Ao acordar e me ver sentado numa poltrona do lado da cama, se cobre em medo.
— Não sou um monstro para violar uma mulher doente.
Pude sentir no seu olhar de pavor, todo o medo que sente, as mordidas nos lábios, segurando as lágrimas abaixando a cabeça em submissão.
Respirei fundo me levantando daquele ar sufocante, Andreia não tinha feito nada de errado, mas, lhe tratei como uma criminosa que roubou o lugar da mulher que amo.
Suspirei pesadamente, arrependido, porém, cheguei longe demais para lhe deixar ficar com tudo.
— Arrume suas coisas. — Disse virado de costas, pois, seu olhar machucou demais.
Ela não respondeu, silenciosamente levantou da cama, indo pegar sua mala, onde colocou suas roupas.
Me irrita que faça o trabalho de uma criada, controlei minha fúria como pude, no entanto, tive de sair do quarto para respirar, fora daquele ambiente horrível.
Anabela estava na sala de jantar comendo, um bom desjejum, quando desci na frente de Andreia que leva a pesada mala, ficou descontente.
— Boris. — Se levantou da mesa, com o rosto surpreso.
— Agora não. — Falo bravo.
— Boris, se acalme. — Insiste em deter, ficando na frente.
Irritado, lhe aparto da frente. O movimento do braço desequilibra a mulher que amo, ficando ao chão. Andreia tenta ajudar levantar, não suporto essa atitude dela batendo em suas mãos para que afaste da Anabela.
— Boris? — Diz Anabela com a voz chorosa.
— Não se meta em meus assuntos.
Peguei pelo braço de Andreia levando para fora, desajeitada tentando me acompanhar com a mala pesada no outro braço.
Não me importa como se sente, nunca me importou. A joguei do lado de fora na vista de todos os empregados.
Ela nem se mostrou ferida, de cabeça baixa arrastando suas unhas no chão para ergue seu corpo numa aparência lamentável.
Quis lhe provocar, a fazer gritar e chorar.
Porém, o barulho atrás dela de carro com o meu tio saindo de dentro, chamou sua atenção.
Do lado do passageiro saindo uma senhora de meia-idade, com o rosto pálido doente. Vi pela expressão, pânico, levantando do chão correndo de encontro aquela senhora.
— MÃE! — Um grito forte ecoou de sua (garganta) doloroso.
Abraçando a sua mãe com lágrimas nos olhos, despencando aos seus pés em prantos, um choro que nunca tinha ouvido de sua garganta.
De olhos fechados, agarrada nas pernas da mãe desesperada. Logo notei outro homem sair do carro, vindo na direção com fúria, acertando seu punho fechado num gancho de direita certeiro.
Seu rosto queima escuridão, num infinito amargo que só pode ser compreendido quem já passou na beira do desespero.
Seu pai olhando com desprezo levantando a mão novamente para acertar, saindo outro rapaz que deteve o braço.
Naquele momento dei conta que ela teve alguém no seu coração, um homem que não era eu.
Não sei explicar o gosto na boca que senti, vendo eles formarem uma barreira como se eu tivesse lhe sequestrado.
— Chame a polícia!. — Disse mordendo a língua num veneno ácido inexplicável. — CHAMEM A POLÍCIA!
Andreia levantou-se dos pés de sua mãe, dessa vez vindo para mim com o olhar severo de afronta, numa força devastadora.
— Não se atreva! — Fechou as mãos com força, firmando uma posição num olhar sem piedade.
Está pronta para morder meu pescoço como loba defendendo seus filhotes.
— Não precisa viver com esse louco. — Gritou o jovem, puxando seu corpo para um abraço.
Senti desconfortável vendo ser abraçada por outro, quando notei tinha empurrado o rapaz, lhe colocando detrás do meu corpo. Ameaçando a vida do outro com uma arma apontada para sua cabeça.
Andreia implorando aos gritos pela vida dela queimando minha alma em algo que nunca tive.
Meu tio, olhou para mim com ar de alguém que ganhou.
Apresentoa saída para que ela escapasse de mim, segurei o pulso de Andreia com força, negando a deixar ir.
Seu amante implorando para deixar ser ajudada e ter seu final feliz.
— Vamos embora! Por favor! Podemos ter um final feliz! Sei tudo… Sei que deve ter sido terrível! Está tudo bem agora, vamos para casa.
Formiga meu peito, puxando o gatilho para dar cabo da vida desse intruso. Nunca permitirei que tirem Andreia de mim, perdendo o controle conforme o olhar dela me despreza, vendo o rosto de alguém que vai seguir com eles.
— Não crie falsas ilusões. — Apertei seu punho.
— Ela não é sua! — Grita o homem furioso.
— Menina, vá com sua família. — Meu tio aproxima para lhe pegar.
A razão deu lugar para a loucura é atirei no rumo da orelha dele, um sinal para não se aproximar.
— Não seja estúpido Boris.
Olho para o pai dela rindo como louco.
— Vai mesmo aceitar isso? Foi você que há vendeu?
O homem virou o rosto contorcendo de raiva.
A impotência tomou conta do meu interior, tremi vendo ela retirar minhas mãos, suei, fecho os olhos enquanto suspiro e grito.
— ANDREIA! — Assusta. — Não se atreva, nunca lhe deixarei em paz!
Ela levanta, num olhar mortal de nojo e ódio.
— Não tenho intenção de ficar com sua fortuna.
— Só sai daqui, morta!
— Vá, Andreia. — Grita o seu amante.
— QUER MORRER? — Atiro na sua perna para o desespero de Andreia.
— Pela mulher que amo, morro quantas vezes quiser.
Ouvir essa declaração me deixou cego num fogo que queima rapidamente toda a razão, partindo para cima dele, socando seu rosto sem parar. Andreia tenta me parar, mas sua preocupação me enche de mais raiva.
Parando ao ouvir um grito agudo intenso de Anabela, que puxa meu braço em prantos.
— SAIAM DA PROPRIEDADE! — Anabela grita segurando meu braço com os olhos fechados derramando lágrimas desesperadas.
Os homens do meu tio, protegeram o rapaz retirando seu corpo quebrado de perto, meus seguranças correram para matar o rapaz por minhas ordens, cegado pelo ódio.
— NÃO DEIXE VIVO! MATE ESSE CRETINO.
No meio do caos, Andreia conseguiu tempo suficiente para entrar no carro do meu tio. Vendo escapar de minhas mãos, enlouqueci atirando nos pneus do carro e impedindo sua fuga, ordenando que saia antes de lhe dar o pior dos castigos na frente de todos.
— Boris, aceite que perdeu. — Meu tio pacífico disse antes de me mostrar que a arma estava sem balas.
— Isso não é o fim.
Tive de assistir levar minha esposa, o que me deixou louco. Nunca gostei de perder meus brinquedos, mesmo quando os descartava dava jeito de serem inutilizados. Ser humilhado na frente de todos por uma bastarda que deveria ser grata, fez meu sangue ferver.
Louco pela humilhação, louco por ela ter ido com outro homem.
“Isso não termina aqui." Penso.
Depois de quebrar todo o quarto dela, respirei fundo mandando chamar Benedicto.
— Mestre, ele se demitiu…
Interrompi o segurança com um chute no seu estômago.
— Faça o que te ordenei!
Meus olhos queimavam sangue como um vampiro à procura de carne fresca, mas, não qualquer carne, somente um rosto vai satisfazer meu ódio.
O rosto da primeira noite do desespero de Andreia como minha esposa, a expressão de pânico desesperada em lágrimas implorando por misericórdia.
Somente depois de implorar miseravelmente estarei satisfeito e talvez possa perdoar essa traição.
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Atualizado até capítulo 64
Comments
Mmary Hoffman
que coisa horrível, o cara é um monstro além de louco
2024-12-14
0
Wessia Belarmino
que história ruim
2024-10-25
0
Souza França
ele estava jogando ela na rua e agora diz que ninguém vai tirar ela dele. tá louco mesmo!!!😡
2024-10-20
1