capítulo 15

Igor chegou às 3h no aeroporto. Às 3:30h chegou no hotel. Tomou um banho, e comeu um sanduíche que ele havia pego, numa lancheira.

Tentou dormir, mas não conseguiu. A ansiedade de saber o que havia acontecido era maior.

Helena, e Luiza mantiveram a rotina delas. Ela acompanhou a Helena até o colégio, e depois foi até a boutique.

Conversou com a Sônia, sobre o que estava acontecendo. Sonia achava que ela estava entrando numa fria. Não se podia mudar ninguém da noite para o dia. Ela passou a manhã toda ali, ajudando, conversando e trocando ideias.

Igor, saiu cedo e esperou pelo Oliver. Assim que ele chegou a empresa, a secretária informou, que o senhor Guerra estava esperando por ele.

- Senhor Guerra, bom dia! - disse ele, estendendo a mão para cumprimentá-lo.

- Bom dia senhor Ito. - disse ele apertando a mão do seu "rival".

- Leve dois cafés por favor, e peça para que ninguém nos interrompa. - disse Oliver a secretária.

- Sim senhor! - respondeu ela, e levantou-se para pegar os cafés.

- Senhor Guerra, por aqui por favor.

Eles, foram até a sala do Oliver. Que por sua vez pensava o que ele queria de fato. Estava na mesma situação que o Igor, sem dormir.

- Fique a vontade. Espero que tenha feito uma boa viagem. - disse ele, para começar o assunto.

- Sim, dei sorte e consegui vir num voo noturno. - respondeu ele, já querendo chegar logo no assunto.

- Então chegou na madrugada? - disse, imaginando que realmente o assunto deveria ser bem sério.

- Sim, as 3h. Eu não gosto de rodeios, então vou perguntar logo...

- Espere a secretária entrar com os cafés, e continuamos depois. - não queria que ninguém ouvisse a conversa.

- Tudo bem! Como foi a festa da sua filha? - perguntou, sem ter nenhum assunto em mente.

- Foi boa, ela ainda não entende mas adorou. Crianças gostam dessas coisas. - disse Oliver enquanto sentava na cadeira.

- Licença, aqui estão os cafés, trouxe açúcar e alguns biscoitinhos.

- Muito obrigado, não deixe ninguém entrar, e atrapalhara a nossa conversa.

- Sim senhor. Se precisarem de mim, estarei ali.

- Claro, obrigado.

Oliver esperou a secretária sair e fechou as cortinas. Dessa forma ela não poderia ver nada.

- Agora sim, podemos conversar. O que quer saber sobre a Lu? -perguntou ele, curioso, e um pouco nervoso.

- Ela disse que vocês se conheceram no colégio, eu quero saber o que aconteceu depois disso. - Igor não sabia ao certo o que perguntar.

- Por que tem tanto interesse nela?- perguntou, mas no fundo não queria ouvir a resposta.

- Vou contar a minha parte da história. Eu conheci a Luiza, numa boutique, minha filha estava comigo. E ela foi tão atenciosa com ela, que de alguma forma, houve uma conexão entre elas. Aos poucos, ela aproximou-se da Helena, e ela foi trabalhar lá em casa. Chegou chegando, até aí nada de anormal. Mas, quando pedi a documentação dela, para fazer os papéis tudo direitinho, ela não quis me dar. E até agora, a pessoa mais próxima a ela que eu conheço, para pedir informações é você. - Igor queria saber mais sobre ela, e na verdade não queria que fosse com o ex. Mas, não tinha escolha.

-E como surgiu o meu nome nessa história? - perguntou ele curioso.

-Eu perguntei sobre os pais, os amigos, e ela me falou sobre o colégio, e sobre você, aliás falou muito bem de você. - lembra ele,com uma certa raiva.

- Ela não deveria falar bem de mim. Eu vou contar a você tudo o que sei, e posso. - respirou fundo antes de começar. - A Lu, ela é uma pessoa incrível, acredito que já tenha percebido. Não tinha como não notar ela no colégio, alta, corpo lindíssimo, super inegligente. - lembra ele, com o coração já acelerado. - Éramos colegas de classe, eu tinha meu grupinho do time de futebol, e ela as amizades dela. Lembro que na época ela fazia jiu-jitsu. Você não sabe o que era aquela menina treinando. - recorda, com um sorriso no rosto. - Mas, voltando ao foco. Eu me aproximei dela nas viagens, começamos a sentar juntos, e conversar, convidei ela para uma festa, e ficamos. Não sabe o quanto incrível ela era. Me dava super bem com a mãe dela. Mas, o pai, e o irmão, não eram, e nem são boas pessoas. Ela tinha sérios problemas com eles, a única que protegia ela era a mãe e a avó. Quando ela completou 18 anos, nós descobrimos que ela estava grávida. - fala com uma certa tristeza, ao recordar. - Eu no momento fiquei em choque, mas sabia que havia aquela possibilidade. Depois já estava me acostumando com a ideia. Mas, o meu pai me deu uma escolha, ou eu ficava com a Lu, e o nosso filho. Ou ele continuava pagando os meus estudos, e optei por me formar e ter uma boa profissão. Mas daria tudo o que ela precisava. Mesmo sabendo que ela não precisaria. - A tristeza preencheu o coração dele. - Eu fui embora, e ela ficou. Fiquei sem ter nenhum contato com ela. Um dia recebi uma ligação. Na verdade, nem esperava, era a avó dela. Me ligou e pediu ajuda. Precisava tirar a Luiza da casa do pai, e sozinha ela não conseguia. Na hora não entendi muito bem a situação, mas quando cheguei, descobri que eles estavam drogando ela, queriam alegar que ela era incapaz de cuidar dela mesma, e assim ficar com a herança. Levei ela para uma clinica, e fiquei lá ate ela estar bem, e voltar para a casa da avó. Enquanto fiquei lá, descobri que ela havia perdido o nosso filho, e a mae havia morrido no mesmo dia. Tudo o que sei é que ela sentiu as dores do parto, e a mãe estava levando ela para o hospital. Um motorista alcoolizado, e dirigindo em alta velocidade bateu contra o carro. A Luiza chegou a pegar o nosso filho nos braços, ela esteve com ele morto nos braços dela, até chegar o socorro. - as lágrimas começaram a rolar, e a culpa, a tomar conta dele. - Se eu tivesse ficado, tudo seria diferente. Eu teria comigo o meu filho, e a mulher que amo. Não teria perdido nenhum deles. Você não faz ideia de como me sinto culpado por tudo isso. Poderia ter a família que sempre quis ter com ela. - ele para um pouco, pensa, respira fundo, e volta a falar. - A Luiza ficou aos cuidados da avó, assumindo assim a herança que a mãe havia deixado para ela. Após a morte da avó, o pai, e o irmão vivem perseguindo ela, para que entregue a eles tudo o que é dela. A Luiza ficou como única herdeira dos bens da mãe, e da avó. Claro, para que ela não tivesse problemas, o irmão herdou uma casa. A Luiza é milionária, é uma excelente artista, tem quadros magníficos. Eu vi ela pela última vez numa exposição. Ela conheceu a minha esposa, e a minha filha. Sempre muito simpática, educada. Ela não faz mal a ninguém, é mais fácil alguém fazer algo contra ela. Isso é tudo o que posso falar sobre ela. E se a sua filha gosta dela, sorte de vocês dois. Eu daria todo o meu dinheiro, os meus bens, para voltar no tempo e escolher ela. Se veio até mim, com uma segunda intenção de saber sobre ela, cuida bem dela, não faz ela sofrer. Saiba que eu invejo você, somente por ter ela. Ela foi, e sempre será o meu primeiro amor. - Oliver limpou as lágrimas. Lembrar que ele não estava com ela quando precisou faz com que sinta uma dor, e um remorso muito grande. Ela e o filho deveriam ter sido a prioridade dele. Não uma faculdade que ele poderia ter feito depois.

- Você continua amando ela, depois desses anos? - perguntou ele com um aperto no peito.

- Sim, só não voltei para ela, por que não me quis de volta. - disse Oliver.

- Por acaso a avó dela é a Francesca Collalto? - perguntou Igor, ao lembrar dela falando sobre a artista.

- Sim, a Luiza é neta da Francesca. E assim como a avó, tem um dom maravilhoso. Aquele quadro foi feito por ela. Tenho outros na minha casa, é uma forma de estar perto dela. - diz ele, ao lembrar dela.

- Eu sinto muito pela perda do seu filho. E ainda mais por vir até aqui e perguntar sobre algo que te machuca. Eu gritei com a Luiza, disse coisas ruins, e ela só estava querendo me ajudar. De fato ela é uma pessoa incrível, e teria sido uma mãe maravilhosa. Ela cuida muito bem da minha filha. E elas tem um amor tão bonito, que chego a ficar com ciúmes. Obrigado, e mais uma vez desculpa. Não sabia, que poderia ouvir algo tão triste assim.

- Eu queria ver ela, poder abraçá-la, e tomar um café. Sei que isso não é possível, então faça um favor. Cuide dela por mim. Não a faça sofrer. Sei que não veio até aqui preocupado com a aproximação dela e da sua filha. Se não souber cuidar dela, deixe-a livre. Assim terá a oportunidade de conhecer outra pessoa, e ser feliz. - disse ele, com o coração partido. Mas, não poderia ser egoísta.

- Eu preciso voltar agora, e assim que possível vá até a minha cidade, será bem recebido na minha casa. Tenho certeza de que a Luiza vai gostar de rever você. - Igor, disse levantando, e estendendo a mão para ele.

- Tenha um bom retorno, só peço que não comente com ninguém essa história. - pediu ele, apertando a mão do Igor.

- Não irei comentar, nem mesmo com a Luiza. Muito obrigado mais uma vez.

- Eu acompanho o senhor até a porta. - Oliver levou ele até a porta e se despediram.

Assim que Igor saiu, Oliver voltou para a mesa dele. Abriu uma gaveta, e tirou uma pasta, dentro tinha alguns papéis e um livro. Dentro do livro havia uma foto dele e da Luiza, de quando foram namorados. Oliver olhava com carinho, e desejava poder estar com ela novamente.

Igor, pegou um taxi e foi direto ao hotel, pegou a mala, pagou a conta e foi para o aeroporto. Voltaria o mais rápido possível para casa. Conseguiu um avião ainda pela manhã, mesmo com uma pequena escala.

Chegou antes da Helena e da Luiza. Subiu para o quarto, e foi direto ao banho. Assim que desceu, procurou por ela. O motorista, avisou que ela estava na boutique.

Igor, resolveu ir até o colégio, e pegar a filha antes do horário.

- Papai. - disse Helena, ao correr para abraçar o pai.

- Oi meu amor. Como você está? - perguntou ele.

- Bem, por que me tirou da aula? - pergunta ela.

- É que eu preciso da sua ajuda. O papai estava nervoso, e acabou gritando com a Luiza. Mas estou muito arrependido por ter feito isso. Eu quero comprar um presente para ela, e pedir desculpa pelo que fiz.

- Papai não pode fazer isso. Eu não quero que a Luiza vá embora. Eu gosto muito dela. - disse a menina olhando nos olhos do pai.

- Eu sei meu amor, mas as vezes eu perco o controle. Me ajuda a comprar um presente para ela?

- Não, o senhor vai comprar sozinho. E não brigue mais com a Lu.Eu vou voltar para a aula. Não se atrase para me pegar. - Helena pegou a mochila e voltou para a aula.

Igor, ficou olhando aquela miniatura de gente. Agora, o que faria?

Ele voltou para o carro, e sentou-se para pensar.

Ele foi até a floricultura. Não fazia aquilo a muito tempo.

Ele olhou em volta, e comprou um presente a ela.

Igor, foi direto para a boutique. Ele entrou, e olhou para a Sonia.

- Boa tarde, senhor Guerra.

- Boa tarde, senhora Stevens. A Luiza está? - perguntou ele, ao ver que ela não estava ali.

- Ela foi até a confeitaria, mas acredito que não vá demorar. - respondeu a mulher ao observá-lo.

- Ok, vou esperar por ela, no carro. Obrigado. - disse ele já saindo.

- Ok. - Sonia achou a atitude dele muito estranha. Mas, era o senhor Guerra.

Luiza, vinha voltando da confeitaria, e quando estava próximo a boutique, ouviu uma voz familiar.

- Luiza Collalto, que prazer em vê-la novamente. - disse o homem, com um tom de voz ameaçador.

- Sabia que você não iria demorar muito para me encontrar aqui. Os urubus andam sempre rondando a presa. - disse ela sem baixar a guarda.

- Nós temos uma certa conversa inacabavel. - disse ele, gesticulando.

- Muito pelo contrário, essa conversa já terminou a muito tempo.

- Eu quero o que você roubou de mim. - ele fala avançando sobre ela. Antes mesmo que pudesse tocar as mãos nela, Igor agarrou o braço dele.

- Algum problema por aqui? - disse Igor, apertando com força.

- Não é da sua conta. - disse ele, tentando soltar-se.

- Igor, solta ele, já estava de saída. - disse Luiza, segurando a mão dele.

- Eu espero que sim. - disse Igor, soltando ele.

- Essa conversa não acabou, você me deve, e vai pagar. E não adianta fugir, eu sempre vou encontrar você. - diz ele ao sair.

- Você está bem? - perguntou Igor, ao olhar para ela.

- Estou sim! Não estava viajando? - perguntou ela, ao soltar a mão dele.

- Cheguei algumas horas atrás. Quem é ele? - perguntou Igor.

- Ninguém. Veio fazer mais roupas?

- Não, vim pegar você, para ir buscar a Helena no colégio. - disse ele, curioso para saber quem era o homem.

- Só vou me despedir da Sonia, e já vamos.

- Vou esperar você no carro.

- Ok.

Luiza, entrou na boutique, e comentou com a Sônia o que acabava de acontecer. Mas, não deu muitas explicações por causa do horário. Ela entrou no carro, e sentou-se no banco de trás.

- Luiza senta aqui na frente, assim me faz companhia. - disse ele.

- Tudo bem, mas quando a Helena entrar, vou sentar com ela. - disse ela, já abrindo a porta.

- O que tem de bom na sacola? - perguntou ele.

- Alguns cupcakes, salgados, e sucos.

- Isso tudo é para o nosso lanche? - perguntou ele, sorrindo para ela.

- É para o lanche, passei o dia fora, e não fiz nada para esperar a Helena.

- Não precisa fazer nada, basta pedir.

- Mas, eu gosto de fazer. A Helena merece.

- Sabe, eu fico muito feliz em ver o carinho com que trata a minha filha, o cuidado, e tudo o que faz para deixar ela feliz. Jamais saberia como pagar a você todo esse afeto. - disse ele, estacionando o carro. - Luiza mais tarde, depois que a Helena estiver dormindo, eu quero conversar com você. Poderia ir até o meu escritório.

- Igor, acho que não temos nada para conversar. Você não quer tentar mudar, não se abre sobre o que te prejudica, eu vou simplesmente desistir de você. Eu vim para cuidar da Helena, e não ficar me metendo na sua vida. Coisa que reconheço que tenho feito demais. Eu peço desculpas por ter feito isso, e prometo tentar me controlar.

- Luiza, eu reconheço...

- Vou pegar a Helena, as crianças já estão saindo. - Luiza abriu a porta, e saiu. Deixando ele sem terminar a fala.

Ela entrou no colégio, e pegou a pequena. Que correu para abraçar ela.

- Você ja viu o meu pai?

- Sim, ele veio pegar você. Agora vamos, eu comprei coisas deliciosas para o nosso lanche. - disse ela, largando a menina no chão, e pegando a mão dela.

Elas caminharam até o carro. Igor observou elas,saiu do carro e abriu a porta para a Helena. Ela beijou o pai, e entrou no carro.

- Você vai na frente. Me faz companhia.

- Eu vou com a Helena aqui.

- Negativo, vem. - ele pegou a mão dela, e abriu a porta para que ela entrasse.

Luiza entrou, e sentou-se. Igor foi para casa com elas. Assim que entraram, Luiza, foi até a cozinha largar as sacolas.

Igor ficou com a Helena.

- Filha sobe, e vai fazendo a sua tarefa, depois desce para lanchar. Eu vou conversar com a Luiza.

- Está bem Papai. Comprou o presente da Lu? - perguntou ela.

- sim, está aqui na sacola. Agora vai.

Helena subiu, e Igor esperou por ela. Luiza organizou tudo nos pratos, e já levou para a mesa. Igor foi atrás dela.

- Que lindos. - disse ele.

- Certamente estão deliciosos. Eu vou ajudar a Helena. Você vai lanchar com a gente? - perguntou ela, já saindo.

- Espera, a Helena vai fazer as coisas dela, e depois vem. Vamos até o escritório, por favor. - disse ele pegando a mão dela. - Vamos, por favor.

Luiza, foi com ele. Igor, abriu a porta para os dois.

- Eu quero pedir desculpas a você. Eu fiquei muito bravo comigo mesmo por ter gritado com você. Eu não devia ter feito aquilo. Eu sei que, não posso voltar atrás no que falei, e sinto muito se de alguma forma magoei você. Não tinha essa intenção, se puder me perdoar. - disse ele, enquanto segurava a mão dela.

- Tudo bem Igor, eu perdou você, mas, não faça isso novamente. Ok? - disse ela, ao puxar a mão que ele segurava.

- Ok, eu quero dar algo a você. Espero que goste. É para agradecer o que tem feito pela minha filha. - Igor entregou o presente a ela.

- Não precisa, tudo o que faço pela Helena é de coração. Não espero nenhuma recompensa. - disse ela, sem aceitar o presente dele.

- Luiza, eu sei que tudo isso é de coração. Quero apenas dar algo a você em forma de gratidão. Por favor aceite, é de coração. - Igor colocou a sacola na mão dela.

- Tudo bem, obrigada. Agora preciso ir. - diz ela já quase saindo.

- Obrigado Luiza, por tudo. - disse ele, abraçando ela. Igor pensou no que o Oliver havia contado a ele. Realmente a dor dele, jamais se compararia a dela. - Eu sinto muito, por ter sido um grosso com você. - ele beijou o rosto dela, e aproveitou para sentir o cheiro dos cabelos dela.

- Agora preciso ir. Obrigada pelo presente. Te vejo daqui a pouco. - Luiza Desprendeu-se daquele abraço e saiu.

Igor, apenas sentiu ela se afastar, até sair pela porta. Talvez não conseguiria o perdão dela por completo.

Luiza, foi até o quarto e colocou a sacola sobre a cômoda.

Foi para o quarto da Helena. Entrou, e ela já estava lavando as mãos para ir lanchar.

- Terminou princesa?

- Sim!

- Bom, então vamos encher essa barriguinha, já escutei ela pedir comida. - Luiza fez cócegas nela.

As duas sentaram-se a mesa. Igor já estava lá, a espera delas.

Eles serviram-se, enquanto elas comiam. Igor observava, e quebrou o silêncio.

- O que vocês acham, da gente jantar fora hoje? - perguntou ele olhando para as duas.

Helena, ficou muito animada com a ideia.

Luiza, olhou com desconfiança a proposta dele.

- Podíamos ir na pizzaria, ou no restaurante de frutos do mar, perto do cais. - disse, esperando uma resposta.

- Pode ser na pizzaria? - perguntou Helena, toda animada.

- Claro meu amor. Então Luiza, vamos? - perguntou ele. Enquanto observava uma expressão de desconfiança.

- Então Lu, vamos? - perguntou Helena.

- Claro que sim. Vamos a pizzaria.

Luiza, achou um milagre ele querer sair para jantar. Mas, Helena estava animada demais, para ela questionar esse convite inesperado. Após o café, elas subiram. Helena tomou banho, e Luiza ajudou ela a se arrumar. Depois que a Helena estava pronta, Luiza foi tomar banho, e se arrumar.

As duas desceram de short, e blusinha. Igor, escutou as risadas vindas da escada, e olhou. Cruzou os braços e ficou olhando para as duas.

- Vocês vão assim? - pergunta ele seriamente olhando para elas.

- Bem achei, que esse short estava comprido demais. - disse Luiza olhando para ele.

- Muito bonito, tudo de perna de fora. Duas moças de família. Desse jeito não dá, como vou sair com as duas sem chamar a atenção. - Ele aproximou-se das duas, e olhou para a Helena primeiro. Cochichou algo no ouvido dela, e ela subiu as escadas.

- O que você falou para ela? - pergunta Luiza, pronta para brigar.

- Nada demais, apenas disse que ela deveria subir e trocar de roupa, não quero aquelas lindas perninhas de fora. E isso serve para você também. Não quero que esses abusados fiquem olhando esses pernões. - disse ele, olhando para as pernas dela.

- Bem que desconfiei da sua boa intenção, qual o seu problema? Eu vou subir lá...

- Deu papai, já podemos ir. - disse Helena entregando o casaquinho dela a ele.

- Quer terminar de falar. - disse ele sorrindo.

- Não!!! - disse ela, fechando a cara para ele.

- Vocês estão lindas. Agora vamos. - diz ele, ao pegar a mão da filha.

Eles saíram, Helena no banco de trás, e Luiza no da frente com ele. Assim que chegaram a pizzaria, e entraram. Receberam olhares curiosos. Sentaram, e pediram refrigerante. Em pouco tempo eles foram servidos.

Assim que pagou a conta, e já estavam de saída. Helena encontrou uma coleguinha, e abraçou ela. Os pais da menina, cumprimentaram Luiza e Igor. Depois, ficaram conversando sobre eles.

Igor caminhou até o carro, e antes de abrir a porta, ele olhou para as duas.

- O que acham de irmos até a sorveteria? - perguntou ele.

- Podíamos deixar para amanhã, durante o dia. Assim, levamos a Helena para brincar no parque. - diz Luiza.

- Mas, podemos vir amanhã também. Não tem problema, a noite está muito boa, vamos aproveitar um pouquinho. - diz Igor, olhando para ela.

- É Lu, vamos, e amanhã a gente vem outra vez. - disse Helena, animada com a ideia.

- Tá bom, vocês ganharam. Vamos para a sorveteria. - disse ela em meio aos abraços da Helena.

Eles foram para a sorveteria. Escolheram os sabores, e sentaram numa das mesas.

- Faz muito tempo que eu não como sorvete. - disse Igor, pensou um pouco e olhou para a Helena. - E, é a primeira, vez que faço isso com a minha filha. - complementa ele, pensando em tudo que poderia ter feito com ela, e não fez.

- Não sabe quantas coisas boas está perdendo. - diz Luiza.

Após terminarem o sorvete, ele convidou as duas para passear. Elas andaram um pouco e depois voltaram para o carro. Igor levou as duas para casa. Helena estava dormindo no carro, ele entrou carregando ela nos braços. Colocou na cama, e tirou o tênis. Luiza cobriu ela, beijou os cabelos e saiu. Igor beijou a filha, e apagou a luz. Saiu e deixou a porta entre aberta.

Luiza entrou no quarto, pegou as coisas dela e foi ao banheiro. Igor foi para o escritório, queria dar uma olhada nas coisas da empresa.

Luiza voltou para o quarto. Acomodou a cama e deitou.

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Minha Opnião

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Realmente ele é o culpado

2023-11-05

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