Desejei essa família muito antes de saber que estava disponível

— a sua mão está gelada! Está bem?

Detesto ficar sem saber o que está acontecendo, queria que se abrisse comigo

Quando está a ponto de responder, Brady levanta e chama a atenção da família

— A Honey e eu convocamos vocês aqui porque queremos dar uma notícia. — Ele torce a mão uma na outra, nervoso. Olho para Honey que está agora vermelha. Corada. Com um sorriso no rosto. — Como vocês perceberam, Ela me perdoou. — Ele suspira e sorri, aliviado — O amor motiva a necessidade de proteção, e foi nisso que errei. Como a mamãe diz, a verdade dói só uma vez já a mentira cada vez que a gente lembra dela. Minimizei o poder dessa mulher de ser forte, sim, porque não conheço uma pessoa mais forte que ela. Honey é um exemplo de fé, perseverança, humildade, coragem e força. Pequei por escolher protegê-la. Eu não devia ter escondido sobre a história do senhor Jacob e tenho plena consciência que foi um grande erro e paguei do pior jeito, o meu castigo foi ficar longe da mulher que amo, claro, não é novidade nenhuma que amo essa mulher desde o momento que coloquei os olhos nela.

— ahhhh — O suspiro saiu em coro da boca de todos da mesa, menos do Eduard que cruzou os braços.

— argh — Eduard resmunga e evito encara-lo.

— Desejei essa família antes mesmo de saber que estava disponível. — Brady pisca para o Liam que sorrir — e mesmo depois de tudo o que aconteceu, depois dos segredos revelados, depois de quase perder essa mulher eu não tenho dúvida do que quero.

— Na verdade, você nunca teve! Agarrou a cunhadinha com unhas e dentes. — Eduard interrompe.

Quem o visse e não o conhecesse pensaria queCecí ele está interessado na noiva do irmão, mas esse aí só tem alergia a compromisso, mesmo.

Brady estreita os olhos para o Eduard

— É o que fazemos quando encontramos a pessoa certa, não desistimos facilmente, a vida não dá uma segunda oportunidade, Eduard— Brady pisca para o irmão — Bom, e reunimos todos aqui, porque queremos oficializar o nosso compromisso.

– Oh — dona íris sussurra tampando a boca com as duas mãos, surpresa, com os olhos marejados.

Por essa ninguém esperava.

Não agora, eles acabaram de se reconciliar.

— Oficializar, quer dizer? — Charlotte pergunta, meio eufórica.

— Que vamos nos casar!— Brady reponde

— E onde estão as alianças?

— Calma, irmãzinha. — Brady sorri, feliz de verdade — Tudo aconteceu muito rápido. Honey apareceu essa manhã na minha porta, só tivemos tempo de nos reconciliar e conversar sobre o nosso futuro, não conseguir sair para comprar as alianças, mas a de casamento não vai faltar, eu prometo! — Ele beija o rosto da Honey, que sorri feito boba.

Tão lindos...

— Não foi só isso, já que não apareceu na empresa o dia inteiro. — Eduard fala, piscando para o irmão.

Seu Henry sorri sem formalidades. Dona íris adverte com o olhar, mas em poucos minutos os três estão com um sorriso implícitos nos lábios.

Acabo de descobrir de onde veio o sorriso cínico do loiro. Dos pais!

— Não acredito que teremos outro casamento— Charlotte, levanta batendo palmas, empolgada.

— Acaso está brincando connosco, Brady? — senhor Henry pergunta com um vinco entre as sobrancelhas.

— Eu não brinco. Nunca! Relacionamento é algo sagrado. — Brady fala com o semblante sério.

— Será apenas uma cerimônia íntima. — Honey deixa claro.

— Vocês já têm uma data, pergunto porque precisamos fazer uma lista de convidados, tem que constatar a igreja, os cardápios. O vestido, isso é muito importante. Também tem o juiz de paz... ai meu Deus, como adoro festas? — Dona íris fala, sem parar. Perco alguns segundos acompanhando a mulher elegante de cabelos curtos e trajada com vestimenta leves ir até a sua bolsa no sofá e voltar com o celular na mão.— Vou chamar a coordenadora que organizou a nossa borda, tenho certeza que vai ficar tudo lindo.

— Nada disso, mãe— Brady a interrompe quando ela começou a digitar — quando Honey disse íntima, ela quis dizer íntima mesmo, apenas os avós dela e nós aqui. Será algo rápido.

— Isso sim, é uma boa notícia. — Eduard resmunga.

— Assim não tem graça, deveria ser um evento de três dias, no mínimo.

— Concordo com a Charlotte — Dona íris comenta ainda em pé com o celular na mão.

— Pode ser em um dos nossos hotéis, levaremos todos os convidados e ficaríamos durante três dias. — o seu Henry opina.

A empolgação dos pais faz Brady e Eduard se entreolharem e balançarem a cabeça, negando.

— Podemos matar um boi e servir aos convidados. — Tom brinca do outro lado da mesa.

— Mamãe, eu não quero comer um boi! — Liam resmunga abraçando a Honey

— Ninguém vai matar nada, filho. Tom está brincando. — Honey o adverte franzindo o cenho.

— Não estou, poderia ser igual no Brasil. Churrasco a vontade, O que acham? Eu sempre quis conhecer a cultura do país. — Tom insiste.

— Temos o Hotel em Fernando de Noronha, Brady é o único que conhece. A ilha é um paraíso tropical com ótimas praias. Um dos melhores hoteis que temos.— o seu Henry se empolga e também fica em pé — Honey os seus pais eram brasileiros, não eram?

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