O Herdeiro Do Magnata E A Noiva Por Contrato
Me chamo Ayla, nasci e morei na Turquia até os 10 anos de idade. Atualmente tenho 16 anos, é moro no Rio de Janeiro com a minha mãe. O meu pai foi embora quando tinha 10 anos, ele apenas saiu de casa e não voltou mais. A minha mãe é viciada em drogas e imagino que esse foi o motivo dele nos abandonar. Depois que ele se foi, a minha mãe piorou e viemos morar com a minha tia no Brasil. Aos 12 anos perdi a minha tia, ela teve um infarto e não pudemos fazer nada por ela. Mais uma vez a minha mãe se entregou as drogas.
Comecei a trabalhar como babá na vizinhança, todos aqui conheciam a nossa história e acabavam nos ajudando de alguma forma. A casa da minha tia ficou para minha mãe, não pagar aluguel era ótimo, mas ainda tinha água, luz, gás, compras e muito mais. A minha mãe não parava em nenhum emprego e por essa razão aos 14 anos precisei assumir a casa e passei a cuidar dela. Trabalhava de babá e faxineira. Aos 16 anos comprei uma identidade falsa e comecei a trabalhar num bar servindo mesas. Não era fácil, ficava exausta, parei de estudar, porque não conseguia ficar acordada durante as aulas. A minha mãe finalmente parecia estar melhor e tive esperança que as coisas iriam mudar.
Ayla: Chego em casa cedo depois de uma longa noite de trabalho, a porta de casa está aberta e já imagino o que aconteceu. Entro em casa em passos lentos e encontro a minha mãe desmaiada com uma seringa no braço. Fecho a porta me sento de vagar, escorando as costas na parede com lágrimas descendo pelo rosto. Estou tão cansada, oro, suplicando a Deus entre soluços, que continue me dando forças, está difícil. Me levanto seco as minhas lágrimas, tiro a seringa do braço da minha mãe, organizo a casa e começo a preparar o café da manhã com uma angústia no peito. Encaro a minha mãe dormindo, ela parece tão serena. Alguém bate na porta, tiro o avental e vou atender.
Neném, é o que estou pensando?
(Neném, 22 anos)
Neném: Porra Ayla, sinto muito. Achei melhor ser eu a vim cobrar. A sua mãe fez merda!
Ayla: Quanto ela está devendo dessa vez?
Neném: Ela estava comprando com outros aviãozinho, não tava sabendo, tá ligado? Não era muito, mas ela deu a casa como garantia e o prazo de pagamento venceu!
Ayla: A casa?
A minha voz quase não sai.
Neném: Agora tem 24 horas para pagar.
Ayla: Não tenho dinheiro Neném. Meu Deus!
Neném: Poseidon quer a grana, a casa e problema para vender. Se não puder pagar, sabe o que rola não é mesmo?
Ayla: O que acontece?
Neném: O Poseidon vai mandar a Sanem para as ruas.
Ayla: Não Neném, pelo amor Deus. Posso falar com o Poseidon? Tentar um acordo? Posso pagar a dívida.
Neném: Poseidon não faz acordo Ayla, pode ir no lugar da tua mãe. Com a identidade falsa que te vendi, pode ir para o catálogo de luxo e pagar essa dívida numa noite.
Ayla: Respiro pesado encarando a minha mãe deitada no sofá. Se ela for para as ruas se prostituir sei que tudo vai piorar. Seco uma lágrima que nem tinha notado que rolou pelo meu rosto e respondo o Neném com a voz tremula.
Eu vou!
Neném: Para sua sorte tem um Magnata turco chegando no Brasil. Ele não tem fama de ser agressivo, só que é um coroa. Chega amanhã da Turquia e vou mandar você. Não vacila Ayla, é o meu que tá na reta.
Ayla: Neném me fala que tenho que comprar uma langerie fina, ele sai, corro até o banheiro e vômito. Só de pensar em me prostituir o meu estômago revira, me sento no chão com as mãos na cabeça completamente desacreditada no rumo da minha vida.
(Sanem, 38 anos)
Sanem: Ayla, está tudo bem?
Ayla: Mãe, como está se sentindo?
Sanem: Eu... Eu usei filha, mas foi a última vez, vou parar!
Ayla: Lavo o rosto e sigo com a minha mãe até a cozinha. Queria dizer que acredito nela, mas sei que ela não vai parar e essa não foi a última vez. Me sento em silêncio na mesa esperando ela começar o discurso de sempre.
Sanem: Não é fácil Ayla ser mãe solteira, o seu pai foi um covarde nos abandonando. Dói ser rejeitada, não sei lidar com tudo sozinha. Eu vou parar, estava sobrecargada, mas te prometo que essa foi a última vez.
Ayla: Eu sei mãe, vamos ficar bem.
Sanem: Preciso comprar algumas coisas para mim filha, quero voltar a trabalhar, assumir o controle da minha vida. Pode me dar algum dinheiro?
Ayla: Ainda não recebi mãe.
Sanem: E as gorjetas do bar?
Ayla: Passei na dona Lurdes e paguei ela. Tinha pegado dinheiro emprestado para o gás.
Sanem: Que velha mesquinha, é aposentada e sozinha, não entendo como tem coragem de cobrar um gás. Precisa parar de ajudá-la, ela é muito egoísta!
Ayla: Verdade.
Respondo qualquer coisa, não quero discutir com a minha mãe, a minha cabeça está explodindo e só quero um pouco de paz. A dona Lurdes é maravilhosa e sempre nos socorre nas emergências. Tenho que insistir para ela aceitar quando pego dinheiro emprestado, jamais deixaria de pagar. Me levanto e vou lavar a louça ouvindo a minha mãe reclamar de tudo. Termino a louça e encontro ela mexendo na minha bolsa.
Sanem: Queria um hidratante labial, a minha boca está ressecada.
Ayla: Está no meu quarto, vou pegar para você mãe.
Subo até o meu quarto, pego as gorjetas que sobraram de dentro do meu tênis e escondo em baixo da cama. Pego o hidratante labial, desço e entrego para minha mãe. Dou uma faxina na casa e sigo para o bar, trabalho a madrugada toda e pela manhã vou ao shopping comprar uma lingerie. Compro o que dá com o dinheiro que tenho e volto para casa. A minha mãe está dormindo, me arrumo com uma maquiagem pesada para não parecer tão nova, coloco a lingerie e me seguro para não chorar. Termino de me arrumar e saio em silêncio para o endereço que o neném me enviou.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Day Ferreira Novaes Ferreira
comendo agora e torcendo pra gosta pois passei um tempo sem ler por não encontar um bom livros pois a maioria as histórias são todas parecidas mas estou torcendo pra gosta desse
2024-11-02
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Luciana Santos
esse vício destrói damilia amada vc é linda
2024-11-03
0
Andreia Carla
o vício é terrível
2024-11-01
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