Floresta

POV’s Mabel Bieber.

Terça-feira.20:30 PM.

Saio do banheiro, enxugando os fios do meu cabelo com a toalha, tive que lavar porque estava todo sujo. Estou tão perfumada, fazia um tempo que não ficava horas dentro da banheira, tomei um bom banho para tirar o cheiro de hospital.

Meu braço esquerdo ainda está dolorido pela picada da agulha, o local está um pouco roxeado. Por a minha pele ser branca demais, qualquer coisinha já fica avermelhada.

Arqueio a testa, confusa, não esperando receber visitas. Quem será que está tocando a campainha? Meu pai que não é, já até peguei uma briga com o velho por ter preferido ir cheirar o rabo da minha mãe, do que vim se hospedar aqui em casa. Os dois acham que só existe Annabelle como filha, eu estou me cansando dessa preferência escancarada que nenhum deles fazem mais questão de esconder. Já até imagino que agora devem estarem lá todos reunidos, comemorando felizes, enquanto a otária está aqui sozinha nesse imenso cômodo vazio.

Preciso encontrar um lugar mais pequeno, este apartamento é muito grande, às vezes quando a solidão bate eu fico olhando para as paredes.

— Já vai! Não precisa bater assim.

Me desloco para atender, gritando, porque o visitante está quase quebrando a minha campainha.

Com certeza deve ser Dmitry fazendo brincadeira de mal gosto. Passamos a tarde juntos, foi bom, fizemos sexo, depois o mandei ir embora. Seu carro estava com uma batidas estranhas, até o questionei mas ele disse que levaria numa oficina. Provavelmente tenha voltado do mecânico e resolveu dá uma passadinha para querer dormir aqui, mas eu disse que era melhor irmos com calma para não apressar as coisas. Prefiro curti-ló primeiro, sem definir um status pro lance que estamos tendo.

Eu paguei com a língua, o ódio que sentia por ele, virou um sentimento desconhecido. Não sei explicar ainda, nem devo ficar questionando os meus sentimentos, quero apenas aproveitar o momento. Eu já perdi muita coisa, se eu ficar remoendo o que poderia ter dado certo, eu nunca vou conseguir seguir em frente.

O mais louco é que me encontro ansiosa para abrir a porta, o sintoma mais comum que venho tendo em sua presença, é famoso frio na barriga. Quando puxo a maçaneta, com o sorriso nos lábios havendo toda empolgação…

— O que será que você esqueceu hein?

Todo o entusiamo desaparece e o sorriso some. Fecho a cara, fazendo uma cara de decepção. Paraliso, sentindo as pernas ficarem bambas. A única coisa que ainda reajo, é encara-ló cheio de ressentimento. Há uma tensão gigantesca em meio a troca de olhar que ocorre.

— Quem você estava esperando, Mabel?

Reviro os olhos quando ainda tem a coragem de me dirigir a palavra. O fito indignada, achando uma afronta da sua parte em aparecer na porta da minha casa.

— Não é da sua conta, Nameless. — dou às costas— Fale, que diabos veio fazer aqui? Se veio para me xingar, é melhor não perder o seu tempo. Da mesma forma que veio, você sabe o caminho de volta.

Há algo que está me incomodando bastante nesse cenário. Ele não veio sozinho, ao seu lado há várias malas. Afinal, por qual razão veio me procurar? A dúvida fica impregnada na minha mente, não posso dar o desfrute de me iludir de novo por esse homem que na primeira oportunidade me trocou pela minha irmã.

Diferente de Annabelle, eu tenho amor próprio.

— Será que eu não posso entrar?

— Não, pode falar daí mesmo, — permaneço relutante, com os braços cruzados.

Ele nota o quanto estou na defensiva, sem está aberta para diálogo. E toma a iniciativa de erguer o papel:

— Se não fosse importante, eu não teria vindo.— soa manso.— Por favor, me deixe entrar.

Nameless pedindo por favor? Essa é nova. Suspiro fundo, dando passagem. Reviro os olhos sem paciência, vendo-o imprensado na entrada da porta devido a cadeira de rodas está atravessada. Nem movo um dedo para ajuda-ló, o deixo se virando sozinho.

Quando finalmente consegue passar, seus olhos vagueiam analisando o meu apartamento inteiro. Focaliza principalmente no porta-retrato da foto minha com Lorenzo; na fotografia eu o meu falecido marido estamos felizes e sorridentes, tínhamos acabado de realizar o matrimônio na clínica. O próprio fica mexido, constato, mas logo trata de disfarçar o quanto fica mordido de ciúmes.

— Vá direto ao ponto.— mando impaciente, indo buscar em cima da mesinha de centro o isqueiro e o maço de cigarro. Preciso fumar, para aliviar o estresse. — Bora, Nameless, eu não tenho a noite inteira para ouvir as suas lamúrias.

— Está envolvida com alguém?

Me analisa ao fazer a pergunta indiscreta, visualmente incomodado.

— E se eu tiver… Não há problemas nisso, certo?

— Você ainda é a minha esposa.

— Sua esposa? Por caso você quer criar um harém, Nameless? Primeiro a Annabelle, e agora quer dar um de meu homem? Se toca, cara! — lhe esculacho, acendendo o cigarro.

Inalo toda a fumaça, soprando pro ar.

— O que foi que você aprontou para Annabelle te botar para fora? Deve ter sido uma merda muito grande, para quem são recém-casados.

— Foi eu que sai.— emite, com as orbes murchas igual de um cachorro morto. Engulo em seco— Annabelle me traiu.

Caio na risada.

— É mais fácil um raio cair sobre as nossas cabeças, do que Annabelle ser desonesta. Ela é a pessoa mais santa que eu conheço.— a elogio e ao mesmo tempo a crítico com sarcasmo, sentando no sofá. — Diz logo, o que tu fez de errado?

— Nada.

— Nameless… quem te conhece, que te compre.

— Quem falhou comigo foi ela.— seus músculos ficam rígidos.

— Por que será que eu não acredito em você?

— Leia esse papel que eu te entreguei. Tá aí a prova.— manda, dando a entender que está sendo sincero. Pela curiosidade, resolvo ler o que está escrito nos rabiscos.— Ela assume ter abortado o bebê. Sua irmã me enganou, ela brincou com os meus sentimentos. Ela mentiu para mim.

Fico chocada com a revelação, numa incredulidade total. Quem diria, a boa samaritana teve a coragem de tirar o direito de uma vida inocente nascer.

— Pode ser que seja uma pegadinha. Nem tudo que é falado, é realmente verdade. Talvez ela perdeu, mas preferiu mentir para a dor ser menos.— a defendo, mas o loiro nega com a cabeça chateado.

— Ela estava estranha comigo… Comprei uma roupinha de bebê e ela caiu aos prantos de choro. Não teve nem a decência de dar uma explicação e ser honesta comigo, preferiu fugir, do que me encarar. — expõe, puto de raiva.

— Mas vem cá, o que tenho haver com isso? O relacionamento de vocês, não cabe a mim resolver. Se veio pedir abrigo, bateu na porta errada. — corto de imediato.— Não quero problema pra mim, Nameless. Estou fora de drama!

— Eu não tenho para onde ir.

— Se vira, caralho.

— Eu não quero ficar em uma parte hotel. Tenho as minhas limitações, Mabel.— se faz de coitado, ao olhar para as pernas imóveis.— Não posso ficar sozinho.

— Procura uma babá.— sugiro com ironia, arremessando o resto de cigarro na lata de lixo. — Não quero dor de cabeça pra cima de mim não.

— Eu prometo que você nem irá notar a minha presença.

— O problema não é isso…— pauso, umedecendo os lábios. — Estou saindo com outra pessoa. — revelo sem jeito, lhe enxergando abaixar a cabeça pensativo.— Acho que ele não vai gostar de saber que o meu ex veio morar comigo.

— Posso saber quem é?— seu tom rouco sonda.

— Que diferença vai fazer, se você souber quem é ele? Nenhuma! É melhor cada um não se meter no que o outro faz, e deixa de fazer.

— Se você pensa assim… Por mim, está tranquilo.

Por mais que as palavras digam uma coisa, a expressão facial revela outra. É nítido que temos algumas pendências em aberto, nossos olhos refletem isso. Existe uma conexão forte, uma química incapaz de ocultar, porque toda vez que estamos sobre o mesmo ambiente tudo fica tão mais intenso. Confesso que por mais que eu queira dar a chance para um novo amor, esse ainda permanece vivo.

Trato de cortar os olhares que damos um pro outro, saindo do transe ao ser alertada com a notificação que chega no meu celular. Bufo, arregalando os olhos. Sinceramente, não posso crer que seja real!

Ligo a Tv, clicando no controle remoto.

—Temos um problema muito grave. Veja. — murmuro, apontando em direção ao noticiário.

Há vários repórteres a entrevistando na frente do FBI, enquanto a garota chora diante das câmeras. O mais pior nisso tudo, não é nem a entrevista, mas sim os absurdos que está falando.

“ Eu sou a Giulia Bieber, irmã da vítima que está desaparecida. Na noite de ontem, o homem conhecido como Dmitry, ele é russo e chefe de uma organização criminosa. Ele sequestrou a minha irmã Annabelle. Ela está desaparecida até então. Eu estou desesperada! Sem notícias! Eu imploro que as autoridades tomem as providências, antes que seja tarde.— Nameless me olha horrorizado, enquanto estamos um do lado do outro ouvindo acusações. Ela está sendo instruída por outra mulher, provavelmente seja uma agente que está cuidando do caso. —Peço que qualquer um que souber o paradeiro, por favor entre em contato. Estamos correndo contra tempo, esse homem é muito perigoso. Quero também dizer que a minha irmã Mabel Bieber, ex-chefe do FBI, é aliada dele. Os dois comandam essa organização criminosa, eu tenho provas disso. Ela se finge de boazinha, mas é uma farsa que usa para esconder a vida de ostentação que leva. Ela pode está por trás desse sequestro, ela odeia a Anna mais do que tudo e teria motivos de sumir com ela.— me acusa ao vivo, perante toda imprensa.

— EU VOU QUEBRAR A CARA DA SCARLLET, DA GIULIA, OU NEM SEI COMO DEVO CHAMAR ESSA FILHA DA PUTA!— taco o controle contra a TV.— Como ela tem a coragem de me dedurar desse jeito? É uma x9 do caralho!

Me descontrolo, andando de um lado pro outro, a xingando horrores.

— Fica calma, Mabel, iremos resolver isso.

— Eu só não mando matar essa sonsa, porque ela é sangue do meu sangue, mas vontade não falta! Ela está querendo arruinar a minha imagem, mas isso não irá ficar assim.— ameaço, decidida a me vingar.— Giulia mexeu com a pessoa errada e eu irei acabar com a vida dela.

— Não faça nenhuma besteira que possa se arrepender depois.— aconselha receoso, e sem me conter, o fito com deboche.

— Somos bandidos, Nameless, as pessoas devem temer a nós. Que tipo de chefes somos, se não conseguirmos controlar os nossos empregados? Giulia se confia em mim, porque acha que vou protegê-la só porque é a minha irmã. Mas não vou poupar e ser boazinha para quem quer me apunhalar pelas costas. Ela irá pagar caro por essa afronta.

— O que você irá fazer?

— Simples, eu vou desminta-lá, do meu jeito.

(……)

09:30 da noite.

Preparo-me para encenar o choro assim que resolvo descer do prédio.

Logo sou impedida de continuar o meu trajeto, recebendo empurrões de todos os lados, por vários jornalistas que disparam os flashs das câmeras no meu rosto. Não estou acostumada com tanta exposição e me sinto até uma famosa de Hollywood sendo engolida por esse bando de ratos que estão enlouquecidos querendo que eu responda as perguntas.

“ Mabel, o que você tem a dizer sobre acusação da sua suposta irmã?”— um deles faz a pergunta principal.

Forço um tom de lamentação.

“ Eu estou assustada com tamanho nível de mau-caratismo da pessoa em querer se apossar do nome da minha irmã para querer arrancar dinheiro da minha família. A minha irmãzinha foi assassinada quando tinha 16 anos, essa é a Giulia, a legítima. Como vocês podem ver, ela não tem nada parecida com a minha irmã.— mostro a fotografia, de como ela era antes da cirurgia plástica, como prova.— Eu não sei o que essa mulher está pretendendo, mais ela quer trazer mais dor a minha família.

“ Ela diz que sua irmã Annabelle foi sequestrada, é verdade?”

“ Essa informação não procede. Até onde eu sei, Annabelle teve uma briga conjugal com o meu cunhado e resolveu espairecer. Eu conversei com ela agora pouco, ela está voltando para casa inclusive.— amenizo a história do sequestro, mentindo.

— Só mais uma pergunta. Foi falado que você trabalha para uma Organização criminosa, a suposta Giulia Bieber fez essa alegação ao vivo, o que você tem a dizer sobre isso?

Encaro diretamente à câmera, fazendo os americanos se comoverem com as minhas lágrimas.

— Eu sinceramente estou passada com a criatividade dessa moça, não sei de onde inventou essa história, mas eu vou comunicar o meu meio jurídico para tomar as medidas cabíveis para entrar com um processo. Calúnia e difamação é crime e não posso tolerar que uma desconhecida use as mídias sociais envolvendo o meu nome em fake news. Quem me conhece sabe o quanto sou honesta e leal. Fico muito triste que esse tipo de pessoa seja tão baixa ao ponto de aproveitar de um assassinato brutal de uma garotinha de 16 anos, para aparecer as custas dela.

“Sobre o suspeito de ser o suposto sequestrador, a senhora o conhece?— a outra jornalista inconveniente enfia o microfone na minha boca.— Ela citou que é um tal de DmitriX, ops, Dmitry.— a repórter pronuncia o nome errado, e após isso, se corrige.

— Nunca ouvi falar desse nome. Me desculpe, eu não consigo mais.

Ignoro o restante das perguntas, chorando falsamente para comover o público.

*****************************

POV’s Annabelle Bieber.

Floresta.

Debato-me nesse chão gélido, com o corpo dentro da cova que foi feita para me pôr dentro. Meus olhos estão angustiados, eu sei que se eu não conseguir escapar, ele irá me enterrar viva.

— Não estou nem aí que essa porra se rompa!— ignora o fator, gritando bem agressivo.— Eu só não quero que a minha garota morra! Ela não tem tanto tempo de ficar esperando na fila de espera, por um doador. — cospe as palavras, com o celular no viva voz. — Dê um jeito nisso!

“ Procuraremos outro jeito de solucionar, senhor, lamentamos que tenha acontecido essa divergência. Colocaremos uma válvula no coração da sua esposa até que possa ser achado outro doador”

— Eu sequestrei essa mina para nada?— seu tom alastra em inconformidade, carregado de um olhar sombrio ao olhar para mim enfiada nesse buraco.— Essa inútil não pode aparecer viva, terei que me livrar dela de um jeito ou de outro. Ela sabe quem eu sou. Porra, eu estraguei tudo! Meu irmão e minha mulher nunca irão me perdoar. Por que fui fazer isso?— se arrepende, com a mão na cabeça.— Terei que sumir com ela pra sempre.— me agito, debruçando o corpo e querendo desprender as cordas que estão amarrando os meus braços.

Tento me soltar, não conseguindo nem pedir socorro por está impossibilitada. Há um tampão na minha boca e o único som que escapa dos meus lábios são grunhidos de dor.

Tem algo de ruim se passando, é esse sangramento que escorre por de baixo das minhas pernas. Às cólicas estão cada vez mais fortes e aumentando com mais frequência. Me preocupo, porque tudo indica que o procedimento do aborto não deu muito certo e é bem provável que eu possa está tendo uma hemorragia.

— Oi, gostosa.

Gemo um pouco mais alto, ficando agitada ao reconhecer a dona da voz que surge do outro lado da linha.

— Dmitry, onde você está?

— Em casa, Mabelzinha.— a engana, abrindo um sorriso cínico.— Por que essa pergunta?

— Porque não estou tendo a melhor noite. Apareceu até um convidado novo para dormir na minha casa. Ele insistiu, depois de muito chororô, eu cedi.

— Já está me substituindo? Assim fico chateado, paixão. Quem é o homem que está tendo o privilégio de dormir no mesmo teto que a minha gata?

— O meu cunhado, Nameless.— ela ri, dando ênfase. Fico mais agitada ao ouvir o nome dele — No caso, o lindo do seu irmão. — a escuto elogia-ló e o choro me toma. Enquanto Mabel se diverte, eu estou prestes a morrer dentro dessa cova rasa.

— Não me diga que ele já brigou com a esposinha?— sorri, friamente, com os seus olhos nojentos direcionados a mim.

Engulo saliva, sendo ameaçada de que vai cortar o meu pescoço se eu não calar a boca.

— Pelo que parece sim e nem te conto a bomba da vez. Parece que ela abortou o bebê, Nameless está furioso. Não queria está na pele da Annabelle agora.

— Sério mesmo que a minha cunhadinha teve coragem de abortar o baby?— dá um de sonso, encarando-me cheio de maldade. — Pobre do Nameless, deve está arrasado.— lamenta, sorrindo perverso.

Resmungo mais alto, choramingando.

— Tem alguém mais com você aí, Dmitry? Estou ouvindo um barulho no fundo. O que é?— ela meio que suspeita.

— É o som, querida.— mente, gesticulando para eu fazer silêncio.— Eu vou até abaixar aqui.— se afasta mais, indo para uma certa distância.

É nessa hora que está de costas, distraído, que acho um momento ideal para escapar. Rapidamente me esforço para soltar as minhas mãos, assim como as minhas pernas retirando as cordas. Quando vou levantando, saindo de dentro da cova, acabo sem querer pisando em cima de um galho de folha e sou… flagrada.

Ele continua com o celular no ouvido e deixa o aparelho cair no chão, assim que eu começo a fugir.

Corro matagal à dentro em disparada, pouco me importando com nada.

O meu instinto é de sobrevivência.

Ouço os disparos de tiros que ecoam, enquanto sou perseguida. Sigo sem direção de pés descalços, mal conseguindo enxergar direito. Está um breu essa floresta, não faço a menor ideia qual caminho que dá para estrada. Há tantas trilhas; e a para o meu azar, paro bruscamente ao me deparar com o bosque.

Fico sem saída, escutando os passos dele se aproximando.

Olho para água forte que formam ondas, estou hesitante, mas sei que não há outra saída. Decido pular, preferindo morrer afogada, do que pela mão desse psicopata.

Eu não sei nadar.

Começo a me afogar, gritando por socorro, com o meu fôlego sendo tomado. Apenas os meus braços estão erguidos fora da água. Quando estou nas últimas, sou puxada de repente. A pessoa me carrega, envolvendo as mãos no meu corpo e nadando até a beirada.

Engasgo, tossindo.

Deito a cabeça, muito fraca por ter engolido muita água. Com os olhos quase se fechando, tudo meio embaraçoso fito a pessoa que salvou a minha vida. Pela aparência, é um homem cabeludo, de barba grande. Os seus olhos eu não consigo enxergar. Pela falta de iluminação, apenas vejo o formato arredondado do seu rosto.

Apago, e em seguida retorno ofegante, cuspindo todo líquido pra fora.

— Quem é você?

Toco no arredor do rosto do desconhecido, este que se esquiva do meu toque igual um bicho do mato. Ainda estou anestesiada em ter recebido respiração boca a boca desse estranho.

— Eu sou o Will, Annabelle. Lembra de mim?— me afasto rapidamente, aterrorizada, ao rever o homem que abusou de mim na minha adolescência vivo.— Não tenha medo, eu não irei te machucar.

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Comments

Amanda

Amanda

Misericórdia é muito psicopata para pouca Anabelle

2025-02-11

0

Claudenice Oliveira

Claudenice Oliveira

autora amo lê vários livros dessa plantafoma tá forma mais esse lindo eu ainda não entendi nada pois é cada coisa cabeluda q aparece capitulos sem pé e cabeça não sei se vou até o fim pq ainda não consegui entender sua história estou no automático só curtindo sem curtir a história mais creio q nem isso vou fazer mais pq sua história não tem noção de nada é um misturada só

2023-11-15

2

XandeLili Cáffaro

XandeLili Cáffaro

Gente é muito sofrimento aff

2023-09-08

3

Ver todos
Capítulos
1 Personagens
2 Julgamento
3 Peraí, vão abrir o caso de Giulia?
4 Hospital
5 Noivo?
6 Dizer adeus também faz parte
7 Quem é?
8 Casamento
9 Lua de mel
10 Casa branca
11 Eu não vou perder você
12 Solitária
13 Floresta
14 Ciúmes?
15 Eu já sei de tudo
16 Revelação
17 Que os jogos comecem!
18 Cadê, Nameless?
19 Porque ele é o alvo mais fraco deles
20 Eu fui roubado
21 Você não deveria nem ter nascido
22 Você não tem querer
23 Eu sei que você jamais me trairia
24 Você se apaixonou primeiro, como também preferiu dizer adeus primeiro
25 Ele nunca vai ser feliz com você
26 E você que vai matar
27 Divórcio?
28 E serei o último
29 Dormirá comigo hoje
30 Estou mesmo grávida
31 Iremos até a cena do crime
32 A nossa noite será inesquecível
33 Você é um monstro
34 O meu coração pertence a outro
35 O que você está tramando?
36 Você acabou com a minha vida
37 Eu quero que possamos ser uma família
38 Você nunca incomoda
39 Meu bebê
40 Já pediu autorização a sua esposa?
41 Eu só quero ser amada
42 Depende do seu sim.
43 Dói muito amar uma pessoa e ser rejeitada por essa pessoa
44 Eu te amo
45 Eu vou embora
46 Tá na hora de revelar toda a verdade
47 Lutando contra a vida
48 Eu não cedo a chantagem
49 Ele queria te ver morta!
50 Aceita dançar comigo essa dança?
51 Quando foi que você descobriu que me amava?
52 Último capítulo da terceira temporada
53 Nova temporada
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Atualizado até capítulo 53

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Personagens
2
Julgamento
3
Peraí, vão abrir o caso de Giulia?
4
Hospital
5
Noivo?
6
Dizer adeus também faz parte
7
Quem é?
8
Casamento
9
Lua de mel
10
Casa branca
11
Eu não vou perder você
12
Solitária
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Floresta
14
Ciúmes?
15
Eu já sei de tudo
16
Revelação
17
Que os jogos comecem!
18
Cadê, Nameless?
19
Porque ele é o alvo mais fraco deles
20
Eu fui roubado
21
Você não deveria nem ter nascido
22
Você não tem querer
23
Eu sei que você jamais me trairia
24
Você se apaixonou primeiro, como também preferiu dizer adeus primeiro
25
Ele nunca vai ser feliz com você
26
E você que vai matar
27
Divórcio?
28
E serei o último
29
Dormirá comigo hoje
30
Estou mesmo grávida
31
Iremos até a cena do crime
32
A nossa noite será inesquecível
33
Você é um monstro
34
O meu coração pertence a outro
35
O que você está tramando?
36
Você acabou com a minha vida
37
Eu quero que possamos ser uma família
38
Você nunca incomoda
39
Meu bebê
40
Já pediu autorização a sua esposa?
41
Eu só quero ser amada
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Depende do seu sim.
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Dói muito amar uma pessoa e ser rejeitada por essa pessoa
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Eu te amo
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Eu vou embora
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Tá na hora de revelar toda a verdade
47
Lutando contra a vida
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Eu não cedo a chantagem
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Ele queria te ver morta!
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Aceita dançar comigo essa dança?
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