No outro dia, enquanto lido com algumas pessoas insatisfeitos, vejo pelo vidro da sala, Andreia e seu amante.
Os olhos dele em vermelho de choro, a cabeça baixa, ela num vestido simples florido e sapatilhas baixa.
Linda de uma maneira incrível como se flores acompanhassem seu caminhar, senti um nervosismo crescer por dentro, sumindo aquele ódio que me deixou louco por vários dias sem sono.
— Saiam da sala! — Ordenei todos.
Os velhos homens da geração passando me encararam com desgosto, então os olhei de volta fazendo-os recuar.
— Senhor...
— Mande-a entrar.
A assistente nem terminou de falar, estava tremendo, a ponto de sentir, as batidas fortes do peito, nervoso o bastante para cometer erros pequenos e bobos, como não saber se devo sentar ou ficar de pé.
Andreia passou pela porta e minha respiração parou, gaguejando para abrir a boca, o ensaio que fiz milhões de vezes para este reencontro acabando no fracasso.
— E...
Plá!
Uma pasta colocada na mesa antes de conseguir abrir a boca, na sua frente um advogado arrogante de meia-idade que conheço muito bem.
— O senhor se deu o trabalho de voltar da aposentadoria por minha causa? — Arrogante.
— Dei minha palavra ao seu avô que seu testamento seria cumprido.
Na garganta o sufoco do ódio, por dias desejar lhe ver novamente, quase louco de saudade, mas sendo ameaçado por uma pasta idiota de divórcio. Encaro seu olhar notando vermelhidão de uma noite em claro.
— Revela a sua falta de caráter? — Digo movendo na sua direção faminto para morder seu pescoço.
Jogar na mesa e tirar sua calcinha para lhe possuir, controlando meu impulso selvagem.
— Empresa e tudo que herdou pertence a sua esposa. — Diz o advogado.
Olhei a pasta tirando um esqueiro do bolso onde acendi colocando fogo na papelada.
— Posso entrar agora? — Diz o pai de Andreia tocando no ombro da mesma num sorriso malicioso cheio de dentes.
Começo a rir, entendendo perfeitamente o que está acontecendo.
— Como você é burra, garota! Acha mesmo que seu pai pode lhe proteger? Até mesmo o bastardo do seu amante veio negociar comigo, patética até o fim.
— Você não é dono de nada, tudo aqui pertence à minha adorável filha.
— Está enganado. —Levanto e sento na mesa, vendo meus homens os cercar.
— BORIS! — Grita o advogado.
Pego a arma da gaveta atirando na sua cabeça, o barulho assusta Andreia que permanece em silêncio. O sangue do homem mancha seu sapato e rosto. Seu pai grita Incrédulo pela coragem de matar emplena luz do dia com várias testemunhas oculares.
— ENLOUQUECEU! — Grita, mas, logo se cala por minha arma parar em sua testa.
— Não sou um homem muito paciente. — Viro o rosto dando uma olhada em Andreia que aperta o vestido. — O que escolheu, Andreia?
— Boris se me matar... — O homem treme.
— É melhor manter a boca fechada. — Dou uma olhada para ele impaciente, voltando meu olhar diabólico em minha mulher. — Daqui este velho nojento sairá sem vida, você é a única que pode o salvar. Volte comigo para casa e deixarei tudo o que fez passar por alto. Claro que nunca mais voltará sair de casa sem minha permissão.
— ANDE LOGO, ANDREIA! DIGA QUE VOLTARÁ COM ELE!— Seu pai grita apavorado.
Ela levanta a cabeça com olhos de desprezo, abrindo seus suaves lábios numa voz segura e macia.
— Vá em frente, mata!
Atiro no ombro do velho para lhe assustar, obtendo um desgosto do outro lado. Naquele momento percebi que a vida de seu pai é tudo que menos lhe importa, usar seu amante também não vai fazer com que volte comigo.
Começo a sentir ansiedade por não ter nada nas mãos que lhe possa manter comigo.
— Se salvar minha mãe, faço tudo que lhe pedir, viverei da forma que queira. Em troca da minha alma, quero que destrua o império do meu pai, acabe com a carreira do meu ex-noivo e salve a vida da minha mãe.
Comecei a rir sem parar.
Vendo o ódio no rosto da mulher que treme diante de mim, sem poder algum para controlar sua vida. Jogada nos braços de alguém como eu, incapaz de amar ou ter piedade.
Ri de como esses idiotas lhe levaram ao desespero, trazendo para uma prisão ao meu lado, devorada pela escuridão numa vida de correntes para sempre.
— Certo. Se é tudo o que quer, farei como deseja.
Seu amante grita palavras duras para ela reconsiderar, tentando lhe fazer sentir mal pelos poucos momentos felizes tidos, como foi tratada com amor por sua família.
Patético! Quando suas mãos imundas tocaram, reagi no mesmo instante cortando.
— Vá para sua nova casa, lave este corpo imundo da cabeça aos pés. Irei em breve revisar.
Meu segurança lhe acompanhou para a saída do prédio, ficando nós três no escritório.
— Até onde chegou?— Perguntei para seu ex.
Não queria a resposta, no entanto, precisava saber com quantos mais além de mim ela se deitou. Quem foi seu primeiro homem? Se eles se beijaram? Quantas vezes foram? Queimando uma fúria só de pensar nela abaixo de outro.
— Do que está falando?
O rapaz perguntou confuso ao princípio.
Entendendo a pergunta segundos depois. Me contando exatamente o que não queria ouvir, num propósito lógico de me deixar Irritado e conseguindo.
Ouvir de sua boca o desejo que tem por ela, foi algo nojento e irritante.
— Levem-no daqui.
"Seu castigo será um prazer realizar." pensei.
Vai se arrepender de cada palavra dita, vou ensinar nunca mais tocar em algo que pertence a outro.
Deixei os dois saírem com as próprias pernas apenas para sentir a queda de suas vidas e de todos em sua volta.
Mando meus homens recuperarem a mãe de minha noiva e a levar para casa, contrato os melhores médicos e enfermeiros.
Tudo feito num único dia, voltando pra casa onde agarro Anabela logo na entrada da mansão, beijando seus lábios com ferocidade, rasgando sua blusa e fazendo amor no meio da sala de estar.
Empurrando meu corpo num fogo ardente a fazendo ofegar prazer. Sem espaço pra descanso, sem espaço pra falar, contente por recuperar tudo que sempre me pertenceu.
Finalmente consegui o que tanto desejei a vida toda, o poder do meu falecido avô. Derrubar a cadeira do meu tio e seus seguidores, sou o líder.
Anabela estava contente com meu retorno, porém seu rosto escureceu quando o segurança aparece para avisar que minha mulher estava pronta.
A refeição principal, o troféu de todas as minhas conquistas, pronta para ser meu. Sorri satisfeito, recebendo o ataque de ciúmes de Anabela.
— Foi você mesma que insistiu em ter um filho com ela.
— ISSO ANTES! NÃO PRECISAMOS DELA, CONQUISTOU SEU LUGAR!
Seus gritos exagerados me irritam, foi por muito tempo cego por sua beleza e o charme da riqueza que carrega, deslumbrado pela refinada elegância.
Gritar como louca, a coloca no mesmo patamar de tantas outras que estou perdendo o interesse. Prefiro Andreia como bonequinha, tenho o controle total da sua vida, posso fazer o que quiser com ela.
— Quando voltar, conversamos.
— Boris, se for, não estarei aqui quando voltar.
— Se for isso que quer.
— BORIS!
— Anabela não cause uma cena, você é minha amante, não esposa.
— BORIS! SEU CRETINO! COMO PODE DIZER ISSO?
Ela tenta me acertar um tapa no rosto, contive seu punho.
— Saiba seu lugar, Andreia é minha, você é apenas amante e vai permanecer nesse cargo ou encontro outra que possa utilizar.
— Você está louco! Por que está fazendo isso?
Deixei chorando indo para o lar que comprei exclusivamente pra ser a prisão de Andreia.
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Atualizado até capítulo 64
Comments
MARIA DE LOURDES SILVA
😂😂😂😂😂😂🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
2023-11-30
6
Cristina Santos
cadê a avó do Boris ? Não melhorou ?
2023-11-21
1
Maria
Cada capítulo mais odeio esse psicopata 🤬🤬🤬🤬🤬🤬🤬
2023-11-07
13