capítulo 16

No sábado, Igor acordou cedo. Pegou uma caixa e voltou a tirar tudo o que não queria mais na casa.

Luiza acordou, e se arrumou. Quando desceu viu que ele estava arrumando coisas dentro da caixa.

- Bom dia!

- Bom dia Luiza.

- O que está fazendo?

- Cumprindo o nosso acordo. Gostou do presente? - perguntou ele animado.

- Eu não abri ainda. - disse ela, sem expressar nenhum sentimento.

- Pelo jeito não tem nenhuma intenção de me perdoar. - disse ele, um pouco chateado por ela não ter aberto o presente.

- Tenho, apenas não abri o presente. Deveria continuar com o que está fazendo. Vou preparar um café.

Luiza deixou ele ali, e foi para a cozinha. Preparou o café, e organizou tudo para levar a mesa. Era sábado e Helena, não tinha nenhuma atividade escolar. Mas, ela e Luiza iriam sair para comprar algumas coisas. Luiza, passou pela sala novamente, e deu uma olhada. Subiu para o quarto dela, abriu o presente que o Igor deu a ela. Luiza, deixou aberto sobre o criado mudo. Foi até o quarto da Helena e acordou ela.

Helena levantou e foi direto para o banheiro. Luiza, arrumou a cama da Helena, e abriu as janelas. Elas desceram.

Igor terminou de tirar tudo, e foi se lavar para tomar café.

Sentou a mesa depois delas. Luiza já havia servido a Helena.

Após o café, Helena subiu para pegar a carteira da Luiza.

- Eu quero te agradecer pelo presente. Achei muito bonito, e delicado. - diz ela, olhando para ele.

- Fico feliz em saber que gostou. Onde vocês vão? - perguntou ele, agora um pouco mais feliz.

- Precisamos comprar algumas coisas.

- Eu levo vocês, já aproveitamos para passear um pouco com a Helena. O que você acha? - perguntou ele, ao levantar-se.

- Pode ser, eu troquei o meu dia de sair com a Sônia para hoje. Assim, posso ter tempo amanhã, para resolver as coisas da festa do pijama. Então já sabe que vou deixar a Helena com você.

- Podíamos sair todos juntos, o que acha? - disse ele, na esperança de que ela falasse sim.

- Não Igor, esse é um momento meu e da Sonia de virar o caneco, e aproveitar a noite. Jamais iria levar a Helena para um lugar desses. - disse ela, tentando entender o que ele queria dizer.

- Só achei que podíamos sair com a Helena, e a Sônia, todos juntos. Mas, desculpa. - diz, com um pouco de desapontamento, e ciúmes.

- Hoje não, mas podemos combinar para o próximo fim de semana. Aí vamos a um lugar, onde a Helena possa estar. Não que ela não possa ir onde vamos hoje, mas eu falo em relação a bebida. Ela não precisa ver a gente beber, e nem é correto beber perto dela.

- Entendi, vamos combinar com a Sônia então. Vou subir e pegar a chave do carro, e a carteira.

- Vou acompanhar você, a Helena está demorando.

Eles subiram.

Helena, entrou no quarto e viu uma caixa sobre o criado mudo. Ela foi olhar o que tinha dentro. Pegou o ursinho, e olhou de pertinho. Cheirou as flores, e colocou o ursinho no lugar. Ao largar o urso bateu sem querer na caixa, e derrubou as flores no chão. Quando a Luiza, e o Igor entraram no quarto, ela estava tentando acomodar as flores na caixa.

- Oi meu amor, o que aconteceu? - perguntou Luiza, aproximando-se aos poucos dela.

- Desculpa, eu derrubei as suas flores. - disse ela aos prantos.

- Tudo bem, não vou brigar com você, isso foi um acidente. Agora eu acomodo elas, não tem problema. Você achou a minha carteira? - perguntou ela, ao beijar a testa da menina.

- Sim.

- Tudo bem, senta aqui enquanto eu coloco as flores no lugar.

- Eu vou no meu quarto e já volto para irmos.

Luiza juntou as flores e colocou na caixa. Colocou no criado mudo, e por último o ursinho.

Igor foi direto para o banho, não ia sair com elas sujo de pó.

Luiza e Helena desceram e foram até a sala.

- Lu me desculpa, eu so fui cheirar as flores. Derrubei sem querer a caixa.

- Meu amor, eu sei que foi sem querer. Está tudo bem, essas coisas acontecem. O cheiro das flores é maravilhoso não acha? - pergunta ela, tentando mudar de assunto.

- É muito bom.

- Pronto meninas, desculpa a demora.

- Você tomou banho?

- Sim, imagina se ia sair cheirando a pó com vocês.

- Então vamos.

Igor levou as duas até a loja que a Luiza havia falado. Elas escolheram um pijama rosa, e pantufas. Luiza viu outros pijamas para a Helena. Igor, acompanhou a escolha delas. Luiza, pegou três pijamas para a Helena. Igor, esperou ela chegar no caixa, e aproximou-se para pagar.

- Eu pago. - disse ele.

- Tudo bem, pode separar essas coisas aqui. São minhas. - disse ela a vendedora.

- Não precisa separar nada, pode descontar o valor total. - disse ele, entregando o cartão para a vendedora.

- Não precisa pagar as minhas coisas. - disse ela olhando seriamente para ele.

- Vamos fazer o seguinte, hoje eu pago tudo o que você comprar. Em forma de agradecimento. - disse ele, já colocando a senha.

- Não faz isso. - disse ela rindo.

- Pode rir, já disse que vou pagar.

- Tudo bem então. Posso pegar as sacolas? - perguntou ela, a vendedora.

- Eu levo as sacolas.

Igor, pegou as sacolas, colocou no carro, e acompanhou elas até a outra loja. Luiza escolheu mais algumas roupas para a Helena, e alguns calçados.

Igor, convidou elas para almoçar num restaurante. Elas foram. Depois ele levou elas para comer sorvete, e levou a Helena no parque. Luiza olhou o horário.

- Vamos para casa? Eu preciso dar banho na Helena, e me arrumar.

- Tudo bem, mas vamos pegar algo na padaria, para o café. - disse ele, tentando ficar o máximo de tempo possível com ela.

- Então vamos, mas só porque você disse que vai pagar tudo o que eu comprar.

- Então vamos.

Igor foi até a padaria. Helena, escolheu o que queria para o café. Luiza pegou alguns salgados. Ele pagou, e saíram. Voltaram para casa. Luiza, levou as sacolas e a Helena para o quarto.

Igor, levou as outras sacolas para a cozinha. Pediu a Ina que preparasse a mesa.

Após dar banho na Helena, e vestir ela. As duas desceram para o lanche. Assim que terminou de lanchar, Luiza levantou.

- Onde vai? - perguntou ele.

- Vou me arrumar, não posso me atrasar. - disse ela beijando a Helena.

Luiza foi para o quarto, pegou a roupa e foi para o banho.

Helena olhou para o pai.

- O que foi papai?

- Nada meu amor, só estou pensando no que podemos fazer hoje.

- Podemos olhar filme.

- Tudo bem, lá no meu quarto?

- Sim. A Luiza vai num restaurante no cais. A gente pode ir um dia?

- Vou pensar. - disse ele. Agora já sabia onde ela ia.

Luiza arrumou-se e desceu. Igor, estava na sala com a filha. Ele olhou ela aproximar-se da Helena.

- Eu já vou, se comporte e durma bem. - disse Luiza, beijando a testa da pequena.

- Você está muito bonita Lu. - disse a menina.

- Obrigada minha princesa. Agora preciso ir. Igor eu venho amanhã, provavelmente a tarde. - diz ela, e já vai saindo.

Igor levantou e pegou a mão dela.

- Espera, você vai de que? - pergunta ele.

- Caminhando.

- Eu levo você. Vou chamar a Helena para nos acompanhar. - Igor queria que ela ficasse.

- Eu vou aceitar a sua carona. Vou chamar a Helena.

- Espera. - ele aproximou-se mais dela. - Você está muito bonita. Não vai passar frio com essa roupa?

- Não, nada que uma boa bebida, e algumas danças não resolvam.

- Quem vai dirigir? - perguntou ele, mas a pergunta que queria fazer era outra.

- Pegamos um táxi, não se preocupe. - Luiza, achou estranha a reação dele. Mas, ele estava agindo de forma estranha.

- Vamos, não quero que se atrase por minha causa.

Igor beijou a testa dela, e foi chamar a Helena. Ele podia ver partes do corpo dela. E isso estava deixando ele maluco. Ele chegou na casa da Sônia, e estacionou. Antes dela sair, ele pegou a mão dela. Luiza assustou-se com a atitude dele. Igor beijou a mão dela.

- Cuide-se, se precisar de algo, liga. - ele soltou a mão dela.

- Ok, você está bem? - perguntou ela, um pouco confusa.

- Sim.

- Helena meu amor, durma bem. - Luiza, fez a volta, e beijou a menina. Cochichou algo em seu ouvido. Fechou a porta e entrou na casa da Sônia.

- Bom, o que acha de pegarmos algo delicioso para comer, enquanto assistimos um filme, aproveitamos.

- Vamos. - Helena já estava pensando no que iria pedir.

Luiza entrou na casa da Sônia. Ela estava terminando de se arrumar.

- Cheguei.

- Que linda você está.

- Obrigada. Quer ajuda para terminar de se maquiar?

- Não, já estou quase terminando. Pronta para amanhã?

- Claro que sim, vou pegar a chave cedo, assim podemos limpar e organizar tudo, ou quase tudo.

- Pronta para tomar todas hoje?

- Claro que sim. Vamos aproveitar, não é todos os dias que podemos beber uma.

- E o senhor Guerra está calmo?

- Está, ganhei um presente, e um pedido de desculpas.

- E o que você ganhou?

- Uma caixa com flores, e um ursinho.

- Flores, alguém está interessado.

- Foi para agradecer o que tenho feito pela Helena. Não coloque expectativas.

- Sei, observe e verás.

- Se bem que ele agiu de uma forma estranha. Me elogiou, pegou a minha mão, beijou a minha testa e a minha mão. Me disse para ligar para ele, se eu precisasse. Me defendeu do meu irmão. Ontem saímos para jantar, e comemos sorvete depois, hoje saímos para fazer compras, almoçamos fora, depois levamos a Helena no parque, pegamos algumas coisas na padaria para o nosso lanche, e ele me trouxe aqui.

- Acho que o senhor Guerra está abrindo o coração para alguém.

- Ele está apenas tentando ser gentil. Sabe que ele voltou a tirar aquelas coisas velhas da casa.

- Está tentando agradar você.

- Deixa de bobagem, ele não tem motivo algum para me agradar.

- Eu acho, que ele quer conquistar você.

- Acho melhor irmos, você está falando bobagens.

- Vamos, como estou?

- Divinamente bela.

Luiza e Sônia saíram. Elas foram para o restaurante. Pediram as bebidas, e um aperitivo.

Luiza, conversou sobre o Igor com ela. Até aparecer o irmão, para acabar com a noite delas.

- Então Luiza, vamos conversar? - disse ele, aproximando-se da mesa.

- Eu não tenho nada para conversar com você. Vai embora e me deixa em paz. - disse ela, sem olhar para ele.

- Olha para mim sua vagabunda. - gritou ele, e as pessoas ficaram olhando.

- Para com esse teatro, vocês não terão nada de mim. Já não bastou o que me fizeram passar naquela casa. Você, e o seu pai são dois aproveitadores. Eu tô cansada de ter que ficar mudando de lugar para ficar longe de vocês. Já chega, se continuar com isso, eu vou dar parte de vocês. - disse ela irritada.

- Faz isso, e terá todos os seus bens trancados, pois vamos mover um processo contra você.

-Pensa bem Diego, eu não vou perder muito, já vocês. Some daqui, ou vou acabar com essa história de uma vez por todas. - disse ela, olhando nos olhos dele, e com um tom ameaçador.

- Não pensa que vai me intimidar, eu acabo com você. - disse ele jogando as coisas da mesa para o chão.

- Segurança não deixa ele sair, alguém chama a polícia por favor. - disse ela, para que todos escutassem.

- Me solta, essa mulher é louca. É uma...

- Uma o que Diego, fala. As pessoas querem ouvir. Não esqueça que todas são testemunhas.

- A polícia já está vindo. A senhora precisa de alguma coisa? - perguntou o gerente.

- O que ele quebrou, e a conta da mesa ele vai pagar. O senhor tem câmeras no estabelecimento? - perguntou ela.

- Sim senhora.

- Elas podem servir de provas contra esse senhor. Já soma o que ele precisa pagar. Ele não é confiável.

- Vagabunda, nojenta, não vou pagar nada.

Luiza esperou a polícia no local. Assim que chegaram, o gerente relatou o ocorrido, e eles foram conversar com a Luiza. Depois falaram com o Diego, e com algumas pessoas do local.

Levaram ele, mas antes precisou pagar a conta dos estragos que havia feito.

Luiza acompanhou eles, precisava formalizar a queixa.

Assim, que elas saíram da delegacia, foram para uma festa.

Luiza e Sônia beberam mais um pouco. E foram para a pista dançar. Um homem aproximou-se da Luiza.

- Posso dançar com você? - perguntou ele sorrindo.

- Claro.

Eles dançaram por um tempo, e ele quis beijá-la. Luiza recuou.

- Não disse que podia me beijar.

- Pensei que não iria se importar. - diz ele, aproximando-se mais dela.

- Eu não sei o seu nome, nem te conheço.

- Não seja por isso, meu nome é Fred. Como se chama? - perguntou ele, sorrindo e dançando ao mesmo tempo.

- Luiza, foi um prazer Fred. Mas, eu preciso ir.

- Espera, não rola nem um beijinho?

- Não, quem sabe numa próxima vez.

- Tem namorado?

- Não.

- Só estou de passada, não vou ficar muito tempo. Talvez não haja uma segunda vez. - disse ele, envolvendo ela nos braços.

- Não tô a fim. - Luiza se esquiva das investidas dele.

- Me dá o número do seu telefone então, podemos trocar uma ideia.

- Claro. - Luiza não pensou em outra pessoa a não ser no Igor. Deu o número dele. - Agora eu preciso ir.

- Vou mandar um oi, salva o meu número.

- Claro que sim.

Luiza soltou-se e pegou a Sonia.

- Vem, vamos embora. Já aproveitamos bastante.

- Vamos pedir a saideira.

Elas pegaram outra bebida. Mas, não foram embora. Continuaram na festa.

Igor, assistiu um filme com a filha. Comeram algumas bobagens. Jogaram um jogo, e se prepararam para dormir.

Igor estava pensando na Luiza. O que estaria fazendo?

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Comments

Mary Lima

Mary Lima

Ele vai ficar louco quando atender o telefone /Curse//Curse//Curse//Curse//Curse//Curse/

2024-07-15

2

eva

eva

Helena, não.

2023-09-14

1

Ver todos

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