Quarta-feira.
19:30 PM
POV’s Dmitry
— Fiz como você me mandou.
— Perfeito, agora é só esperar ele vim.
— O problema é que ele não vem.
Dou um sobressalto, engasgando com a líquido da bebida.
— Como assim, Scarllet?
— Ele preferiu ir para casa da Annabelle.
— E VOCÊ DEIXOU?
— E era para eu fazer o quê?
— SUA INCOMPETENTE! — arremesso a taça contra a parede, fazendo cacos de vidros estraçalhar por toda a parte.
Lhe fito furioso. Seus ombros se encolhem, quando a intimido presando contra a parede. Suas pernas ficam trêmulas; os lábios um pouco entreabertos, ao encarar-me amedrontada.
Estremece quando deslizo a ponta do revólver em seu queixo, fazendo-a suar frio.
— Você é uma imprestável, não serve para trabalhar pra Organização.
— Já provei a minha lealdade, chefe.
— Não me responda!— aponto o dedo pro seu rosto, a repreendendo. — Entendeu?— lhe forço a olhar para mim.— Não há uma lealdade nesse negócio, quem está sujeito a essa vida, não deve confiar nem na nossa própria sombra. Estou ficando sem paciência dos seus furos. — a ouço pedir desculpas, enquanto súplica pedindo uma segunda chance.— Da próxima vez que me desobedecer, será uma pena ter que dizer adeus para esse lindo rosto. — o medo domina a sua face pálida. Acaricio a sua bochecha, que se esquiva do meu toque com um certo nojo. — É melhor que faça o trabalho direito. Caso tente me passar a perna, Giulia Bieber, eu atiro para matar. — miro pro meio da sua testa.
— Não, por favor, chefe!
—Outra coisa…— chamo a sua atenção, vendo-a balançar a cabeça pro lado.— Traga o seu noivo irresponsável até aqui. — exijo, dando à ordem.
— Noivo?
— Sim, por que a supresa? — desconfio da reação.— Terá que casar com o imbecil do Nameless.
— Quê?— esperneia.— Esqueceu que ele é casado com a Mabel, chefe?
— Era.— a corrijo.— Não é mais. Perante a lei, ele está viúvo.
— Mas a Anna ela....
— Esqueça a sua outra irmã. Foque nos preparativos do casamento.
*************
POV’s Scarllet.
Ah meu Deus, onde fui me meter, que droga!
Após deixar a suíte presidencial, pego o meu celular e ligo às pressas para o número do outro.
Tenho que avisa-ló o quanto antes.
— Temos um problema.— conto, aflita, no exato momento que atende. — O surtado do seu irmão inventou agora que quer nos casar. É sério! Não contei nada de você e nem da Anna, porque ele vai querer matar a minha irmã também. Cê tá louco?
— Você tem que ficar calma, Giulia.
— Como é que posso ficar calma, sendo que estamos sendo comandados por esse sádico!
— Quando eu assumir o controle da Organização, as coisas mudaram.— o tom rouco assegura.
Fico esperançosa de que as coisas possam melhorar de verdade. Embora a vida do crime não seja um conto de fadas.
— Enquanto isso, terei que preparar mesmo os preparativos do casamento?— debocho ironicamente, lhe arrancado uma gargalhada.
— Sim, por quê não?— ouço-o insinuar sugestivo, e o xingo chamando-o de idiota.— Será pro meu com a Annabelle. Posso até te convidar para ser a madrinha. Ah não ser que você queira está no lugar da noiva.
Bufo fundo, ignorando o comentário estúpido.
— Sem piadinhas sem graça, como ela está?
— Quem?
— A Anna.
— Muito bem, obrigado.— responde, bem humorado.— Só está um pouco enjoada devido a gravidez. Mas é normal, as mulheres costumam se sentirem enjoadas. Mentira, tô brincando! Ela está tendo que aturar as chatas das suas sobrinhas! Pior que as duas são os próprios demônios.
— Você não pode ficar brincando com uma coisa séria. Deixe de falar besteira. Ok, concordo que as pirralhas são insuportáveis, mas Anna protege essas garotas como filhas. Então é melhor tomar cuidado com as palavras, se não quiser comprar briga com a minha irmã.
— É por isso que ficarei na minha, apenas a apoiando para não correr o risco de ser enxotado daqui.
— Afinal, todo esse teatro valerá apenas? — sou direta ao questionar.— Pelo seu histórico sujo, acredito que não. Acabará a abandonando igual das outras vezes. Você é o tipo de cafajeste que odeia perder, e sempre usa a pobre da Anna para satisfazer suas vontades. Não me interrompa. Pra que vou inventar? Vi de perto tudo que aprontou. Minha irmã chorou muito em meu ombro por sua causa. Todas às vezes que ela se sentiu insegura em relação a Mabel, eu estava lá a confortando. Não vou permitir que você a magoe de novo.
— Por que está me dando sermão? Sou adulto, assim como a sua irmã é maior de idade. Quem é você para querer se meter no nosso relacionamento?
— Relacionamento?— gargalho alto, da convicção no qual afirma.— Se toca, tem um mínimo de decência. Depois de tudo que causou, ainda quer enganar a Anna. Tu deveria se envergonhar! Eu não sou maluca. Eu só estou preocupada, é diferente. Se Annabelle te der pela milésima vez mais uma chance, é problema dela. Quem quebrará a cara, será ela. Mas eu não vou admitir que a engane novamente. Porque sei onde isso terminará! No final, ela saíra com o coração partido. E tu pulará do barco. Como sempre faz.
— Belo discurso, Giulinha!
— Não me chame de Giulinha, não te dei intimidade para dirigir a mim assim.
— Fique sabendo que eu mudei, sou um novo homem. — rolo os olhos, entediada, imitando o seu tom “moralista”— Por que será que as pessoas amam apontar o dedo e julgar os outros? Sendo que não olha pro próprio umbigo primeiro.
— Está mandando a indireta para mim?
— Claro que não, imagine… só apenas estou jogando os fatos. Se a carapuça serviu, o que posso fazer?
— Pare de cinismo. Banca aí o arrependido, mas na verdade está usando uma máscara. Mudou? Vou fingir que acredito! — dou uma risada.— Duvido muito, quero só ver até quando essa mudança vai “durar”. Possivelmente… Tudo indica que seja até a Mabel voltar.
Toco no seu ponto fraco e a linha fica muda. Até checo se a ligação não caiu, mas escuto no fundo sua respiração ecoar abafada.
— Não é seguro falar sobre ela na ligação, pode estarem grampeando essa conversa. Pense nas consequências que tratará, caso insista em falar do assunto.— me repreende, alertando do risco.
— Mas eu estou mentindo? Você ainda não a esqueceu.
— Você não sabe dos meus sentimentos, para está afirmando alguma coisa.
— Não preciso saber. É o óbvio.
— Está enganada.—capto uma frustração em seu tom rouco.— Eu amei muito Mabel, mas ela é passado. — declara, agindo o oposto daquilo que fala.— Vamos deixar o que está morto quieto, para o bem de todos.
— Como quiser, chefe.— acato, enfatizando a última palavra. — Mas não podemos esquecer que mais cedo ou mais tarde, a verdade vira à tona. E quando a bomba estourar, um por um vai cair.
— Tenho que desligar, Giulinha.— foge de continuar com a conversa. Me martirizo pelo apelido que menciona. — Ops, Scarllet.— se conserta, tirando sarro.
— Idiota! — o xingo. — Até logo. Ei! Não esqueça de comparecer o jantar de boas-vindas no hotel hoje às 20:00 horas, mandarei o endereço por mensagem.— comunico. — E venha mesmo, porque o louco do chefe está puto e se tu não der as caras, vai sobrar para mim.
— Pode deixar minha futura noiva.
— Cala a boca!
Encerro a chamada, a tempo de ter que ouvi-ló falando asneira.
(….)
Restaurante, HOTEL.
21:00 PM.
— O delinquente está atrasado.— resmunga, impaciente, olhando pro relógio.
— Eu sei, chefe.— concordo, mordendo o meu lábio inferior.— Talvez seja o trânsito. — invento, tensa, olhando para entrada principal do estabelecimento.
Se o traste não aparecer, estarei encrencada!
— Você não marcou 20:00 horas?
— Marquei pra 20:30 horas.—aumento o horário.
— Tanto faz.— dá de ombros, sem paciência.
— Vou ligar mais uma vez.— sorrio brevemente, tentando disfarçar. — Oh meu Deus! Está fora de área, deve ser o hotel. Provavelmente seja por causa do sistema que instalei contra a invasão de hackers. Qualquer movimento suspeito, será logo detectado. — argumento, criando uma desculpa que justifique. — Acho que vou ligar lá de fora.
De fininho vou saindo. Na verdade, fugindo. Porque quando se der conta que seu irmão não virá, não quero está perto pro escândalo que fará.
— Volte, Scarllet.— engulo saliva quando o tom grosso vocifera alto, interrompendo os meus passos. — Sente-se, me faça companhia.
Amaldiçoo-me mentalmente, atendendo o pedido. De relance o vejo erguer a taça de champanhe, bebericando alguns goles com satisfação. Sem que perceba, pego o garfo que está sobre a mesa, apertando-o de com força contra os meus dedos. Se eu pudesse, arremesaria em direção ao seu pescoço. Como eu o odeio!
— Está tão calada?
— Estou pensando no casamento.— desconfortavelmente, bebo um gole de vinho. — Quer dizer, o meu falso casamento.— faço a correção, observando-o tenso.— Procurei até em algumas revistas, vestidos de noiva. Pretendo fazer a cerimônia o mais real possível.— engulo o máximo da bebida, para aguentar a barra. É quase uma tortura que estou fazendo ao contar nos mínimos detalhes.— Até porque nós casamos uma vez na vida e tudo tem que ser perfeito. — ironizo.
— Cale-se, sua ordinária! — surta, socando a mesa—Desde de quando acha que pode levar a sério essa palhaçada?— me obriga a ficar de pé.— Você não pode se apaixonar. Você é minha. Somente minha. — soa possessivo, aos berros, apertando o meu pulso.
— Pare de ser maluco! Onde tirou isso? Você acha mesmo que pode ter posse de mim? Sou tratada igual uma cachorra nessa organização. Não sou a sua propriedade para você gritar feito um louco. EU TÔ DE SACO CHEIO DESSA MERDA! Quer me matar? Me mata logo! — abro os braços, pela primeira vez tomando coragem de enfrenta-ló.— Faz isso! Assim estarei livre para não ter que suportar olhar pra essa sua cara!
Ele ergue a mão para enfiar o tapa na minha cara, porém recua, ao notar que se encostar um dedo em mim tudo que receberá é só desprezo. Desconta a frustração puxando o pano da mesa, espalhando cacos de vidros por toda parte.
— Você nunca mais repita isso!
— Ou fará o quê?
— Não pouparei a sua vida.
— Você não poupou quando deu ordens para atirarem na minha cabeça. Se devo ter medo de você? Não tenho, não mais. Pode fazer o que quiser, usar todo esse poder. Mas no final da noite, quem tem o controle da minha vida sou eu.
— Coitada.— ri da minha cara. — Não queira me ver como inimigo, é uma péssima ideia, docinho.— fujo do toque nojento que tenta dá na minha bochecha— Eu não sou um monstro, não me veja assim. Somos aliados nesse jogo. Ou prefere se juntar ao traíra do meu irmão?
— Tá aí uma coisa que sinto? É PE-NA. — respondo atrevidamente.— Pena do verme asqueroso que acha que pode ditar as regras. Mas está enganado! Tu não passa de um mero perdedor.
Num ato momentâneo, cuspo em seus pés. E minha atitude, lhe faz perder a cabeça. Logo começo a ser arrastada contra à vontade até a recepção do hotel.
— Você vai pagar caro por isso!
— O que pensa que está fazendo?— me debruço, querendo escapar do contato das suas mãos.— Me solte, Dmitry!—procuro me sobressair, recebendo os olhares tortos na medida que sou puxada.
— Você é uma ingrata! — me joga no chão.— Eu te dou tudo do bom e do melhor, para você na primeira oportunidade me humilhar na frente dos meus empregados. POR QUÊ, SUA VADIA?
Com o ego ferido, está revoltado. Meus olhos se arregalam apreensivos, quando ergue a arma e aponta para mim.
— Atira vai! — mando.— Atira, seu covarde!— o incentivo, encorajando-o apertar o gatilho.
— A deixe em paz! Ou então eu te mato. — a voz em meu favor surge. Pisco os olhos algumas vezes, ao avistar o revólver sendo apontado contra o miserável.
— Mabel?
— Quem mais seria?— parece até mesmo um fantasma.— É bom está de volta, irmãzinha! Sentiu a minha falta?
Abro um sorriso, estando aliviada em saber que os meus dias nesse inferno finalmente acabaram.
— Não pode ser.— o nosso momento é interrompido e todo sorriso se desfaz, ao ouvir o tom descrente soar— Você está viva? — Anna indaga, incrédula, acompanhada do Nameless.
— Que momento prazeroso, em estarmos todos reunidos juntos, família.— o demônio do agente do FBI surge do nada, admirado com a cena. — Não acha, Mabel?
— Sem dúvidas, meu bem.
Os dois entrelaçam as mãos, deixando claro quem são um casal. E o que mais chama atenção é aliança no dedo anelar de ambos que chegam a brilhar.
Oh meu Deus, ela não teve coragem de cometer esse erro…. Pior que teve.
— Mabel, o que significa isso?— nossa irmã questiona, bastante decepcionada.— Você e o Lorenzo estão juntos?
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Atualizado até capítulo 53
Comments
Amanda
Olha só, que loucura
2025-02-02
0
Iara Mattos
kkkkk
2024-09-04
0
Jil Morena Sales
Genteeee! Que família louca!
Isso não é mais triângulo amoroso, é uma suruba!
2024-04-14
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