Capítulo 13

...NICK...

Depois de andar pela casa e dar uma conferida na decoração, segui em direção a cozinha. Eu iria tirar Isabella daquela despensa. Mason estava caminhando em minha direção quando me alertou.

- Ela já saiu. Está conversando com Carter.

- Carter?

- Sim... você certamente já deveria ter se dado conta disso. Afinal, ele a viu no campo de golfe. Esqueceu que ele joga lá?

Mason estava certo. Eu nem tinha me ligado de que Carter já deveria ter conhecido Isabella de seu trabalho lá no club. Abri caminho pelas pessoas e caminhei em direção ao vestíbulo.

O sorriso tímido de Isabella me fez parar de repente. Ela olhava para Carter enquanto ele a levava para a sala de estar e a cor no rosto dela atraíra toda a minha atenção. Alguém parou para falar comigo, mas eu não consegui entender nada do que estava sendo dito. Conforme fui descendo o olhar, vi a mão de Carter nas costas de Isabella e isso me incomodou mais do que deveria. Quanto ela conhecia Carter?

Isabella disse alguma coisa e ele parou para olhar pra ela. Os dois estavam discutindo. Ele se inclinou para mais perto dela e minha irritação se transformou em fúria. Os olhos dela se moveram e se encontraram com os meus. Ela se afastou de Carter e falou rapidamente com ele, aumentando a distância entre os dois. Ele parecia estar se divertindo com o que ela dizia e queria convencê-la a ficar.

Eu sabia muito bem o tipo de cara que Carter era, porque nós éramos exatamente iguais, e eu não permitiria que ele tocasse um dedo em Isabella. Carter a via como mais uma conquista e eu o mataria se ele colocasse suas mãos nela. Apenas a ideia dela fazendo qualquer coisa com ele me dava frio na espinha. Não podia permitir que isso

acontecesse. Caminhei em direção onde eles estavam e nem parei pra pensar se Mia poderia ou não ver alguma coisa.

- Nada em você é indesejado, Isabella. – Dizia Carter enquanto se aproximava ainda mais dela. Ela tentava se afastar dele. - Nick também não deve ser tão cego assim.

- Isabella, venha aqui! – Falei, estendendo a mão pra segurar o braço dela e puxá-la na minha direção. Carter precisava entender que Isabella estava comigo. Eu a estava protegendo, então era melhor ele ir atrás de outra. – Não pensei que você fosse vir hoje. – Sussurrei no ouvido dela. Se eu soubesse que ela sairia daquele quarto parecendo algo bom de comer, teria montado guarda diante da maldita porta. – Eu não imaginava que você fosse aparecer vestida assim.

- Desculpa. Pensei que você tivesse dito que eu poderia aparecer. – Respondeu ela, com o rosto ficando vermelho. Não tive a intenção de constrange-la. Acho que ela acabou me entendendo mal.

Eu não tirei os olhos de Carter em nenhum momento. Não queria fazer isso na frente dela, mas se ele me obrigasse, eu faria. A roupa da Isabella colava em seu corpo de um jeito que deveria ser ilegal. Será que ela não tinha um espelho naquele quarto?

De repente, Isabella soltou o braço num puxão e começou a andar na direção da cozinha.

- Porra, Nick, qual é o seu problema? – perguntou Carter furioso, fazendo menção de ir atrás dela.

- Ela está fora de cogitação, Carter, está me ouvindo? – Eu o alertei, bloqueando seu caminho.

- Agora você resolveu reivindicá-la, Nick? – O olhar de Carter ficou ainda mais irritado. – Fazer sua meia irmã trabalhar no clube é baixo, até mesmo pra você.

Dei um passo na direção dele.

- Não se meta onde não foi chamado e fique longe dela. Eu só vou te avisar desta vez. – Ameacei, antes de ir atrás da Isabella.

Mason me encontrou no corredor com uma cara de poucos amigos.

- Ela está chateada, Nick. Vá consertar isso.

Por que ela estava chateada? O que eu tinha feito além de evitar que Carter a usasse? Ignorei algumas pessoas pelo caminho e sinalizei pra Mia, que caminhava em minha direção. Eu não estava a fim de falar com ela agora.

- Você não pode entrar aí, Nick. – Disparou ela, furiosa.

- Eu não só posso, como vou. Vá aproveitar sua festa cara, irmãzinha. – Abri a porta da despensa e a fechei atrás de mim, trancando a fechadura. Não queria que mais ninguém entrasse.

Não bati à porta, porque sabia que Isabella não abriria. Em vez disso, entrei e a encarei ali, parada. Ela estava com as mãos caídas ao lado do corpo enquanto me olhava, então deu um passo para trás, bateu na cama e se sentou. Não havia muito espaço ali, o que me deixou ainda mais irritado. Como ela estava conseguindo viver dentro daquele quartinho?

Entrei e fechei a porta.

- De onde você conhece Carter? – A raiva na minha voz não fora intencional.

- O pai dele é dono do country club onde estou trabalhando. Ele joga golfe e eu sirvo bebidas para ele. – respondeu ela, nervosa.

Tudo o que ela me disse eu já sabia. Só queria ter certeza de que era assim que eles se conheciam. Não conseguia suportar a ideia dela ficando com ele. Nem com qualquer outro.

- Por que você colocou essa roupa? – Olhei para sua roupa, que seria a protagonista das minhas próximas fantasias noturnas com ela.

- Porque era a única roupa que eu poderia usar e fazer com que eu me encaixasse na festa. Sinto muito se não são boas o bastante, mas quer saber? Estou cagando para o que você pensa, Nick. – Seus olhos passaram de nervosos para furiosos rapidamente. –Você e seus amigos mimados e arrogantes precisam descer do salto.

Então Isabella me deu um empurrão, como se quisesse me derrubar. Não me mexi, mas ela empurrou com força, isso tenho de admitir. Uma coisa era certa: ela não tinha entendido nada. Não compreendia porra nenhuma, e ainda estava achando que a roupa dela não era boa o suficiente? Ela estava de sacanagem comigo? Isabella era tão perfeita que chegava a doer.

Apertei os olhos, tentando não olhar pra ela. Eu precisava me afastar. Aquele quarto era pequeno demais e ela tinha um cheiro tão bom...

- Puta que o pariu. – xinguei, antes de enterrar as mãos nos cabelos dela e cobrir seus lábios com os meus. Eu precisava sentir o seu gosto e não consegui me controlar. Estávamos sozinhos e próximos demais. Ela tinha o cheiro do paraíso.

Eu esperava que ela me rechaçasse, mas Isabella derreteu com muita facilidade. Aproveitei o quanto pude enquanto ela ainda estava em estado de choque para me dar um tapa. Sua boca se mexia embaixo da minha e eu passei a língua no lábio inferior dela.

- Queria provar esse lábio delicioso e carnudo desde que você apareceu na minha sala pela primeira vez. – disse a ela antes de provar mais. Deslizei a língua entre seus lábios e ela abriu a boca pra mim. Cada cantinho desconhecido era melhor do que mel quente. Eu poderia ficar embriagado com o gosto dela.

Suas mãos delicadas agarraram meus ombros e apertaram. Eu queria mais. Eu a queria. Ela me acompanhou e começou a mover a língua contra a minha. Então ela mordeu meu lábio inferior. Puta merda.

Agarrei a cintura dela e deitei-a na cama antes de cobrir seu corpo com o meu. Mais. Eu precisava de mais. Mais de Isabella. Mais do seu cheiro. Mais do seu gosto. Mais dos sons que ela fazia. Precisava dela inteira.

Quando encaixei minha evidente ereção entre as pernas dela, Isabella gemeu e atirou a cabeça para trás. Senti minha pulsação acelerar e o controle (que eu já não tinha) escapar ainda mais.

- Delícia. – murmurei contra sua boca.

Percebi que eu estava quase pronto. Não conseguia parar. Ela era tão doce. Doce demais

para isso, cacete. Então eu me afastei, recuei da cama e a encarei. Sua saia estava levantada e dava pra ver o cetim de sua calcinha. A umidade que a escurecia fez meu sangue ferver nas veias.

- PUTA QUE O PARIU! – Bati na parede com força para não permitir que chegasse até ela.

Então abri a porta. Precisava respirar um ar que não cheirasse a Isabella. Eu estava tomado pelo aroma dela e precisava me libertar. Ela era demais. A palavra “mais” ficava latejando na minha cabeça, lembrando o quanto ela estava disposta a deixar que eu a beijasse. Que eu a tocasse. Meu Deus, como ela estava molhada.

Saí da despensa quase correndo e segui para a porta que levava para fora de casa. Ar fresco. Ar sem Isabella. Eu a queria. Eu a queria muito, muito mais.

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