com um sinal de positivo.

A casa da Sônia não fica longe, ela é como uma mãe. Ela já tem seus 40 anos, a nossa amizade começou através de um grupo no Facebook, sobre flores. A minha avó era apaixonada,e após a morte dela, não sabia como cuidar de todas aquelas flores. Ela postou uma foto de algumas orquídeas, e a nossa conversa surgiu a partir dessa postagem.

- Deve estar cansada da viagem. - Sonia pergunta, segurando a minha mão.

- Imagina, não foram tantas horas assim. - Na verdade estava cansada, mas tinha a certeza de que um banho resolveria tudo.

- Não entendo, deveria ter vindo de avião. Assim, teria chegado bem mais cedo. Não daria uma hora de viagem. - Ela balança a cabeça em negação.

- É bom poder ver a paisagem mais de perto, o que veria lá do alto? - falo para que fique mais tranquila.

- Bom, o importante é que está aqui, e chegou bem. Estou feliz por você ter vindo. - Sonia sorri para mim.

- Obrigada pelo convite, eu estou feliz por conhecer alguém como você. Depois da morte da minha avó, pensei que ficaria sozinha. - falo já contendo as lágrimas.

- Enquanto eu Sonia Stevens estiver nesse mundo, você nunca ficará sozinha minha querida. Sabe que a tenho como uma filha. - Ela nem imagina como aquelas palavras me fazem bem.

Chegamos a casa dela, como sempre belas flores enfeitam o seu jardim. Não é uma casa enorme, mas o acolhimento, e a paz que aquele lugar transmite, é perfeito.

Sonia, me ajuda com as malas, vamos até o quarto em que ficarei. A casa dela parece ter vida, de tão colorida. O sol que invade o quarto é maravilhoso. É perfeito, não tenho palavras para descrever essa sensação.

- Luiza estarei na cozinha, vou colocar a carne para assar. Fique a vontade, sabe onde fica tudo. Seja bem-vinda, a casa é nossa.

- Obrigada Sonia, não tenho palavras para agradecer. Só vou arrumar as coisas no lugar, tomar um banho, e ajudo você.

- Aqui está tudo sob controle, não se preocupe com isso. Descansa, eu chamo você para o jantar. - Sonia sai, e me deixa só.

Bom ainda posso aproveitar os últimos raios de sol. Desfaço a mala, e arrumo minhas coisas no pequeno guarda-roupa. Não carrego muitas coisas, o espaço é suficiente para tudo.

Deixo tudo em ordem, e vou para o banho. Saio, e vou para a cozinha.

Sonia está habilidosamente (risos) amassando batatas.

- Deveria ter cozinhado mais essas batatas. - disse, e ela olha-me com cara de deboche.

- Deveria, mas, pensei, que a minha adorável amiga ia adorar amassalas. - diz ela, entregando o pote.

- Eu faço isso, mas saiba que será apenas dessa vez. - rimos juntas, pois não seria a última vez.

Conversamos um pouco, sobre como estavam as coisas na cidade. E as minhas preocupações. Conversar com ela era simplesmente maravilhoso. Parecia que tirava um peso de mim. Ela tinha esse dom, tudo ficava mais leve.

Após o jantar, arrumamos a cozinha, e tomamos chá, na varanda da casa. Os vizinhos eram pessoas de idade, muito tranquilos. Aquele era o lugar perfeito para quem quer fugir da cidade e viver em paz.

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Comments

Silvania Balbino

Silvania Balbino

Estou precisando de uma amiga assim, kkk mas estou gostando

2024-09-15

1

Mary Lima

Mary Lima

já estou gostando

2024-07-13

2

Mary Lima

Mary Lima

Começando a ler agora as 23:52 do dia 12/07/24.

2024-07-13

2

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