Rascunho

Luiza, deixou a Sonia em casa, e foi direto para a casa do Igor. Dormiria um pouco, antes de começar a levar tudo para o salão.

Ela chegou as 6h. Foi direto para o quarto, quando acendeu a luz notou que havia alguém deitado. Ela aproximou-se, e olhou para ver quem era.

Luiza, saiu do quarto, e foi até o quarto do Igor. Ela entrou e ele não estava na cama. Ela bateu na porta do banheiro.

Igor estava tomando banho.

- Igor, você está ai? - bateu ela insistentemente na porta.

Igor, escutou as batidas, e a voz dela. Desligou o chuveiro, e pegou a toalha. Abriu a porta e olhou para ela.

Luiza, olhou para ele parado ali, molhado, e com a toalha enrolada na cintura.

- Que merda, você poderia estar vestido. - disse ela, analisando o corpo dele.

- Só se eu fosse mágico. Estava tomando banho. - respondeu ele, ao notar o olhar dela.

- Tá bem, tem um homem no meu quarto. - disse ela, um pouco agitada.

- Luiza, você trouxe um homem para a minha casa? - perguntou ele, indignado.

- Enlouqueceu, lógico que não. Eu cheguei e ele está dormindo na minha cama. - respondeu ela, rapidamente.

- Como esse homem entrou aqui? - perguntou ele, um pouco intrigado.

- Igor eu não sei, só sei que ele está lá. - respondeu ela, um pouco nervosa.

- Vamos lá então. -disse ele, saindo do banheiro.

- E se for um bandido? - pergunta ela, um pouco preocupada.

- Chamamos a polícia. - responde ele.

- Espera, não seria melhor chamar agora. - ela falou, e agarrou o braço dele.

- Luiza, se entrou tem acesso a casa. Caso contrário não teria como. Agora vem, vamos até lá.

Luiza, agarrou a mão dele. Eles foram até lá. Igor abriu a porta, acendeu a luz. E aproximou-se da cama. Ele olhou para o homem deitado ali.

- Frederico acorda, Frederico. - Igor destapou e cutucou ele. - Ei acorda.

- Igor me deixa dormir, estou cansado.

- Como você entrou aqui. - Igor perguntou, já imaginando a resposta.

- Sabe que tenho a chave, agora me deixa dormir.

- Levanta, esse quarto é da Luiza.

- Luiza? Quem é Luiza? - perguntou ele, virando-se. E observando o irmão parado ao lado da cama.

- Levanta, e vai achar outro quarto. - disse Igor, esperando que ele levantasse logo.

- Ei eu conheço você. - disse ele direcionando o olhar para a Luiza.

- Sério...

- De onde você conhece ele? - perguntou Igor, direcionando o olhar a ela.

- Podemos conversar lá fora? - pergunta Luiza.

- Foi na festa ontem, ela me deu o número dela. - disse Fred, com um sorriso malicioso.

- Acho que não tenho nada para fazer aqui. - disse Igor, ao sair pela porta, e a encarar.

- Idiota. - disse Luiza, olhando para Fred.

Luiza saiu atrás do Igor. Correu até alcançar ele.

- Espera. - disse ela ao parar na frente dele.

- Luiza me dá licença, vou terminar o meu banho, você se acerta lá com o seu namorado. - disse ele, com ciúmes e sem olhar para ela.

- Você enlouqueceu, acha mesmo que eu, ia pegar o Fred...

- Está bem íntima dele, até o número do celular passou para ele. - disse ao olhar para ela com um pouco de raiva.

- Igor, mesmo que eu não precise dar nenhuma explicação a você, eu vou dar. Eu só dancei com ele ontem. Não aconteceu nada, e o número de celular que eu dei, foi o seu. Provavelmente, ele vai mandar mensagem para você. - disse ela, olhando para ele.

- Sei, já sei como as coisas funcionam com Fred, agora me deixa passar, eu só quero terminar meu banho. - diz ele, não acreditando no que ela disse.

- É sério que você não vai acreditar em mim? - ela olhou para ele, um pouco frustrada.

- Luiza, eu sei como o Fred é, se não te pegou ontem, vai pegar hoje ou amanhã. - disse ele, ao olhar para ela.

- Vocês são todos idiotas. - disse ela ao sair do caminho dele, e voltar pelo corredor.

Igor, percebeu que havia magoado ela. Saiu atrás dela, e pegou a mão dela. A virou para ele. Segurou ela contra o seu corpo.

- Desculpa, não quis falar isso. Vem, vamos lá para o meu quarto. - disse ele, enquanto colocava uma mecha do cabelo dela atrás da orelha.

- Eu acabei de chegar, eu quero tomar um banho e dormir um pouco. Preciso das minhas coisas. - disse ela, não se importando muito com a aproximação.

- Toma banho no meu quarto, veste uma camisa minha e deita na minha cama. Eu vou resolver essa situação com o Fred. - disse ele, olhando para ela.

- Isso não é certo.

- Até parece que nunca dormiu na minha cama. Se quiser até faço companhia para você. - disse ele sorrindo.

- Engraçadinho você. Só vou aceitar, porque tenho um monte de coisa para fazer. - diz ela, ao admirar aquele sorriso.

- Vamos. - Igor puxou ela pelo corredor.

Eles entraram no quarto e ele fechou a porta.

- Se quiser, pode entrar para tomar banho, depois termino o meu. - disse ele.

- Não, eu espero você terminar.

- Pode pegar uma camisa no guarda-roupa. Não tem muitas opções de cores. É preta, ou preta. - diz ele, já na porta do banheiro.

Luiza, abriu o guarda-roupa. Havia preto, e mais preto, nada branco, azul ou qualquer outra cor. Ela pegou uma, e esperou ele sair do banheiro.

Ela ficou pensando no que havia acontecido. Que coincidência, aquele homem ser irmão do Igor. Nem parecidos são.

Igor, terminou o banho dele, e saiu do banheiro.

- Tem toalha limpa na bancada. Fica a vontade. A cama você já conhece. - Igor sorriu e piscou o olho para ela.

- Você está bem engraçadinho. - Luiza falou e entrou no banheiro.

Igor, vestiu-se, e foi para a cozinha fazer café. Ia esperar a Luiza sair de casa com a Helena, e depois falar com o Frederico.

Luiza, tomou banho, e foi deitar. Estava cansada e precisava dormir um pouco.

Helena acordou, e fez a rotina matinal dela, desceu para tomar café. Ela foi até a cozinha.

- Bom dia Ina, como você está hoje?

- Bom dia pequena, estou muito bem. E você como acordou hoje?

- Muito bem, o meu pai já acordou?

- Sim, está no escritório. Você vai tomar o seu café aqui, ou levo para a sala de jantar?

- Vou tomar aqui, não quero ficar sozinha.

- Tudo bem, então senta, e eu já vou servir o seu café.

Helena sentou-se, e esperou ser servida. Após o café, ela foi até o escritório. O pai, estava trabalhando.

- Bom dia papai. - diz ela, ao entrar.

- Bom dia meu amor, dormiu bem? - perguntou ele, ao pegar ela no colo, e beijá-la.

- Sim! A Lu vai demorar para chegar?

- Ela já está aqui, só que está dormindo. Ela chegou muito cansada.

- Eu vou lá deitar com ela.

- Vai acabar acordando ela.

- Eu fico quietinha.

- Ela está lá no quarto do papai, deixa ela descansar tudo bem?

- O que vou fazer enquanto ela está dormindo?

- Vamos arrumar o seu quarto, o que acha?

- O senhor vai ajudar a Lu a arrumar as coisas?

- Podemos ajudar ela, mas não conte nada. Vou terminar as minhas coisas, e subimos pode ser?

- Tá bem Papai. Posso desenhar?

- Claro meu amor.

Helena, ficou com o pai, até ele terminar o trabalho.

Subiram e foram para o quarto dela. Helena pensou e olhou para o pai.

- Papai, porque a Lu está dormindo no seu quarto?

-Por que o seu tio está no quarto dela.

- O tio Fred está aqui?

- Sim, no quarto da Lu.

- Mas papai, o senhor disse que não queria ele aqui.

- Eu sei, mas, depois o papai vê isso. Vamos abrir as janelas, e arrumar a sua cama.

- Posso ver se a Lu já acordou?

- Meu amor deixa a Lu descansar, hoje seria folga dela. E ela vai ajudar você com a sua festa. Ela precisa descansar.

- Ah, tá bom.

Helena ajudou o pai a organizar o quarto. Depois, eles desceram para ver o que teria para o almoço.

Ina, estava fazendo lasanha. Serviria daqui a pouco o almoço.

Fred acordou, e foi até o quarto do irmão. Ele viu a Luiza dormindo ali. Aproximou-se da cama, e observou ela dormindo.

Ele pensou, se ela estaria com o Igor. Ele saiu, e foi até o banheiro. Depois saiu a procura do irmão.

Igor, já estava a mesa com a Helena.

- Oi princesa minha. - disse ele aproximando-se da Helena, e beijando o rosto dela.

- Oi tio Fred.

- E a sua amiga não vai almoçar? - pergunta ele, olhando para o Igor.

- A hora que ela acordar, ela come. - respondeu ele, sem olhar para o Irmão.

Fred, sentou e almoçou. Helena, terminou o almoço.

- Papai, posso ir até o seu quarto?

- Primeiro escova os dentes, e depois vai. Mas, não acorda a Lu.

- Tá bem. - Helena, beijou o pai, e saiu.

Igor esperou a filha afastar-se. Olhou para o Fred e disse.

- Quando a Luiza, e a Helena saírem, quero falar com você. - diz Igor, olhando seriamente para ele.

- Por que não fala agora? Todos nessa casa sabem tudo sobre a família. - pergunta Fred, já imaginando o motivo.

- Eu disse, depois, que a minha filha, e a Lu saírem. - diz Igor, já irritado.

- O que foi, não contou a verdade para elas? Não vai me dizer que ainda mantém aquela história? - pergunta Fred, com deboche.

- Isso não é da sua conta. E nem pense em envenenar a minha filha. - disse Igor, furioso com ele.

- Sua? Tem certeza disso? - perguntou ele, ironicamente.

- Nós já conversamos sobre isso, eu não sei o que veio fazer aqui, mas quero que vá embora hoje mesmo. - disse Igor, tentando manter a calma.

- Essa casa também é minha, sabe disso. - disse Fred, com um olhar desafiador.

- Eu quero comprar a sua parte, já havia dito isso a você.

- Eu vou vender, mas não será para você. Quero que coloque ela a venda e me dê a minha parte. - diz ele, exigindo a parte dele da casa.

- Eu não vou sair daqui, me fala o valor, e acabamos com essa história.

- Se não quer vender, significa que vai abrir mão da Helena. - diz Fred, ameaçando ele.

- Não vou abrir mão dela, e sabe disso. A Helena é minha filha, e eu não vou vender a casa.

- Faz o DNA, e descobrimos de quem ela é filha. Se não for sua, você vai sumir dessa casa, e não vai voltar nunca mais.

- Você tem uma hora para sair daqui, pega o que é seu, e vai.

- Pensa bem, pode vender a casa, dar a minha parte e continuar com a menina. Ou podemos contar a ela toda verdade.

- Nem pense nisso, eu juro que mato você. - Igor precisava se conter, não queria que a Helena, e nem a Luiza soubessem de nada.

Igor levantou, deixando o Fred sozinho. Foi até o quarto, e a Helena estava deitada ao lado da Luiza.

- Não acorda a Lu. - disse Igor baixinho.

- Ela já está acordada, só está com preguiça de levantar.

- Se você encher ela de beijos, essa preguiça passará bem rapidinho.

Helena, beijou a Luiza e apertou ela.

- Desse jeito, eu vou querer continuar na cama. - disse Luiza, sorrindo para a Helena.

- Já estou até pensando, na possibilidade de deitar. - disse Igor, olhando para elas duas.

- Então deita com a Helena, eu preciso dar um jeito de levantar, e me vestir. O seu irmão já saiu do meu quarto?

- Ele estava lá em baixo, pode ir se vestir, ele não vai subir agora.

- Que bom, já pediu a ele para dormir em outro lugar? - disse ela, já levantando.

- Assim que vocês saírem, eu vou ter uma conversa com ele. - disse ele, olhando para as pernas dela.

- O que foi? - perguntou ela, ao perceber.

- Nada, vou pedir a Ina para preparar um prato para você. - disse ele desviando o olhar, e olhando para a filha.

- Não precisa, eu como um lanche. Poderia, me emprestar o seu carro?

- Posso, a hora que for carregar as coisas me avise.

- Não se preocupe, hoje vamos limpar, e amanhã eu vou cedo para arrumar tudo.

- Eu ajudo você, é o mínimo.

- Vou vestir uma roupa e já devolvo a sua camisa. - diz Luiza, já saindo na porta.

- Bom pequena, vamos nos preparar para ajudar a Lu. Você vai com ela, e depois o papai vai. Preciso resolver um assunto com o seu tio. - disse ele, olhando para a menina.

- Papai, por que ele não mora aqui?

- Ele já está grande, não precisa morar aqui. Essa casa é nossa. - disse Igor abraçando e beijando a filha.

Luiza trocou de roupa, e foi até a cozinha comer algo. Ina, já estava com tudo organizado.

- Oi Ina. Posso fazer um lanchinho rápido. Eu limpo o que sujar.

- Oi Lu, imagina, deixei um prato para você no micro. Só aquecer.

- Muito obrigada, eu não ia comer, mas me deu uma fome. Você vale ouro sabia.

- Sei, menina vou dar um conselho para você, fica longe do irmão do Senhor Guerra.

- Por...

- Ina se já terminou, pode ir. - disse a governanta, olhando para as duas.

- A minha folga será amanhã, hoje vou ajudar a Lu. - diz ela encarando a governanta.

- Quem irá fazer o almoço amanhã?

- Pergunte ao senhor Guerra. Eu só obedeço as ordens que ele me dá.

- Já estou de saída, até amanhã.

- Até terça, amanhã eu não venho.

- Tudo bem.

A governanta saiu, e Luiza olhou para a Ina.

- Em que você vai me ajudar? - perguntou ela.

- Sei lá, e ela precisa saber porque ainda estou aqui?

- Você é uma peça. Agora me diz, porque devo ficar longe do Fred?

- Isso é um assunto pessoal da família Guerra, é apenas um conselho. E se fosse bom, seria cobrado.

Luiza pegou a comida dela, sentou e almoçou pensando no que ela havia falado. Qual mistério envolvia os irmãos Guerra.

Após o almoço, ela lavou o prato, e os talheres.

Foi até o quarto, pegou a camisa do Igor, e levou para entregar.

- Demorei? - perguntou ela ao entrar no quarto.

- Não.

- Muito obrigada pela sua camisa. Agora eu preciso ir, poderia me dar a chave do carro?

- Claro, dirige com cuidado. - disse ele, entregando a chave a ela.

- Ok, vamos Helena? - Luiza estendeu a mão para a Helena.

Igor, acompanhou as duas até o carro.

Ele colocou a Helena no banco de trás. Beijou a testa dela. Entrou no carro, e sentou-se no banco do passageiro.

- Dirige com cuidado, qualquer coisa liga. - disse ele olhando para ela.

- Eu não brinco de velozes e furiosos. Só por que não tenho um carro que nem o do Toreto. - Luiza riu. - Não vai acontecer nada com o seu carro, talvez algum arranhão.

- O carro não importa, mas sim a Helena e você. - disse ele, beijando a testa dela. - Dirige Com cuidado.

- Não fica preocupado, eu vou trazer a Helena de volta para casa. Agora preciso ir. - Luiza piscou o olho para ele.

- Comportem-se.

Luiza, foi embora com a Helena.

Igor, voltou para casa. Ele procurou pelo Fred.

Fred, estava arrumando as coisas dele, num dos quartos.

- Nem se de ao trabalho. Eu quero você fora dessa casa.

- Essa casa também é minha, ou já esqueceu?

- Se tivesse vergonha nessa sua cara, não pisava mais aqui. O que foi, já gastou todo dinheiro da herança?

- Até parece, a sua digníssima esposa, me mantém com a quantia que você manda mensalmente para ela.

- Eu não quero saber de você, e muito menos dela. Vocês se merecem.

- Deveria relaxar mais irmãozinho, eu não era o casado dessa relação. Fazer o que se você não cumpria com o seu papel de homem.

- Fora daqui, eu não quero ver você perto da minha filha, já tinha avisado isso uma vez.

- Sua filha? Sabe muito bem, que os papéis podem se inverter nessa história. Vende essa casa, e me dá a metade do valor, e eu sumo. Tanto da sua vida, quando da vida da sua esposa. Você não esqueceu que é casado ainda?

- Eu não vou dar nada a você, a Helena é minha filha. Agora sai daqui, e não volta nunca mais.

- Não vou Igor, só saio daqui quando vender essa casa.

- Eu pago a sua parte, me fala quanto você quer, diz eu te dou esse dinheiro.

- Não, eu não vou facilitar para você. Achou mesmo que seria simples assim? Você sempre teve tudo, era o melhor filho, o melhor aluno, era o melhor namorado. Mas, a vadia da sua mulher te trocou por mim. Você não teve tudo, e quer saber, eu vou tirar a Helena de você...

Igor, deu um soco nele. E ali começaram uma briga. Igor bateu, mas Fred revidou. Igor, ficou em cima dele. Socou a cara dele, mais algumas vezes, enquanto Fred tentava se proteger.

- Nunca mais fale o nome da minha filha. Ela é minha, você é um miserável, desgraçado, que nunca conquistou nada nessa sua vida. Acha mesmo que pegar aquela mulher foi uma grande conquista? Fica com ela toda para você, ela não vale nada, e você é um lixo que vale menos ainda. Não me importo que tenha pegado ela, mas, o fato de você ser meu irmão, e não ter me respeitado. Você tinha tudo de mim, morava aqui, não pagava nenhuma conta, tinha todo o conforto. Não só você, eu dei tudo o que ela precisava, tudo, ela fazia o que queria, vestia o que queria, joias, roupas, bolsas, carro. Eu mantinha todos esses luxos, você me fez um favor quando pegou ela. Eu sofri muito, vocês destruíram a minha vida, mas isso não importa. Hoje não mais, eu tenho a Helena que é minha filha, e ela encontrou a pessoa perfeita para cuidar dela. Acredite, a Luiza é a mãe que a minha filha precisava. A maior certeza que eu posso dar a você é essa. Achou mesmo que eu não faria um exame de DNA para ter certeza de que a Helena é minha filha. Você é apenas o tio. E para a minha sorte, a minha filha não dá a mínima para você. Talvez ela já saiba classificar o tipo de pessoa que você é. Agora, se não quiser arrumar nenhum problema mais grave, sai da minha casa. Já avisa para a sua amante, que ela nem pense em pisar nessa casa, as coisas vão ficar bem ruins para ela. Ela está morta, agora some.

- Você vai pagar caro, eu quero a minha parte na casa. Se não fizer isso, vai viver um inferno.

- Já dei meu recado a você. - Igor levantou e saiu.

Fred levantou do chão, e jogou a mala longe.

- Isso não vai ficar assim. Não vai, você me paga Igor.

Igor, foi até o quarto. Entrou no banheiro, lavou as mãos, e o rosto. Olhou-se no espelho, e limpou o corte no canto da boca.

Igor, saiu do banheiro, e sobre a cama estava a camisa dele, que a Luiza usou. Ele pegou, e cheirou.

- Bem que poderia ter ficado com o seu cheiro. - disse ele.

Igor guardou a camisa, e desceu para pegar a Ina, e mais uma das empregadas. Ele saiu com elas no outro carro.

Luiza, encontrou com a dona do salão. Pegou a chave, e depois foi pegar a Sonia, e alguns produtos de limpeza.

Elas foram até o salão, abriram e começaram a limpar. Levaram as mesas para a parte de trás do salão. Até a Helena pegou a vassoura para varrer.

Igor, chegou com as duas funcionárias para ajudar.

- Será que precisam de uma ajudinha extra? - disse Igor, assim que entrou.

- Buscou a sua vassoura? - brincou Luiza.

- Não vi você saindo com a sua. - respondeu ele.

- Eu sou princesa, sai de carruagem. - riu e piscou o olho.

- E por que eu tenho que ser o bruxo, não posso ser o príncipe encantado? - perguntou ele aproximando-se.

- Os bruxos são mais interessantes. Todo príncipe vira sapo. - disse ela, assim que ele estava próximo o suficiente.

- Nunca vi uma princesa que gostasse de um bruxo. Mas, se isso me ajuda, eu arrumo uma vassoura. - ele beijou o rosto dela.

Sonia, apenas observou a cena. Não quis comentar nada no momento.

- O que aconteceu na sua boca? - perguntou ela, ao observar ele mais de perto.

- Não quero falar sobre isso, não agora. Mais tarde se quiser conversamos. - Igor pegou a vassoura dela, e afastou-se.

Em pouco tempo eles já estavam com tudo limpo. Luiza, iria levar as coisas, somente na segunda-feira pela manhã. Assim, teria tempo para montar tudo com calma.

Igor, levou as duas funcionárias para casa.

Luiza,levou a Sônia em casa.

- Eu vi em, vai com calma.

- Não vai acontecer nada. - disse Luiza, despedindo-se dela.

Luiza, chegou na casa do Igor. Entrou com a Helena, e a levou direto para o banho. Depois de arrumar a pequena, ela foi para o quarto. Precisava pegar uma roupa para tomar banho. Luiza tomou banho, se arrumou e foi até o quarto da Helena.

- Pronta para descer?

- Sim, papai disse para esperar ele. Vamos jantar fora.

- Ok, ele está no quarto?

- Sim, disse que iria tomar banho.

- Fica aqui, eu vou até lá falar com ele.

- Tudo bem.

Luiza, beijou a cabeça da Helena, e foi até o quarto do Igor. Ela entrou, e ele estava fechando a calça.

- Entrando dessa forma, ainda vai me pegar nu. - disse ele, ao pegar a camisa que ela havia usado para dormir.

- É só me proibir de entrar no seu quarto.

- Como proibiria você de entrar aqui. - O pensamento dele foi muito além do que podia falar.

- A Helena me disse que vamos sair para jantar, se quiser posso fazer comida.

- Não mesmo, você está cansada, e eu não quero ficar aqui, quero sair um pouco.

- Podemos pedir algo.

- Se não quiser sair comigo é só falar. - disse ele bem próximo a ela.

- Eu só quero dormir, estou muito cansada. Amanhã preciso acordar cedo, tenho muita coisa para fazer. - Luiza passou a mão no antebraço dele. - Podemos fazer isso outro dia?

- Tudo bem, o que acha de pedirmos comida, e enquanto esperamos Podemos olhar um filme com a Helena aqui no meu quarto.

- Não prometo ficar acordada até o final.

- Não tem problema, não seria a primeira vez que dorme aqui. - diz ele, enquanto olhava fixamente para os lábios dela. - Além disso, eu prefiro você aqui, bem pertinho de mim. - ele a olhou nos olhos.

- Eu vou pegar a Helena, ela está esperando por nós no quarto. - disse Luiza, tentando fugir daquele contato próximo.

- Então vamos, eu vou pegar o note, e depois já escolhemos o que vamos pedir. - diz ele, beijando o rosto dela. Luiza, estava ficando sem graça.

- O cheiro da sua loção, é muito bom. Gosto de cheiros amadeirados. - disse ela, olhando para ele.

- Mas, nada comparado ao seu cheiro, tem um cheiro tão gostoso a pitanga. E o seu cabelo um perfume tão bom. - ele arruma o cabelo, e acaba rindo sozinho.

- Qual foi a graça?

- Esquece, vamos pegar a Helena. - disse ele ao afastar-se dela.

Luiza, ficou sem entender o porquê ele estava rindo. Ela pegou a Helena no quarto, e voltou para o quarto do Igor.

Ele ao entrar no escritório, encontrou o Fred.

- O que faz aqui?

- Quero os papéis da casa.

- Não vou dar eles a você. Já mandei você ir embora daqui.

- Se tentar me tirar daqui, eu conto toda a verdade para a Helena. Se não vender a casa, eu vou entrar com uma ação judicial, e você vai ter que contar toda a verdade sobre a mãe da Helena. Vai ter que expor toda a sua dignidade. Você escolhe, e não adianta pedir para um dos funcionários comprar, eu vou saber. A escolha será sua, você vende, ou vamos para o tribunal.

- Você não vale nada mesmo, fora da minha casa.

- Nossa casa, está com medo de perder outra mulher para mim? Por isso você quer que eu saia.

- Não sei do que está falando.

- Sabe muito bem. Me deixa ficar, e eu mostro a você que ela é igual a todas.

- A Luiza não é nada minha, então não tem que me mostrar nada. Eu só quero que vá embora.

- Já sentiu o cheiro dela? Já teve o corpo dela grudado no seu? Aquela boca tão próxima, que você pode sentir o cheiro do hálito. Eu tive, nossa uma delícia, devia ter beijado ela. Ela tem uma boca, imagino o que poderia fazer com ela.

Igor socou ele novamente.

- Fica longe da Luiza, não vou deixar que você destrua a vida dela. Se não sair agora, chamo a polícia. Acabou para você. Eu não quero te ver nunca mais.

- Se prepare você comprou uma guerra. E não vou deixar barato.

Igor pega o note, e sai. Se ficasse ali, acabaria cometendo uma loucura.

Fred, fez uma ligação. Conversou por alguns minutos e desligou.

- Você me paga Igor, não vai se dar bem nessa história.

Fred não encontrou nenhum documento. Talvez estivessem guardados na empresa. Ele precisava encontrar.

Igor, respirou fundo antes de entrar no quarto.

Assim que entrou, encontrou as duas deitadas na cama.

- Bom meninas, o que vamos olhar? -perguntou ele, tirando o sapato para sentar na cama.

- Vamos, olhar a bela e a fera.

- Ok, então vamos olhar.

Igor já havia desbloqueado o note, e entrou em outra conta para assessar o aplicativo. Ele colocou no filme e deixou o note sobre a cama.

- O que vamos pedir? - perguntou ele.

- Qualquer coisa.

Ok, vou ligar para saber se tem qualquer coisa. - diz ele rindo.

- Pede massa. - diz Luiza.

- Com almôndega. - gritou Helena. Recebendo um olhar de reprovação sobre o grito. - desculpa, não vou gritar mais.

Igor ligou e fez o pedido deles. Em meia hora de filme, Luiza já estava dormindo. Igor, ajudou a Helena a cobrir ela, e ficaram abraçados olhando o filme.

Quando a refeição deles chegou, Igor recebeu um telefonema. Ele foi até lá, pagou e entrou com a comida.

Helena, acordou a Luiza para comer. Ela sentou na cama, e olhou para a Helena.

- Estou acabada. Acho que não recupero minhas energias nem com um montão de beijos.

- Vamos ver. - disse Helena ao se jogar no colo dela.

Igor entrou no quarto, e viu a cena.

- Não acredito, você vai gastar todos os meus beijos.

- Vai ter beijos para você papai.

- Ainda bem. Vamos comer,, a Luiza está cansada, e quer dormir.

Eles desceram e foram para a cozinha. Pegaram os pratos, se serviram e jantaram.

- Eu vou colocar a louça na lavadora, e vocês vão dormir. Depois passo lá para dar o meu beijo de boa noite. - disse Igor.

- Papai, podemos dormir com o senhor? - perguntou Helena.

- Claro meu amor. - respondeu Igor, animado com a pergunta dela.

- Vamos Lu, vamos dormir com o meu pai. - disse Helena, abraçando a Luiza.

- Não meu amor, você dorme com o seu pai, eu durmo no meu quarto. - respondeu Luiza, ao pedido da menina.

- Dorme com a gente, por favor. - implorou Helena, olhando para ela.

- Não quero que vocês durmam apertados. - respondeu Luiza.

- A cama é bem grande, e já dormimos Juntos. - disse Igor, olhando para ela.

- Por favor. - implorou a menina.

- Ok, como dizer não para você com essa carinha de anjo. Vamos escovar os dentes, e colocar o pijama.

Luiza, levou a Helena para o quarto. Viu o pijama, e esperou ela terminar de escovar os dentes. Vestiu ela, e arrumou o cabelo para dormir. Depois foram até o quarto da Luiza, ela vestiu o pijama, e foi ao banheiro.

Igor terminou de arrumar a cozinha, e foi para o quarto. Fez a higiene dele, vestiu o pijama e deitou. Assim que Helena entrou no quarto, foi direto para baixo das cobertas.

Igor, olhou os pijamas e percebeu que eram parecidos.

Luiza, deitou e abraçou a Helena. Igor, acariciou a mão da Luiza, e ficou observando ela por alguns poucos minutos. Apagou a luz, e manteve a mão dele sobre a dela.

- Boa noite meninas.

- Boa noite papai.

- Boa noite.

Mais populares

Comments

Izaura Pessi

Izaura Pessi

Mais gente esse livro vai ficar assim nesse chove mais não molha,sem graça, não tem beijos não tem nada AFF

2025-03-25

0

Joseli Fatima Sant Ana

Joseli Fatima Sant Ana

Eu acho a Luiza muito chata com ele

2024-11-12

0

Mary Lima

Mary Lima

A mãe da Helena estar vivissima e manda as cartas.

2024-07-16

1

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