Por Favor, Me Aceite De Volta Esposa
Como o próximo chefe da máfia Rússia, o meu casamento foi por puro negócio. O patriarca da família, meu avô decidiu tudo sem sequer me consultar antes de fazer a proposta do casamento.
As negociações começaram com a família rival, cujo perdia território para outro grupo maior. A maior rede de vendas de armas clandestinas para os grupos terroristas estavam em apuros.
Por pura ambição foi oferecido como um prêmio em troca de cooperação entre às duas facções. Começando o verdadeiro inferno na minha vida e na vida da inocente Andreia.
— EU NÃO VOU CASAR COM UMA MULHER TÃO HORRÍVEL! — Grito com o patriarca da família na sua sala privada.
— Você fará o que for melhor para nossos negócios ou desiste de assumir o comando da nossa família. — Fala em tom autoritário.
— Pensa que pode controlar minha vida com ameaças? — Retruco enfurecido.
— Seu primo está disposto a se casar com a garota, tenho outras opções, fora você para assumir a liderança da família. Escolha, Boris! Quer ser o novo líder e herdar tudo o que possuo ou ser deserdado por sua recusa? — Diz firme.
Engoli seco minhas palavras, mal acreditando no que está acontecendo comigo.
— Merda!— Digo enquanto ando para os lados na sala de reunião do meu avô, inconformado.
Saí do escritório furioso me deparando com o único amor da minha vida. Anabela, uma linda mulher de cabelos longos loiros, olhos azuis, sempre faz academia pela manhã, deixa qualquer outra para trás. Sou completamente louco por ela, nos conhecemos durante a infância, nossas famílias têm muitos contratos entre eles, o que acabou nos tornando próximos.
O motivo da minha recusa é a nossa paixão platônica, namoramos em segredo por 15 anos. Por nossas famílias estarem em desacordo, devido ao roubo deixado pelo pai de Anabela que transferiu parte do dinheiro do pagamento das dívidas com os bancos para sua conta pessoal.
A dívida continua crescendo e os negócios dele falindo. Meu avô que só pensa em dinheiro está os afastando gradualmente, consegui manter a relação durar, mas isso está prestes a acabar.
— Como foi a reunião? — Anabela pergunta no meio do corredor que dá acesso ao meu quarto.
Olho para ela aflito.
— Casamento. — Respondi com o nó na garganta.
— Seu avô vai fazer a proposta para meus pais? — Pergunta alegre.
— Não. O velho arrumou outra noiva que nem conheço o rosto. — Digo irritado por está sendo forçado.
— Pensei que nossas famílias fossem amigas, depois de tantos anos juntos. — Fala decepcionada.
— Não sei o que deu nele. Realmente não entendo sua cabeça, estava indo tudo para o rumo do nosso casamento. Por que ele mudou de ideia de repente? — Coloco meu rosto no seu ombro procurando pelo seu doce cheiro tentando compreender a mente do velho.
Constatei pela expressão dela o desapontamento, então puxei-lhe num abraço caloroso.
— Eu não vou ceder a exigência dele, você é a mulher com quem quero passar minha vida. — Tento lhe acalmar.
— Não brigue com sua família por minha culpa. — Diz com voz docemente triste.
— Darei um jeito de os convencer que você é a mulher da minha vida, é a garota certa para estar ao meu lado. — Beijei sua testa amassando suave seu rosto para lhe apaziguar.
Nos dias seguintes a pressão para tornar o casamento público foi enorme, cortaram meus cartões de crédito, retiraram meus privilégios, até as minhas casas na beira da praia.
Tive de sair da casa principal indo morar num beco sujo com o pouco dinheiro que me sobra. Anabela emprestou alguns dólares para poder me manter, chegando ao fundo do poço.
Se sentindo culpada pelo meu sofrimento mesmo nessas condições horríveis, provou seu amor ficando do meu lado.
— Volte para casa, meu amor.
Estávamos deitados na cama de solteiro do minúsculo quarto, quando sua voz de lamento alcançou meu coração. Pedindo para voltar mesmo que signifique ter de casar com outra.
— Eles vão ceder! — Enfatize com fúria.
— Não vão! Pare de ser teimoso! Estão numa votação para colocar seu primo na cadeira que lhe pertence. Por favor, obedeça e se case com a escolhida do seu avô. — Briga, aflita por saber que posso perder tudo.
— COMO PODE PEDIR PARA SE CASAR COM OUTRA? — Falei irritado.
— TAMBÉM ME DÓI DIZER ISSO! Julga que QUERO QUE ACABE COM SUA VIDA?! — Gritou com raiva e tristeza.
A puxei e abracei-lhe apertado.
— O que será de nós se me casar?
— Vamos continuar com nosso relacionamento escondido, até assumir seu posto e possa pedir o divórcio.
— Isso pode levar anos.
— Não é o meu desejo que seja esposo de outra, mas vou suportar o meu ciúme, enquanto manter distância da outra.
— Juro não tocar um dedo nela.
— Eu te amo, Boris.
— Também te amo, Anabela.
Juntos fomos para a maldita reunião, deter o meu tio que estava a convencer todos tornar seu filho inútil no próximo chefe de comando.
Vários sub-líderes da casa se apresentaram para a votação secreta da retirada da minha cadeira. Pelas regras, o filho mais velho sempre se torna o Patriarca do bando, alguns casos são exceções como a desobediência de cumprir com suas obrigações ou a rejeita total dos seus direitos.
As regras da família são absolutas, assim como as ordens do Patriarca, minha desobediência deu a oportunidade perfeita para meu tio que tanto quis esse posto fazer essa reunião.
— Ele não respeita o patriarca!
Aproximando da sala secreta, ouço a voz exaltada do meu tio.
— Ele está no prazo para se decidir. — Responde meu avô.
— Nem deveria ter estipulado um prazo, esqueceram das regras? As ordens do patriarca são absolutas. — gesticula meu tio.
Tive de invadir a sala para o deter antes que convença os demais.
— Viemos de muito longe para começar uma briga entre nossa família. A posição do novo líder deve continuar como foi no passado evitando disputas desnecessárias. — Fala Benedicto obtendo aprovação dos demais.
— Nem deveria estar presente, não é do nosso sangue! — Aponta em acusação meu tio.
Foi nesse momento que chamei atenção de todos engrossando a voz.
— Não respeito as regras? Quer mesmo entrar nesse assunto, tio? Devo lembrar, pelo qual motivo meu avô ainda está sentado nessa cadeira?
Meu tio olhou para Anabela que estava ao meu lado com desgosto, fulminando de ódio.
— Você o trouxe! — Esbravejou.
— Boris é o herdeiro por direito da casa, nasceu do sangue Russo com italiano, foi treinado para este papel!
Ela se coloca na mira do fogo para me proteger.
— VOCÊ NÃO TEM VOZ NESSE SALÃO! — Grita afoito.
Quis lhe espancar, mas minha mulher segurou minha mão acalmando meu nervo.
— Espero lá fora. — Ela entrelaçou os dedos nos meus, soltando à medida que saia da sala.
— Desculpa por isso. — Sussurro baixo para ela.
— Faça o que for necessário para o fazer engolir suas palavras. — Sussurra baixo para mim.
Após sua saída pude liberar meu ódio deixando o clima pesado, só piorou com a recusa do meu tio em admitir que continue sendo o herdeiro de tudo.
Houve várias discussões e acusações contra mim, colocando o nome da minha amada como tabu da reunião. Tive de morder os lábios várias vezes para não perder o controle.
— Boris, qual a resposta final para a proposta de casamento? Diga na frente de todos, o que falou para meu pai. — Ele insiste.
— Eu não quero casar com uma desconhecida. — Repito sem temor.
— Viu? Lhes Disse! — Empolgado.
— Você não deixou terminar.
— O que tem mais para dizer? É a vergonha da nossa casa!
Levanto em chamas negras.
— Vou casar pelo bem da família! Cumprirei minha obrigação como todos esperam, no entanto, meu desejo é viver com quem amo.
Todos parecem aliviados, respirando mais cômodos. Vendo como mudaram a postura meu tio ficou frustrado querendo de todas as maneiras a cadeira.
— É normal não querer se casar com uma desconhecida. — Fala Benedicto a voz mais considerada pelos sub-líderes.
Benedicto é o único cujo não tem parentesco na associação, onde conseguiu ocupar uma das cadeiras mais importantes. O CEO que comanda várias redes por todo o mundo, fechou negócios milionários fazendo render milhões ao grupo.
Ninguém é capaz de ir contra sua palavra, pois o consideram gênio.
— Todavia ele ainda é jovem, depois da noite de núpcias tudo muda. — Fala um associado em meio a risadas.
Meu avô finalmente abre a boca para falar.
— Tem certeza dessa decisão? — Tom sério.
— Absoluta. — Respondo determinado.
Estou fazendo isso por mim e por Anabela, um dia farei reconhecer o valor da minha escolhida.
— Sendo assim... iremos amanhã propor a família da jovem.
— Pela lei ela deve ser pura, garanta que todos os procedimentos sejam como no costume que tanto meu tio adora. — Falo em provocação olhando para o mesmo que trinca os dentes em ódio.
A reunião se encerrou numa atmosfera nada agradável entre os apoiadores do meu tio, mordendo a língua e o
olhar do meu tio de desgosto. Sei que ele vai causar mais problemas, este idiota nunca desiste de tentar tomar o que não lhe pertence.
— Por que mudou de opinião?
Meu primo Igor veio no meu rumo para argumentar.
— Lhe, devo satisfação?
— Cuidado, irmão. Não quero que estrague a sua vida.
— Do que está falando?
— Está claro que só agiu dessa forma por causa de Anabela. Te darei um conselho: "Não confie em uma mulher que lhe manda para os braços de outra."
— Não sabe que está falando.— Aperto minhas mãos querendo socar seu rosto.
— Faça como quiser.— Dá de ombros e vai embora.
Procurei a minha mulher para lhe dizer como sucedeu à reunião, porém não encontrei. Pela janela a vi rindo, sendo simpática com alguém que nunca tinha visto, fiquei com a estranha sensação de estar sendo enganado.
Senti pela primeira vez desconfiança dela, corri para afora do prédio furioso para obter satisfação da sua conversa cheia de risos com outro homem. Fiquei com mais ódio vendo lhe entregar algo que parece ser um presente, o que fez minha cabeça dar voltas.
Já fui para seu rumo com violência apertando seu braço com força.
— Quem era aquele homem?
— Boris está me machucando!
— Perguntei, quem era o homem?
Com o aperto forte, ela soltou uma caixinha de joias das mãos que contém anéis de compromisso, seus olhos estavam lacrimejando quando lhe soltei.
Abaixei para pegar a caixinha e os anéis, olhando com desconfiança sobre a caixa, esmagando com meus pés. Quando vi lágrimas descer de seu rosto, fazendo me sentir mal pelo ato grosseiro.
— Anabela eu...
— Não diga nada, está tudo bem. Está passando por muitos problemas. — Se abaixa pegando a caixinha quebrada e retira o anel colocando em meu dedo. — Vai se casar com outra, mas queria ser eu a primeira em colocar um anel no seu dedo.
— Eu não mereço o seu amor. — Abraço forte com carinho, arrependido do que acabei de fazer.
Ela abandonou seu posto para se tornar minha amante, foi expulsa da família por não ter quebrado a relação comigo, sofreu tantas injustiças para viver nosso amor e injusto a fazer sofrer.
A preparação do casamento:
Meu avô insistiu que os mínimos detalhes do casamento deveriam ser feitos por Anabela. Chamando-nos em privado na mansão para discutir os detalhes que se tornaram em discussão calorosa.
— Anabela, o que me diz?
— ELA NÃO TEM QUE FAZER ISSO! — Alterado.
— Boris, por favor. — Puxa meu braço.
— Sua atitude com ela é a causa disso. Os pais da noiva sabem do seu segredinho, não quero que essa aventura se transforme em algum obstáculo para impedir o casamento.
— Aceito com honra, mestre. — Anabela abaixou a cabeça em respeito.
— Anabela não precisa fazer isso, não force a fazer algo que lhe machuque.
— Boris cresceu no meio desse lado sombrio, como você sou parte da organização, Conheço as leis, sei o que devo fazer.
Às vezes esqueço por seu lindo rosto, o quanto essa garota é fria. Uma assassina treinada para matar, roubar dados secretos, cheia de veneno como uma linda serpente.
— Vão agora.— Ordena meu velho.
Saímos da mansão num estranho silêncio, dirigi o caminho inteiro para meu apartamento luxuoso, no centro urbano com o barulho do motor ligado e as trocas de marcha. Num incômodo silêncio da noite fria que parece estar mais escuro do que o habitual.
No elevador o silêncio continua entre nós, entramos no apartamento e ela finalmente soltou o que estava preso na garganta, chorando pesadamente fazendo meu peito doer.
— Me perdoe, meu amor. — Abraço ela, beijando sua testa tentando lhe acalmar. — Juro que eles vão pagar por suas lágrimas, todos eles vão pagar.
Sem interesse na noiva, não olhei seu rosto nos nossos encontros. Sempre caminhei na frente, nunca lhe prestando atenção.
Andrea é uma bela jovem nascida na Itália de uma família tradicional da Florença. Nasceu em berço de ouro com toda a riqueza do seu pai. Há boatos que compraram o seu diploma e os policiais que lhe prenderam por dirigir embriagada. Uma mulher mimada cujo hobby é gastar todo o dinheiro do pai.
Pelas informações obtidas é o tipo de mulher que ruína a vida de todos em volta. Me pergunto: por que meu avô insiste nesse casamento?
A jovem escolhida é do ramo secundário da máfia mais importante da Itália que controla as mercadorias vindas pelos mares.
Para nós que exporta armas para todo o mundo é um negócio vantajoso, porém o risco é muito alto como em qualquer transporte de mercadoria.
O casamento é um fato importante para o fechamento do contrato que vai render bilhões para os cofres de todos. Anabela cuidou de cada preparação com muito cuidado, os convites sendo enviados para todos os membros importantes da associação. Alguns políticos importantes adicionados na lista cheio de negociantes do mercado negro, um prato um tanto apetitoso para conseguir firmar meu lugar.
A bastilha escolhida a grande catedral de São Basílio, localizada na Praça Vermelha, marca o centro geométrico da capital russa como parte do complexo fortificado conhecido como Kremlin e serve como uma das sedes da Igreja Ortodoxo do país, mas definitivamente sua fascinante, misteriosa e colorida história vai além da liturgia religiosa costumeiramente conferida a tais edifícios. A igreja mais bonita do mundo, foi difícil conseguir uma data específica para realização da cerimônia.
Por milagre Anabela conseguiu uma data com ajuda de políticos aliados ao papa. Cerca de 30 milhões de dólares foram gastados para esse evento do qual estou em contra.
A única exigência foi escolher onde morar com a mulher com quem terei de passar alguns anos até poder se livrar dela.
Assegurando que Anabela ficará por perto de mim após o casamento, comprei a nova residência longe da principal. Para evitar futuras intromissões da família, consegui convencer a mulher mimada pedir que meu avô concordasse com os termos.
Surpreendeu que aceitou, parece mais calma do que os rumores, quase como se fosse outra pessoa descrita nos relatórios. A casa foi comprada segundo o gosto da mulher que amo, só pensei em dar tudo que merece.
Ela decorou cada canto com seu toque especial, já que esse será nosso ninho de amor.
— Você gostou do lugar? — Ela me mostra a casa escolhida.
— É bem arejado. — Encaro seu rosto sem olhar para mais nada.
Não me importa absolutamente nada, além de ver seu belo sorriso. Ela consegue hipnotizar apenas com esses olhos tão sexy deixando completamente louco, tenho noção absoluta que sou dominado por essas mãos, até morreria feliz se este for seu desejo.
— Quando os móveis chegarem, ficará ainda mais belo o lugar. — Diz empolgada.
Só prestei atenção nos seus belos lábios se moverem, seduzidos por cada movimento.
— Sempre teve um bom gosto, meu amor.
— Acha que a "outra" vai gostar do lugar?
Odeio sua pergunta, quero esquecer que estou noivo, apenas nesse momento quero que seja sobre nós... Sobre nosso amor. Afogando no meio das suas coxas, perdido no doce da sua boca, morrendo pela sede do seu belo corpo. Tomei ela no que deve ser nosso lar, deixando de lado os problemas.
— Por que falar de uma mulher que só será minha esposa no papel? Essa é nossa casa, aqui manda como quiser.
— É se ela causar problemas?
— Irei lhe proteger, ela nunca será um obstáculo entre nós, não precisa se preocupar com nada.
— Você é o melhor, meu amor.
— Que tal estrear a casa?
— Safado. — Risos.
— Apenas você me deixa nesse estado.
Utilizei pedaços de papel para forrar o chão e possuir o corpo da mulher que amo. É loucura como esse sentimento controla cada movimento que dou.
Não consigo pensar em tomar outro corpo que não seja dela. Me sinto mal toda vez que penso na noite de núpcias como farei para enganar a todos.
Meu avô deixou claro que fará teste de DNA para saber se o sangue no lençol será dela, também deixou claro que o médico vai visitar no outro dia para comprovar que estivemos juntos.
— No que está pensando tanto? — Toca minha testa franzida, preocupada.
— Nada. — Beijei sua mão afastada da pergunta.
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Atualizado até capítulo 64
Comments
Souza França
sábio conselho!!!
2024-10-19
0
Mara Coelho
já começou mal um mafioso burro 🫣
2024-08-04
3
Fbiana De Santos
que burro esse Boris
2024-06-24
2