...NICK...
Levei Bailey para casa e dirigi pela cidade procurando um sinal de Isabella. Voltei correndo pra casa, esperando que ela estivesse lá. Já era quase meia-noite e eu estava quase ligando para a porra da polícia. Ela podia ter se machucado ou alguém podia tê-la pegado ou... não. Minha imaginação estava me dominando. Ela tinha ficado chateada.
Eu a havia deixado chateada. Senti um nó no estomago. Isabella precisava entender que nós não podíamos fazer isso. Aquele beijo foi tudo. Não haveria mais. Eu não permitiria que houvesse algo mais entre nós.
A picape ainda não tinha voltado quando estacionei na garagem e entrei em casa. Decidi
esperar por mais quinze minutos, então pediria ajuda. Um grupo de busca sairia atrás dela logo depois da minha ligação. Era perigoso demais que ela andasse por aí tarde da noite e sozinha. Mesmo em Rosemary Beach.
Quando os faróis iluminaram a entrada de veículos, eu consegui soltar a respiração. Ela tinha chegado. Esperei até que saísse da picape e estivesse diante da porta para abri-la. Não ia lhe dar a chance de fugir. Ela ficou parada na minha frente e olhou na direção dos meus pés como se esperasse encontrar alguma coisa.
- Onde você estava? – perguntei, tentando não parecer tão frustrado.
- Que importância isso tem? – retrucou. Ela não estava com raiva, apenas parecia confusa.
- Eu estava preocupado. – respondi com sinceridade enquanto chegava um pouco mais perto dela. Ela precisava saber. Fiquei assustado.
- Acho isso bem difícil de acreditar. Você estava bastante ocupado com a sua amiga para perceber alguma coisa. – o desgosto na voz dela era evidente.
- Você chegou mais cedo do que eu esperava. Não era a minha intenção fazer você assistir aquilo. – falei, e percebi no mesmo instante que tinha soado mal.
Mas eu não tinha desculpa, mesmo que quisesse. Isabella se remexeu um pouco e soltou um suspiro.
- Cheguei na mesma hora em que chego todos os dias. Acho que você queria que eu os visse. Só não sei muito bem a razão. Eu não estou a fim de você, Nick, só preciso de um lugar pra ficar por mais alguns dias. Vou sair da sua casa e da sua vida muito em breve.
Caramba. Ela estava me afetando. Eu não podia deixar que ela me afetasse, caralho. Não ela. Fechei os olhos e resmunguei um palavrão, tentando me acalmar.
- Tem coisas sobre mim que você não sabe. Eu não sou um daqueles caras que você pode tratar feito um cachorrinho. Tenho bagagem. Muita. Bagagem demais para alguém como você. Imaginava uma pessoa muito diferente, levando em conta que conheço o seu pai. Você não é como ele. Você é tudo aquilo de que um cara como eu deve ficar longe. Eu não sou a pessoa certa para você.
Ela riu. Ela riu, caralho. Eu estava sendo todo sincero e ela riu da minha cara.
- Sério? Isso é o melhor que você consegue? Eu nunca lhe pedi nada além de um quarto. Não espero que você me deseje. Nunca esperei. Sei que você e eu jogamos em campos diferentes. Eu nunca poderei aspirar a fazer parte da sua divisão. Não tenho a linhagem certa. Uso roupas vagabundas e tenho muito apego a coisas que são descartáveis. Não preciso de coisas de marca. E você, Nick, é de marca.
Foi isso. Ela tinha me pressionado demais. Agarrei a mão dela e a puxei para dentro de casa, encostando-a contra a parede. Prender o corpo dela com o meu me deu uma sensação boa. Fazia meu corpo zumbir com a excitação que eu não deveria estar sentindo.
- Eu não sou de marca. Enfie isso na sua cabeça. Não posso tocar em você. Quero tanto fazer isso que está doendo, mas não devo. Não vou magoar você. Você é... perfeita, intocada. E no final nunca me perdoaria. – Pronto, ela que risse de mim agora. Ela abriu a boca numa leve expressão de espanto que me fez ficar com muita vontade de provar seu gosto de novo.
- E se eu quiser que você toque em mim? Talvez eu não seja tão intocada assim. Talvez já esteja maculada.
Dessa vez quem quis rir fui eu. Ela não via que eu já tinha percebido o tipo de garota que ela era? Acariciei seu rosto, precisando tocá-la em algum lugar.
- Eu já fiquei com muitas meninas, Isabella. Acredite, nunca conheci nenhuma tão perfeita quanto você. A inocência nos seus olhos grita pra mim. Minha vontade é tirar cada centímetro das suas roupas e me enterrar dentro de você, mas não posso. Você me viu hoje mais cedo. Eu sou um filho da puta doente e pervertido. Não posso tocar em você.
- Tudo bem. – respondeu ela, parecendo quase aliviada. Estava com medo de que eu quisesse ir além? – Será que podemos pelo menos ser amigos? Não quero que você me odeie. Gostaria de ser sua amiga. – pediu, parecendo esperançosa.
Amigos? Ela achava que eu poderia ser amigo dela? Fechei os olhos para não ver seu rosto. Para não me perder em seus olhos. Ser amigo dela não era algo que eu estivesse disposto a ser, mas sabia que não conseguiria dizer “não” àquela garota. Ela havia mexido comigo, e eu estava ferrado. Abri os olhos e encarei aquele rosto lindo de cortar o coração.
- Ok, vou ser seu amigo. Vou dar o melhor de mim para tentar ser seu amigo, mas tenho que tomar cuidado. Não posso chegar perto demais. Você me faz querer coisas que eu não posso ter. é incrível a sensação desse seu corpinho delicioso imprensado no meu. – respondi, antes de baixar a cabeça até meus lábios roçarem no ouvido dela. - E o seu gosto... é viciante. Tenho sonhado com isso. Tenho tido fantasias. Sei que você deve ser
igualmente deliciosa... em outros lugares.
Ela se apertou em mim e sua respiração falhou. Como eu poderia ser amigo dela? Ela era uma grande tentação pra mim.
- Não dá. Puta que o pariu, não dá. Amigos, doce Isabella. Apenas amigos. – sussurrei, então me afastei dela e segui na direção da escada. Espaço. Precisávamos de espaço. Eu ia acabar tocando a garota se não houvesse espaço suficiente entre nós.
Cheguei à escada e me senti mal ao pensar nela dormindo embaixo da escada. Isso estava me incomodando cada vez mais. Mas como eu a levaria para mais perto de mim? Precisávamos ficar afastados. Ela ficava mais segura lá embaixo.
Mason ia em encontrar na academia hoje cedo. Ainda não havíamos estabelecido uma rotina de exercícios, mas como eu não andava dormindo direito com Isabella assombrando os meus pensamentos, pensei em malhar com Mason antes que ele fosse para o trabalho.
Eu precisava botar para fora um pouco dessa agressividade. Se eu não podia fazer sexo, então descarregaria nos pesos. Talvez conseguisse dormir depois disso.
Mason me esperava do lado de fora da academia no centro da cidade. Ele não gostava da academia do clube, dizia que ela para frescos. Homens de verdade, segundo ele, malhavam em academias de verdade.
Malhamos por mais de duas horas antes que ele me permitisse tomar um café. Havia aprendido uma lição: tomar sempre uma xícara de café antes de sair de casa.
- Festa à noite? – perguntou Mason quando saímos da academia.
- Onde?
- Na sua casa. Poucas pessoas. Você precisa se distrair da sua colega de quarto e eu preciso de um pretexto pra convencer aquela amiga da Mia... Bailey, acho... a visitar minha cama. – disse ele.
- Uma festa na minha casa não vai ajudar isso a acontecer. Fiquei com Bailey ontem à noite e não terminou bem.
- O que foi? Você não conseguiu nada? Ela me parecia a pessoa certa. Eu tinha certeza de que ela se atiraria em cima de você.
- Isabella nos viu antes que a coisa esquentasse de verdade e a historia azedou. Mandei Bailey pra casa.
Mason soltou um assovio baixo.
- Nossa... então Isabella viu vocês e você mandou a garota embora. – ele pensou alto, balançando a cabeça. – Cara. Precisamos de uma festa. Precisamos de mulheres. Não a Bailey, mas algumas garotas novas. Mia tem muitas amigas. Você tem que tirar Isabella da sua cabeça. Não vai rolar, você sabe disso.
- Eu sei. Que seja. Convide quem você quiser.
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Atualizado até capítulo 22
Comments
Maria Polsaqui
já tá na hora da Isabela sair dali e procurar outro lugar pra ficat
2024-02-01
1
Ernesta Ferreira
história interessante
2023-10-08
1