Triângulo Amoroso
Passagem de tempo…..
Annabelle Bieber
Nameless
Mabel Bieber
Giulia Bieber (conhecida como Scarllet)
Helena (filha de Mabel)
Hope Bieber (filha de Mabel)
Melissa Bieber (filha de Annabelle)
Selena Bieber
Justin
Laurel Bieber - filha de Giulia
PRÓLOGO….
**POV's Annabelle Bieber's**
Washington D.C.
5 ANOS DEPOIS…
Toda vez que os noticiários informam a respeito de um corpo não identificado, eu me disponho a ir no necrotério na esperança de finalmente... esse tormento acabar.
— Não, não ela.— nego, virando a cabeça para outro lado, após o legista levantar o pano.— Essa não é a minha irmã. Obrigada. — afirmo baixinho, com o tom embargado, sentindo aquele nó entalado na garganta.
O olhar de pena do profissional paira na minha fisionomia de luto. As pessoas devem olhar para mim e só enxergarem sofrimento.
Saio correndo de dentro da sala, tendo uma crise de pânico. Ao chegar no corredor, fico com falta de ar. Tento respirar, mas sinto dificuldades. Encosto-me no canto da parede, deslizando as minhas costas, sem fôlego. Sento no chão; procurando relaxar-me, até melhorar. Aos poucos minha respiração vai voltando ao normal.
O celular toca, e por um momento, engatilho na pouca distância para buscar a minha bolsa. Quando encontro o iphone, encaro no visor brilhando ”filha" na tela. Coloco o aparelho no ouvido, fungando o nariz, antes de atender.
—Sim?
—Porra, mãe, cadê você?
— Tive um imprevisto, Mel.
— Que tipo de imprevisto é mais importante que apresentação da sua filha?— afasto o celular, ao escutar os seus berros.
—Não fiz o menor esforço em ir, pra ser sincera— assumo, ouvindo a adolescente bufar.— Eu acho isso um absurdo uma garota de 16 anos se apresentar em um clube de strippers. Seu lugar é na faculdade, e não sexualizando para caras mais velhos!
—Está sendo machista.
Suspiro bem fundo, pedindo forças para suportar. Porque Melissa testa cada dia mais a minha paciência!
— Não, eu não estou sendo. Apenas sou realista. — a corrijo.
— Na minha idade você deveria fazer coisa pior, mãe, admita.
— Se a coisa pior for trocar fraldas, cuidar de uma bebê, sem ter a menor experiência. Sim, você acertou, querida.
— Não seja irônica. O meu pai te ajudou, não foi?— a linha fica muda, pois travo completamente. — Ele não ia te deixar na mão. Quem é o meu pai, mãe? Eu tenho direito de saber mais sobre ele.
Se soubesse toda a real história por trás, jamais tocaria no assunto. Em hipótese alguma ela pode sonhar que é fruto de um estupro.
(......)
Presídio de segurança máxima.
O som do salto ecoa pelo piso de porcelana. Direciono-me em sentido ao corredor, parando em frente a porta da sala, colocando a mão em cima da maçaneta. Por um segundo, respiro. Será que estou tomando a decisão correta? Penso em voltar atrás e desistir, porém teimo comigo mesma e adentro.
O cenário não é um conto de fadas, pelo contrário, é um ambiente tão negativo. Me pego observando as paredes acizentadas. Há uma mesa no centro; assim como duas cadeiras, uma de cada lado. Me sento em uma, quando o policial sinaliza para o assento vazio.
O nervosismo começa atacar o meu cérebro. Batuco os dedos na madeira, tentando conter os nervos, mas é impossível.
Depois de cinco anos, é como se as batidas do meu coração continuasse ainda batendo forte por ele.
Eu não entendo o porquê das coisas terem terminado daquela forma, eu me culpo por ter sido omissa. Deveria ter enxergado o que estava bem na minha frente, fui cega; ingênua e boba demais.
O tempo não pode voltar pro que sucedeu. Tais coisas são silenciadas até hoje. Eu quero poder arrancar esse silêncio que vem se estendendo ao longo dos anos. Tenho para mim que ele quer proteger outra pessoa, ao ponto de arriscar receber uma sentença de morte para esconder os reais fatos daquela noite.
— Não, eu não tenho visitas. — a voz familiar predomina no cômodo.—Só pode ter havido um engano.— desperto, levantando a cabeça.
Momentaneamente, seus olhos se encontram com os meus. Ele engole em seco ao se deparar com a última pessoa que imaginaria rever um dia.
— Annabelle?
— Oi.
Tantas lembranças invadem. Junto com o choque, bate aquela faísca ao revê-lo numa cadeira de rodas, usando esse uniforme laranja de preso. Ele está tão mudado. Deixou a barba crescer, o cabelo não é mais aquele que costumava andar, sua aparência é de um homem depressivo. Seu olhar perdeu qualquer vestígio de brilho, é como se houvesse somente dor.
— O que faz aqui?— analisa-me e na breve troca de olhar que surge, desvio rapidamente, mexida.
— Eu quero saber toda a verdade.— umedeço um pouco os lábios, nervosa, encarando-o bem fundo.— Por que assassinou Mabel?
— Você veio até aqui para me chamar de assassino? É perda de tempo.— vira o rosto pro outro lado, murmurando, como se fosse algo insignificante.
— Talvez.—sussurro, por avista-ló sem um pingo de remorso.— Não consigo aceitar que tenha sido você. Todos os dias tenho pesadelo daquela noite. O que minha irmã te fez de tão ruim, pra você assassina-lá e depois sumir com o corpo?
— Eu não matei ninguém, sou inocente!
— Todos dizem a mesma coisa.
— Você precisa acreditar em mim, Annabelle. A mesma pessoa que me deu um tiro nas costas, desapareceu com a sua irmã. Você precisa acreditar! Eu jamais a machucaria… Porque eu a amo.— subo os olhos, ao escuta-ló declarar em voz alta.
— Você ama todas, não é? — com as lágrimas escorrendo, revindo. — É por isso que enganou tanto a mim, quanto Mabel. Como eu pude ser tão cega? — pergunto para mim mesma, balançando a cabeça indignada.— Sabe o que eu mais odeio em tudo isso? É ter um dia me apaixonado por um mau-caráter feito tu. Você é um monstro, Nameless! Eu te odeio tanto.— cuspo as palavras contra ele.
O assassino da minha irmã abaixa a cabeça, praticamente fugindo do contato visual. Porque fica visualmente abalado pela maneira hostil de como o trato.
— Quero que você apodreça aqui dentro, vou garantir de que nunca mais saía desse presídio.— levanto para ir embora. Entretanto, paro, olhando para trás— Por quê? Quero saber somente o por quê?— o confronto, totalmente fora de si.—Fala, seu covarde!— grito alterada, colocando bastante pressão para fazê-lo confessar.
— Falar o quê? Que eu a matei? Se é isso que quer ouvir, tá bom, eu a matei. Está satisfeita agora?— debocha, com sarcasmo, e me sobe um ódio pela frieza que sente.
—Por que age como se não se importasse?
— Porque eu não a matei. Não tenho culpa nenhuma na consciência. Você deveria perder o seu tempo interrogando aquele bandido do seu namorado! Ele sim a machucaria.
— Pelo visto você anda muito informado da minha vida pessoal, né?— dou de ombros, rebatendo.— Mas é claro, como eu não pensei nisso antes. Tu ainda trabalha para aquela organização criminosa. E tudo que está dizendo, é para tentar ganhar tempo. Mas não sou mais aquela ingênua Annabelle que caía facilmente nas tuas garras. Eu me tornei uma outra pessoa! E o que eu puder fazer para te ferrar, eu farei.
— É fácil julgar, jogar pedra, acusar. Caramba, quantas vezes terei que repetir que não sou um assassino?
— Eu não acredito em você!
—Posso provar! Depois que eu provar, você me pedirá desculpas.
— Cale a boca! Você não tem o direito de exigir nada!
—E se por acaso eu disser que Mabel está viva, mudará alguma coisa? ou eu continuarei sendo visto como o gringo psicopata que matou uma norte-americana em solo americano?— conclui, por alto, na tentativa de criar uma narrativa de vítima.
— Se você me falar onde desovou o corpo, posso até chegar acreditar que você sente muito pelo ocorrido.
— Dessa parte não garanto sentir muito— dá de ombros, tirando sarro.— Ela está em um lugar melhor, melhor do que todos nós. Sua irmã se sente finalmente liberta da vida aprisionada no qual vivia. Ela está mais feliz agora. Em um canto muito bonito, que facilmente é chamado de paraíso do céu.— fecho a mão em um soco, batendo na mesa.
— Pare de tentar criar história e me diga, ONDE VOCÊ A DEIXOU?
— No cemitério.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 53
Comments
Ideusa Maria Gonçalves Maciel
Começando a ler agora
15/01/2024.
2024-01-15
3
Andreia Cristina
começando a ler agora
2024-01-05
1
Karla Barbosa Marinho
cheguei lindaa me convidou eis me aqui
2023-10-15
4