Hotel, Organização- Washington D.C
21:30 PM.
1 ANO DEPOIS….
POV’s Mabel
Nada recuperada, tive que comparecer a força. Hoje será nomeado a escolha do novo chefe da Organização. Tive que comparecer nesse ninho de cobras.
— Cheguei.
Os olhares da mesa circulam até mim, os sócios me amam, esses velhos nem disfarçam o quanto se sentem atraídos pelo meu corpitcho. Ignoro atenção toda que recebo, eu sei que sou bonita, mas prefiro manter a elegância de não me importar.
Sou confiante o bastante para chegar onde eu quero.
Se eu fosse armar um barraco, a primeira coisa que faria era puxar pelos cabelos a acompanhante que Nameless trouxe. Eu até ignoraria o fato dela ser a minha irmã.
— Como vai, Giulia?— a cumprimento, na maior delicadeza. E por pura educação.
— Bem, Mabel.— responde, toda sem jeito.
Esse seu lado sonso, chega a dá no-jo.
— Que bom! Tu parece ótima por sinal.— a elogio, com ironia, vendo o seu rosto bem maquiado.— O que dinheiro não faz, não é mesmo?— dou a alfinetada, direcionando comentário a todos.
— Sim, Mabel, está certa.— Giulia resolve rebater, sua voz está até mais atrevida. — Principalmente quando as pessoas mudam os rostos dos outros, sem autorização delas.— comenta aquilo, como uma indireta.
— Pois é, mais as pessoas se tornam tão mal-agradecidas depois. Infelizmente essa é a vida. Uns não reconhecem o que os outros fazem, e na primeira oportunidade apunhala. — fito com desdém ambos. Nameless permanece cabisbaixo, talvez vergonha, ou porque é um covarde e não tem coragem de bater de frente comigo. — A gente faz todo sacrifício para pagar vários cirurgiões plásticos, para depois a pessoa querer retornar com o rosto normal. Não é mesmo, Giulia?
— Qual é o seu problema comigo, Mabel? Por que está me humilhando?
—Te humilhando, Giulia? Por Deus! Para de se fazer de coitada. Se fosse para eu te humilhar, eu diria que você não deveria nem está sentada nesta mesa, primeiro de tudo.
— Eu também concordo.— Dmitry se impõe. — Ela é uma simples hacker da nossa equipe, meus caros, não sei nem o que diabos caiu de paraquedas aqui.— acrescenta, pondo mais lenha na fogueira.
Os sussurros e os cochicham aumentam, a maioria indignada com a presença da “penetra”. Os gringos só vem uma vez no ano nos EUA, comparecem apenas em ocasiões como essa, alguns deles até votam por videoconferência.
—Ela pode ser uma policial disfarçada. — um dos mafiosos se exalta, se levantando da cadeira ao apontar para sonsa que se comporta até como uma dama.
Toda sua elegância não serve para nada. No final de tudo, ela será apenas mais uma sobra para Nameless.
— É verdade, a nossa segurança pode está ameaçada.— jogo mais veneno, observando a feição de irritação estampada na face do principal envolvido.
Os ânimos se alteram e as vozes ficam mais altas. Uns discutindo, outros querendo a expulsar de imediato.
Por um momento, avisto-a querer se levantar da cadeira para se retirar, mas o filho da puta a impede, tocando em seu pulso. Me incomodo com o climinha que rola na troca de olhares que ambos dão um pro outro.
— Ela está comigo.— ele pronuncia em alto e bom tom. E o silêncio na sala toma conta.— E ficará.— afirma, havendo um brilho diferenciado de admiração na maneira de como a olha.
— Se fosse assim, eu traria o meu ficante e os gringos as esposas. Acho isso injusto.— não me calo, chamando atenção daquele que quer dar um de chefão.— Vocês não concordam, pessoal?
— Mabelzinha tem toda razão.— seu irmão me defende.— Não vamos abrir exceções. É melhor a hacker esperar lá fora. Está inclusive atrapalhando a nossa reunião.
— Ela não irá para lugar nenhum.— novamente Nameless a impede de sair, insistindo em nos afrontar.— Ela é a minha mulher. — entrelaça os dedos das mãos um do outro. Reviro os olhos, achando a cena ridícula. — E quem toma as decisões a partir de agora, sou eu.
— Peraí.— o interrompo.— Ainda nem ocorreu a votação para você se nomear chefe. Eu quero me candidatar a vaga.— o comunico.— Os sócios não vão eleger um cafajeste como você, Nameless. — dou ênfase, adorando rebaixa-ló na frente de todos.
— Não só vão, como já elegeram.— me corrige, sorrindo vitorioso.
Bufo bem fundo, por ele ter agido por nossas costas. Nem Dmitry está ciente dessa votação. Fico tão puta com essa palhaçada.
— Aqui é uma democracia ou é uma ditadura? Esse homem não tem capacidade nenhuma de ser líder nosso! — gesticulo pelas condições físicas.— Nem andar ele consegue.
— Você está pegando pesado, Mabelzinha.— ouço o cochicho de alerta próximo ao meu ouvido.
— Vai ficar do lado dele agora, Dmitry? Nameless faz o que quer nessa bosta, e vocês abaixam a cabeça! Se fosse eu, a passada de pano seria igual?— comparo. — Lógico que não! Porque sou mulher, devo ser submissa aos caprichos de vocês. Vou me retirar dessa merda, antes que eu faça alguma besteira que eu possa me arrepender depois.
— Se você sair por aquela porta, será considerada uma traidora.
Sou desafiada e olho em sua direção, Nameless está se achando o máximo. Esse império todo, jamais irá me silenciar.
— Vai me matar, assim como você fez com Annabelle? Até hoje minha irmã está desaparecida. E você inventa para minha família que ela está ótima. Mas essa sua farsa…— olho também para outra, que compactua.— Não ficará assim. Eu vou encontrar o corpo dela e vou provar que você a matou na noite que ela contou que tinha feito o aborto.
— Suas alegações são todas infundadas!— alega, querendo me passar como maluca. — Não sei onde você quer chegar com isso.
— Claro que sabe! Você é um assassino. E essa daí…— sinalizo.— É a tua cúmplice! — Giulia ergue a cabeça, arregalando os olhos.— Não adianta fazer essa carinha de sonsa não. Pensa que eu não sei que você está amando roubar a vida da Annabelle.
— Eu não roubei a vida de ninguém, Mabel.
— Não se justifique.— ele a cutuca. — Não adianta ficar perdendo tempo com essa daí. Ela não vai acreditar em nada que você diga.— dá de ombros, se dirigindo a mim com total indiferença.
Fico o olhando com essa arrogância toda. Quem diria… só se conhece a pessoa, quando se dá poder.
— Você está mesmo diferente, Nameless.— constato, balançando a cabeça.— Além de brincar de casinha com essa daí, terá que mandar em todos nós. Como se sente em ter armado esse complô para eu não assumir o comando?
— Você não tem capacidade alguma de assumir em nada.
Sorrio no mesmo instante.
— E você tem? Olhe para ti. — num tom de desprezo, lhe analiso na cadeira de rodas.— Paraplégico. Sabia que não me arrependo de ter te deixado assim, se tivesse outra oportunidade, atiraria de novo.— o enxergo fechar a mão em punho, quando o provoco.
— Pare com isso!
— Aliás, Nameless, pra quê perder tempo né?— o pego desprevenido, me virando.— Se eu posso fazer isso agora.— saco o revólver e as armas imediatamente dos outros são apontadas para mim.
Todos vão o defender, já que é o chefe.
— Mabel, abaixa essa arma!— a songamonga da Giulia intervém, implorando.
Ignoro a falsa preocupação que parece sentir por mim, permanecendo mirando para testa do infeliz. Ele parece não se abalar nem um pouco. Enquanto nós dois apontamos as armas um pro outro, gostaria de decifrar o que deve está passando em seus pensamentos neste momento.
Eu cheguei amar esse cara e agora sinto vontade de mata-ló.
— Mabel, por favor!
— Sai da frente!— grito, disposta a qualquer coisa, estando com o dedo no gatilho.
— Não vou sair.— teima, me contrariando.— Seria capaz de atirar em mim, Mabel? Seria capaz de fazer isso comigo com a sua própria irmã?
— Por quê não?— rebato com frieza, olhando para sua fisionomia.— Tu foi a maior traíra dessa história….— a encaro com desprezo.— E preferiu se juntar a ele. Vocês dois, são iguais.— faço a comparação, os fitando enojada.
Giulia cai aos prantos de choro.
— Você não faz ideia como eu me sinto. — com a voz chorosa, faz o drama. Reviro os olhos, sem cair no seu papel de pobre coitada.
— Sente tanto que dorme todas as noites com o macho da nossa irmã.— ela ergue os olhos marejados, havendo uma raiva explícita— Você é apenas uma estepe que ele come de vez em quando. Mas logo logo será descartada! E perceberá que abriu as pernas pro cara errado. Será que não percebe que está se comportando como uma vagabunda?
Sinto o estalo do tapa e a olho chocada, por ter dito a coragem de me bater tão forte. Eu até revidaria, mas não vale a pena baixar o nível.
— É Giulia, ainda bem que sou eu. Porque se fosse Annabelle, a humilhação seria pior.— a ataco com as palavras.
Abaixo arma de fogo.
Dmitry tentar se por na minha frente, achando que irei agredi-lá. Porém, faço algo inesperado em puxar a peruca que uso na cabeça que esconde a falta do meu cabelo.
Os olhares se tornam incrédulos.
— É meus amigos, todo sacrifício que fiz ao longo desse tempo para proteger essa Organização, hoje vejo que não valeu de nada. Nameless nos traiu uma vez, vocês o perdoaram. Nos traíra uma segunda vez, e o tratamento será igual. Até quando vão apoiar esse homem?—discurso, olhando para o rosto de cada gringo que se encontra nesta sala.— Eu estou nas últimas e mereço uma chance de ser a nova chefe da Organização. Eu exijo uma votação justa, sem trapaças e nem complô.— mando a indireta, encarando hostilmente aquele que jogou baixo.— Não votem em mim porque estou careca, mas sim, pela minha capacidade.
O meu ultimato deixa os sócios pensativos. É daí que surge:
— Eu abdico para que ela seja.
— Não precisa dá um de bonzinho, Nameless. Já está se considerando um perdedor?— o provoco, dando de ombros, vendo-o travar o maxilar.
— Eu não perco nunca. — seu tom prepotente, me faz abrir um sorriso irônico.
A tensão queima como faísca de fogo em nossos olhos.
— Quem é a favor da Mabel, levanta mão?
Dmitry faz a votação aberta ao perguntar, erguendo o braço ao meu favor. Todos também fazem o mesmo, menos Nameless.
— Quem é favor do meu irmão comandar, levanta mão?— faz o questionamento e todos sócios rapidamente o apoia.—Pelo visto temos um empate. Acho que vocês terão que dividir a chefia juntos.
— É impossível!— eu e o loiro em uníssono murmuram, sem dar o braço a torcer. — Esse homem vai nos afundar.
— Essa mulher não tem capacidade mental de assumir tudo sozinha.
— Ah, claro!— insinuo ao ver seu interesse.— Você já cansou dessa daí…— aponto para Giulia que se encontra calada.— E me quer ao seu lado.
— Só estou assegurando a Organização de não cometer um terrível erro.
— Sim, te colocando como chefe.— o insulto.
— Eu tive uma ideia melhor.— Dmitry se intromete de novo. Rolo os olhos, por sua intromissão a cada instante.— Que tal um desafio. Aquele que vencer, ganha a chefia.
— Eu aceito qualquer desafio.— os fito de canto de olho, muito convicta e preparada.
— Para não ter que respirar o mesmo ar que essa mulher, estou disposto a tudo.— o cafajeste me menospreza, já mudando a narrativa, para não ficar tão na cara o quanto sente a minha falta.
Bufo.
— Qual é a proposta?
—Organização precisa do suporte do governo. Precisamos eleger o próximo presidente da república. Aquele que conseguir eleger o candidato, vence a disputa.
— Desafio aceito.— concordo, recebendo aplausos por verem a minha determinação.
Nem por um momento hesito.
— E você Nameless, está de acordo?— o seu irmão o checa.
— Sem dúvidas, ela que se prepare para perder.
— Coitado!— minha voz ecoa confiante.— Já tenho até em mente quem assumirá a casa branca. Se preparem. Que os jogos comecem! — com a postura impecável, disparo a ameaça.
Finalizo a reunião em grande estilo, não suportando ficar mais nenhum minuto no mesmo ambiente que essa corja.
(……)
Suíte do Hotel-
POV’s Giulia.
— Como é que você vai se candidatar a presidente Nameless, se você nem americano nato você é?— o relembro a lei.— Os americanos não irão apoiar um russo.— mostro o quão é uma tarefa impossível, a sua candidatura.
— Você é hacker, não é?— com o copo de bebida em mãos, me analisa.
— O que pretende que eu faça?
— O óbvio.— meus olhos inseguros negam.— Mude a minha nacionalidade, eu sei que você consegue.
— Mas eu não posso fraudar algo que coloque em risco a sua liberdade e nem a minha. — corto a sua pretensão.— O que acontecerá comigo se você for preso e Mabel assumir o comando? Ela fará a minha vida um inferno. Você é a única segurança que tenho agora, Nameless. — exponho o quão difícil está sendo de lidar com todos julgamentos, além do medo. — A nossa bebê também precisa de você.— argumento, indo com o olhar em sentido até o carrinho onde a recém-nascida dorme.— Nesse um ano que já se passou, a família que posso chamar de minha: é tu, Laurel e a nossa bebê. Eu nem sei o que farei se acontecer algo com você…
— Não precisa ter medo, Giulia, eu estou aqui.— me garante e aquilo faz o meu coração disparar.
O chorinho fino nos desconcentra. Passo a mão na cabeça, sem jeito, seguindo para pega-lá nos braços. Ao aproximar do carrinho, já vejo os seus olhinhos miúdos acesos.
Ela é a bebê mais linda.
A nomeei como Dasha, é um nome russo que o significado é muito bonito, significa “presente de Deus “.
— Acordou, foi mamãe?— reverencio um tom fino e manhoso.— Que foi, minha bebê? Oh!—a pego em meus braços, toda carinhosa, posicionando-a deitada enquanto a balanço.
Fico cantarolando uma musiquinha infantil. Nameless fica observando nos duas, com aquele belo sorriso no rosto como tivesse orgulhoso de mim. Ele está sendo um ótimo amigo e parceiro.
— Quer o papai, é?— me encaminho até o próprio, soando manhosa. Logo abre os braços, para recebê-la, sem esconder o sorriso babão que contém no canto dos lábios. — Acho que ela vai ser a garotinha do papai!— brinco, ajeitando a camiseta que a bebê está usando que contém essa frase. — Não é?— com os olhos brilhando, sorrimos um pro outro.
— Eu sinto muito, Giulia. — de repente, escuto.
Suspiro fundo.
— Pelo quê?
— Por tudo.
— Não foi só culpa sua, Nameless.— assumo, com aquele constrangimento.— Talvez a gente nunca vá conseguir apagar, o que fizemos, por causa da Dasha. Posso está sendo até egoista em dizer isso, mas…. Por essa coisinha faria qualquer coisa.
A admiro.
— Eu também. — ele declara e sorrio fraco.
Em meio ao momento, nossas mãos se esbarram quando em um só ato, vamos pegar a chupeta que escorrega da boca da neném. Sinto aquele frio na barriga momentaneamente. Nos encaramos fixamente, meu coração bate tão alto quase querendo sair pela boca.
— Eu ainda não te agradeci, por você ter pagado para devolverem o meu antigo rosto, Nameless. Valeu!
— Você é muito mais bonita assim….— elogia e acabo ficando vermelha ao escutar. — Seus olhos são lindos.— enquanto me olha com apreciação, bebe mais goles da sua bebida.
— Aquelas lentes eram um porre.— reclamo, ao murmurar.— Agora posso ser Giulia. Eu não aguentava mais viver um disfarce. Viver uma mentira e ser sufocada pelas loucuras do Dmitry. —sussurro baixinho, um pouco frustrada por ter sido controlada tanto tempo por aquele louco.
— Ei.— puxa o meu queixo.— Não fique triste. — seus olhos penetrantes me preenchem.— Você não está mais sozinha nunca mais.
— Claro que não.— assinto.— Eu tenho Dasha. Laurel.
— E a mim também, Giulia.
Minha respiração se acelera, sentindo várias borboletas no estômago ao ver nossos dedos entrelaçados.
— Acho melhor ir ajeitar a cama.— corto o clima, me afastando.
— Fica.— soa rouco, ao segurar no meu braço. Minhas pernas estremecem e retorno a sentar outra vez ao seu lado.
— Você não parece nada bem.— observo.— Você bebeu além do normal e talvez…
— Talvez o quê?
A conclusão me deixa mais nervosa.
— Possa se arrepender depois.— completo a frase, com os batimentos cardíacos tão pulsantes dentro do meu peito— Como Mabel falou, eu sou apenas mais uma. Eu não estou te cobrando nada, Nameless. E nem quero que sinta na obrigação de ter sentimentos por mim. Mas…
Num simples gesto, com os nossos olhares cruzados, sou surpreendida com ele colando os nossos lábios em beijo que me faz travar no primeiro momento. Não sei como é beija-ló. Por ser mais velho e experiente eu me sinto tão perdida, pareço até uma garotinha aprendendo a perder o “bv”. A minha boca nem mexe, simplesmente o deixo conduzir o beijo de língua. Seu hálito é quente com o gosto de álcool. Há uma peculiaridade na maneira que nossas bocas se encaixam. Um das minhas mãos está em sua nuca, enquanto Nameless continua com a bebê no colo, se tornando impossível haver um contato mais íntimo entre nós dois.
A timidez vai sumindo e o receio ficando para trás. Que sensação estranha! Ao mesmo tempo que quero empurra-ló para longe, por sentir na pele a culpa voltar a surgir. Eu luto com o meu subconsciente, por correspondê-lo e ainda gostar do seu beijo.
(….)
POV’s Mabel Bieber.
Saída do hotel.
— Você está muito confiante, Mabelzinha, pode dizer qual a sua cartada?— rolo os olhos, já de saco cheio de ser perseguida.
— Toda vez que você me chama de Mabelzinha, uma flor morre.— tiro onda, para que indiretamente se toque. — É sério, você é muito grudento e parece até um carrapato. — o interrompo de entrar. — Hoje quero ficar sozinha.
— Por que está me dando um fora?
— Estou exausta!— afasto sua mão do meu ombro.
— Está fugindo de mim?
— Estou fugindo do seu grude.— afasto também sua mão da minha cintura. — Tenho que montar a estratégia para vencer, Nameless.— o mesmo suspira fundo, assim que o cito.
— Sempre aquele cara. O que vocês vêem naquele imbecil? Eu sou muito melhor que ele.
— Eu não acho.— confesso, lhe vendo fazer uma careta de indignação.— Você se torna muito melhor.— enfatizo com as mãos no arredor das suas bochechas, encarando a profundeza das suas orbes azuis.
— Não, não sou. Se fosse, eu já teria lhe feito esquecer aquele idiota!
— Tá bravinho, é Dmitry?— sorrio satisfatoriamente por vê-lo enciumado. — Que fofo!— o cutuco, tentando fazê-lo cócegas.
—Para, Mabel!
Permanece com a cara fechada.
Quero lhe arrancar um sorriso.
— Acho que precisarei te fazer raiva mais vezes, para ouvir você me chamando assim. — envolvo os meus braços em seu pescoço.— Para de insegurança, boba! Eu não estou aqui, não estou?
— Até quando?— olha-me com incerteza, claramente apaixonado.
— Até quando eu morrer.
— Ou até Nameless cansar da sua irmã e te ligar.— reviro os olhos pela hipótese que cria.
— Tá vendo, você está me empurrando pros braços daquele otário! Cada vez que você fala sobre ele, mais o meu coração o quer. — o tom de zoação, acaba fazendo Dmitry murchar as suas expectativas.
— Por que está fazendo isso com o meu pobre coração?
— O fato de te usar, não quer dizer nada.— dou de ombros, puxando o meu celular da bolsa. — Acho que alguém está me ligando.— digo, desviando do quase beijo, ao aproximar o aparelho do ouvido.
Atendo a chamada do número desconhecido.
“Sim?”
“ Você é a Mabel Bieber. Aqui é o xerife Campos. Recebi as fotos da sua irmã desaparecida e apareceu uma moça aqui na delegacia que se encaixa no perfil.”
“ Annabelle está aí?”— me animo, abrindo de imediato um sorriso esperançoso.— Já estou indo para ir.
— Com quem você estava falando?— sou interrogada.
— Annabelle apareceu.
— Apareceu?
— Por que fez essa cara? Não está feliz pela a minha irmã, Dmitry?— o encaro de relance, com a testa franzida.— Ou prefere apoiar o sacana do Nameless?
— Eu prefiro está do lado que você está, Mabelzinha. É o lado mais forte.
— Pois bem, estou indo para lá.
— Eu vou com você.
— Não precisa, eu vou sozinha. — o barro, quando se direciona para sentar no banco passageiro do meu carro.
— Eu faço questão.— ele insiste, e a contragosto resolvo concordar.
Esse homem não me dá sossego.
(….)
Delegacia, 22:30 PM.
A jurisdição desse departamento policial fica entre a divisa da cidade e da Floresta, fico me perguntando como Annabelle veio parar aqui?
— Sou o xerife Campos que a chamou. É uma honra para mim ter uma agente do FBI, no meu humilde departamento.— quero corrijo-ló, mas opto em deixa-ló pensar que ainda trabalho pro FBI.
— Igualmente, xerife.— estendo a mão ao cumprimentá-lo, sorridente.
Ajo na falsidade, para ganhar regalias. Esses policiais amam puxar o saco dos agentes do FBI. Eles não perdem a oportunidade de nos tratar como se fôssemos uma celebridade famosa.
— A moça chegou desorientada, confusa.— explica, enquanto nós encaminhamos até a sua sala.
Observo-a da brecha da janela, no entanto não a reconheço de costas, por está virada, apenas dá para ver a cor do cabelo.
— Pode entrar para checar o estado dela.— autoriza e assinto, indo de encontro aquela que permaneci acreditando que tava respirando, mesmo no fundo achando que a qualquer momento receberia a notícia de que estaria morta.
Adentro ao lado do Dmitry.
— Annabelle?— a chamo, e vira-se. A primeira reação que tenho é de arregalar os olhos ao evidência-lá nesse estado deplorável. O vestido todo rasgado, estando descabelada e o pior… a barriga.— Você está grávida, Annabelle? — a questiono perplexa.
— Quem é Annabelle? E quem são vocês?
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 53
Comments
Amanda
Pirei...
2025-02-11
0
Eni Urias
Será que e do Will porque não e do Namelles já passa de um ano
2023-07-23
2
Iara Drimel
Esse jogo será voraz! Quanto poder e autoridade a Mabel tem, é preciso muito personalidade para enfrentar uma sala repleta de machos. Namelles vai ter que se cuidar, os dois são páreo duro de se enfrentar., acho que na verdade serão jogos mortais que eles participarão. Giulia está a salvo por enquanto, mas quando Annabele recobrar a memória? Em um ano aconteceu muita coisa, precisamos ficar atualizadas.
2023-07-21
1