Eduarda
Falo apreensiva sem saber como será a sua reação ao saber da verdade, e se ela mandar os seus soldado para vim me matar, será que eu daria conta? claro que não, eu não aguento todos eles.
— pode falar Duda, estou ouvindo.
Respiro fundo, mas os contras começam a bater forte na minha cabeça talvez ainda não seja a hora de contar a ela, mesmo eu querendo muito, pois ela tem se mostrado uma boa pessoa.
Mas, por telefone, ela pode ser uma gatinha, mas será que na vida real também é?
Mas talvez, ela me ajuda com ele, e assim seria um peso a menos na minha mente. Decido usar uma estratégia, para que ela não traga toda sua máfia para cima de mim.
— será que tem como você vir para o Brasil sozinha?
— Por que Eduarda o que está acontecendo?
— talvez seja melhor eu lhe mostrar do que eu falar, se eu te contar, pode ser que você não entenda, e vendo, você vai me compreender.
Ela fica em silêncio na linha, e eu olhando toda hora para trás, para ver se ele está vindo, mas ele continua lá teimando os seus tiros, igual uma criança com um brinquedo novo.
— você está me deixando assustada, me fala o que está acontecendo.
Viro de frente para o Liam para que não me venha se surpresa, e digo para ela o que está acontecendo, que ele perdeu a memória em um acidente.
Outro silêncio na linha.
— olha Luna, eu sei que vocês tem muitos inimigos, e não aqui estamos bem seguros, eu sou filha do traficante mais temido aqui do Rio de Janeiro, mandar ele voltar para Londres com a memória ferrada, talvez não seja uma boa opção.
Começo a contar o meu plano para ela, que eu sou bem treinada e tudo, que eu posso ajudar ele com as coisas.
Ela me pede para falar com ele. Eu vou até ele, e digo que a irmã dele na linha. Ele me olha confuso, e pega o telefone.
Ouço atentamente cada palavra que ele fala, e a maioria é " não sei."
Ele passa o telefone de volta para mim, e diz que não conhece nada do que ela falou.
— oi Luna, viu como está.
— tá pior do que eu imaginei, ele não lembra nem de mim. Bom, espero que você faça um bom trabalho, vamos manter essa história em segredo, pois se algum dos nossos inimigos saber que o Liam está aqui abobalhado, vai sequestrar ele.
— darei a minha vida para ninguém o levar.
Ela diz que sempre manteremos contatos, e disse para eu não ligar, deixar que ela que ligue.
Desligo o telefone e vou para junto dele. Ele está desmontando e montado a arma, seu olhar bem concentrado me deixa feliz.
— eu acho que já fiz muito isso, vejo os detalhes certo na minha cabeça, e quando eu faço da certo.
— pode ser que você era um bandido também.
Ele olha para mim e sorri, mira e atira em outra garrafa.
— vamos embora, já está ficando tarde.
Na saída do barranco, eu me seguro em um galho, ele tenta descer de uma vez sem se segurar, e acaba escorregando, me levando junto até embaixo.
Eu cai por cima dele, com minhas costas no seu peito, entre as duas pernas.
Minha roupa ficou toda suja de barro junto com a dele, eu começo a dar risada, e ele fica putö com isso.
— você é muito boba.
— e você é desatento, tem que olhar por onde andar senhor Liam, ou vai sempre cair nos buracos do morro.
Ele se levanta emburrado, mas eu não consigo parar de rir. Entro no carro junto com ele, eu mal consigo ligar o carro. Pois não estou mais rindo só da nossa queda, mas também dá cara que ele está fazendo.
Meu celular começa a tocar, eu pego e atendo sem nem olhar a tela.
— alô. — atendo rindo.
--- patroa, hoje não vai dar errado, o Kaká tem uma encomenda grande chegando pela baia, parece que são armas de última geração. Eles roubaram dos D'Luccas de novo e estará chegando hoje.
— D' Lucca de novo, esse cara é um mané para perder tantas cargas assim para um traficante igual o Kaká. ótimo marreco, essa noite iremos roubar um roubo.
Eu desligo o telefone, e olho para ele, que dessa vez tenta buscar algo em sua mente.
Pergunto se está tudo bem, e ele desperta dos pensamentos e diz que sim. Ele não me diz nada, então seguimos para a minha casa.
— hoje teremos o baile funk da quebrada, todos os finais de semana e feriado temos essa festa, muitas comunidades vem para cá, o Kaká não vira por que ele irá receber a carga, como você ainda não está preparado, ficará com o meu pai ok.
— não posso ir com você?
Explico para ele que não é tão fácil, da outra vez deu um problema no roubo da carga, fizemos tudo em cima da hora, e quase fomos pegos.
Mas dessa vez vamos mais cedo, assim termos visão dos pontos mais fácil de atacar.
Viro o carro indo para a casa do meu pai, ele ficara lá até eu voltar. Mas, quando chegamos ele fala para o meu pai o que eu vou fazer, e eu meu olha para mim, e pergunta se eu tenho certeza se eu irei fazer Isso
Não tenho um pingo de dúvida, pois ele precisa sentir na pele o que é ser roubado, e a carga nem é dele, é de outra pessoa. Ladrão que rouba ladrão, tem cem anos de perdão.
— por favor não vai, manda os seus homens, eu preciso que fique comigo.
— eu gosto da adrenalina, ação, gosto de viver essa emoção.
— o que eu faço para fazer você desistir de ir?
Suas palavras me saem como alerta, e eu fico pensando se isso realmente dará certo .
Meu pai levanta as mãos em forma de rendição e sai da sala, deixando nós dois ali sozinho.
Ele se aproxima de mim pegando em minhas mãos, pela primeira vez tenho vontade de desistir de uma coisa que eu queria muito fazer.
— por favor fique, algo me diz que isso não dará certo.
Pego o rádio e falo para o marreco que não iremos essa noite, queremos na próxima carga.
Liam sorrir para mim, nunca nenhum homem teve tanto poder para me fazer desistir de uma coisa assim, nem mesmo meu pai nunca conseguiu me impedir de fazer uma coisa.
O Liam parece que chegou só para desestruturar as minha força, pensando eu que iria mudar ele, mas parece que ele também vai me mudar.
Será que seria boa coisa?
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Atualizado até capítulo 95
Comments
Ana Lucia
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2025-03-19
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Lucia Helena
💖😘😍💖❤️😘
2024-12-28
0
Maria Caetana Caetana
será que vai rolar uns tiros de flexa no coração deles /Heart/
2024-11-24
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