Faço de tudo pela minha filha. Quero que ela tenha uma excelente educação, e um comportamento exemplar. Não é fácil cuidar de uma criança, e ela exige muita atenção. Por isso, mais uma vez colocamos um anúncio no jornal. Procuro alguém que possa dedicar a minha filha todo tempo que necessita. Ajudar nas tarefas escolares, e nas atividades extra-curriculares. Que tenha pulso firme, mas ao mesmo tempo de carinho e tenha cuidado com a Helena.
- Ja encontrou alguem?
- Não senhor, já analisei os currículos que considerei capacitados, mas ainda não tenho nenhuma resposta.
- Alguma Luiza deixou o currículo?
- Não senhor, está esperando por ela?
- Não, mas me avise se alguém com esse nome deixar.
- Sim senhor.
Essa garota, talvez a Helena fosse gostar de ter ela por perto. Foi muito atenciosa com a minha filha, e nesse momento é tudo o que ela precisa, de atenção. Sei que não tenho sido um bom pai, desde aquele dia, mas faço o que posso.
Enquanto Igor pensava no que seria melhor para a sua filha.
Helena assistia a aula, entediada com a aula de matemática. Ela já sabia todas aquelas coisas, e se tornava algo cansativo para ela.
Mesmo para a pouca idade, Helena era capaz de resolver cálculos mais avançados, para a idade dela. Sabia multiplicar, contas com três dígitos, todos os números que pudesse imaginar, algumas divisões. Aprendeu com o pai, o pouco tempo que dedicava a ela, ensinou-lhe matemática. Suas notas eram boas, não as melhores, mas boas o suficiente para dar a ela um destaque entre os alunos.
As professoras não entendiam muito bem porque ela não tinha as melhores notas. Sabia muito mais que os colegas. Mesmo conversando com ela, a menina não se abria. Respondia apenas o básico, e sempre com muita educação pedia permissão para voltar para a classe.
As professoras queriam apenas ajuda-la, mas não viam motivos para chamar o pai da mesma a escola.
Apesar, de Helena ter um quarto somente para ela, sentia-se triste. A rotina era a mesma de sempre. Chegava em casa, fazia os temas, tomava banho, lanchava, e depois esperava o pai para revisar se a tarefa estava pronta. Ele lhe dava um beijo de boa noite e a deixava sozinha.
O quarto tinha tons escuros, assim como uma boa parte da casa.
Igor mantinha uma rotina de trabalho, e toda vez que chegava em casa, ia direto para o escritório. Bebia um pouco de whiskey, e ficava revisando as contas da empresa. Não gostava de pensar no momento em que teria que ir para o quarto. Tinha dias que se questionava, se estaria fazendo o certo, em continuar morando ali com a filha.
Todos os dias antes de ir para a empresa, deixava Helena no colégio. Depois passava o dia na empresa, normalmente ele almoçava por lá. O motorista levava o almoço dele. Se precisasse sair, ele pegava a Helena na escola e levava para o trabalho. Caso contrário, o motorista a levava para casa. Esses eram os poucos momentos que ele ficava de verdade com a filha.
Igor esperou o currículo da Luiza durante aquela semana. Enquanto entrevistava as mulheres escolhidas pelo assistente dele. Se perguntava, se ela ainda mandaria o currículo.
De todas entrevistadas, ele selecionou três. Iria testar elas por uma semana. Queria ver como iriam se sair com a Helena. Seria depois dessa avaliação que ele iria escolher uma delas.
- Senhor, já retirei o anuncio do jornal. Peço a elas para irem tirar as medidas para o uniforme?
- Pode mandar, mas elas estarão em teste. Não recebemos mais nenhum currículo?
- Não senhor.
- Já pode ir então, passe a elas todas as orientações.
- Sim senhor.
Igor ficou mexendo na caneta, enquanto pensava no motivo dela não ter enviado o currículo. Talvez perdeu o interesse.
Ele pensou tanto naquilo, que não se conteve. Levantou, e saiu.
Passou no colégio e pegou a filha. Foi até a boutique, e não viu ela por lá.
- Senhor Guerra, posso ajudá-lo?
- Vim pagar o uniforme de três mulheres que irão vir tirar as medidas. - Ele olhava para todos os lados, procurando pela Luiza.
- Senhor Guerra, algum problema? - Sonia perguntou intrigada.
- Não, nenhum. Quanto lhe devo?
- Se quiser pode pagar depois que elas tirarem as medidas.
- Depois? - Igor pensou por alguns segundos. - Pode ser então, a senhora pode me avisar.
- Claro, não se preocupe. Ligarei assim que elas vierem até aqui.
- Bom, então já vamos. Obrigado. - Igor saiu decepcionado por não ter encontrado com a Luiza.
Assim que saiu da boutique, ouviu alguém chamar a Helena.
- Helena. - um sorriso brotou no rosto da Luiza assim que viu a menina. - Oi, como você está?
- Bem! - timidamente a menina responde.
- Estou feliz em ver você. Estava no colégio?
- Sim.
- Quer entrar e comer um pedaço de bolo? - antes de responder a menina olha para o pai. Que mesmo sem dizer nada, só no olhar já respondia pela menina.
- Obrigada, mas não posso.
- Tenho certeza de que o seu pai pode esperar um pouquinho. - Luiza fala, e olha seriamente para ele.
- Eu preciso resolver algumas coisas do escritório. - Igor responde, olhando com a mesma cara de sério que tanto irrita ela.
- Não seja por isso, eu fico com a Helena, enquanto o senhor resolve as suas coisas. - Luiza responde já arqueando a sobrancelha esquerda.
- A Helena precisa fazer os temas. - Luiza estava ficando irritada com ele.
- Eu ajudo a Helena a fazer os temas, eu dou até banho nela, mas será que o senhor pode deixar ela comer um pedaço de bolo. Tenho certeza que não é pedir muito. - Luiza já estava extremamente irritada com ele.
- Bom, ela ficará então. Mas, se acontecer algo com a minha filha, eu processo você. - Igor falou, mas sabia que nada iria acontecer a filha. Era somente para assustar ela.
- Eu levo ela para casa depois. Não vai acontecer nada. - Luiza ficou mais tranquila.
- Helena, você quer ficar? - ele pergunta, mesmo já sabendo a resposta.
- Sim.
- Tudo bem, as 19h. Esse é o horário que a minha filha deve estar em casa.
- Ela não pode chegar mais tarde?
- As 19h em ponto. Aqui está o endereço da nossa casa. - Igor entregou um papel com o endereço da casa. Despediu-se da filha, e entregou-lhe a mochila.
Luiza esperou ele se afastar. Pegou a Helena pela mão e entraram na boutique. Sonia olhou para ela sem entender nada.
- Sonia, teremos uma companhia para o nosso chá da tarde. - Luiza falou muito animada.
- Bom, então o que estamos esperando para fazer o chá. - Sonia mesmo sem entender, animou-se para preparar o chá.
- Como foi o seu dia na escola hoje?
- Foi bom.
- Tem muito tema para fazer?
- Tenho matemática, e francês.
- Enquanto a Sonia prepara o chá, podemos fazer um deles, o que você acha?
- Tudo bem, você sabe francês?
- Sei, e o que eu não sei você pode ensinar-me. Vem, vamos sentar aqui na cadeira da Sonia, você alcança no balcão?
- Acho que sim.
Luiza colocou ela na cadeira e aproximou do balcão. Ela entregou a mochila da Helena para que pudesse retirar o caderno.
Helena retirou os cadernos, e a agenda. Luiza pegou outra cadeira e colocou ao lado da dela. Ela apenas observou a menina, enquanto fazia os cálculos. Rapidamente eles estavam prontos. Ela conferiu para ter certeza de que estavam todos certos. Aproveitou para olhar o restante do caderno, enquanto ela fazia o tema de francês.
A letra era perfeita para uma menina de cinco anos. O caderno muito cuidado, sem nenhuma marca, ou até mesmo os rabiscos que crianças na idade dela faziam.
Helena pediu ajuda a ela, mas era apenas um teste. Sabia a resposta, mas queria saber da Luiza. Ela respondeu em francês, a pergunta da Helena.
- Vocês estão concentradas aí. O que estão fazendo? - Sonia perguntou, ao aproximar-se delas.
- Estamos terminando os temas.
- O nosso chá já está pronto, e fiz um suco para essa princesinha. Ou você queria um chá? - Sonia pergunta sorrindo.
- Um suco está muito bom.
- Assim que terminar aqui, já vamos lá.
- Estarei esperando.
Helena terminou o tema bem rapidinho. Luiza levou ela para lavar as mãos, e depois foram para a cozinha. Após o lanche, Luiza convidou ela para dar um passeio. Ela levou a Helena até o parque. Colocou ela no balanço e a empurrou. Não muito alto para que ela não caísse.
Igor, mandou o motorista, ficar vigiando elas de longe. Ele chegou em casa e como sempre foi para o escritório.
Assim que elas terminaram o passeio, Luiza chamou um táxi para levar a Helena para casa.
- Princesa, precisamos ir agora. Assim vamos chegar cedo na sua casa, e voce vai ter tempo de tomar banho antes do jantar. - Luiza não tinha a menor vontade de devolvê-la ao pai. Mas, pelo menos sabia que havia tido a oportunidade de alegrar o dia da Helena um pouquinho.
- Tudo bem, você vai poder sair comigo outro dia? - A menina pergunta com os olhinhos cheios de esperança.
- Se o seu pai deixar, a gente pode sair novamente sim. - Luiza não sabia ao certo o que sentia por ela, mas queria fazer ela feliz nem que fosse um pouquinho só.
- Tudo bem, então vamos. Assim ele vai deixar você sair comigo. - Helena pegou a mão dela, e as duas entraram no táxi.
Helena foi segurando a mão dela até lá. Quando chegaram Luiza pediu ao taxista que esperasse. Ela tocou a campainha e esperou ser atendida.
- Boa tarde! Em que posso ajudá-la? - pergunta uma mulher alta toda de preto.
- Vim trazer a Helena, poderia avisar ao senhor Guerra que estou aqui?
- Entre por favor, Helena suba e vá direto para o banho. - Luiza não gostou do tom de voz da mulher. Helena apenas fez sinal de positivo e já ia subir.
- Espera princesa, eu vou dar banho em você. - Luiza colocou a mão no peito da Helena impedindo a passagem dela.
- A Helena sabe tomar banho sozinha. - retruca a mulher, não gostando da atitude da Luiza.
- Mas, eu disse ao senhor Guerra que entregaria a Helena de banho tomado. E como não havia nenhuma roupa dela na minha casa, ela tomara banho aqui, e entregarei ela ao pai já limpinha e arrumada para o jantar.
- Eu não sei quem você é, não vou permitir que entre nessa casa.
- Você não tem que permitir nada, a Helena é dona dessa casa, e ela permite a minha entrada. Agora me de licença, eu tenho mais o que fazer. - Luiza entrou com a Helena, que a levou até o quarto.
A governanta foi até o escritório.
- Senhor Guerra, posso entrar?
- Sabe que não gosto de ser interrompido. O que foi?
- Uma mulher invadiu a casa, e foi direto para o quarto da sua filha.
- Que mulher?
- Eu não sei senhor. Mas ela está lá em cima.
Igor ficou branco, levantou rapidamente e foi até lá.
Luiza entrou no quarto da Helena, e por um instante ficou parada na porta. Não acreditando que estava vendo aquilo. Parecia um quarto de alguma pessoa idosa, e antiga. Não o quarto de uma menina de cinco anos.
- Helena, esse é o seu quarto? -Luiza pergunta, mas incrédula.
- Sim.
- Ok, mas porque não tem coisas de criança? - ela perguntou com medo de ouvir a resposta.
- Meu pai diz que não tem necessidade. Você vai me ajudar no banho? - A pergunta de Helena a tirou dos pensamentos que estava tendo. Luiza a olha e sorri.
- Claro princesa, vamos pegar uma roupa, e eu ajudo você.
Enquanto Helena pegava a roupa, Luiza colocava a mochila da menina na escrivaninha. Igor entrou apressadamente no quarto. Ele olhou para a Luiza, e respirou aliviado, passando a mão pelos cabelos. Se recompôs rapidamente e olhou para o relógio.
- Parece que vocês chegaram cedo. - ele fala, enquanto mantém a mesma expressão de sempre. Por dentro estava feliz por ser ela.
- Sim, disse ao senhor que daria até banho na Helena, mas não havia nenhuma possibilidade de fazer isso na casa da Sônia. - Luiza fala com uma certa tranquilidade, mas por dentro estava indignada com tudo o que estava vendo até agora.
- Espero vocês na sala, assim que der banho na Helena, desçam. - Igor falou como se a Luiza fosse a babá da filha.
- Tudo bem, desceremos daqui a pouco.
Igor saiu e deixou elas sozinhas. Luiza, olhou para a Helena, que estava muito séria. Para descontrair, ela fez uma careta. Helena acabou sorrindo. Mesmo sem entender o motivo, ela amava aquele sorriso banguela.
Luiza ajudou ela com o banho, e quando foi vestir a roupa dela, percebeu que era toda preta. Aquilo já estava incomodando ela. A cor era pesada demais para ser usada todos os dias. Ainda mais numa criança.
- O que foi Lu?
- Nada princesa, já está de banho tomado, e agora vamos secar o seu cabelo.
- Não precisa, ele vai estar seco daqui a pouco. Obrigada.
- Então vamos descer, antes que seu pai suba até aqui.
Igor estava sentado na sala, a espera delas. Luiza apareceu com a Helena.
- Pronto senhor Guerra. A Helena está em casa antes do horário, de banho tomado, com o dever pronto, e sem nenhum arranhão.
- Que bom, pensei que não traria ela no horário combinado. - Igor fala com um olhar ainda curioso sobre ela.
- Tínhamos um acordo, não é mesmo? - Luiza pergunta enquanto o olha fixamente.
- Sim.
- Espero poder sair com a Helena outras vezes?
- A partir de amanhã a Helena vai ter uma nova tutora. Não vai ser possível ela fixar passeando por aí. - diz ele, esperando que ela se manifeste. Mas, ao contrário do que ele pensa, Luiza não entra numa discussão pelo emprego.
- Tudo bem então, eu preciso ir agora. Pedi ao taxista para esperar. - por dentro, ela estava rezando, para que Helena pegasse uma pessoa boa, e que realmente cuidasse direitinho dela.
- Eu vou pedir o motorista para deixar você em casa, eu dispensei o taxista, e não se preocupe já deixei pago. - ele esperava uma reação dela, que o olhava com uma certa raiva.
- Não se incomode, eu posso chamar outro. - Luiza pensava, em como ele foi inconveniente ao fazer aquilo, sem ao menos perguntar a ela.
- Pai a Luiza pode jantar aqui em casa? -A menina pergunta, e olha diretamente para o pai, quase que implorando para ele deixar.
- Ela deve ter coisas a fazer. - No fundo ele só queria uma reação dela.
- Na verdade, não tenho nada para fazer, mas vou avisar a Sônia. Se me dão licença. - Luiza pisca o olho para a Helena, e se afasta com o celular na mão, já ligando para a Sonia.
Igor olha para a filha, que está com os seus olhinhos brilhando. Talvez a Luiza seja a pessoa que a filha precisa para cuidar dela. Mas, ele já havia acertado com as outras três, iria esperar para ver como tudo iria se desenrolar. Ele chamou a empregada, e pediu para por mais um lugar a mesa.
Assim que Luiza voltou, eles foram para a sala de jantar. Pelo menos algo naquela casa não era preto.
Igor, observou a postura dela enquanto jantava.
Como de costume havia um silêncio enorme.
Após o jantar, Igor mandou a Helena subir. Luiza levantou para acompanhá-la. Esperou a menina escovar os dentes, e colocar o pijama. Sentou ao lado dela na cama.
- Quer ouvir uma história antes de dormir? - Luiza só queria ficar mais um pouquinho com ela.
- Eu quero. - disse a menina enquanto se aconchegava no colo da Luiza.
Luiza, calmamente contou a história da Branca de neve, enquanto acariciava os cabelos da Helena. Assim que terminou, ela beijou o rostinho da Helena.
- Luiza, eu me diverti muito hoje. Obrigada. - A menina falou, enquanto abraçava ela. Igor apenas observou a cena da porta.
- Eu fico feliz em saber que você se divertiu hoje. Agora vamos combinar de sair no fim de semana. Eu vou pedir para o seu pai. - Luiza beijou a ponta do nariz da menina, e acomodou as cobertas dela.
Ela levantou para sair, e deixou a luz do abajur acesa. Igor voltou para sala, antes que ela percebesse a presença dele ali.
Luiza desceu, e encontrou ele sentado fechando o notebook.
- Senhor Guerra, obrigada pelo jantar, mas agora preciso ir. - Luiza estendeu a mão para ele.
- Vou deixa-la em casa. - falou enquanto levantava do sofá.
- Não é necessário, posso ir sozinha. - insistiu ela.
- Vamos, já havia pedido para tirar o meu carro. - disse ele, mostrando a saída para ela. Luiza sem ter como recusar, saiu com ele.
Igor, abriu a porta do carro a ela. Luiza agradeceu, e entrou. Eles saíram, e nenhuma palavra havia sido dita até agora. Não que ela não quisesse questioná-lo, mas, talvez já estivesse se intrometendo demais.
- Como a Helena se comportou? - pergunta ele, para quebrar o silêncio.
- Muito bem, como era de esperar. É uma menina adorável, e muito educada. - responde Luiza, que não conseguiu se conter. - Por que faz isso com ela? - questiona, esperando uma resposta plausível.
- Do que está falando? - pergunta ele, sem entender ao que ela está se referindo.
- Não se faça de desentendido, estou me referindo às roupas que ela usa, ao quarto que não é adequado para a idade dela. - Luiza dispara, num tom de voz já irritado.
- O quarto está adequado para a minha filha, você não deve se introduziu em certas coisas. - diz ele, percebendo que ela se irrita com muita facilidade.
- Tem razão, talvez não devesse me envolver nessas questões. Por favor pare o carro. - Luiza pede, sabia que aquela conversa não iria evoluir de uma forma boa. Lembrou os motivos pelos quais foi para aquela cidade. Queria paz, apenas isso.
- Vou deixar você em casa. - disse ele, com muita calma.
- Eu preciso caminhar, só para o carro. - Luiza estava irritada com ele.
Igor parou o carro e travou as portas. Ela tentou abrir, e olhou para ele.
Ele olhou seriamente para ela.
- Por que você se aproximou da minha filha? -Era uma pergunta que ele vinha se fazendo.
- Senhor Guerra conversamos em outro momento, agora se puder abrir a porta, serei grata. Caso contrário iremos discutir, e eu não quero isso. - Luiza procurou falar calmamente.
- Não precisamos discutir. Só quero saber os seus motivos para aproximar-se da minha filha. - Igor estava achando estranha a reação dela, parecia nervosa, agitada.
- Por favor, abre a porta. - Luiza falou tentando se manter tranquila.
Igor destravou a porta, e ela saiu. Luiza respirou fundo, e antes de fechar a porta, deu boa noite a ele. Igor não podia deixar ela sozinha, acompanhou por um tempo. Ele baixou o vidro.
- Luiza entra aqui, vou deixar você em casa. - ele só queria deixa-la em casa.
- Senhor Guerra, vai para casa e fica com a sua filha. Reflita, se é justo fazer tudo isso com ela. - Luiza já havia ficado mais tranquila, mas ainda queria desabafar e falar tudo o que estava entalado.
- Não há nada para pensar. - Igor fechou o vidro, e voltou para casa. Estava preocupando-se demais com alguém que ele nem ao menos conhecia.
Luiza, chegou em casa, depois de alguns minutos de caminhada. Foi direto para o banho, e depois cama.
Igor chegou em casa, e foi para o escritório. Serviu um pouco de whiskey, e bebeu. Abriu uma gaveta que estava trancada no escritório, e pegou um porta retrato. Ele olhou por um instante e depois guardou novamente.
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Atualizado até capítulo 46
Comments
Alisa TorYos
Oxi...
Tá querendo um robô?
Difícil suas exigências hein.
Só se a nossa protagonista Luiza aceitar......kkkkkk
2024-09-19
1
Mary Lima
É meu caro apareceu um anjo forte para salvar a sua filha.
2024-07-14
5
Imaculada Abreu
que homem estranho
2023-10-27
5