Sebastian
Cheguei cansado do trabalho e não esperava ver um homem se aproximando da porta de casa se preparando para bater. Ele estava com um buquê de rosas brancas e vermelhas nas mãos. Esperava que Cecília não tinha um admirador secreto.
Eu fui até ele e ele se assustou. Era um homem de cabelos castanhos e olhos azuis. Jovem o suficiente para não ter hipóteses com Cecília. Ótimo!
- Quem é você? Veio fazer uma entrega? - Perguntei.
- Não. Na verdade, eu vim entregar pessoalmente essas rosas para a mulher mais linda dessa casa. - Ele falou apaixonadamente. Não sabia porquê eles insistiam em Cecília mesmo sabendo que ela era casada.
Olhei para o garoto, se assim o poderia chamar, e o reconheci. Tinha de ser! Ele trabalhava com Cecília. Não admirava que estivesse apaixonado. Mas era novo demais para ela.
- Ela é casada! Comigo! - Falei um pouco irritado.
Ele riu. - Não é a Cecília! Eu vim entregar para a Grace! - Ele diz o nome dela com bastante carinho.
- Ela não está em casa, mas pode deixar que eu entrego para ela quando chegar.
- Sério? Muito obrigado. Senhor...?
- Senhor Welles! - Revirei os olhos e recebi o buquê.
- Obrigado senhor Welles. Eu esqueci de assinar, por isso pode dizer que é do Connor?
- Claro!
- Mais uma vez obrigado! - Ele se afastou e saiu da minha casa.
Olhei para as rosas depois li o cartão:
Acho que todas as rosas do mundo não são o suficiente para eu demonstrar enquanto venero a sua exuberância, simplesmente palavras não chegam perto quando tento descrever sua pureza, seus olhos brilham como esmeraldas e seus lábios são vermelhos como rubis, seus cabelos dourados como ouro, só mostram o quão preciosa em todo o mundo você é.
Por favor! Estavamos em pleno século XXI. Ninguém mais escrevia aquelas coisas tão exageradas. Grace não merecia ouvir um disparate desses.
Joguei as rosas no lixo, junto com o cartão ridículo e entrei em casa. Não me arrependia de nada. Estava apenas fazendo um favor a Grace. Ela obviamente merecia alguém melhor. Merecia um homem que soubesse tratar ela do jeito que quer.
Entrei no meu quarto, e comecei a tirar a roupa para tomar um banho. Eu sabia que Grace estava em casa, mas eu pedi para se afastar de mim, (o que na verdade foi uma boa decisão)por isso ninguém ia incomodar o outro.
Entrei no chuveiro e para dizer a verdade, memórias daquele dia com a Grace não saiam da minha cabeça. Tudo era mais fácil quando estava com Cecília. Ela me fazia esquecer de Grace. Fazia esquecer aquelas malditas memórias.
[...]
Estávamos vendo têvê eu e Cecília quando ouvimos a campainha tocar. Estávamos sentados e abraçados confortavelmente, e fomos interrompidos, e eu tentei não ficar irritado, porque apenas estava matando saudades da minha esposa.
Donna foi abrir a porta, e ouvimos uma voz grave. - Boa noite senhora! - Ele disse. Cecília e eu levantamos assim que ouvimos passos batendo no chão com firmeza.
Cecília sorriu assim que viu o homem. Um homem loiro de olhos azuis. Ele se aproximou. Ergui as sobrancelhas por se sentir tão confortável na minha casa.
- Oi Cecília! - Ele sorriu mostrando todos os seus dentes brancos.
- Oi Todd. - Cecília olhou para mim. - Amor, esse é o Doutor Todd Lambert, vice presidente da empresa. - Ela olhou para ele. - Todd, meu marido, Doutor Sebastian Welles! - Ela sorri com orgulho.
- Uau! Um jantar de doutores! Que interessante. - Falou ele.
Todos olhamos quando Grace desceu os degraus vestida com um vestido branco e os cabelos soltos nos seus ombros. Ela descia dramaticamente como se estivesse num filme. Reparei também que Todd olhava para ela com o mesmo brilho nos olhos que o Connor.
Sinceramente não entendia! Eles não tinham nenhuma hipótese com a minha pequena! Quero dizer, eles não tinham nenhuma hipótese com a Grace! A Grace!
- Quem acabou de descer? Meu presente de aniversário? - O idiota falou. Já o odiava!
- Claro que não! É a minha filha. Grace. - Cecília sorriu.
- Ouvi muito falar de você pequena! - Eu estava começando a ficar irritado. Apenas eu a chamava de pequena!
- Eu acredito que sim. - Ela ficou na nossa frente olhando para Lambert e ele pegou sua mão e beijou. Dois num só dia não podia ser!
- Tenho trinta e dois caso tenha uma dúvida sobre mim. - Eu só queria socar o desgraçado.
- Que bom! - Ela falou e todos nos sentamos no sofá. Lambert sentou ao lado de Grace, mas estavam a uma boa distância. Na minha cabeça, eu só queria apagar os pensamentos de mim apontando uma arma para ele, que estava amarrado nos carris pedindo misericórdia.
- O que o traz por aqui Todd? - Perguntei. Tinha que acabar com aquilo de uma vez.
- Você sabe. Tem a ver com a empresa. Eu tenho assuntos urgentes a tratar com Cecília. Sei que não vim numa boa hora, mas não podia esperar.
- Vamos para o meu escritório, e conversamos melhor. - Cecília disse.
Olhei para Grace e ela estava evitando contato visual comigo.
Cecília se levantou e foi para o seu escritório que ficava ao lado do meu e Lambert se levantou sem tirar os olhos da Grace. Infelizmente, homicídio era crime!
- Eu fiz doutoramento, por isso me chama de doutor se quiser me conquistar! - Ele disse e foi atrás de Cecília.
Mas que cara de pau! O desgraçado era muito ousado e ridículo. Como se Grace olhasse para ele!
- Eu também sou Doutor! - Não sabia porquê, mas falei aquilo. Ela não respondeu, apenas se levantou e foi para a cozinha.
Decidi que a minha noite ia ser longa por dois motivos: Ver o desgraçado do Lambert paquerando Grace, e ver Grace me evitando. O segundo motivo não me importava. Eu realmente precisava me afastar de Grace.
Enviei uma mensagem para Garrett dizendo o que estava se passando e ele respondeu com dez emojis gargalhando. Filho da puta!
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Atualizado até capítulo 97
Comments
🌹
Sebastian é um cafajeste tá pior espécie a mãe e filha estão sendo usada.
2023-09-28
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