| Dê um jeito nisso

...Heitor Pachis...

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Diana ainda estava inconsciente quando Nicolle entrou naquela sala. Olhou ao redor, só o que conseguiu reparar foi em Brian acorrentado enquanto Ares estava com alguém nos seus braços, deduziu que aquela era a irmã dele.

— Ajude ela, Nick! Ela esta grávida.

Brian gritou de forma enérgica. Nick caminhou em direção a eles e se ajoelhou encarando Ares que parecia ter perdido a lucidez, enquanto encarava a irmã. Verificou os sinais de Diana que estavam estáveis, olhou as pupilas, no geral ela estava bem, e já estava começando a se mover devagar.

— Grávida?

Heitor entrou na sala, fumava um cigarro e andava despreocupadamente, como quem vinha buscar o que lhe pertencia.

— Imagino que seja seu, temos um impasse. A noiva é minha, o filho é seu. O que faremos?

— Não vai tocar nela seu verme!

— Eu não teria tanta certeza Brian.

Ele disse em tom de provocação e deboche.

— Tira as mãos de mim Ares!

Diana acordou e gritou enquanto estapeava o irmão, já livre dos grilhões que lhe prendiam.

— Ares. Por que meu irmão está acorrentado?

— Por que é isso que ele faz. Mantém tudo e todos debaixo das rédeas dele.

— Vamos deixar o drama familiar de lado. Ares, como faremos? Conheço alguns médicos que podem resolver esse problema. Ela deve estar... Hm, de oito semanas no máximo?

Nicolle olhou para Ares com desaprovação. Em outro tempo ele cogitaria fazer o que fosse preciso para manter o poder que tinha. Mas aquele olhar de decepção o quebrou. Antes que pudesse fazer dizer ou fazer qualquer coisa Diana gritou.

— Por Deus, não. Não tire ele de mim.

Seu desespero era angustiante.

— Oh criança, não sirvo para criar nenhum bastardo. Sabe o que os leões fazem quando encontram uma parceira? Matam os filhotes para que a geração do outro não vingue. E quando receber o nome Pachis daqui a dois dias, o que carrega ai no seu ventre se torna isso. Nada mais que um bastardo.

— Ares.

Nick o chamou, estranhando o silêncio. Ele estava mesmo pensando em dar continuidade a essa loucura? O fato é que sentia o seu peito apertar, por que estava começando a gostar dele. Mas se as coisas seguissem por esse caminho daria um jeito de arrancar esse sentimento de si.

— Dê o seu jeito. Estamos nessa situação por culpa sua.

Completou, seu tom era como uma ordem, ele se pôs de pé e ela esperou que ele agisse.

— Não. Do jeito dele não.

Diana gritou. Como Ares sempre dizia seu irmão, aquele que existia no passado estava morto.

— Eu caso com você, Heitor. Não tire ele de mim, deixe-me te-lo, e eu serei sua. Quando ele nascer, Brian o levará. Por favor.

Havia súplica na sua voz. Não confiava que Ares agiria diferente.

— Não faz isso Diana.

Brian implorou.

— Eu preciso Brian. Me promete que vai cuidar do nosso menino? Eu o quis tanto. Quis ter um pedaço seu comigo. E Deus atendeu as minhas preces. Apolo será o seu nome. Promete Brian.

— Ares.

Nicolle o olhou. Ele não havia se pronunciado. Era a primeira vez que o via daquele jeito, como se estivesse em guerra consigo mesmo.

— Temos um acordo. Se vierem atrás de nós, rasgo a barriga dela sem hesitar.

Heitor segurou o braço de Diana, a cena era caótica, ela estava em prantos e olhava para Brian, demonstrabdo o quão dificil a decisão que havia tomado.

— Brian me promete, não me deixe sair daqui sem ter certeza.

Brian tentava se livrar dos grilhões e alcança-la, viu as lágrimas rolarem pelo rosto dele.

— Eu prometo Di. Eu prometo.

Ares permaneceu inerte. Me perguntei por que ele não fez o mesmo que fez a empregada, não era difícil deduzir que aquele homem era louco.

— Senhor.

Um homem surgiu na sala.

— Solte-o.

Ares mandou. E quando o homem que mais parecia um armário soltou Brian, ele cerrou os punhos e andou na direção do Ares e lhe socou com força. Enquanto preparava outro gancho de direita, homens armados entraram na sala, e Ares parou o seu braço antes de o atingir.

— Ouse, e perderá a mão.

Ele rosnou para Brian, e gesticulou para que os seus soldados abaixassem as armas, vários homens o seguravam.

— Covarde!

Brian gritou.

— Vamos docinho.

Ele disse abrandando seu tom. Ignorando as acusações de Brian.

— Não vou a lugar algum com você Ares. Como pode deixar ela ir?

— E o que sabe sobre o submundo Docinho? Não fazem ideia de como algumas coisas funcionam, não sabem nada sobre isso. Vamos, escolha se quer vir com suas pernas ou se quer que eu te carregue.

— O meu irmão vai comigo.

Ares revirou os olhos, teve que concordar, esse dia definitivamente não havia saído como planejou.

Ares conduziu Nick para seu carro e Brian foi levado em outro carro, e não parava de pensar em tudo que ouviu, Diana estava grávida, e agora havia sido levada para longe dele de novo. Parecia uma sina. Cada vez que se encontravam era para ser arrastados para longe um do outro. Se ela tivesse contado no hotel, antes de tudo isso. Mesmo que o resultado fosse chegar até aqui, poderia ter dito a ela que a amava e já amava o bebê. Poderia ter beijado e acariciado a barriga.

Mesmo sem os grilhões quelhe prendiam a pouco, se via de mãos atadas, eram problemas demais para solucionar e parecia não encontrar respostas para nenhuma delas.

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