Diana deixou aquela sala aos prantos. Precisava ser forte para o que viria a seguir.
— Pare de chorar Diana. Sabe que sou a porr*a de um homem volúvel.
Ele arrastou-a para dentro do carro, Diana pensou que seguiria para casa dele. Mas se desesperou ao ver que o caminho que estavam fazendo era do aeroporto.
— Heitor, não vamos ficar em Creta?
— Para seu irmão vir atrás de mim na primeira oportunidade? Não, não. Vamos para Roma.
— Não era o que ele queria Heitor? Eu já estou aqui. No final vocês sempre vencem.
— Há minha Lady, deixa eu te explicar, conheço o seu irmão muito mais que você. Sou a porr*a do carrasco dele, sim eu faço todo trabalho sujo da Medusa, coisas que você duvidaria. Conheço a mente do seu irmão, e vi a reação dele, você não entenderia, não sabe um terço das coisas que rolam. Me unir a você foi a decisão lógica que ele usou para manter toda a merda debaixo do tapete.
— Por que Roma?
— Por que tenho negócios lá. Assinamos o nosso contrato de casamento amanhã. Essa é sua vida Diana. É melhor que a aceite o quanto antes. Fui generoso demais ao permitir que seguisse com isso que carrega ai dentro. Mas minha paciência tem limites.
Saímos do carro e entramos num avião. Segurei cada lágrima, fiz o caminho todo em silêncio, passei a mao pela minha barriga, manter ele em segurança era minha prioridade. Um dia antes havia recebido o resultado, era k meu menino. Seguindo a tradição e as lembranças que tinha da minha mãe já havia escolhido o nome, Apolo, o deus do sol.
Tirou a mão da barriga ao ver o olhar fixo de Heitor, conhecia o homem ao meu lado, e sabia que ele não fazia ameaças. Ele avisava.
Quando chegamos em Roma, um comboio já nos esperava. A casa para onde fui levada era uma fortaleza.
— Vai ficar aqui até amanhã. Não tem ordens para sair desse quarto Diana. Não faça nenhuma gracinha. Não sou o Hermes. Não há bondade em mim.
Diana sorriu de forma amarga.
— Fala como se ele fosse um estranho.
— Nunca percebeu que ele te venerava e a amava em segredo não é Diana? Mas como costumam dizer, gente boa só se fod*e. Ele daria a vida dele em favor da sua e advinha onde ele está? Ou você faz o que é preciso ser feito, ou passam por cima de você. Isso é a lei, a sobrevivência do mais forte nem sempre é algo bonito de se ver.
Heitor saiu batendo a porta. Eu me sentei na cama, olhando a minha prisão cercada de luxo, mas nenhuma dessas coisas confortava o meu coração, tudo isso poderia ser coberto do ouro mais fino, não mudava o fato de que o meu carcereiro era um demônio.
Algum tempo depois a porta se abriu, uma senhora trazia uma bandeja, e outros funcionários traziam algumas caixas e sacolas.
E apesar de me sentir tonta, pois desde Barcelona não havia comido nada eu não sentia vontade de comer, não conseguia parar de pensar que amanhã assinaria a minha sentença, e que Heitor reivindicaria o que ele pensa pertencer a ele. Pensar nisso me fazia entrar em pânico.
Quando a noite chegou, eu ainda não havia comido nada, e já haviam mudado as bandejas três vezes.
Até que a porta se abriu com fúria. Heitor entrou, os seus passos eram pesados e o seu semblante era de alguém transtornado.
— O que foi servido não está a altura da Dama da Medusa? Ou só está querendo se martirizar? Não vai funcionar Diana. É melhor que esteja pronta em cinco minutos, vamos descer e jantar. Precisa de energia para amanhã. Ou pensa que teremos um casamento de aparências? Não mesmo. Vai cumprir com todas as suas responsabilidades minha Lady.
Ele sorriu largamente, e saiu batendo a porta novamente. Fazendo com que meu estomago revirasse.
Nas sacolas haviam roupas, e tudo que precisava. Tomei um banho rápido e coloquei um vestido confortável e desci. Um segurança me levou até a mesa. Onde Heitor já estava. Ela se sentou ao seu lado.
— Sirva-se.
Ele mandou. Eu coloquei algumas coisas no prato e comi quase de forma forçada. Heitor se levantou e colocou atrás de mim, deslizou seus dedos pelo meus ombros, arrastando meus cabelos para o lado. Sentia a adrenalina percorrer meu corpo. Ele contornou a minha clavícula, e pressionou seu corpo, sentia ereção dele se formar, e desceu sua mão em direção aos meus seios, lágrimas caíram sob a tatuagem que havia na mão dele.
Heitor sorriu, sentindo-se ainda mais excitado.
— Amanhã é bom que se lembre, que quanto mais relutar, chorar, ou se recusar mais excitado ficarei.
Heitor segurou o meu braço e me levantou me pressionando a mesa, selou seus lábios aos meus, sua língua pedia passagem diante da minha resistência.
— Me deixe entrar, hoje eu quero apenas um beijo. Mas amanhã? Amanhã eu quero tudo.
Heitor voltou a me beijar, suas mãos desceram pelas minhas costas ele me puxou para ele com força, finalizou o beijo mordendo os meus lábios e me deixou ali em pé, enquanto caminhava até o que parecia ser um escritório.
Subi as escadas em direção ao quarto. Ouvi quando a porta foi trancada. Deitei encolhida na cama, as minhas mãos tremiam. Pensei em Brian, ele era o único homem que eu tive. Sonhava que o dia de amanhã pudesse ser com ele. Que eu pudesse me casar com ele. Todas as vezes que olhava para Heitor me lembrava daquele dia. Do chicote na sua mão, das lágrimas que caiam do meu rosto, do som de cada estralo nas minhas costas, da dor que era lacerante, e dos olhos profundos e azuis carregados de malícia, visivelmente excitados enquanto eu agonizava.
Levantei correndo e fui em direção ao banheiro e vomitei, olhei através do espelho as marcas nas minhas costas, cicatrizes que me lembravam o que havia acontecido, elas também eram um lembrete do que podia acontecer.
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Atualizado até capítulo 122
Comments
Naciene Silva
Vc só vai entender esse livro, si vc lê primeiro (SEM VOLTA AURORA ALENCAR) AI sim vc vai conseguir entender (Atus).😉
2024-04-21
6
Ana Bezerra
terminar de lê essa confusão
2024-04-19
0
Ana Bezerra
terminar de lê essa confusão
2024-04-19
0