6 – UMA LUTA SOBRE A LUZ BRANCA E AZUL

^^^10:00AM, 29 de Agosto, Tokyo, Japão. Apartamento de Touma Fudou: ^^^

Já havia se passado uma semana deste que Hiroshi havia levado o pequeno Fuyuki para a sua casa. Dizendo que era para quê Touma pensasse melhor. Mas para o homem de cabelos prateados, era apenas uma desculpa esfarrapada. Já que pelo o comportamento de seu secretário, podia se dizer que ele gostava bastante do menino.

Touma ficou novamente sozinho em seu grande apartamento, mas claro que ele não conseguia ficar parado por muito tempo. Ele percebeu que as gangues estavam ativas novamente. Antes ele não sabia direto o que estava acontecendo para elas estarem tão quietas, mas ouviu rumores de que a polícia estava averiguando por aquelas bandas.

— Onde é que você está, Touma? — Hiroshi pergunta furioso do outro lado da linha. — Não encontrei você em seu apartamento. — falava tirando os óculos e tombando a cabeça de lado. Não estava muito afim de passar raiva logo cedo.

Touma quase nunca estava em sua casa, e quando estava era assinando vários papéis ou dormindo. Nunca trabalhava dentro do prédio de sua empresa, apenas em casa. Hiroshi sempre tenta o convencer de trabalhar na empresa, mas ele não quer de jeito nenhum.

— Ah, eu estou na área 3.4.5. — Touma responde Hiroshi bocejando e com uma das mãos no bolso.

— O quê!? — Hiroshi grita do outro da linha. Causando certo desconforto a Touma. — Volte para casa imediatamente! Essa área não tem nada de bom! — Hiroshi o alerta, mas Touma revirou os olhos e desligou o celular.

Hiroshi xingou Touma pela a tela do celular desligado, e após isso largou o celular encima da mesa.

— Quando você em casa, eu farei você pagar, Touma. — ele bate o punho fechado contra a outra mão. — Você vai ver! — Hiroshi pensa só na cara que Touma vai fazer e solta uma risada diabólica.

Enquanto, Touma estava parado em uma rua ‘deserta’. Tinha latas de lixos espalhadas. Umas pessoas mal encaradas que o olhavam de cima e tentava o intimidar, mas que ainda não tinha coragem de partir para cima dele. As placas de estabelecimentos que acendiam e apagavam. E no fundo desse beco, se encontrava a pessoa que Touma estava procurando alguns dias. E que insistia em fugir como um rato.

Era assim que o Touma e os demais o chamavam. Já que tinha o costume de se esconder sempre em lugares sujos e escuros.

Touma caminhava até ele com uma expressão indiferente e intimidade ao mesmo tempo. Com ambas as mãos no bolso. Após uma pequena caminhada. Ele parou sob uma voz azul e silabou:

— E aí, ¹Katame mausu. — dava para vê claramente as más intenções de Touma ao falar. — Ao quando tempo. Como anda o olho? — ele pergunta em tom brincalhão.

Na frente de Touma, havia uma luz branca que finalmente se acendeu e mostrou um homem grande e musculoso. Que usava uma blusa preta aberta, deixando o seu abdômen definido a mostra. Seus cabelos eram azuis e um pouco grande. Estava sentado e cabisbaixo. Quando levantou a cabeça, podia se ver um tapa-olho. Um sorriso sádico tomou conta do rosto do homem e finalmente respondeu Touma:

— É muita ousadia a sua perguntar do olho que você mesmo danificou. — Touma sorriu para o homem e ele continuou. — Bem. Ele está bem. Mas sempre que eu olho no espelho, a imagem do desgraçado vêm a minha mente. — ele fala se levantando e se aproximando de Touma em passos curtos. O homem era muito mais alto que Touma, e precisava olhar para baixo para olhar para seus olhos. Touma levantava um pouco a cabeça e solta um riso fraco.

— Fico feliz em saber que não esqueceu de mim. — Touma retira as mãos do bolso. — Porque... — ele fecha os punhos. — Você ainda me deve! — deu um forte soco no queixo do homem. Sangue espirrou da boca do homem na hora, e por um instante suas pupilas ficaram brancas. Quase perdendo a consciência. Mas quando estava preste a cair, ele se segurou firme no chão.

— Seus golpes ainda são bem pesados, baixinho. — zomba de Touma limpando o sangue que descia do lado de sua boca.

— Há! E você mais fraco. Você era mais resistente. Quase caiu com um único golpe. — Touma retruca. Mal trocou palavras com o cara, mas já o irritou bastante. Odeia quando o chama de baixinho. Ele era baixo, mas precisa de ninguém o lembrando toda hora sobre isso.

Katame era um homem com o pavio tão curto quanto o de Touma. Não gostou quando ele questionou a força. Ele fechou fortemente os punhos e dava para ver suas aveias a mostra.

A rixa desses que há entre estes dois, já dura a bastante tempo. Cinco anos atrás, Katame foi ao encontro de um homem que recebeu o codinome Satã. O rei do Submundo. Quando o encontrou, a primeira coisa que passou pela a sua cabeça foi:

“É apenas um garoto. Não deve ser assim tão forte...”

Ele se arrependeu amargamente por ter pensado dessa maneira de Touma. O desafiou e perdeu. E além de perder um pouco de sua honra, perdeu também seu olho esquerdo. Katame nunca conta o porquê de Touma ter feito uma dessas. O homem dos cabelos prateados era violento, mas não chegava a tanto. Quebrava ossos, deixava os corpos cheios de hematomas, mas nunca fez uma agressão dessa gravidade.

— Baixinho, você me paga por ter feito isso com o meu olho. — o homem se vira um pouco para a lateral e aponta o dedo para Touma.

— Olha cara. — Touma suspira. — Você sabe que não fui eu totalmente que fez isso com o seu olho. Posso dizer com certeza que boa parte disso é sua culpa. Ninguém mandou você se atirar na frente. Eu avisei. — Touma fala se agachado um pouco e erguendo os punhos.

Katame faz o mesmo e os dois avançam na mesma hora. Katame atacou primeiro. Touma desvia abaixando-se, desse modo Katame apenas socou o ar. Ainda na mesma posição, o homem da íris lilás dá um soco no abdômen do homem de cabelos azuis.

Katame em modo automático coloca as mãos sobre sua barriga e retrocede uns passos. Soltando um grunhido de dor. Touma não dá chance do inimigo se recupera. Lança mais dois socos em cada lado na cara de Katame.

 Katame cai de joelhos tossindo saliva misturado com sangue.

Sopra um vento gélido sobre aquelas bandas sombrias e leva as cabelos prateados de Touma. A luz azul aparece novamente sobre a figura de Touma com o punho erguido e sujo de sangue.

— Mais uma vez você perdeu, Katame. — coloca novamente as mãos no bolso e vira de costas para o homem caído no chão.

— O mais me irrita em você é.... — ele tosse mais uma vez. — Essas suas roupas nada haver com o clima. — Um sorriso fino apareceu no rosto do homem da íris negra. — Da próxima, coloca uma roupa que combine, pô.

Touma está usando uma blusa larga branca, e a calça também é folgada preta e um chinelo. Do mesmo que acordou foi atrás do homem. Nunca foi de se preocupar com o que veste.

O homem dos cabelos prateados soltou um riso nasal, e se equilíbrio com apenas um pé e se virou brevemente.

— Não, idiota. Eu não irei vestir uma roupa maneira enquanto você não me aceitar um golpe. Então até lá, melhore e faça eu usar uma roupa apropriada para o clima. — ele se vira e vai embora.

Logo uns caras aparecem da escuridão e se aproximam de Katame angustiados.

— Chefe! — o ajuda a se levantar. — Até que não foi tão ruim a surra, desta vez. — passa o olhar em Katame.

— Aquele moleque, hoje estava de bom humor. — o outro no lado fala com certa raiva.

— Não, seus idiotas. Ele estava desanimado. E não de bom humor. Isso ele nunca está. — Katame fala olhando distante para o horizonte.

Os dois homens que estão o ajudando, trocam olhares confusos. Não estavam conseguindo entender nada de que Katame estava dizendo.

— Como assim, chefe? — perguntam ao mesmo tempo curiosos.

— Deixa para lá. Apenas aqueles que trocam socos entendem. — Katame fala e em seguida faz o sinal para que eles começasse a andar. Precisava cuidar os ferimentos. Não queria que infecionasse.

Touma caminhou até sua casa pensativo. Ainda estava em conflito sobre a paternidade de Fuyuki e se era uma boa fazer um exame de DNA. Não conseguiu encontrar a resposta e parou. Bagunçou os cabelos e estralou a língua.

— Que inferno! — xinga, já sem paciência. Subiu as escadas para chegar até o seu apartamento. Poderia ter pego o elevador, mas estava mais afim de subir escadas. Passou pelo o corredor e finalmente abriu a porta de seu apartamento. Adentrou no espaço e se desposou no sofá e ergueu a cabeça para o alto e ficou um bom tempo olhando para o teto.

Ele começa a ouvir barulho de sapatos batendo contra o chão, e já solta um longo suspiro. Se vira para olhar e encontra Hiroshi de braços cruzados e com a cara fechada.

— Não acredito que você saiu para brigar!  — Hiroshi fala inconformado. Começa a andar para lá e para cá. — Você tem que aprender a ter res-pon-as-bi-li-da-de. — Hiroshi entona a última palavra.

— Mas você quer que eu faça o quê? — Touma cruza os braços e suspira. — Eu já terminei o meu trabalho e ainda o adiantei de um mês.

— Você tira é vantagem de ser um gênio! — Hiroshi grita. — Mesmo que tenha feito o seu trabalho, não poderei ao menos fazer outra coisa além de dormir e brigar?

— Ei, também não é assim. Eu lavo, cozinho, limpo, estudo e tomo conta da empresa. Mesmo estando longe

— É, estou vendo que é uma pessoa muito ocupada.  — fala com sarcasmo. — Mas agora, tudo vai mudar! Você cuidará do Fuyuki-chan e tenho certeza que irá ficar bem ocupado. — ele fala animado. — Sua genialidade não vai ajudar muito, agora. Terá que se virar nos trinta e o melhor de tudo: Eu vou observar tudinho sem fazer nada!

— Ei, Hiroshi que palhaçada é essa que você está falando? — Touma pergunta com pressa.

— Você ficará com Fuyuki-chan, porque nos documentos constam que você é pai. Depois que você tar coragem de fazer o exame de DNA, facilitará muito a minha vida e a sua também. — ele explica tudo rapidamente. — E eu, vou amar a sua cara quando descobri a verdade. Touma desta vez, você dançou na minha mão! — ele solta uma riso alto e diabólico.

Touma fica sem reação. Congela por um bom tempo. E ele, achando que Hiroshi iria ficar mais tempo com o pequeno.

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