5 – DISCUSSÃO

^^^13:00PM, 22 de Agosto, Tokyo; Japão. Apartamento de Touma Fudou:^^^

Passou muito rapidamente o primeiro dia de Touma e Fuyuki juntos, mas ao mesmo tempo foi longo.

Após, Fuyuki ter parado de chorar Touma, então foi cozinhar alguma coisa para eles dois comerem. Colocou o pequeno em um lugar seguro e onde o alcance de coisas perigosas esteja bastante longe. O pequeno observava com cuidado os passos do pai. Algumas vezes inclinava a cabeça e do nada ria.

Touma ignorava o garoto e apenas se concentrava no que estava fazendo. Enquanto mascava um chiclete. Só o jogou fora quando foi na hora de comer.

— Vamos moleque. A comida já está pronta. — Touma pegava o menino com um braço e o outro carregava os pratos.

— Humm. — ele faz barulho de reclamação, mas Touma ignora.

— O que foi agora? — ele olha o garoto de canto e vê que ele está com as bochechas infladas. E continua. — Qual é a da birra? Não estou com muita paciência para lidar com isso. Além de eu estar com muito sono. — coça os olhos.

Fuyuki dá umas palmadinhas no braço de Touma, como se estivesse dizendo “Me solte!”. Mas infelizmente, Touma novamente o ignorou e o sentou na cadeira.

— Se você sabe falar, então por que fica dando uma de mudo para mim? Não sou muito bom com sinais. — ele se afasta e acomoda os pratos na mesa.

— Porque não quero! — o menino respondeu emburrado.

— Olha seu… — chegou até ficar irritado, mas relaxou quando repensou. — Há, quem iria levar a sério as palavras de um moleque! — ele provoca o pequeno.

— E você, porque não se comporta como um adulto? — o pequeno retruca. Aquelas palavras foram flechadas no peito de Touma. Já que não esperava ouvir aquilo de uma criança.

— Para um pirralho de dois anos você é bem ousado, em. — ele serve o pequeno primeiro e depois ele. — E fala muito bem. Estou surpreso. Ei, você sabe escrever? Espero que sim, já que fala tão bem.

— Eu só sei escrever em hiragana. — o menino falou cabisbaixo.

— O que foi, moleque? Isso é muito bom. Normalmente crianças de dois anos não sabem. Você pode ser considerado um gênio. — Touma leva a comida até a boca e logo depois aponta o garfo na direção do pequeno. — Quer que te ensine o katakana e o kanji?

Os olhos de Fuyuki se iluminaram e um enorme sorriso acompanhou sua alegria. — Sim! Eu quero!

— Ok. Mas antes, me responda uma coisa. Quem te ensinou a falar e escrever? Sem querer ofender a sua mãe ou algo do tipo, mas ela não era tão inteligente. — Touma perguntou indiferente para Fuyuki, mas ainda sim estava curioso.

— Mas foi a mamãe que me ensinou! Ela se esforçou! — ele fala entusiasmado. Dá uma pequena pausa e continua. — E sempre dizia que eu aprendia rápido demais.

— E com certeza, nisso você não puxou ela. Era uma péssima estudante! A pior da escola. Sempre estava em último lugar. — Touma falou. E depois olha para a refeição de Fuyuki e percebeu que ainda estava intacta. — Não vai comer, moleque?

Fuyuki virou a cabeça para o lado e cruzou os braços. — Meu nome é Fu-yu-ki. — o menino fala o nome soletrando cada palavra. Queria que Touma falasse pelo o seu nome e não ficasse o chamando de pirralho. Era irritante.

Touma não compreendeu o que o menino pretendia falando o seu nome daquele jeito. Já que ele sabia muito bem o nome dele Fuyuki e não havia necessidade de repetir. Não é tão ruim de memória assim.

— Apenas coma. Não fique falando coisas desnecessárias. — Touma fala calmo.

Ali foi o fim da linha para o menino. Bateu as pequenas mãos contra a mesa. — Me chame pelo o nome! E não de moleque ou pirralho!

— Ah, então era por isso que estava irritado. Primeiro: eu não sou nada seu. E em segundo: você é um pirralho! Isso não irá mudar nem mesmo quando você crescer. — ele explica se levantando e levando os pratos para a pia. — Então, vai comer ou não? Fique sabendo que até que eu queria deixar você com fome, mas o Hiroshi irá me matar se souber.

— Eu só irei comer quando você me chame pelo o nome! — o pequeno praticamente o ameaça.

— Deixa de ser teimoso! Eu já disse que você não é nada para mim! Então, quais motivos tenho que te chamar pelo o nome. — Falou furioso, além de bater o punho contra o balcão. Assustando o pequeno.

— Por que, você é tão mau comigo? Apenas pedi para chamar pelo o meu nome. Mamãe nunca iria gritar comigo. — o menino falou com a voz embargada enquanto limpava as lágrimas que escorriam em seu rosto.

— Ah, então vai ser desse jeito? Lamento, mas eu não sou sua mãe! E também não sou o seu pai! Então, posso te mandar para a adoção a qualquer hora! — Touma esbraveja. O menino começa a chorar ainda mais. O homem parou de atacar o pequeno com as palavras e apenas apoiou a cabeça sobre a sua mão. Passou um tempo e o garoto não parava de chorar, e sem ter qualquer paciência Touma batia o dedo contra a placa de mármore preta. — Ah, eu mereço! — ele vai até o pequeno ainda chorando e o pega no braço e acaricia a sua cabeça. — Desculpa. Minhas palavras foram duras. Desculpa. — ele repete o pedido de desculpas abraçando mais forte o pequeno. Sem muita demora, o menino também envolve seus braços ao redor do pescoço de Touma e o aperta forte.

— Era..uma.. coisa.. tão… simples.. e você foi.. tão.. extremo.. — o menino falava entre soluços.

— Desculpe. Eu não queria falar aquelas palavras tão duras. — Touma pede mais uma vez o seu pedido de desculpas. Estava se sentindo horrível por ter machucado uma criança. “Idiota! Idiota!” Era o que Touma repetida diversas vezes em sua cabeça. “Por que? Porque, Aimi?” Esse pensamento também atravessou sua mente. Queria dar nome aos sentimentos que volta e meia perturbavam sua cabeça e coração.

Ding Dong.

A campainha foi tocada no mesmo instante, atrapalhando o momento dos dois. Touma soltou o garoto e o colocou no lugar de antes. O pequeno limpou as lágrimas, mas ainda estava soluçando e suas bochechas estavam mais avermelhadas que o normal.

— Quem ousa encher o meu saco, logo agora? — ele abre a porta mal humorado e sem paciência. E logo aparece Hiroshi sério com sempre e com uma das sobrancelhas arqueada.

— Eu sabia que iria te encontrar de mau humor, mas nem tanto. O que foi que aconteceu agora? Está se dando bem com o Fuyuki-chan? Ele é bem quieto, então duvido que ele esteja te dando trabalho.  — Hiroshi solta um monte de perguntas e sem esperar que Touma dissesse que era para entrar, ele já foi invadido. Avistou o pequeno e foi correndo para abraçá-lo. — Oá de novo, pequeno! Como está indo o primeiro dia com o seu pai mau humorado?

 

Touma fecha a força com força. — Eu já disse Hiroshi! Eu não sou o pai dele! — boceja em seguida.

— Sério? Nossa, eu nunca vi alguém ser tão tapado quanto você Touma! — ele fala sarcasticamente. Ajeita os óculos e continua. — Quer fazer exame de DNA? Eu até acompanho! Até porque quero ver sua cara de tacho quando ver que é realmente o pai desse garoto!

— Me poupe um pouco das suas gracinhas, Hiroshi. — vai até o sofá que fica um pouco à frente da mesa onde Hiroshi e Fuyuki estão. Se senta e joga o pescoço para trás e enxerga Hiroshi e Fuyuki de cabeça para baixo. — Agora venha cá, é sério que você quer que eu faça o exame de DNA? Sinceramente, ainda não quero saber da verdade. — tomba a cabeça de lado.

— Se eu fosse você iria aliviado! E fracamente, Touma! Eu nem iria fazer a droga do exame! Eu confiaria na Aimi-san. — Hiroshi respondeu Touma estressado. Suspirou em seguida.

Touma o olhou incrédulo. — Agora foi que deu! Que atitude é essa, senhor Hiroshi?

— Touma, por favor, me escute. Não estou falando por mal  e não quero brigar com você. Você deve confiar mais na Aimi-san. Só estou dizendo isso. — Hiroshi lhe explica mais calmo, não estava com saco para se estressar com Touma.

— Humm. Não sei. Aimi, era uma mulher que gostava de segredos e de enganar também! Então, me diga como eu poderia confiar nela? — falou em um tom um pouco apreensivo.

— Não sei. Descubra sozinho. — Hiroshi simplesmente falou. Foi em direção a porta com Fuyuki e Touma se deu conta.

— Ei! Para onde acha que vai com o pirralho? — Ele nem se deu ao trabalho de se levantar, mas ainda perguntou em tom sério para Hiroshi.

— Para a minha casa. Onde mais? Você precisa de um tempo sozinho para pensar e cuidar de uma criança distrai muito. — Ele explica. — Até mais, Touma! E espero ansioso pela a sua resposta! — fala animado e se retira.

— Ei, volte com o pirralho! Você sabe muito bem que eu consigo me concentrar mesmo com caixas de som no volume máximo! — ele grita, mas logo percebe que foi tarde demais e Hiroshi já havia levado o pequeno. — Droga! — se queixa.

Se deitou no sofá e colocou o braço sobre seus olhos fechados e suspirou pesado. Estava cansado em ter que pensar nos problemas que Aimi sempre arranja para ele. E estava se achando patético em ter que quebrar a cabeça por algo tão simples. Sempre foi tão fácil achar as soluções.

— Por que? Por que, Aimi? Não entendo. Por que…? — murmurava diversas vezes. Após repetir tantas vezes, ele cansou e adormeceu um pouco. Pensou que estava precisando de um cochilo.

Capítulos
1 1 – PRIMERO ENCONTRO
2 2 – SEGURANDO PELA PRIMEIRA VEZ
3 3 – MEMÓRIAS ESQUECIDAS
4 4 - PRESTE ATENÇÃO
5 5 – DISCUSSÃO
6 6 – UMA LUTA SOBRE A LUZ BRANCA E AZUL
7 7 – CONFIRMAÇÃO
8 8 – DIA CHUVOSO – parte 1
9 8 – DIA CHUVOSO – parte 2
10 9 – ANÉIS
11 10 – FESTA – parte 1
12 10 – FESTA – parte 2
13 11 – DESABAFO
14 12 – VERDADE
15 13 – MESES DEPOIS – parte 1
16 13 – MESES DEPOIS – parte 2
17 14 – SOLIDÃO – parte 1
18 14 – SOLIDÃO – parte 2
19 SEGUNDA PARTE
20 15 – PRIMEIRO DIA – parte 1
21 15 – PRIMEIRO DIA – parte 2
22 16 – SONO – parte 1
23 16 – SONO – parte 2
24 17 – DIÁRIO – parte 1
25 17 – DIÁRIO – parte 2
26 18 – PREJUÍZO – parte 1
27 18 – PREJUÍZO – parte 1
28 19 – FAMÍLIA – parte 1
29 19 – FAMÍLIA – parte 2
30 20 – QUEDA – parte 1
31 20 – QUEDA – parte 2
32 21 – DESLIZE – parte 1
33 21 – DESLIZE – parte 2
34 21 – DESLIZE – parte 3
35 22 – TÃO VICIANTE – parte 1
36 22 – TÃO VICIANTE – parte 2
37 22 – TÃO VICIANTE – parte 3
38 23 – FOLGA — parte 1
39 23 – FOLGA – parte 2
40 CAPÍTULO 24 – DESCONHECIDO – parte 1
41 CAPÍTULO 24 – DESCONHECIDO – parte 2
42 CAPÍTULO 25 – MISTÉRIO – parte 1
43 CAPÍTULO 25 – MISTÉRIO – parte 2
44 CAPÍTULO 25 – MISTÉRIO – parte 3
45 CAPÍTULO 26 – PERDÃO (許し) – parte 1
46 CAPÍTULO 26 – PERDÃO (許し) – parte 2
47 CAPÍTULO 26 – PERDÃO (許し) – parte 3
48 EPÍLOGO
Capítulos

Atualizado até capítulo 48

1
1 – PRIMERO ENCONTRO
2
2 – SEGURANDO PELA PRIMEIRA VEZ
3
3 – MEMÓRIAS ESQUECIDAS
4
4 - PRESTE ATENÇÃO
5
5 – DISCUSSÃO
6
6 – UMA LUTA SOBRE A LUZ BRANCA E AZUL
7
7 – CONFIRMAÇÃO
8
8 – DIA CHUVOSO – parte 1
9
8 – DIA CHUVOSO – parte 2
10
9 – ANÉIS
11
10 – FESTA – parte 1
12
10 – FESTA – parte 2
13
11 – DESABAFO
14
12 – VERDADE
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13 – MESES DEPOIS – parte 1
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14 – SOLIDÃO – parte 2
19
SEGUNDA PARTE
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15 – PRIMEIRO DIA – parte 1
21
15 – PRIMEIRO DIA – parte 2
22
16 – SONO – parte 1
23
16 – SONO – parte 2
24
17 – DIÁRIO – parte 1
25
17 – DIÁRIO – parte 2
26
18 – PREJUÍZO – parte 1
27
18 – PREJUÍZO – parte 1
28
19 – FAMÍLIA – parte 1
29
19 – FAMÍLIA – parte 2
30
20 – QUEDA – parte 1
31
20 – QUEDA – parte 2
32
21 – DESLIZE – parte 1
33
21 – DESLIZE – parte 2
34
21 – DESLIZE – parte 3
35
22 – TÃO VICIANTE – parte 1
36
22 – TÃO VICIANTE – parte 2
37
22 – TÃO VICIANTE – parte 3
38
23 – FOLGA — parte 1
39
23 – FOLGA – parte 2
40
CAPÍTULO 24 – DESCONHECIDO – parte 1
41
CAPÍTULO 24 – DESCONHECIDO – parte 2
42
CAPÍTULO 25 – MISTÉRIO – parte 1
43
CAPÍTULO 25 – MISTÉRIO – parte 2
44
CAPÍTULO 25 – MISTÉRIO – parte 3
45
CAPÍTULO 26 – PERDÃO (許し) – parte 1
46
CAPÍTULO 26 – PERDÃO (許し) – parte 2
47
CAPÍTULO 26 – PERDÃO (許し) – parte 3
48
EPÍLOGO

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