Desço do taxi e aproveito a fila de carros parados em frente a boate para me olhar no retrovisor e limpar o batom vermelho no meu dente.
Maquiagem nunca foi meu forte e fazer aquilo em movimento foi mais difícil do que imaginei. Mas estava satisfeita com o meu reflexo. Base, sombra com fundo dourado e um delineado esfumado com bastante máscara de cílios sempre me salvavam naqueles momentos, porque era a única maquiagem que sabia fazer para a noite.
Satisfeita, me virei e alisei o meu vestido preto com franja, que estava um pouco amassado nas laterais. Ele estava a muito tempo guardado no fundo do meu armário, contudo, me caiu muito bem. Conseguia até ver um sinal de glúteos por trás das franjas.
Ele é relativamente curto, chegava até o meio das minhas coxas, com um decote discreto que valorizava meus seios. Nos pés um salto, só para não parecer muito baixa, o que era quase impossível.
Estava nervosa?
Só um pouquinho, precisava encontrar o Will e convencê-lo a qualquer custo a ser meu acompanhante no casamento da Honey e do Brady.
Encaro a fila para entrar, estava virando o quarteirão, e ja imagino como deve está lá dentro e como será difícil encontrá-lo. Minha mão coça para pegar meu celular e rastrea-lo, mas precisava ser uma pessoa normal.
Tiro o celular entre os seios e mando uma mensagem.
Eu: Oi
Eu: Tem como liberar minha entrada? Estou aqui em frente a boate do seu irmão.
Digito rápido mesmo com algumas pessoas esbarrando em mim. O volume alto da música eletrônica ultrapassava as paredes e alcançava o ambiente do lado de fora. Dois seguranças controlavam a entrada e algumas pessoas formavam uma segunda fila.
Penso em desistir daquela loucura, nem mesmo avisei a Honey da minha chegada, pretendia entrar primeiro convencer o Will, e assim que eles chegassem, inventar qualquer desculpa e ir embora, mas o Will não estava colaborando.
Olho o celular novamente e nada da mensagem ser visualizada.
Certo, não tinha tempo para esperar.
Digito um código rápido, o número do telefone dele e acho o fulano.
E, pronto, avisto ele há alguns metros a minha frente.
Caminho esbarrando em algumas pessoas que tentavam se aproximar, dou um jeitinho aqui e ali para passar despercebida entre a multidão que se aglomeraram em frente as portas da entrada da boate e o alcanço. Will usava uma calça jeans destroyed preta, rasgada em ambos joelhos, uma camisa resort com estampa e tênis branco.
— Ei— Grito por cima da música e das pessoas.
Ele levanta o olhar depressa, desviando a atenção das meninas que o cerca.
— Você? — Ele me encara, com um olhar do tipo satisfeito por me ver ali e mira meu corpo de cima a baixo com um sorriso sacana.
— Não, a rainha Elizabeth— Reviro os olhos e balanço a cabeça em repreensão tentando passar entre a multidão quando ele me chama.
— Vamos, entra! LIbera a entrada da loira — Grita para os seguranças.
Passo na catraca fingindo não escutar os desaforos das pessoas na fila.
– Aqui tá bem cheio! — Grito quando me aproximo
— Ta sempre assim ultimamente, meu irmão fez algumas mudanças e agora temos até musica ao vivo. — Ele fala, orgulhoso — Ta! sei que não foi esse o motivo que te trouxe aqui, me fala, qual o milagre tirou você de frente das telas.
Não respondo, uma música eletrônica começa a tocar e a multidão se agita, dançando e pulando, sou tão pequena que alguém se esbarra em mim e fico meio perdida, olhando ao redor.
— Cuidado! — Will me agarra— venha vou arrumar um lugar para você, está sozinha?
Pergunta colocando a mão em volta da minha cintura.
O que me causa uma sensação estranha, mas o lugar está tão lotado que se não fosse assim, com certeza nos perderíamos um do outro.
— Você me ouviu ou sua cabeça de nerd está em outro lugar ? — Brinca, falando no meu ouvido.
— Eu ouvi— Respondo me afastando— Não houve milagre nenhum e somos quatro pessoas, consegue uma mesa ?
– Vou colocar vocês no VIP está mais vazio !
Balanço a cabeça e deixo ser guiada até uma escada com acesso para o andar de cima.
— Eu preciso falar com você! — Me viro ficando de frente para ele no último degrau, onde a música está um pouco mais baixa.
— Agora não dá, pode ser depois? Aqui está uma loucura nem mesmo conseguir falar com o meu irmão. — Fala no meu ouvido.
Afirmo e olho em volta. Estava mesmo cheio, mas isso nao era novidade, o que me chamou atenção e me causou um estranho calafrio foi a sensação de estar sendo observada .
— Você está bem? —Perguntou descendo o olhar pelo meu rosto de um jeito indiscreto e parando no meu decote.— Está arrepiada!— comenta, deslizando a mão pelo meu braço.
— Estou com frio — minto, percebendo que ele ficou bem alegre, passando a mão na minha pele. Queria deixar claro que não queria nada com ele.
Me afasto jogando os cabelo suavemente para frente, querendo tampar sua visão e viro de costas.
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Atualizado até capítulo 104
Comments
Maria Izabel
Quero que Ceci veja o crápula que Will é 😡
E Eduard se vc estiver aí escondido tire a Ceci antes que alguma coisa aconteça com ela 😪
2023-08-19
16
Elizabeth Fernandes
Ceci não chama ele pra ir com vc esse traste só que se aproveitar de vc
2023-08-17
1
Olivia Costa Rossi
Esse só usa ela, otário
2023-07-31
0