Motel.

Paulo de Tarso, 2009.

Uma nova experiência estava para acontecer. O veículo que aquele homem misterioso me levava acaba de adentrar um motel. Ao menos ele perguntou:

- Virgem? - simples assim. Pareço mesmo tão ingênua? É certo que não paro de olhar ao redor, porém não é por nunca ter feito sexo e sim por nunca ter feito isso em um motel.

- Não - respondo da mesma forma seca e até orgulhosa, como se fosse uma pergunta absurda. Na realidade não era.

Era só sexo ao que parecia e era só isso mesmo que eu me permitia. Não queria me envolver emocionalmente com ninguém ainda, ou para isso precisava saber de mais coisas e não parecia o caso com aquele cara bem mais velho. Em alguns minutos eu estava entrando em um quarto de motel barato - eu acho, embora não tenha noções de preços desses estabelecimentos - estava me sentindo meio puta e estava assustada em não me incomodar com isso.

Sou jovem e será que é assim mesmo a vida adulta? Não houve muito tempo para pensar nisso enquanto o homem beijava meu pescoço e começava a me despir. Não conseguia me mover, embora estivesse gostando e consentindo cada movimento ousado do coroa.

Ele estava com total controle da situação, como se aquilo fosse só mais uma foda casual e eu meio que aguardava instruções - é, parece que estou demonstrando ingenuidade. Quando fiquei totalmente nua foi a vez dele em tirar suas roupas. O seu orgulho era de tamanho padrão, nada diferente em relação ao que já vi, mas com tanto tempo sem ver aquilo fiquei animada com as possibilidades. Antes que pudesse pensar em qualquer coisa ele já foi me empurrando para baixo, queria um boquete.

Fui fazendo... e pensando em quando iria colocar a camisinha e o que aconteceria se ele se recusasse... ou se eu desistisse, ele iria me estuprar? Eu não tinha segurança nenhuma em uma situação tão misteriosa e, apesar disso em si ser excitante, a realidade é que pode ser algo assustador, caso o pior dos casos aconteça.

Após eu chupar por alguns minutos e ouvir seus gemidos meio exagerados - ou melhor, gemidos honestos, pois sinto que faço bem isso - ele me puxou para cima e me beijou na boca. Achei meio nojento, afinal minha boca estava com o babadinho do seu pau, porém ele não ligou, então que se dane.

Depois do beijo ele foi me posicionando. Tentei falar sobre camisinha, mas comecei a ficar nervosa e simplesmente travei - que merda. Ele mexeu um pouco em uma área boa da minha intimidade e foi entrando com seu orgulho... e me adentrou.

- Aí... ei, camisinha - aquilo ao menos serviu para me destravar.

Ele enfiou um pouco mais e fiquei temendo que não seria do meu jeito, contudo o tal José me tirou de cima e pegou uma camisinha no bolso de sua calça. Vi ele colocando, entretanto, quando voltou, me colocou de quatro e ficou posicionando minha cabeça para baixo, contra um travesseiro e aí não vi mais nada.

Senti aquilo, um pouco mais grosso por conta da capa protetora, invadir novamente minha intimidade. O homem misterioso parecia estar gostando... senti suas mãos pelo meu corpo, certamente estava gostando do corpinho da jovem boba do interior tão fácil que levou para o motel com vinte minutos de conversa. Eu não percebi nenhuma intenção em me fazer bem naquele momento, estava parecendo que estava mais me usando para seu prazer.

Percebi que não havia nada que eu pudesse fazer para que a situação ficasse em meu favor da parte dele e eu mesma resolvi fazer a minha parte e tentar aproveitar o que tinha de bom ali e, de fato, eu nunca fiz essa ação “amorosa” por tanto tempo. Matheus era mais rápido - e eu nem devia estar pensando nele, mas vejo comparações com naturalidade. Ele reduzia o ritmo, provavelmente para se demorar a ir, e depois acelerava e ficava bom a sensação. Isso era inegável até por eu ouvir e sentir a umidade dentro de mim a cada estocada - minha amiguinha estava confessando ao seu modo que estava gostando da movimentação.

Alguns minutos assim e ele me deu uns tapas na bunda e finalmente foi, com um tapão final um pouco exagerado. Ficou um tempo dentro de mim, se recuperando e então saiu. Ficou sentado ao meu lado, pegou um cigarro no outro bolso da calça que estava pendurada ao lado da cama em um armador e também pegou um isqueiro e acendeu o tabaco. Era um cheiro ruim, ao menos era só um cigarro comum e barato.

Eu sinceramente esperava mais... não da parte dele, mas da minha. Ele era um canalha e eu que julgo ler tão bem as pessoas não me dei conta. Percebi que ele era só um daqueles jovens idiotas, mas mais crescido... até que ouvi algo interessante:

- Bom... você comentou em proposta... o problema é só que não é formada... só que tenho muita influência no partido e posso te conseguir uma vaga lá - com pausas enquanto fumava o cigarro e assoprava a fumaça.

Fiquei sentada do outro lado da cama, tentando esconder que estava incomodada com o cheiro e fiz sinal com a mão para ele continuar enquanto ironicamente o meu fogo apagava... pelo visto nada de orgasmo para mim hoje. Não aqui, pelo menos. Quem sabe sozinha, em casa.

- O dinheiro é bom e fácil. Está interessada? - o tal José pergunta aguardando algum posicionamento meu.

- Na verdade estou. Eu atualmente só estou ganhando com a bolsa do C.U., mas não farei qualquer coisa por dinheiro não - já fui deixando bem claro que não iria me prostituir - se fosse esse o caso.

Eu já ouvi de meu pai que sempre falou: O que o que corrompe os homens são as mulheres e o que corrompe as mulheres é o dinheiro. Eu não queria me corromper, claro, mas precisava do dinheiro.

Ele se preparou para falar sua proposta, não sem antes dar mais uma bela tragada em seu cigarro enquanto seu membro ficava em tamanho normal, cansado da ação de minutos atrás. Justo.

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