4 - PRESTE ATENÇÃO

...10:00 AM, 22 de Agosto, Tokyo, Japão. Apartamento de Touma Fudou:...

Depois que Touma tentou consolar o pequeninho ele começou a chorar e ainda não parou. Fudou está desesperado pensando que foi por culpa dele. O menino estava encharcando o seu ombro com as lágrimas. Ele balança a criança para ver se ele se acalmava, mas foi em vão.

Então, ele vai em direção ao seu sofá e procura o seu celular. Quando o acha, liga imediatamente para o seu secretário, Hiroshi.

— Ei, Hiroshi! Tenho um problema sério aqui! — grita. No outro lado da linha, Hiroshi estava sentado trabalhando em sua oficina. Ele retira os óculos e suspira.

— Touma, me explique qual é o problema tão sério? — Hiroshi pergunta, e no outro lado da linha ele pode escutar alguém chorando. Sem pensar muito concluiu que era Fuyuki e o problema sério também era isso.

Touma pensou um pouco no que falar, já que conhecendo o seu amigo ele iria o xingar por fazer o menino chorar de algum modo.

— Bom..é que sabe de algum modo eu fiz o pirralho chorar e ele não quer parar. — ele começa a falar para Hiroshi coçando a nuca. Estava falando com cuidado para não irritar Hiroshi. E continua. — Então...sabe você pode vir aqui um minutinho?

No outro lado da linha, Hiroshi arqueou uma das sobrancelhas e ficou chocado com o que acabava de ouvir. Touma Fudou, um dos maiores CEO do país, não sabe como cuidar de uma criança.

Bom, era de esperar. Já que Touma sempre foi bem imaturo.

— Tudo bem. Eu chego aí em… — ele para um minuto para olhar o relógio e depois continua. — Quinze minutos. Me espere e não faça nenhuma besteira.

Touma ficou feliz com isso e confirmou apenas com um “ok” e nada mais. Já que quando foi acrescentar, Fuyuki bateu em sua mão e ele acabou derrubando o celular. O homem de cabelos acinzentados ficou com raiva.

— Ah, qual é o seu problema, hein? — ele pergunta para o menino que ainda continua chorando. — Dá para parar por um segundo? Não sei o que eu fiz, para lhe fazer chorar, mas por favor pare. — ele falou com um tom um pouco elevado. Sua intenção era consolar o pequeno, mas ficava difícil saber sua verdadeira intenção elevando o tom para uma criança daquele jeito.

Fuyuki, não ficou com medo ou algo do tipo. Tentou até parar de chorar, mas não conseguia. Estava há muito tempo segurando aquelas lágrimas. Queria liberar a sua tristeza. Nunca mais iria ver a sua mãe.

Touma ficou parado observando, esperando uma resposta. Mas percebeu que não iria conseguir, então a única coisa que fez foi suspirar pesadamente.

— Sabe, pirralho, eu não posso te ajudar se não me falar. Se eu fiz ou falei, alguma coisa que te assustou. Minhas sinceras desculpas… — ele desviou o olhar quando pediu desculpas, já que quase nunca pede desculpas. Se sentiu até um pouco envergonhado.

O pequeno, ficou olhando atentamente para seu pai e chegou até estender sua pequena mão para tocar no rosto de Touma. Mas antes dela alcançar, a campainha é tocada. Touma percebe e vai imediatamente até a porta.

— Hiroshi é sério, eu com certeza não sirvo como pai! E mais uma coisa: De um filho que nem é meu! — Touma começa a falar enquanto abre a porta. Ele dá espaço para Hiroshi adentrar em sua casa e em seguida fecha a porta.

Hiroshi vai em direção ao sofá e senta em seguida. Cruza as pernas e conserta os óculos.

— Ainda falando sobre isso, Touma? — Hiroshi pergunta sério e Touma faz uma expressão confusa, mas logo percebe do que ele está se referindo.

— Ué, mas não é verdade? Como esse menino pode ser meu filho? — ele responde Hiroshi sem demorar muito.

— Não sei, me responda você. Vocês dois não eram casados? — Hiroshi perguntou sério.

— Sim, éramos. Mas a gente nunca nem menos dormiu na mesma cama. Além de que, nossos quartos eram separados também. — ele responde Hiroshi.

Hiroshi opta por deixar este assunto para lá. É um assunto velho, e não quer ter que desenterrar agora.

— Então, o que você fez com o garoto? — Hiroshi olha para Fuyuki que está nos braços de Touma e continua. — Você não o intimidou, né?

— Hiroshi, seu filho da mãe, você acha mesmo que eu faria isso? — seu tom era de alguém enfurecido. Ele estava ofendido. Não era tão ruim a ponto de fazer isso.

— Sim, acho. Você é um delinquente, Touma! — Hiroshi responde Touma quase no mesmo tom que ele.

— Mas você também é! Que preconceito é esse comigo, agora? — Touma pergunta incrédulo.

— Em primeiro lugar, eu era um delinquente. Em segundo lugar, não é preconceito. É por conta de sua fama terrível. — Hiroshi explica.

— Ah, vamos pular assunto. Não é importante por hora. Primeiro temos que dar um jeito de fazer este pirralho parar de chorar. — Touma fala apontando para o pequeno e Hiroshi fica surpreso, já que Touma sempre deu total importância às suas discussões. Por menores que sejam.

— Bom, vejamos. Não é o jeito que você o segura, que deve está o incomodando? — Hiroshi supõe. — Por que não tenta segurar de outro modo? — sugere logo em seguida.

— Duvido que seja isso. Pode segurá-lo por um instante? O problema pode ser quem o segura. — Touma fala e Hiroshi levanta rapidamente e vai em direção aos dois. Ele estendeu os braços para pegar o menino, mas Fuyuki segurou forte o pescoço de Touma. Se recusando a ir com Hiroshi. — O que foi, moleque? Solte. Aposto que você gosta mais do Hiroshi, não é mesmo? — ele pergunta e o menino balança a cabeça negando o que falou.

— Não sei, se eu fico feliz em saber que o jovem mestre gosta de seu pai lerdo ou se me sinto magoado em saber que ele prefere seu pai incompetente. — Hiroshi toma uma posição de pensativo. Coloca o dedo indicador sobre o queixo e seu olhar fica de canto.

— Olha, seu… — ele já estava erguendo o seu punho fechado. Estava preparado para xingar o seu amigo, mas preferiu deixar para lá. Por causa do menino. — Então, o que eu faço? Já que ele não quer ir para você? — ele pergunta e Hiroshi olha para ele sério. Inclina um pouco com a cabeça.

— Se vira! O filho é seu, e eu fui chamado aqui para ajudar. Mas como pode ver eu não posso fazer nada. — ele caminha até o sofá e pega a sua maleta. Se dirige até a porta e a abre. Antes de sair olha para Touma e termina a frase. — Boa Sorte, papai. — sai rindo. Deixando Touma novamente sozinho.

— Maldito! — Touma murmura. Abaixa um pouco a cabeça. Pensa em que Hiroshi falou e no fim suspirou derrotado em pensar que ele realmente tinha razão. Olhou para o menino, e o viu limpando as lágrimas que ainda caia. Touma estava achando um saco ter que lidar com o menino chorando, então colocou em prática o que ele tinha lido uma vez em um livro. Passou a mão sobre a cabeça do garoto. — Então, você sente falta de sua mãe? — pergunta hesitante.

Com a pergunta, Fuyuki sentiu a necessidade de responder o seu pai.

— Sim. Eu sinto falta de minha mãe. — Fuyuki fala entre soluços. Touma ficou surpreso em ouvir uma resposta do pequeno. Achava que ele realmente não sabia falar ainda.

— Bem, eu sei que não posso substituir a sua mãe. E além do mais, eu nem sou seu pai de verdade. Mas parece que Aimi, realmente te amava, então eu cuidarei de você. — Touma fala um pouco sem graça para o pequeno.

— Mas você é o meu papai! — o menino fala irritado. Achou desaforo do Touma falar que ele não era o seu filho. Ele tinha certeza absoluta que ele era o seu filho, já que a sua mãe vivia falando dele.

— Deixa de brincadeira, pirralho. Claro que eu não sou. — Touma fala entre risos. Já que achou muito engraçado o menino falar que era o seu filho de uma mentira tão séria. Touma parou de rir, quando se deu conta de que ele já havia parado de chorar. — Oh, você finalmente parou de chorar. Que bom… — suspira aliviado. — Então agora é melhor nós irmos tomar café. Estou morrendo de fome. — ele se dirige até a cozinha.

Ele coloca Fuyuki, no outro lado dos utensílios, já que havia percebido da última vez que o garoto é curioso.

— Desta vez não mexa em nada! — fala e o menino tomba com a cabeça de lado. Ele percebe que o garoto não entendeu. — Em nada, viu! — ele gesticula com a mão. Como se estivesse representado o espaço para o menino de uma maneira mais fácil.

O menino balança a cabeça confirmando que não irá tocar em nada. Touma se vira, e arregaça as mangas pronto para começar a colocar a mão na massa. Antes de começar, observa Fuyuki de canto para ver se estava quieto. O viu que estava no mesmo lugar que o havia deixado, um sorriso fino apareceu no rosto de Touma. Estava achando até interessante ficar com o pequeno.

Capítulos
1 1 – PRIMERO ENCONTRO
2 2 – SEGURANDO PELA PRIMEIRA VEZ
3 3 – MEMÓRIAS ESQUECIDAS
4 4 - PRESTE ATENÇÃO
5 5 – DISCUSSÃO
6 6 – UMA LUTA SOBRE A LUZ BRANCA E AZUL
7 7 – CONFIRMAÇÃO
8 8 – DIA CHUVOSO – parte 1
9 8 – DIA CHUVOSO – parte 2
10 9 – ANÉIS
11 10 – FESTA – parte 1
12 10 – FESTA – parte 2
13 11 – DESABAFO
14 12 – VERDADE
15 13 – MESES DEPOIS – parte 1
16 13 – MESES DEPOIS – parte 2
17 14 – SOLIDÃO – parte 1
18 14 – SOLIDÃO – parte 2
19 SEGUNDA PARTE
20 15 – PRIMEIRO DIA – parte 1
21 15 – PRIMEIRO DIA – parte 2
22 16 – SONO – parte 1
23 16 – SONO – parte 2
24 17 – DIÁRIO – parte 1
25 17 – DIÁRIO – parte 2
26 18 – PREJUÍZO – parte 1
27 18 – PREJUÍZO – parte 1
28 19 – FAMÍLIA – parte 1
29 19 – FAMÍLIA – parte 2
30 20 – QUEDA – parte 1
31 20 – QUEDA – parte 2
32 21 – DESLIZE – parte 1
33 21 – DESLIZE – parte 2
34 21 – DESLIZE – parte 3
35 22 – TÃO VICIANTE – parte 1
36 22 – TÃO VICIANTE – parte 2
37 22 – TÃO VICIANTE – parte 3
38 23 – FOLGA — parte 1
39 23 – FOLGA – parte 2
40 CAPÍTULO 24 – DESCONHECIDO – parte 1
41 CAPÍTULO 24 – DESCONHECIDO – parte 2
42 CAPÍTULO 25 – MISTÉRIO – parte 1
43 CAPÍTULO 25 – MISTÉRIO – parte 2
44 CAPÍTULO 25 – MISTÉRIO – parte 3
45 CAPÍTULO 26 – PERDÃO (許し) – parte 1
46 CAPÍTULO 26 – PERDÃO (許し) – parte 2
47 CAPÍTULO 26 – PERDÃO (許し) – parte 3
48 EPÍLOGO
Capítulos

Atualizado até capítulo 48

1
1 – PRIMERO ENCONTRO
2
2 – SEGURANDO PELA PRIMEIRA VEZ
3
3 – MEMÓRIAS ESQUECIDAS
4
4 - PRESTE ATENÇÃO
5
5 – DISCUSSÃO
6
6 – UMA LUTA SOBRE A LUZ BRANCA E AZUL
7
7 – CONFIRMAÇÃO
8
8 – DIA CHUVOSO – parte 1
9
8 – DIA CHUVOSO – parte 2
10
9 – ANÉIS
11
10 – FESTA – parte 1
12
10 – FESTA – parte 2
13
11 – DESABAFO
14
12 – VERDADE
15
13 – MESES DEPOIS – parte 1
16
13 – MESES DEPOIS – parte 2
17
14 – SOLIDÃO – parte 1
18
14 – SOLIDÃO – parte 2
19
SEGUNDA PARTE
20
15 – PRIMEIRO DIA – parte 1
21
15 – PRIMEIRO DIA – parte 2
22
16 – SONO – parte 1
23
16 – SONO – parte 2
24
17 – DIÁRIO – parte 1
25
17 – DIÁRIO – parte 2
26
18 – PREJUÍZO – parte 1
27
18 – PREJUÍZO – parte 1
28
19 – FAMÍLIA – parte 1
29
19 – FAMÍLIA – parte 2
30
20 – QUEDA – parte 1
31
20 – QUEDA – parte 2
32
21 – DESLIZE – parte 1
33
21 – DESLIZE – parte 2
34
21 – DESLIZE – parte 3
35
22 – TÃO VICIANTE – parte 1
36
22 – TÃO VICIANTE – parte 2
37
22 – TÃO VICIANTE – parte 3
38
23 – FOLGA — parte 1
39
23 – FOLGA – parte 2
40
CAPÍTULO 24 – DESCONHECIDO – parte 1
41
CAPÍTULO 24 – DESCONHECIDO – parte 2
42
CAPÍTULO 25 – MISTÉRIO – parte 1
43
CAPÍTULO 25 – MISTÉRIO – parte 2
44
CAPÍTULO 25 – MISTÉRIO – parte 3
45
CAPÍTULO 26 – PERDÃO (許し) – parte 1
46
CAPÍTULO 26 – PERDÃO (許し) – parte 2
47
CAPÍTULO 26 – PERDÃO (許し) – parte 3
48
EPÍLOGO

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!