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Wallace Della Mont narrando:

Despertei de um sonho ruim, onde a tempestade rugia com relâmpagos e trovões, e eu estava sendo espancado até a morte. Quando abri os olhos, a primeira coisa que senti foi um abraço aconchegante. Era caloroso, o toque suave da pele de alguém me envolvia, e um cheiro adocicado com um toque de lírio preenchia o ar. Mas então, de repente, vi que essa garota estava sendo puxada com agressividade por uma figura indistinta. Um instinto protetor despertou em mim; não podia permitir que isso acontecesse. Abracei-a e empurrei o agressor, mas logo senti um vazio profundo quando homens e mulheres vestidos de branco entraram e afastaram aquela garota dos meus braços.

Tentei me levantar, mas percebi que estava cheio de aparelhos. O pânico tomou conta enquanto a realidade se instalava: eu estava em um hospital. A grande pergunta que ecoava na minha mente era: —Por que estou aqui e como cheguei até aqui?

Um médico começou a fazer perguntas que pareciam idiotas, e a irritação crescia dentro de mim eu só queria sentir aquela garota de novo. Queria esganá-lo, por me atrasar mas tentei ser paciente. Ele disse que precisava passar alguns dias no hospital em observação. Levantei-me de uma vez, impaciente. —Estou bem!, —declarei com firmeza.

Foi então que ele soltou uma bomba: —Você está prestes a ser deportado.— Ignorando suas palavras, apenas queria me livrar daquele fedor insuportável de desinfetante que pairava no ar. Saí cambaleando pelo corredor, tentando parecer mais forte do que realmente me sentia.

De repente, alguém me parou e disse que eu tinha que deixar o país. A raiva borbulhou em mim de novo essa história; cerrei os punhos e estava prestes a socar a cara dessa pessoa quando uma linda moça apareceu e abraçou minha cintura. Sua presença trouxe um pouco de calma à tempestade dentro de mim se dissipou.

—Ele acabou de acordar de um coma depois de tantos meses! Vocês não acham que estão sendo insensíveis demais com a situação?, — ela disse em um tom suave. Suas palavras penetraram meu coração como uma luz na escuridão.

Olhei para ela, buscando algum sinal de entendimento ou conforto. Naquele momento confuso e caótico, ela era a única âncora em meio à tempestade.

—Vamos, amor, para casa, —disse ela. Percebi que era a mesma garota que me abraçava quando acordei. Não questionei, apenas a acompanhei. Ela era linda e sua presença me trazia uma sensação de conforto.

Ela me conduziu a uma pequena comunidade. Embora fosse modesta, tinha um ar aconchegante. Todos que encontramos a cumprimentavam com sorrisos calorosos e olhavam para mim com curiosidade, dando-me as boas-vindas. Eu apenas balançava a cabeça, já que não conhecia ninguém.

Entramos em uma casa simples, e ela pediu que eu me sentasse em uma cadeira. Fiz isso e, pela primeira vez, dirigi a palavra a ela: —Desculpe, eu não sei quem é você nem o que somos.— Ela parecia nervosa e perguntou: —Do que você se lembra?

Forcei um pouco mais minha memória, mas percebi que não sabia nem mesmo meu nome. —Desculpe, eu realmente não lembro de nada.

Ela pegou minha mão suavemente e disse: —Vem, vou te contar tudo o que aconteceu, mas não aqui. Não quero que minha mãe se preocupe se chegar de repente.

Ela me guiou por um caminho de pedras, e a cada passo, o som da cachoeira ficava mais forte, como uma música suave que acalmava minha mente confusa. Quando chegamos, fiquei maravilhado com a beleza do lugar. A água cristalina caía em cascata, criando um arco-íris nas gotas que dançavam ao sol. As árvores ao redor pareciam abraçar o espaço, e flores de todas as cores se espalhavam como se fossem pintadas à mão.

Ela se sentou na beira da água e me convidou a fazer o mesmo. Senti o frescor da brisa tocar meu rosto enquanto olhava para ela. —Aqui é seguro,— ela disse, seus olhos brilhando com a luz do sol. —Agora posso te contar tudo.

Sentamos ali, e ela começou a me contar tudo o que havia acontecido em uma noite de tempestade. Será que eu havia despertado de um sonho ou era uma lembrança? Ela também falou sobre o casamento. Era estranho dormir e acordar casado sem conhecer a própria esposa. Na verdade, eu nem sabia quem eu era.

Ela pediu que eu ficasse um tempo na comunidade, pelo menos até eu lembrar quem sou e descobrir por que alguém tentara me matar. Quanto ao casamento, depois de um tempo, poderíamos pedir o divórcio, não foi agradável ouvir ela falar de divórcio mas . Concordei com tudo. —Prometo que vou retribuir tudo o que você fez por mim,— disse a ela.

Laís narrando

Após a conversa, percebi que a expressão no rosto de Wallace era de confusão. Então, o convidei para dar um mergulho. Ele perguntou se eu tinha roupa de banho, e eu respondi que não, mas não estava pelada. Tirei meu vestido e entrei na água apenas de calcinha e sutiã. Ele me observou, então joguei água nele, e logo virou uma guerra de água! Foi muito divertido em algum momento nos abraçamos e nos olhamos meu coração acelerou as horas se passaram e tínhamos que retornar.

Voltamos para casa, e fui mostrando tudo com calma para ele, explicando como as coisas funcionavam. Ele não parecia desconfortável. Mamãe e ele se deram muito bem; ele era amável. Durante a noite, ele queria dormir no sofá, mas era grande demais para um sofá minúsculo e desconfortável. Assim, ele ficou no meu quarto enquanto eu dormia com mamãe.

Os dias foram passando, e Wallace ajudava a comunidade em tudo o que podia.

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Comments

Ágatha.Dickens

Ágatha.Dickens

autora linda do meu coração quero mais uma vez parabenizar suas histórias é incríveis e emocionante amo cada capítulo

2025-03-17

0

Maria Lúcia Santos

Maria Lúcia Santos

gente estou fascinada com esse casal lindo é uma química impressionante

2025-03-15

0

Maria Lúcia Santos

Maria Lúcia Santos

isso mesmo Wallace já acordou defendendo sua amada

2025-03-16

0

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