fugindo...

Eduarda

Volto para minha casa, espero realmente que tenha dado certo o que eu falei para o meu pai, pois se tiver que fugir com o Liam daqui, eu farei.

Prometi para Luna que cuidaria dele, pelo menos até ele se lembrar de quem é, e vou, darei a minha vida por ele.

A minha equipe está toda formada na entrada, eles não se moveram. Pergunto se está tudo bem, e ele diz que sim.

Entro e subo as escadas do meu quarto e vejo o Liam deitado de bruço. Sem camisa.

Ele é a tentação de mais, e as vezes sinto até inveja da sua esposa. Está ai uma coisa que não vai acontecer, eu ser a sua esposa.

Droga, eu sou a amante dessa história, a concubina, destruidora de lares... Para Duda, para de pensar assim.

Me aproximo da cama, e me sento ao seu lado. Olho para ele que dorme serenamente. Me levanto e tiro minha roupa, talvez um banho me ajude a relaxar desse dia tão exaustivo.

Assim que desligo o chuveiro, escuto tiros, saio rápido colocando a primeira roupa que eu encontro, berrando o nome do Liam.

Ele acorda com o susto, pego na mão dele, pego o meu celular e ligo para o chefe, ele diz que os caras estão passando em um carro preto e atirando.

Mando ele ir embora com os outros, eu tenho um caminho segredo para sair com o Liam. Isso eu aprendi com os Mafiosos, e assim que eu comprei a casa, mandei fazer essa saída de emergência.

Vou até o quarto e abro a mala, pego o que cabe em mim e nele, e saio o puxando para os fundo. E assim que eu abro a porta secreta, uma granada é lançada.

Empurro o Liam para dentro e fecho a porta, a bomba explode nessa mesma hora.

Corro com ele pelo túnel, até chegarmos em um dos telhado das casas do morro.

— Liam, presta atenção, a gente tem que pular, isso para a gente poder viver ok.

— Luna, quem são eles, e porque estão atrás da gente.

Da gente não Liam, de você, eles querem você. Digo em pensamentos, não quero que ele surte uma hora dessa.

Seguro na mão dele, e pulamos, caindo dentro de outra casa, que tem telhados de Brasilit.

A dona da casa me olha assustada, mas me reconhece na mesma hora.

— depois passa para o meu pai o prejuízo, ele irá pagar tudinho.

Fecho a boca, e uma chuva de tiros começa vindo de cima, olho para eles, e só vejo a cabeça e a ponta das armas.

— bora acertar eles Liam.

Sacamos as armas juntos, e começamos a revidar, e só vejo os corpos caindo igual jaca podre no chão.

Pego na mão do Liam, e saímos da casa da senhora.

— vamos para onde Duda? Vamos para sua ONG?

— não, eu não posso colocar as crianças em risco.

Meu celular começa a tocar, assim que eu atendo meu pai solta uma ar de alívio.

— graças a Deus Duda, onde vocês estão.

— tentando nos manter vivo pai, parece que o Kaká não cumpriu a sua promessa de deixar o Liam em paz, eu quero a cabeça dele na bandeja.

— já liguei para o Kaká, ele disse que não foi ele, é a máfia canadense que está atrás do Liam, vem para minha casa aqui eu protejo vocês.

Eu estava quase concordando com ele de ir para lá, mas de longe eu escutei um ruído, um sussurro na verdade.

Ele tá querendo que eu vá para ele entregar o Liam para máfia, certeza disso.

Digo a ele que estou indo para lá, assim eu terei tempo de fugir com Liam para outro lugar.

Eu tenho um acordo com o morro do alemão, já fiz muito por eles, e o chefe de lá me disse que podia contar com ele para qualquer coisa.

Eu paro um táxi no asfalto, não tem como eu subir para pegar minha moto e nem meu carro.

Manda o taxista levar a gente até a entrada do morro do Alemão. Olho toda hora para o Liam que parece estar preocupado, mas é o menino tão obediente o que eu mandar fazer ele faz, incrível.

O taxista para o carro, desço puxando a mão dele, digo para o taxista colocar na conta do meu pai que ele vai pagar, como somos uma família bem conhecida no Rio ele só concorda com a cabeça.

Subo o morro do Alemão correndo com Liam, tem uma casa aqui reservada para mim, ligo para o dono do morro, aviso para ele que estou aqui, mas pelas velhas ajudas que eu dei para ele, não é para dizer que eu vim para cá.

— como você está Liam?

— eu não sei, parece que desde que eu cheguei aqui eu só tenho te trago problemas, algo me diz que esse povo não está atrás de você e sim de mim. Me fala a verdade Duda, porque eles estão atrás de mim?

— eles não estão atrás de você Liam não tem motivo para eles te pegarem, sou eu mesmo.

Ele me olha sereno, droga, não queria mentir para ele, mas já imagino que ele fará alguma besteira se souber da verdade.

— eu sei que você está mentindo para me ajudar, mas, vou confiar em você.

Puxo ele pela mão para nós deitarmos na cama, sei que ele dormiu a tarde toda, mas eu estou bem cansada.

Ele me aninha em seu corpo, e com seus dedos acariciando os meus cabelos eu logo pego no sono.

Abro os olhos e não o vejo aqui, suponho que esteja no banheiro. Me levanto e bato na porta, mas ele não responde e quando eu abro a surpresa, ele não está aqui.

O problema é que a casa só tem um cômodo com banheiro, e eu começo a me desesperar, por não encontrar ele em lugar nenhum aqui.

— droga Liam, cadê você seu porrä?

Saio para rua, perguntando para todos se o viram, e ninguém viu. Droga, merdä e todos os outros palavrões existentes...

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