Revelação

Annabelle Bieber POV’s.

Floresta.

Meus olhos focam no painel de fotografia. Ele tem tudo sobre Mabel; os passos que ela deu em todos esses anos. Assusto-me com a de quantidade de fotos, de todos ângulos. Toco na fotografia das crianças. Outra vez me chama atenção esses dois garotos de franjinhas. Eles parecem tão tristes e solitários.

— Não mexa!—tomo o susto, tombando o corpo para trás.

Deixo a fotógrafa cair, derrubando sem querer no chão.

— M-me desculpe.— gaguejo, com o corpo tremendo da cabeça aos pés.

Agacho para pegar, momentaneamente ele faz o mesmo e nossas mãos causam um choque elétrico com o contato.

Me afasto rapidamente.

— Ele era o meu irmão. — aperta a fotografia entre o peito.— Que a malvada da sua mãe matou.

Engulo em seco, com os olhos repletos de dúvidas ao ouvir a confissão. O mesmo desaba, caindo de joelhos no chão e começando a chorar.

Não consigo sentir pena, ao algo do tipo. É desconhecido para mim não saber reagir a essa cena. Eu não posso me comover com as lágrimas do homem que eu passei grande parte da minha vida tendo pavor e pesadelos.

— Ela o matou!— continua a acusando, chorando como uma criança desprotegida. É estranho não captar em seu choro algo fingido, parece ser bem real a sua dor.— Ele era a minha única família. Acabaram com a minha vida! Eu perdi tudo. Por sua culpa!

— Como é que é?

Minha indignação é tanta que avanço e parto para cima do marmanjo, lhe dando vários chutes e tapas, descontando todo o trauma que tive que vivenciar. O obrigo a olhar dentro dos meus olhos, levantando o seu queixo a força para fazê-lo sentir na pele….

— VOCÊ ABUSOU DE MIM, E AINDA ACHA QUE A CULPA É MINHA?— aos gritos, a repulsa que transmito no olhar, o faz ter uma crise de choro.

Não sinto dó e nem pena.

— A MABEL TE COLOCOU DENTRO DA NOSSA CASA! OS MEUS PAIS TE ACOLHERAM! TE TRATAMOS COMO PARTE DA FAMÍLIA E VOCÊ QUEBROU A CONFIANÇA DE TODOS, WILL!— cuspo para fora as palavras, cheia de ódio, com as lágrimas descendo em meu rosto.

É uma emoção tão forte, ficar cara a cara com o meu abusador.

— Chega! Chega!— tampa os ouvidos, agitado com o barulho.— Por favor! Faz isso parar.— se incomoda com os ruídos.

— Você vai ouvir.— o agredido, puxando a sua cabeça. — Eu tenho que mentir todos os dias para minha filha sobre quem é o pai dela. Como é que um dia vou olhar para Melissa e dizer que ela é fruto de um estupro? Eu nunca vou poder contar! Nunca!— grito, enchendo-o novamente de tapas —Você acabou com a minha vida!

— Perdão, perdão, perdão.

Repete uma sequência de vezes, não parecendo nada bem. Pela aparência, é provável que esteja tendo uma crise de autismo.

— Acha que pedir perdão vai suprir toda a dor que me causou? Eu só tinha 16 anos, seu doente! E você se aproveitou da minha inocência.

O arranho com as minhas unhas, literalmente fora de si. Ele se protege, colocando as mãos na frente como escudo para se proteger das agressões físicas.

— Para! Eu não te machuquei. Eu não tive culpa — dá um grito tão ensurdecedor, que o meu corpo fica imóvel — Eu juro que não! Foi o meu irmão. O Rick. Este da foto.— amostra, apontando pro retrato das mesmas crianças.— Éramos gêmeos. —o impacto da frase, muda o rumo de tudo.

Dou alguns passos para trás, piscando os olhos e tentando assimilar se o que está dizendo é real, ou seja apenas uma manipulação que esteja usando para ganhar tempo.

— A mami te matou.— concluo, sussurrando baixinho.

Eu lembro dela atirando nele naquela ponte.

— Não era eu. Era o Rick. — minha cabeça cria um nó, ao escuta-ló afirmar.— Ele se passou por mim, roubando a minha identidade. Ele destruiu o meu trabalho, destruiu o meu relacionamento com a minha namorada, para se apossar da minha vida. Eu nunca mais pude ver a luz do dia direito por causa dele! Eu me escondo nessa floresta todo santo dia para diminuir o peso que é carregar ter a imagem de um estuprador. Eu nunca machucaria ninguém da minha família. Você era a minha família, Annabelle! Você era irmã da minha namorada.

— Cale a boca, você está mentindo!— retorno a alterar a minha voz— Mabel nunca sequer mencionou que você tinha um irmão gêmeo.

— Porque ela não sabia. Eu sentia muita vergonha do Rick, ele só me trazia problemas. Foi daí que resolvi apagar toda a minha vida, antes de fazer parte da equipe do FBI. Porque não queria ser perturbado pelo Rick, mas ele me achou. Ele se fingiu que era eu, para machucar as pessoas.

— Me der uma prova que tudo isso que esteja falando é verdade? Porque agora a pouco você o defendeu dizendo que a minha mami era malvada de ter o matado. Por quê, Will? Se você diz que nunca machucaria ninguém da minha família, por que pune pelo um abusador?

— Porque mesmo com tudo, ele continua sendo o meu irmão.

A alegação é o suficiente para eu novamente o surra-ló, puxando os fios do seu cabelo.

— Você é igualzinha ou pior que esse tal de Rick.— faço a comparação, encarando-o enojada.

— Não, eu não sou igual o Rick! Eu nunca machucaria nada e nem ninguém, Annabelle! — o olho de canto de olho, insegura.

— Então prove!

— Como?

— Apareça vivo, e mande desovar o corpo do seu irmão. Eu contarei a verdade a minha filha, mesmo que isso me mate por dentro. O DNA será feito. Se você for mesmo inocente, terei que pedir desculpas a Mabel por todo esse tempo a ter a odiado por algo que você ou ele fez. Eu rejeitei a minha irmã por ela ter colocado você em nossas vidas. Eu a puni por todos esses anos, porque eu nunca soube separar as coisas. Eu nunca entendi o motivo dela ter te defendido tanto.

(…….)

POV’s Mabel Bieber.

11:00 PM.

Abro as cortinas da janela, deixando a claridade do sol invadir a sala de estar. Nameless dorme todo a vontade no meu sofá, se sentindo o próprio dono da casa.

Resolvo acabar com a sua farra.

— Acorda, folgado!— jogo o copo d’água fria em seu rosto.

— O que significa isso?

Dá um sobressalto, acordando todo assustado.

— Levanta a tua bunda daí e dá o fora da minha casa agora, Nameless!

— O que aconteceu?— pergunta confuso.— Como a Giulia está?

— Não é da sua conta! Fica longe dela. De preferência, longe da minha família, seu crápula!

— O que eu fiz de errado?

Lhe lanço um olhar de indiferença.

— O que você não deveria feito.— o corrijo, sarcasticamente.— Ela era a única no qual você não deveria ter tocado. Você poderia brincar o quanto quisesse comigo e Annabelle, mas ela, NÃO! Ela é apenas uma garota ainda, ela só tem 22 anos. Afinal, onde você quis chegar com isso em dormir com todas as minhas irmãs?

— Do que você está falando, Mabel?

Se faz de inocente, com o tom manso, estando com essa carinha de anjo.

— De Giulia. Eu vi as filmagens. Ninguém precisou contar nada. Eu vi! — bato no peito, altamente indignada. — Ela agora está grávida. E sabe o que é pior, Nameless? Giulia terá que se olhar todos os dias no espelho e ver que está carregando o bebê do homem da irmã que ela mais ama.

— Você só pode está de brincadeira….— fica completamente pálido.— Isso é pegadinha, não é?

— Não, é a mais pura verdade. Giulia está esperando um bebê seu.— engole em seco, com os olhos alarmados. — Se eu fosse você, o mínimo que faria era dar o fora das nossas vidas!— o digo, cansada do seu joguinho sujo— Annabelle nunca vai te perdoar. E eu também não.— deixo claro, decepcionada.

Pode ser franqueza chorar, mais pela primeira vez exponho as minhas lágrimas de decepção na sua frente. Eu posso ser fria em grande parte dos momentos, mas depois dessa, eu não posso continuar acreditando que o amor possa superar qualquer coisa. Não me considero nada romântica. Aprendi amar de um jeito torto, mas agora estou colocando uma pedra em cima desse sentimento definitivamente.

Não adianta amar as pessoas, elas sempre traem.

— Eu sinto muito, Mabel…— emite arrependido, fazendo-me entreolhar rancorosamente para o fundo das suas orbes.

— Você deve pedir desculpas, não a mim, mas sim Annabelle. — com o ar de desprezo, menciono as palavras.— Porque Giulia deve ter a influenciado em abortar o bebê, Annabelle não teve inteligência para ter feito tudo sozinha. Teve ajuda de alguém, de uma terceira pessoa e coloco a minha mão no fogo que foi Giulia que pagou. Ela possivelmente achou que tava fazendo uma bondade, mas acabou caindo no próprio veneno. Agora está grávida. E fará a mesma coisa… se você não a impedir. Irá deixá-la tirar o seu bebê?

— Não, eu não vou permitir que isso aconteça. Se esse filho for meu… eu não vou fugir das minhas responsabilidades.

— E a Annabelle?— o questiono.— Aceitará tudo do jeito que você quer, Nameless?

— Se ela me ama, ela saberá que nunca significou nada. O que eu e Giulia tivemos foi um grande erro. Assim como nós dois.

Me magoo. Dmitry tem toda razão. Não adianta ficar esperando por um homem que trata de menosprezar o que tivemos na primeira oportunidade.

— Se é assim, você já pode dar o fora da minha casa!— o expulso, pegando suas malas e começando arremessar para fora. — Desapareça da minha frente, Nameless! Some de perto de mim.

— Não precisa gritar.

— Cala a boca, seu ingrato! Na hora de brigar com a princesinha, no instante lembra da Mabel. Eu só sirvo como segunda opção, né?— taco os seus tênis em seu colo, ficando com mais raiva.— Nunca mais quero olhar para essa sua cara, Nameless! Dar o fora daqui! AGORA!

Aponto gesticulando com o dedo para porta de saída.

— Você é completamente louca!— murmura pelo que escândalo que faço, enquanto se coloca na cadeira de rodas.

— Sou louca por ainda te dar trela, seu otário!

O mal-agradecido revira os olhos, se puxando, nem sequer agradecendo por eu ter aberto as portas da minha casa. Fico o olhando partir. Mais uma vez vou ficar sozinha nesse apartamento. Nesse vazio.

Enxugo a lágrima solitária que desce. E em seguida, sinto o meu corpo cair no chão. É tão de repente, que quando ele escuta o barulho alto da queda, olha par trás assustado, voltando desesperadamente para me socorrer.

Meus olhos ficam tão baixos.

Meus batimentos tão fracos.

Acho que o meu coração está querendo parar de bater.

Meus sentidos vão ficando lentos e apago com à imagem do rosto do Nameless.

(………….)

Hospital.

Sinto alguém segurar na minha mão e vou abrindo os olhos vagarosamente, com dificuldade, pela claridade das luzes fortes que entram em contato com as minhas pupilas.

Olho para o lado e para minha surpresa, encontro a última pessoa que veria aqui.

— Mãe?

Ela se acorda, erguendo-se da poltrona, assim que a chamo.

— Está se sentindo bem, filha?— checa-me passando a mão na minha testa. Começo a chorar. — Ei, o que foi?—limpa as minhas lágrimas e a olho visualmente emocionada, abraçando-a na mesma hora.

— Eu tô com medo, mãe.

— Vai ficar tudo bem. — assegura e suas palavras de conforto, é tão significativa para mim.

— Cadê Nameless? — o procuro. — Foi ele que me trouxe até sim?

— Sim.— ela confirma.— Ele foi falar com a Giulia.

Fico pensativa a respeito. No fundo, um pouco chateada, por não vê-lo presente. Ele preferiu em ir lá, do que ficar aqui comigo.

— E Annabelle, mãe, onde ela está?

— Eu não sei, filha. Ela não fala comigo desde de anteontem. Parece que ela foi pra uma missão do FBI em New York e não pode receber ligações no local.

— Que estranho isso!— acabo suspeitando por alto. — Quem foi que disse?

— O marido dela.

A resposta me faz ficar mais desconfiada.

Nameless está mentindo. Enganando todos, para não dizer que Annabelle sumiu porque cometeu um aborto.

Somos interrompidas com a presença inesperada do Dmitry, que aparece que nem um louco.

— Mabelzinha vim assim que soube. Como você está?— se agacha próximo a maca, me analisando extremamente preocupado.

Até acho fofo, o seu cuidado comigo. Mesmo que alguns momentos ele pise na bola, ele parece gostar de mim.

— O coração dela parou por três minutos.— minha mãe o responde, cheia de tristeza.

Me dói saber que a doença está progredindo e afetando o meu órgão principal.

— Ela precisa de um transplante o mais rápido possível.— ele afirma.

— Se for a questão do rim, conversarei com a minha neta. Iremos resolver isso.

— Não, mãe. — a corto, negando.— Eu não quero que Hope doe nada. Não vou fazer a minha filha ter obrigação de querer salvar a minha vida, sendo que eu nunca a dei atenção, carinho e nem afeto. Ela me odeia por nunca ter sido uma mãe presente. Se ela fosse para doar a alguém, doaria tudo para Annabelle, ela sim merece receber toda gratidão por ter a cuidado como filha.

— Mabel, isso não vem ao caso. Não importa a situação. Somos a sua família e jamais iremos te virar as costas.— segura na minha mão, com outra postura, tratando-me carinhosamente.

Fico toda emocionada em receber o seu suporte.

— Sua mãe tem razão, meu amor.— o foco é guiado para voz masculina — Temos que ganhar tempo até achar um doador.— ergo o cenho.

— Você não disse que tinha achado um?

— Infelizmente não foi possível. O coração do doador iria se romper na hora do transplante e o médico não achou seguro em te dá um coração nessas condições.

— Ah sim, que pena.

Suspiro fundo, cabisbaixa.

— Mas ele disse que pode colocar uma válvula.

– Eu não quero isso no meu coração, Dmitry.— nego.

— Não seja teimosa, Mabel.— sou repreendida pela voz grave da mais velha.— Você vai fazer tudo que tiver ao alcanço para salvar a sua vida. Sou eu que estou dizendo. Não teime comigo.— manda, demonstrando uma enorme preocupação.

A olho meigamente.

— Obrigada, mãe.— a agradeço, com aquele orgulho.— Eu senti a sua falta.— admito.

— Eu também senti a sua falta, Mabel. Me desculpe por tudo que eu lhe cause, filha. Tudo que falei foi da boca para fora.

— Eu sei.— a perdoo, encostando a cabeça em seu ombro, sentindo-a acariciar os fios do meu cabelo.

Fazer com as pazes com a minha mãe, sem dúvidas me dá mais forças para resistir a toda essa doença. Eu e ela temos as nossas desavenças, mas nos amamos muito. De hoje em diante, eu vou parar de culpa-lá pelo que aconteceu com o Will. Eu não posso continuar vivendo no passado.

— Eu te amo, mãe.

— Eu também te amo, querida.

Beija a minha testa.

— Vocês são lindas juntas. É tão bom ver as minhas garotas.

Saio do devaneio ao ouvir a voz familiar elogiar. Abro um sorriso contagiante, com o olhar brilhando em sentido a porta.

— Pai!

Fico super feliz ao reencontra-ló. Faz cinco anos que eu não o vejo.

— Como é bom ver você viva, filha.— emociona-se ao declarar as palavras.

O senhor Bieber se aproxima, abraçando-me fortemente. Eu o aperto tanto, chorando igual uma garotinha em seus braços. Passa um filme pela minha cabeça da época da infância, era no seu ombro que eu costumava chorar quando eu sentia medo do escuro.

Nesse momento eu sinto um medo muito maior. Mais eu sei que irei superar, eu sempre supero tudo.

(……….)

POV’s Giulia Bieber.

Hospital.

Ah meu Deus!

Não sei o que irei fazer daqui para frente. Além de está grávida, tentaram acabar com a minha vida.

Acredito que tenha sido a mando do governo. A CIA quer a fórmula que hackei do sistema deles há anos atrás, mas agora com a minha aparição eles devem acharem que sou uma ameaça e vão tentar me eliminar de novo.

Eu tenho que fugir pro mais longe possível, antes que eles me achem.

Deixo uma carta para mama me despedindo.

Irei escapar pela janela do banheiro, pois há muitos seguranças na porta e minha fuga não vai ser nada fácil.

Vômito no vaso sanitário pela terceira vez. Os sintomas da gravidez estão começando aparecer.

Analiso o meu reflexo no espelho, colocando a mão receosamente em cima da minha barriga. Me pego imaginando um bebezinho crescendo aqui dentro. Oh meu Deus, isso nunca vai acontecer!

A culpa na consciência é tanta que fico pensando: a Anna vai preferir que eu tivesse morrido, do que ter feito isso com ela. Eu me sinto tão culpa.

— Giulia.— algumas batidas na porta do banheiro são deferidas — Você está aí?

Minhas pernas ficam bambas ao reconhecer o tom de voz. Encara-ló não é uma opção. Nessas alturas Mabel já deve ter contado tudo. Faço o máximo de silêncio, deslizando as costas na porta do banheiro.

Me sento no chão frio.

— Eu sei que você está aí.— ele insiste, me ouvindo chorar. — Vamos conversar.

— Vai embora!— mando, aos prantos.— Não deveríamos ter a traído.— choramingo, com o meu psicológico afetado — Esse bebê não é problema seu.

— É claro que é, Giulia. Eu estou disposto assumir. Abra essa porta e vamos conversar.

— Eu não posso!— digo, me encontrando totalmente no fundo do poço.— Querem acabar comigo. Eu tenho que desaparecer do mapa, Nameless. A CIA vai vim atrás de mim. O Dmitry vai querer também me matar. Eu acabei com o meu disfarce para tentar alertar vocês de que a Annabelle foi sequestrada. Quando tentei fazer de forma discreta, ninguém acreditou. Eu tive que ir em rede nacional para ser ouvida. E agora, a minha vida está em perigo. Eu posso morrer a qualquer momento.

— Eu irei te proteger, ninguém irá mexer com você.— garante e sua convicção é tão que grande, que fico mexida.

— Eu não posso ficar! Eu vou embora! Eu não tenho moral nenhuma na Organização. Sou tratada como um lixo, Nameless. Na primeira oportunidade, o chefe vai querer me descartar, por ter o dedurado.

— O Dmitry não irá tocar um dedo em você, eu dou uma minha palavra.

— Eu preciso ir.— me levanto do chão do banheiro, decidida a pular a janela.

— Giulia, abra essa porta!— dá mais batidas e o ignoro. — Eu tenho uma proposta, escute antes. Se você disser que não, ok, vou respeitar qualquer que seja a sua decisão. Ouça primeiro.

Suspiro fundo, limpando o choro.

Me recomponho, puxando a maçaneta da porta…. Meus olhos marejados se esbarram com os seus olhos, meu coração pulsa tão forte em nervosismo.

— Você não irá para lugar nenhum.— seu tom rouco, acaba me fazendo engolir em seco. A frase é tão impactante que fico sem reação.— Se esse filho for mesmo meu, eu o quero ao meu lado. Eu sempre desejei ter uma família. Mas no mundo no qual pertencemos, nada é um conto de fadas. É por isso que você não precisa ter medo, Giulia. A partir de hoje, ninguém irá te importunar novamente. Quero que você fique ao meu lado.

— O quê?

— Quero que você se torne a minha mulher.

— É uma proposta sem cabimento, Nameless. Não temos nada a ver um com outro!

— Vai ser de mentirinha.

— De mentirinha como?

— Até essas pessoas pararem de te perseguir, você ao meu lado, ninguém ousará tocar em você.

— Mas e a Anna, no meio disso tudo?

— Ela não irá me perdoar. Eu a perdi no momento que resolvi ficar com você. — abre o jogo, bastante mal.— Agora terei que arcar com o peso das minhas consequências. Começando por você… — olha-me intensamente, e seu olhar penetrantemente acaba fazendo as minhas bochechas corarem.

— Como assim?

—Casa comigo? — estende o anel de noivado, ao fazer o pedido.

Gostaria de arremessar contra o seu peito e xinga-ló, mas eu apenas concordo, o permitindo colocar o anel em meu dedo anelar esquerdo.

Eu estou traindo mais uma vez a minha irmã.

É como se eu tivesse roubando a vida dela.

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Comments

Sueli Da Silva Simão

Sueli Da Silva Simão

não e um triângulo Jesus amado

2023-11-13

2

Marlene Souza

Marlene Souza

fiquei decepcionada com a Giulia e o Namelles, com ela por saber do amor que Annabelle sente por ele, dele por saber a verdadeira identidade dela e ainda assim não se conter

2023-11-05

0

XandeLili Cáffaro

XandeLili Cáffaro

Namelles que um harém só pode.
Anabelle passa por cima de todos e se lavanta

2023-09-08

1

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Capítulos
1 Personagens
2 Julgamento
3 Peraí, vão abrir o caso de Giulia?
4 Hospital
5 Noivo?
6 Dizer adeus também faz parte
7 Quem é?
8 Casamento
9 Lua de mel
10 Casa branca
11 Eu não vou perder você
12 Solitária
13 Floresta
14 Ciúmes?
15 Eu já sei de tudo
16 Revelação
17 Que os jogos comecem!
18 Cadê, Nameless?
19 Porque ele é o alvo mais fraco deles
20 Eu fui roubado
21 Você não deveria nem ter nascido
22 Você não tem querer
23 Eu sei que você jamais me trairia
24 Você se apaixonou primeiro, como também preferiu dizer adeus primeiro
25 Ele nunca vai ser feliz com você
26 E você que vai matar
27 Divórcio?
28 E serei o último
29 Dormirá comigo hoje
30 Estou mesmo grávida
31 Iremos até a cena do crime
32 A nossa noite será inesquecível
33 Você é um monstro
34 O meu coração pertence a outro
35 O que você está tramando?
36 Você acabou com a minha vida
37 Eu quero que possamos ser uma família
38 Você nunca incomoda
39 Meu bebê
40 Já pediu autorização a sua esposa?
41 Eu só quero ser amada
42 Depende do seu sim.
43 Dói muito amar uma pessoa e ser rejeitada por essa pessoa
44 Eu te amo
45 Eu vou embora
46 Tá na hora de revelar toda a verdade
47 Lutando contra a vida
48 Eu não cedo a chantagem
49 Ele queria te ver morta!
50 Aceita dançar comigo essa dança?
51 Quando foi que você descobriu que me amava?
52 Último capítulo da terceira temporada
53 Nova temporada
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2
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Peraí, vão abrir o caso de Giulia?
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Noivo?
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Dizer adeus também faz parte
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Casamento
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Eu não vou perder você
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Que os jogos comecem!
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Cadê, Nameless?
19
Porque ele é o alvo mais fraco deles
20
Eu fui roubado
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Você não deveria nem ter nascido
22
Você não tem querer
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Eu sei que você jamais me trairia
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Você se apaixonou primeiro, como também preferiu dizer adeus primeiro
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Ele nunca vai ser feliz com você
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E você que vai matar
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Divórcio?
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E serei o último
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Dormirá comigo hoje
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Estou mesmo grávida
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Iremos até a cena do crime
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A nossa noite será inesquecível
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Você é um monstro
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O que você está tramando?
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Você acabou com a minha vida
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Eu quero que possamos ser uma família
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Você nunca incomoda
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Meu bebê
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Já pediu autorização a sua esposa?
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Eu só quero ser amada
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Depende do seu sim.
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Eu te amo
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Eu vou embora
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Tá na hora de revelar toda a verdade
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Eu não cedo a chantagem
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