No sábado, Luiza, foi ajudar a Sonia, na boutique. Elas trocaram algumas ideias.
Igor antes de sair de casa, beijou a filha e deixou carta branca para a Luiza. Ela só não poderia tirar a Helena de casa. Mas, poderia fazer tudo o que quisesse.
Por um momento, ele se perguntou se estaria fazendo o certo.
Pegou a mala, e foi para o aeroporto.
A cuidadora da Helena, não precisou ir até lá. Ela ficaria aos cuidados de uma empregada, até a Luiza chegar.
Luiza terminou de ajudar a Sonia, e saiu sem almoçar. Foi em casa, pegou uma mala com algumas coisas e foi.
Helena apenas saiu do quarto para tomar café, e almoçar. Depois, sentou na sala, para esperar a Luiza.
Assim que escutou a campainha, ela pulou do sofá.
A empregada abriu a porta, e Luiza entrou. Já foi recebida com um abraço.
- Boa tarde, meu anjinho. Tudo isso é saudade? - Luiza já beijou o rosto dela, antes de soltá-la.
- Sim, estava com muita saudade.
- Vamos para o seu quarto, tenho uma surpresa para você.
Luiza, e Helena foram para o quarto. Luiza, colocou a mala sobre a cama, e abriu. Ela retirou uma das roupas que havia comprado para a Helena.
- Vamos trocar de roupa?
- Mas, e o meu pai? - ela disse um pouco insegura.
- O seu pai me deu carta branca, então nós podemos fazer qualquer coisa, desde que a gente não saia de casa. Nós vamos mudar algumas coisas, e em relação ao seu pai, eu me resolvo com ele. Você não precisa ficar preocupada. - Luiza falou de forma determinada, para que ela não sentisse medo.
Helena trocou a roupa, colocou um short,uma blusa, e o tênis. Luiza arrumou o cabelo dela, e prendeu com um laço.
- Já pensou na cor que você mais gosta?
- Eu já, e acho que gosto de rosa, e lilás. - disse a menina ainda em dúvida
- Então hoje nós vamos arrumar o seu quarto. Você gosta dessa cor escura?
- Não, queria que ele ficasse mais claro.
- Então, ele ficará mais claro. Mas não vamos poder dormir hoje nele. O que acha de acampar lá fora. Armamos uma barraca, pedimos pizza, lemos algum livro, e depois dormimos. - Luiza esperava a resposta dela, isso era algo que ela tinha em mente.
- Você, acha que o meu pai não vai ficar bravo comigo? - questiona a pequena menina.
- Helena meu amor, seu pai não tem porque ficar bravo com você. Existem coisas que não estão ao nosso alcance, mas, existem outras que podemos fazer para ajudar as pessoas. Você não acha muito chato vestir preto todos os dias, e estar num quarto que não condiz com a sua idade? Você gostaria de morar num lugar mais cheio de vida, com várias coisas coloridas espalhadas pela casa, ou prefere passar a sua infância toda num lugar assim? - talvez as perguntas feitas por ela fossem complexas demais para uma menina de cinco anos.
- Eu gostaria de ter cores, e flores que nem a casa da tia Sônia. Mas, essa é a casa do meu pai, e eu amo ele. Não quero que fique triste. - Luiza sentiu um aperto, ao ouvir ela falar aquilo.
- Talvez o seu pai, só precise de alguém para incentivar ele a sair dessa escuridão. Não precisamos mudar a casa toda, mas podemos mudar o seu quarto. Você não gostaria de entrar e ter cores bonitas na parede, uma estante, ou caixa com brinquedos. Você é uma criança, e precisa de um lugar adequado para uma criança. - Luiza só queria que ela pudesse se sentir mais aliviada, sem aquele peso de cores escuras.
- Tudo bem, mas promete que o meu pai não vai ficar triste?
- Eu cuido do seu pai depois. - Luiza pensava que um choque de realidade no Igor seria bom.
Ela, e a Helena desceram juntas. Ela foi atrás de uma empregada.
- Por favor, poderiam tirar as coisas da Helena do quarto. Vamos pintar as paredes, e fazer algumas mudanças.
- Como pintar as paredes? - pergunta a empregada sem entender.
- Faça o que a senhorita está pedindo, o senhor Guerra deu carta branca para ela. A responsabilidade será deles. - disse a governanta com aquela cara amarrada dela.
Luiza olhou para ela, e por algum motivo não simpatizava com ela. Ela sentou com a Helena para escolher a cor da tinta. Optaram por branco e rosa. Ela fez a encomenda, e pediu para entregarem. Ligou para a Sonia, e pediu para mandar os dois jovens que ela havia conversado mais cedo.
Ela conversou com o motorista, e pediu a ele para pegar umas sacolas na casa da Sônia.
Luiza, e Helena, ficaram conversando. Ela queria saber como ela gostaria que fosse o quarto dela. Helena contou tudo a ela. Ela detalhou tão bem, que Luiza podia imaginar perfeitamente. Ela entregou o celular para a Helena.
- Escolhe a cama que você quiser, o roupeiro que quiser, tudo o que você quiser ter no seu quarto. Escolha com muito carinho, esse será o meu presente para você. - Luiza entregou o celular na mão dela, e ficou abraçada nela.
Helena mostrou a ela o quarto que queria. Luiza fez o pedido, e pediu para entregar assim que pudessem. A loja não fazia entregas, então ela ligou para a Sonia para conseguir alguém que fizesse isso.
Elas resolveram isso. Após tudo resolvido, elas foram caminhar pela propriedade, precisavam escolher um lugar para armar uma barraca.
Ao andar pelo lugar, Luiza pode ver a grandeza do local. Mas abandonado, e fazendo com que tudo ali parecesse morto.
- O que acha de colocar a nossa barraca aqui? - diz ela, animada olhando para a menina.
- Pode ser, mas não sei se temos uma barraca. - Helena fala, e a Olha.
- Bom, precisamos descobrir. Caso contrário teremos que acampar na sala.
- Ou podemos dormir no quarto do meu pai. - disse ela sorrindo para Luiza.
- Essa é uma ideia fora de cogitaçao. Seu pai não iria gostar. - ela já pensou no Igor brigando com elas por estarem ali.
- Eu durmo às vezes com o meu pai, mas só quando está chovendo. - Aquilo era algo quase confidencial, algo que a Luiza jamais imaginou.
- Bom, mas você é filha dele. Ele ficaria bravo comigo, estaria invadindo a privacidade dele. - ela pensou, ele bravo ou não, não faz nenhuma diferença.
- Mas ele não vai saber, somente nós duas. - a menina sorriu tentando convencê-la.
- Depois veremos o que fazer. O que quer fazer agora?
- Podemos ler um livro?
- Claro que sim.
Elas foram até o escritório, e procuraram por um livro. Helena encontrou um, e entregou a ela. As duas sentaram na cadeira do Igor, e começaram a ler. Helena leu uma parte, e Luiza outra.
A empregada avisou ela da chegada dos três homens. Ela foi até lá com a Helena. Elas subiram, e Luiza mostrou como queria as paredes. Eles começaram a preparar tudo para começar a pintar. Como era na parte interna da casa, eles poderiam ficar até terminar. Mas seria rápido, já que eram três.
O motorista chegou com três sacolas enormes. Ia levar até o quarto da Helena, mas não poderia deixar lá. Ele levou para o quarto seguinte.
A governanta foi até o escritório, avisar que o lanche seria servido. Elas foram até a mesa, e Luiza serviu a Helena.
Alguns minutos depois, o caminhão chegou, com os móveis do quarto da Helena. Luiza sabia que ainda não podia colocar no quarto, pois não haviam terminado de pintar. Perguntou ao motorista onde podia colocar. Ele mostrou o quarto ao lado, onde foram colocadas as sacolas. Eles deixaram as caixas todas lá. Luiza precisava conseguir um montador, para montar todos os móveis no domingo. De preferência pela manhã.
Elas ligaram a TV da sala, e procuraram algum canal para assistir. A TV era antiga demais, sem nenhuma conexão com a Internet. Então nada de interessante podia ter. Elas se olharam, o escritório, o notebook do Igor estava lá. As duas foram rapidamente, já pegaram o carregador, e conectaram. Ligaram o note, mas não tinham a senha. Luiza perguntou a Helena o que podia ser. Ela não sabia, elas tentaram algumas vezes. Mas nada.
Igor já estava no restaurante do hotel. Quando chegou uma mensagem no e-mail dele. Ele olhou, e ligou para casa. A governanta atendeu.
- Alo.
- Onde estão a Helena e a Luiza?
- Estão no escritório senhor.
- Eu vou ligar para ela.
- Senhor...
Igor já havia desligado, e já estava ligando para a Luiza.
- Alô.
- O que está fazendo?
- Estou no escritório com a Helena.
- Vocês estão mexendo nas minhas coisas?
- Bom, estamos...
- Que belo exemplo está dando para a minha filha...
- Calma, apenas estávamos querendo assistir um filme, e a sua TV da sala é antiga. Então pensei em olhar no notebook. Mas não sabemos a senha.
- Isso que está fazendo é errado.
- Desculpa, eu sei. Mas não sabia que era algo tão importante para ter senha.
- Claro que é, trabalho com ele.
- Ok, já pedi desculpa. Não vamos mais mexer.
- Como está a Helena?
- Bem, não se preocupe. Quer falar com ela?
- Sim!
- Oi pai.
- Oi Helena, o que está fazendo?
- Desculpa pai, a gente só ia olhar um filme.
- Eu já disse a você que não pode mexer nas minhas coisas do trabalho.
- Eu sei, não vamos mexer mais. Desculpa.
- Amo você, agora passa para a Luiza.
- Também amo você pai.
- Não precisava ter reclamado com a Helena a errada sou eu.
- Disso tenho certeza, mas ela também precisa responder pelos seus erros. Precisa ser lembrada por alguém mais ajuizado de que não é legal ficar mexendo nas coisas das pessoas.
- Você me deu carta branca, não disse que eu não podia fazer algo. Carta branca, passe livre.
- Pensei que não fosse preciso dizer a você esse tipo de coisa. Eu preciso desligar, tchau.
Igor desligou e nem deu espaço para ela perguntar a senha.
- Bom, vamos achar outra coisa para fazer. Talvez possamos ir até o seu quarto e ver como está ficando. - não tinha muitas opções no momento.
- Pode ser, você acha que vai ficar bonito?
- Eu acho que vai sim, amanhã já podemos montar as coisas que compramos. Não nós, mas o montador.
- Então vamos.
Luiza, levantou e foi com ela até o quarto. Eles estavam esperando a tinta secar para pintar novamente.
- Oi meninos! Viemos dar uma espiadinha, queriamos saber como está ficando.
- Mais uma passada de tinta, e estará pronto. Era isso que você queria.
- Era sim! Está perfeito. O que achou minha princesa? - ela pergunta a menina que olha admirada para o quarto vazio, e com as suas paredes em rosa e branco.
- Está muito bonito, obrigada Lu. - diz ela, abraçando a Luiza.
- Devemos agradecer aos meninos também, a final foram eles que fizeram todo trabalho.
- Obrigada senhores. - disse ela, um pouco tímida.
- Merece minha linda.
- Agora vamos, podíamos fazer um desenho o que acha?
- Pode ser, vamos precisar de papel, e lápis.
- Eu sei onde tem, vamos.
Luiza foi até o escritório do Igor, pegou duas folhas, um lápis e uma caneta. Elas sentaram na sala, e colocaram os papéis sobre a mesa de centro. Decidiram o que iriam desenhar, e começaram.
Igor estava conversando com os seus amigos. Mas, ao mesmo tempo pensava na possibilidade de mandar a senha do notebook para elas. A final, era apenas um filme. Após, o término da reunião, e do jantar. Igor decidiu voltar para casa. Chegaria no meio da noite, mas estaria lá.
O quarto da Helena ficou pronto, antes delas começarem a comer a pizza. Então, elas subiram, e deram mais uma olhadinha. Helena ficou animada, e já queria montar os móveis. Luiza convenceu ela de esperar até o dia seguinte.
Elas agradeceram aos pintores, Luiza deu a eles um cheque, para ser descontado na segunda-feira. Agradeceu, e lhes deu uma pizza a cada. Ela, e Helena sentaram na sala, comeram pizza e tomaram refrigerante. Depois limparam tudo, subiram, tomaram banho, e decidiram dormir na cama do Igor.
Como ela imaginava, nada claro. Aquilo era de dar medo. Mas a cama, era super confortável.
- Eu gosto do cheiro do perfume do meu pai. Sente. - Helena estava dando a ela o travesseiro do pai, para que ela cheirasse e sentisse o cheiro.
- É bom. - disse ela, um pouco sem graça. Não tinha o hábito de ficar cheirando o travesseiro das pessoas.
Luiza contou uma história a ela, e depois dormiram.
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Atualizado até capítulo 46
Comments
Maria de Fatima Chaves
Eita que o Igor vai pirar kkk
2025-04-02
0
Katia Soares
minha neta que e minha princesinha tbm chama Helena
2024-10-12
0
Katia Soares
gente quanto tempo não sinto emoção ao ler um livro fico torcendo pra chegar a hora do lanche no meu trabalho e a hora de ir embora pra continuar a leitura.
/Drool/
2024-10-12
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