| "Tenha Coragem Minha Menina"

Hüseyin: Explica essa merda Can!

Can: Calma Hüseyin, é uma exigência do Mustafá.

Hüseyin: Não vou me casar com a vadia do Mustafa!

Ayla: Hüseyin sai com ódio da sala, acho ótimo, porque ele está descontrolado.

Can, pode mudar isso? A herança é um direito do Hüseyin como herdeiro legítimo do Mustafa. Não preciso de nada disso.

Can: Leia a carta primeiro, esse era o último desejo do Mustafa. Ele não queria que ficasse sozinha Ayla, só não contava com o humor do Hüseyin.

Ayla: Também com contava com esse bom humor todo.

Can: O fato pai ter abandonado ele, deixou marcas profundas Ayla. Não estou falando que isso justifica tudo, mas o Hüseyin é um homem solitário.

Ayla: Ele lembra muito o Mustafá quando conheci ele.

A minha voz sai embargada, que saudades do meu pai!

Can: No final ele só queria o perdão de Hüseyin e você ao lado dele.

Ayla: Esteve com ele?

Can: Estive Ayla, o casamento não fazia parte do testamento, mas ele pensou que teria mais tempo. Queria te apresentar ao Hüseyin e imaginou que ele iria cuidar de você. Tudo mudou com a piora rápida dele e a rejeição do Huseyin. Ele não teve tempo de conversar com ele e se desculpar, porque o Huseyin não permitiu essa aproximação.

Ayla: Ele perdeu a oportunidade de conhecer um pai maravilhoso. Mustafá era um homem frio e solitário como Huseyin, mas ele quis mudar.

Can: Ayla, depois da cena que presenciei aqui na sala, me preocupa deixá-los sozinhos. Se aceitar o contrato e casamento, gostaria de me hospedar aqui se permitir.

Ayla: Vou ler a carta do Mustafá e assim que tiver uma resposta, será o primeiro a saber.

Can: Ayla sobe as escadas e vou atrás do Huseyin.

Ayla: As minhas mãos tremem, abro a carta, fecho os olhos assim que vejo a letra do Mustafa e sinto uma angústia terrível.

Pai, porque me deixou? Me ajuda, por favor. Me disse antes de partir "Tenha coragem minha menina!", não sei se tenho.

Tércia: Ayla, posso entrar?

Ayla: Pode Tércia.

Tércia: Trouxe o remédio para dor de cabeça que pediu. A funcionaria nova chegou.

Ayla: Apresente a casa e as funções para ela, irei conhece-lá mais tarde. Obrigada Tércia.

Tércia: Você vai ficar bem Ayla!

Ayla: Abraço a Tércia, tomo o remedio e ela sai. Abro a carta e reuno toda coragem que tenho para ler.

Filha, sinto muito por partir sem me despedir. Sei que deve estar sendo muito difícil para você lidar com o luto. Tomei algumas decisões que acredito que possam assegurar a sua proteção no futuro. Pelo pouco que investiguei o Huseyin ele está como eu estava quando te conheci. A dor ela molda cada uma pessoa de um jeito diferente, você com tudo que passou não perdeu a alegria e a doçura. O meu último desejo é que se case com Huseyin e que nesse período de um ano cuidem um do outro. Sei que é um pedido egoísta e sinto muito por isso. Passei os últimos anos tentando moldar a sua personalidade, queria que fosse mais forte, mas com o tempo entendi que poderia ser forte sem mudar o seu jeito e sem perder a sua sensibilidade. Leu certo, chamei tanto a sua atenção por ser sensível demais, mas a verdade é que essa sensibilidade é o que te tona tão humana. Estava doente quando te conheci, o meu medico me deu no máximo dois anos de vida com o estilo de vida que levava. Mas, com os seus cuidados, dois anos se transformaram nos melhores quatros anos da minha vida. Obrigada minha filha por me ensinar o que é amar e ser amado, me mostrou como ter alegria nas coisas mais simples da vida, por isso serei eternamente grato. Dá onde quer que esteja vou continuar cuidando de você. Eu te amo minha filha e continuarei te amando, mesmo que esse velho coração teimoso, pare de bater.

Ayla: Vou honrar o seu último pedido pai, eu te amo. Amo demais...

Do lado de fora da mansão...

Can: Encontro o Hüseyin andando de um lado para o outro vizivelmente alterado.

Hüseyin...

Hüseyin: Sabía dessa cláusula absurda?

Can: Sabia, mas era sigilo advogado e cliente.

Hüseyin: Desde o começo sabia que tinha um conflito de interesses, quando atendeu o homem que se diz meu pai, sendo você o meu amigo.

Can: Fiz o que julguei que era o melhor para você.

Hüseyin: Pensou que era melhor para me casar com prostituta do Mustafá?

Can: Está sendo injusto com Ayla, está jugando ela sem conhecer a sua historia.

Hüseyin: É de domínio publico que o Mustafá se envolvia com prostitutas de luxo, não acha estranho ela morar na mansão e se intitular a dona da casa?

Can: Huseyin ela...

Hüseyin: Não quero saber nada sobre essa mulher! O desgraçado foi embora, viveu a vida dele sem se importar com o próprio filho, não deveria me surpreender com o fato dele me obrigar a me casar com a mulher esquentava a cama dele. Pois bem, vou me casar, ficarei com tudo que é meu por direito e que Deus me ajude para não esganar essa vagabuda durante o ano, que serei obrigado a viver debaixo do mesmo teto que ela.

Can: Vou redigir o contrato de casamento. Sei que é controlador, mas a Ayla é diferente. Isso que aconteceu de você quase agredir fisicamente uma mulher, não pode se repetir nunca mais. Se tivesse continuado, teria se arrependido. Ela é uma menina e acabou de perder a única pessoa que tinha no mundo. Não seja tão cruel!

Hüseyin: Esta preocupado demais com a Ayla, Can!

Can: Dentro do meu peito tem um coração Hüseyin, não coloquei uma pedra igual você. Não preciso gostar dela para me compadecer do seu sofrimento!

Hüseyin: Se não sente, não machuca. Esse é o ponto!

Can: Está enganado, assim machuca muito mais.

Entro para finalizar o contrato de casamento da Ayla e do Hüseyin, muito preocupado com esse casamento por contrato.

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