Hospital, quinta-feira.
08:30 AM.
POV’s Mabel Bieber
Nameless conseguiu apenas retirar a bala, mas tivemos que trazê-la para um hospital às pressas para ser atendida de forma correta.
Aguardo ela sair da cirurgia, não conseguindo parar quieta nem por um segundo. Cada hora é uma tortura. Fico querendo saber o que está acontecendo naquela sala. Por que tanta demora?
Ando de um lado para o outro, ligada a cada movimentação.
Estou com a sensação de que alguém possa invadir o hospital a qualquer momento e finalizar o serviço. Por isso que trouxe vários seguranças para que ficassem vigiando o quarto onde ela ficará assim que sair do centro cirúrgico. Restringi também o acesso de entrada de médicos e enfermeiras.
O corredor está livre e vazio, paguei muito caro para dar toda essa assistência para manter a segurança da minha irmã.
É um sentimento de impotência, não poder fazer mais nada além disso. O que resta é esperar.
Vê a minha mãe rezando enquanto chora tão angustiada, parte o meu coração. Gostaria tanto de poder conforta-lá nesse momento, mas prefiro me manter distante.
Aprendi que não importa o que eu faça, eu sempre serei vista como ruim.
Mas eu fico pensando: se ela soubesse que estou doente, a preocupação que está sentindo por Giulia, seria igual?
Saio dos devaneios, levantando assim que o médico deixa a sala cirúrgica.
Ele aparece com uma prancheta em mãos, perguntando:
— Vocês são os familiares da paciente Giulia Bieber?— ler o papel, entreolhando sério para os nossos rostos.
Minha mãe rapidamente confirma que sim.
— E aí, doutor, como está a minha filha?
O silêncio parece uma eternidade, fico com o coração na mão e roendo as unhas. Cada segundo, o medo é maior.
— Fica calma, mãe.— a conforto, envolvendo os meus braços nos seus ombros.
— Doutor, fala logo o que aconteceu com a minha filha?— interroga, com o tom aflito.
Confesso que estou tremendo.
Porque esse suspense todo…
— A cirurgia foi um sucesso, a paciente irá sobreviver.— garante.
Assim que minha mãe ouve suspira aliviada e olha para mim, nós duas estamos sorridentes e no calor da emoção nos abraçamos.
— Ah meu Deus! Que notícia ótima!— comemoro.— Já podemos ir vê-la?
— Ainda não. A paciente será transferida para ala da obstetrícia agora. O outro quadro não é nada estável. Será necessário bater uma ultrassom, para ver se o feto ainda continua vivo.
— Feto?— os meus ombros se esmorecem ao escutar a meação.
— Vocês não sabiam?— nos pergunta, e eu e a minha mãe negamos com a cabeça. — Tudo indica que a paciente esteja grávida. Será melhor confirmar com a obstetra. Se me derem licença.
O médico se vai e me encontro chocada após a notícia, que não consigo nem sair do canto.
— Quem será o pai desde bebê, Mabel?
— Eu não sei, mãe. — minto, mordendo a ponta do meu lábio inferior por ter sido feita de idiota.
Só me vem um nome na minha cabeça: Dmitry.
(…..)
Sala de ultrassom.
Minha mãe foi em casa buscar as coisas para ficar no hospital. Ela pediu para que eu cuidasse da minha irmã enquanto está fora.
Aqui estou eu na sala de ultrassom, de braços cruzados, vendo a médica passar um aparelhinho na barriga de Giulia —que se encontra inconsciente pós-cirurgia— atrás de algum sinal de batimento cardíaco do feto. Ela manuseia o aparelhinho por toda região do útero.
— Alguma coisa, doutora?
— Nada, ainda.— diz, com o olhar direcionado para tela. Em sua feição, há preocupação.— Não estou encontrando nenhum sinal vital. Mas… — é esperançosa em continuar procurando.— Espera…— segue para um outro canto. É daí que a gente ouve o barulhinho do coraçãozinho vibrando tão alto. — Há um bebê.— a obstetra informa, com aquele entusiamo. Até me emociono.
Dada a outra circustância eu até ficaria feliz que Giulia vai ser mamãe.
Mas oh meu Deus!
— Doutora, tenho que resolver um problema. Não se importaria da minha irmã ficar em sua sala até a minha mãe voltar né? Aconteceu um contratempo e tenho que resolver.
— Tudo bem, só peça para os seus seguranças esperarem lá fora.—pede, se sentindo acuada pelos brutamontes.
Eu assinto, acenando pros dois se retirarem. Dou a ordem para ficarem na entrada do consultório, deixando claro que ninguém entra e ninguém sai até a minha mãe voltar para tomar conta da minha irmã.
(……)
Apartamento de luxo.
9:30 AM.
Toco a campainha insistentemente, afundando o meu dedo no botão. Estou apertando que nem uma louca.
— Quer quebrar, caralho?
Escancara a porta irritado. E o mais hilário é que sua fisionomia murcha, dando de cara comigo. O checo dos pés a cabeça, o vendo apenas de toalha; com o cabelo molhado, indicando de que acabou de sair do banho.
— Mabelzinha, que surpresa interessante!— se anima, sorrindo.
— Posso entrar, Dmitry?
— Claro.— dá abertura.— A casa é sua.
Adentro revirando os olhos com o comentário, me esquivando do beijo que tenta dá na minha bochecha.
De ontem para cá, muita coisa mudou.
— Giulia está no hospital.
— Quem é Giulia?— arqueia a sobrancelha, um pouco perdido.
— Giulia, a Giulia que trabalha conosco na Organização. A minha irmã.
— Ah, sim! A Scarllet. O que aconteceu com ela?
— Levou um tiro.
Observo-o ficar pálido e parecer nervoso, passando as mãos nos fios molhados do seu cabelo. Analiso bem a sua expressão corporal.
— Quem fez isso?
— Me diga você, Dmitry—o analiso fixamente.
— Peraí, Mabel, você acha que fui eu?
Tira a conclusão por me ver fria.
— Você teria motivos, não acha? Primeiro Giulia te acusa de sequestrar Annabelle na televisão, depois a minha irmã aparece baleada. Você acha que tudo isso é uma simples coincidência?
— Alguém está tentando me incriminar! Só pode ser isso.
— Por acaso, tu acha que eu sou burra? Eu montei as peças do quebra-cabeça. Sabe o que mais me indigna em tudo isso, Dmitry, é ter chegado a querer algo sério com você. Onde eu estava com a minha cabeça! — meus olhos transmitem arrependimento, ao lamentar.— Eu já sei de tudo.
—De tudo mesmo?— indaga, muito tenso.
— Sim.
Balanço a cabeça, afirmando.
— Mabelzinha, eu posso explicar! Juro que tudo que fiz foi para tentar salvar…
— Salvar o quê? O seu ego?
— Não, claro que não! Mas sim a sua vida.
Rio.
Dou uma risada.
— Puta que pariu, você está mesmo querendo jogar a culpa mim?— lhe encaro perplexa.— Pare de ser sonso, meu! Que culpa eu tenho, de você ter engravidado a minha irmã?
O mesmo para de se locomover, arregalando os olhos em choque. Franze até a testa, parecendo está confuso.
— Do que você está falando?
— Giulia está grávida de um filho seu!
Lhe vejo respirar fundo.
— É impossível! Eu e a Scarllet, quer dizer, Giulia. Só trocamos alguns beijinhos e nada mais.
— Está mentindo!— esbravejo. — Até força-lá casar, você a forçou. Eu não sei o que você possa ter feito pior.— levanto a hipótese, encarando-o com nojo.
— Eu posso não prestar para nada, Mabelzinha, mas eu nunca forçaria uma mulher a dormir comigo contra vontade dela. Se sua irmã abriu as pernas para outro cara…— fecho a mão em punho, me segurando— Não é problema meu.— dá de ombros, a menosprezando.
— Quem tu pensa que é para ofendê-la dessa forma?
— Eu acabo de descobrir que fui corno. Não acha que devo ficar chateado?
Rolo os olhos, com o drama que faz.
— Você é o tipo de homem que faz a merda e não assume o que faz.
— Já disse que nunca a toquei. Se não acredita em mim, vá perguntar diretamente a Scarllet. Ela sabe, ou talvez não… Pode ser que tenha dormido com vários caras e tenha perdido as contas.
Lhe defiro um tapa forte em seu rosto, com o sangue fervendo.
—Basta, Dmitry!
Pego a minha bolsa, para me retirar.
— Por que você não pergunta para Nameless, se o bebê não é dele?
Ele insinua em alto tom. E aquilo me enlouquece.
— É absurdo um negócio desses! Não vou cair nessa sua ceninha patética de inventar algo tão sério, para se safar.
O ignoro, prestes a puxar a maçaneta da porta para sair. Contudo, o desgraçado se põe na frente.
Bufo.
— Sai, Dmitry!
— Giulinha ia visitar ele todas as semanas no presídio. Eu mandava, porque sabe como é, eu prezo pela família e meu brother estava lá sozinho desamparado. Precisava de uma bela companhia.— enche a boca para enfatizar, com uma certa malícia.
— Ela nunca trairia Annabelle.
—Mas Nameless e Annabelle não estavam juntos quando ele estava preso. Meu irmão pode ter tido um momento de carência, um deslize….
—Eu já mandei você sair da minha frente, Dmitry!
O empurro perdendo a cabeça, e tudo que faz é rir ao me ver fora de si.
— Nossa… quanta agressividade! Só estou tentando te ajudar, Mabelzinha, nas melhores das intenções.
— Você acha? Dizer que a minha irmã ficou com o cara que eu am..
— Ama? Você ainda quer aquele bastardo e está toda revoltada por ter descoberto que ele pegou mais uma das suas irmãs.
Abaixo a cabeça, tão mal com a hipótese dessa história sem cabimento ser verdade. No fundo, o meu coração está sangrando por dentro, por mais uma apunhalada nas costas.
—Se eu fosse você ia lá questionar a Scarllet, ela te deve uma explicação.
Passo reto, indo embora.
Suas palavras planta uma sementinha na minha cabeça.
Os dois não fariam isso com Annabelle. Comigo poderia até ser, mas com ela não.
Por mais que eu queira ignorar tudo que aquele mentiroso falou, resolvo ir a um lugar.
Preciso tirar isso a limpo.
(…)
Presidente de segurança máxima.
Sou muito bem recebida pelo diretor geral que me autoriza ter acesso às imagens. Invento até que é para uma investigação de um caso, ganhando livre acesso.
— As filmagens são arquivadas no nosso sistema a cada mês.— o policial que monitoria as câmeras de segurança, informa.— É provável que esteja no nosso campo de dados em Los Angeles. Posso pedir, mas irá demorar dias.
— Eu não tenho tempo, o caso é muito importante. Traga um hacker até aqui, para recuperar.
— Sim, senhora.
Sai da sala, deixando-me a sós.
Após alguns minutos…
O policial retorna, com outro ao seu lado.
— Esse é o nosso analista que cuida dessa parte.
Encaro o garoto de cima abaixo. Tem cara de nerd e com certeza será útil.
— Quero recuperar os vídeos das pessoas que vierem visitar esse preso, nos últimos dois meses.— entrego o papel, com o nome do Nameless.
— Pode demorar algumas horas.— responde receoso, ao se colocar próximo da tela do computador.
— Tudo bem, eu espero.
Me sento, cruzando as minhas pernas, decidida a ficar e aguardar tempo o que for.
(…….)
5 horas depois…
Quase caindo de tanto sono em está nesta cadeira dura, o hacker consegue um resultado. Me animo porque com certeza Dmitry deve está mentindo e vou desmascara-ló assim que Giulia acordar amanhã.
Começo ver os vídeos, bebericando café pro sono passar.
Não há nada muito interessante. Nameless praticamente não recebeu muitas visitas.
— Pausa.— mando, assim que o quinto vídeo mostra algo interessante. — Continue.
Dá prosseguimento e fico ouvindo a conversa; em alguns momentos, a cena é tão nojenta que eu chego a vomitar no cesto de lixo com tudo que presencio.
— Já vi o suficiente. Obrigada!
*****************************
POV’s Mabel Bieber.
Na manhã seguinte….
Será o primeiro rosto que Giulia irá me ver assim que acordar. Estou aqui desde das sete da manhã e sou vou sair daqui quando falar tudo que está engasgado.
Aos poucos ela vai se remexendo na maca e abrindo vagarosamente as pálpebras.
Coloco-me de pé.
— Mabel.— chama-me com a voz fraca, tentando se levantar.
— Não faça esforço, Giulia.— a impeço.— Tenho que te mostrar uma coisa. — coloco o notebook em suas pernas e clico no replay do vídeo.
— Mabel, o que é isso?
Engole em seco ao ver o vídeo dela com Nameless na sala de visitas.
— Continue assistindo.— seus olhos ficam temerosos, ao ordenar duramente.
— Eu não quero. — vira a cabeça pro lado, se recusando.— Eu sinto vergonha. Foi só uma vez!
— UMA VEZ, SERÁ QUE FOI SÓ UMA VEZ?— abro o outro arquivo, gritando em seus ouvidos. A torturo, a ouvindo chorar.— Deixa de mentira, sua falsa! Você traiu a Annabelle.— a faço olhar pro vídeo dela com o Nameless transando.— E ainda está grávida do homem que a nossa irmã ama.
— O quê?
— Parabéns, Giulia, você vai ser mamãe!
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Atualizado até capítulo 53
Comments
Amanda
Fala sério, ele pegou as três irmãs, que coisa horrível
2025-02-11
0
Neta Souza
será que ela mando a outra aborta para causa a separação pois Esso e muito estranho mais tudo nessa história e estranho quero ver a onde vai dar tudo esso
2023-11-26
1
XandeLili Cáffaro
Essas irmãs são alucinadas.
2023-09-08
2