...Boa leitura!!...
Estavam conversando uns com os outros — e era para isso que festas como aquelas serviam — com o propósito de criar uma aliança com outros empresários ou fortificar a relação já existente. Era puramente burocrático e eles fingiam para era para beneficiar algo ou alguém.
Touma não precisava disso. Ele já havia feito um ou dois projetos com todos ali presente — todos eles já haviam se beneficiado com suas ideias.
Menos um.
A figura morena se aproximava por trás de Touma — e quanto mais ele quebrava a distância entre ele e Touma — pode ver a criança nos seus braços. Isso foi surpreendente para ele.
— De... Quem é essa criança? — a voz soou perto demais do CEO e antes mesmo de virar-se para encarar quem se dirigia a ele, ele arqueou uma das sobrancelhas.
Porém, sua postura mudou quando viu quem era.
— Kousuke Misumaki?
Ele era o melhor amigo de Aimi — eles viviam juntos, se conheciam desde o primário e a distância entre eles cresceu depois que ela se casou com Touma — além que houve uma época que ele acreditou que ele tinham uma relação mais íntima, porém, o total desinteresse da sua esposa com relações amorosas fez ele desistir da ideia absurda de um possível relacionamento.
Ele não sabia que ele havia entrado para o mundo de negócios.
— É meu filho — tirou as dúvidas do homem e dessa vez foi sincero. Estava com um péssimo pressentimento caso ele escondesse.
— Onde está Aimi? — ele avançou mais dois passos, mesmo que Touma estivesse sendo cuidadoso com sua presença.
— Ela morreu — antes ele não se importava em dizer isso, porém, agora repetindo tantas vezes os efeitos da palavras estavam começando a surgir. Seu peito doía.
Kousuke desanimou, entretanto, não parecia triste ou abatido de alguma, parecia mais que estava com raiva.
— Como você pode deixá-la morrer? — Kousuke atacou Touma com as palavras.
— Hein? — a voz de Touma saiu mais grossa e ele apertou com força a taça que sustentava com a mão direita. — Que merda você está falando?
Até mesmo seu vocabulário ficou mais agressivo e o clima entre eles tinham ficando mais tenso que no começo, no entanto, Kousuke não se deu conta disso.
— Como ela morreu?
— Não sei.
Touma parecia tão impaciente quando Kousuke. As respostas vazias de Touma estavam o deixando nervoso. O moreno julgava que ele estava escondendo informações da mulher.
— Ela era sua esposa!
— Sim, minha esposa e não minha prisioneira.
O tema da conversa estava começando a afetar Fuyuki. Ele pressionou os braços com mais força e fechou os olhos.
“Mamãe é muito forte e sempre estará contigo. Sempre...”
A voz da mulher era gentil. Fuyuki sentiu-se menos ansioso ao se recordar das palavras.
— E você tem prova concretas que essa criança é realmente sua? — Kousuke aumentou a gravidade da conversa.
— O que você quer dizer com isso?
— Eu fiquei com Aimi quando vocês eram casados.
As palavras foram roubadas da boca de Touma — ele nunca foi abalado por palavras — mas dessa vez, ele sentiu um gosto amargo inundar sua boca, seu olhar ficou distante. Normalmente, ele iria rir, porém ele não sentia nada. Não conseguia sentir tristeza ou ódio.
— Ela não te contou? — as palavras de Kousuke fez que Touma acordasse. Sua anestesia passou e ele conseguiu ri fraco.
— Quem diabos conta que traiu o marido? — ele devolveu a pergunta com outra. Não esperou a resposta, virou-se de costas e começou a caminhar, encerrando qualquer assunto.
No instante que ele se virou o menino encarava o homem com frieza. Não era um olhar que uma criança de dois anos revelaria.
O homem deixou a taça em cima de uma mesa qualquer, e se encaminhou para a saída, porém foi interrompido por Suzuki.
— Senhor Fudou, mas já vai tão cedo? A festa mal começou.
— Me deixa em paz — ditou apenas. Seu tom permanecia calmo, mas seu olhar dizia que mataria alguém.
Ela saiu e novamente foi atacado por flash — dessa vez, Fuyuki quase foi cegado pelas câmeras — e a mesma jornalista tentou arrancar alguma palavra de Touma, mas, no momento que o questionou, ele lançou um olhar duro em sua direção. Ela se calou e ele conseguiu passar pelo tapete vermelho sem problemas. Todos ficaram com medo.
Ele estava com pressa — Touma apertava de forma inconsciente o menino contra si como se fosse algo importante — seus pensamentos estava acelerados. Muitos pensamentos inúteis e emoções negativas estavam transbordando.
Quando chegou no seu carro, ele colocou rapidamente o menino dentro e ficou fora perdido em devaneios.
Estava em silêncio. As palavras de Kousuke ressoavam em sua mente. Eram verídicas.
— Droga! — ele bateu com força o teto do carro. Fuyuki não ouviu e muito menos pode ver a expressão do seu pai.
“Eu tinha razão. Ele não é meu filho.”
Constatou precipitado. Entrou no carro sem demora e pelo retrovisor Fuyuki conseguiu visualizar os olhos de Touma vazios.
Era tarde da noite — o trânsito tinha diminuído um pouco mais — Touma chegou no seu apartamento e colocou Fuyuki na sua cama para dormir. Sua agonia preocupou o garoto e só aumentou quando seu pai se virou para ir embora.
Antes de qualquer coisa agarrou a barra de seu casaco.
— Papai, para onde você vai? — continha medo em sua pergunta, sua mão tremia.
— Me deixa em paz, Fuyuki e vá dormir — ele foi embora. Deixou o menino sozinho no quarto escuro banhado pela luz da lua.
Não iria voltar tão cedo.
“Hiroshi, o pirralho está dormindo no meu quarto. Quando visualizar essa mensagem, por favor, vá a minha casa e cuide dele. Não voltarei antes da sete da noite.”
Após garantir que não será preso por deixar uma criança sozinha, Touma guardou o celular no bolso, sem tirar o contato visual dos olhos nevoados que seguiam seus movimentos. Sua aura misteriosa cobria a mínima distância entre ambos.
— Onde paramos mesmo, Nagi? — virou meio corpo para o adulto com os cabelos verdes neon.
De resposta, a pessoa denominada Nagi torceu o volante da sua moto, fazendo barulho, como uma provocação.
— Nem iniciamos, Satã.
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Atualizado até capítulo 48
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