Capítulo 15

Era maravilhoso, poder sentir essa sensação de família reunida, ver a felicidade da minha mãe e ver o bem que Kaique fez e faz a minha mãe, ver a felicidade dela sempre será minha melhor meta e conquista, saber que hoje ela tem alguém que a Ama além de mim, que se preocupa e que faria de tudo por ela, só pra ver a felicidade em seu rosto.

— Agente queria aproveitar e te falar também, sobre os nossos planos.— falou Kaique olhando pra minha mãe e depois pra mim.

A gente já tinha conversado sobre vários outros assuntos, me contaram a história de quando se conheceram todinha, é uma linda história, e com certeza eu teria muito orgulho de um dia poder contar aos meus filhos.

Pude conhecer melhor o Kaique, e saber de toda a sua história, é uma pessoa forte, e pude ver que tem um coração enorme, não é feio ver um homem apaixonado seja lá qual seja o homem, traficante, homem honesto. Feio mesmo é você negar o que sente e levantar amão a uma mulher.

— Estou ouvido.— falei olhando atentamente pros dois.

Nesse meio tempo pude me distrair, e por um tempo esquecer que o Gabriel saiu feito louco, sem me dar uma notícia, se quer eu poderia ligar, mandar mensagem. mais a questão é que, eu não tinha pegado o número do FDP, mais o Guilherme me avisou que ele estava bem e com isso eu pude ficar bem tranquila.

— Antes de vim pra cá, estávamos conversando em ter mais um filho. — mãe fala com vergonha, e eu olhando de boca aberta pros dois a minha frente.— amanhã vou no médico, ver como estar, e se eu ainda posso engravidar, caso ao contrário vamos adotar uma criança. — diz animada mostrando um sorriso encantador junto com o Kaique.

Eu estava chocada, era muita informação pra um dia, e uma pessoa só, ver que eles estão bem e querendo formar uma família, me deixava mais feliz ainda. porém tinha o medo, eu sei dos risco de engravidar aos 40 anos, Mamãe é bem saudável sempre se cuidou muito bem, não pros caras, mais sim pra ela mesma, e tenho que concordar, não existe coisa melhor do que cuidar de si mesma, Mesmo antes de querer amar ou cuidar de outras pessoas, temos que aprender a cuidar e amar a gente mesmo.

— Nossa mãe, não sei nem o que falar.—digo rindo, e com os olhos brilhando.— saber que eu posso não ser mais a filha favorita e seu dengo, me assusta.— falei fazendo ela rir. — mais eu super apoio um irmãozinho, seja lá como for, da sua barriga ou adotado, eu vou amar como se fosse do meu sangue, mais você sabe que sempre se cuidou, você ainda pode engravidar, só que tem os riscos por causa da idade, não que você seja velha não é isso. — falei fazendo eles rirem.

— Eu sei filha já pesquisamos sobre, mais pra ter certeza vamos no médico amanhã cedo, já tenho horário marcado, vamos tirar as nossas dúvidas. — falou animada, enquanto segura nas mãos de Kaique que estava com um sorriso bobo nos lábios.

É, a família vai aumentar, antes era apenas eu e a mamãe, hoje eu tenho o Gabriel, o Guilherme e agora o Kaique, e sei que só vai aumentando se tudo der certo. As vezes tudo isso me assusta, medo de acordar e ver que foi apenas um sonho.

— Queria também chamar vocês pra ir morar comigo, assim eu posso ficar mais perto da minha mulher e de você também.— diz Kaique .

Eu simplesmente travei, não tinha palavras pra responder, e minha mãe apenas me olhava, tinha certeza que ela já sabia a resposta dela e agora estava esperando a minha resposta.

— Eu iria gostar muito de ir morar com vocês.— falei sincera olhando nos olhos dos dois.— porém acho

que tá na hora da mamãe aproveitar essa nova fase, da vida dela, eu vou ficar aqui e todos os dias eu vou visitar vocês, acho que já estar na minha hora de crescer e me cuidar sozinha. — falei e eles estava calados me olhando.

Infelizmente mãe não é eterna, queria eu que fosse, queria eu poder colocar ela dentro de um pote e guardar pra mim e nunca perder ela, tou com vinte e poucos anos nas costas, sempre vivo na cola dela, acho que já estava na hora de ela poder viver a vida dela e do seu mais novo marido.

— Mais filha....— ia falar, mais eu a interrompi.

— Mãe já estava na hora de você viver a sua vida, e não viver a minha, isso será bom pra senhora, viveu a sua vida toda cuidando de mim, que agora chegou a sua hora de ser feliz, eu vou estar sempre na sua casa meu chiclete.— falei sentando em seu colo, sem colocar meu peso e eu a abracei. — vá ser feliz, sabe que sei me cuidar e aqui também eu tenho o senhor das cavernas e o cabeça.— falei dessa forma, lembrando do que ele tinha me pedido. Ele não queria que ninguém soubesse seu nome verdadeiro.

— Se você quer assim. — falou, se dando por vencida, e eu beijei seu rosto, e assim vamos pro quarto ajudar a arrumar as suas malas.

Não foi fácil ter que deixar minha menina sozinha, e vim morar longe dela construir a minha vida, amar e ser amada, não tem um gosto melhor do que a da felicidade. Ver a forma que Kaique me mima, cuida de mim, se preocupa comigo, nunca fui amada dessa forma. desde que o pai de Hanna sumiu, abandonando nós duas, e agora kaique apareceu pra me dar tudo que eu preciso, e precisei em toda minha vida, todo mundo precisa amar e ser amado.

— vamos amor? Vamos nos atrasar.— Kaique me convida, estava inquieto.

Ele está apressado desde a hora que acordou hoje, íamos no médico pra saber quais são as possibilidades de ter um beber na minha idade, eu já sei sobre os riscos e que tenho poucas chances de consegui engravidar, mas nada é impossível. Porém nunca é de mais, ter uma ajuda médica te dando cada detalhe e aconselhando.

— já estou pronta, vamos. — falei pegando meus documentos e colocando na bolsa, caminhando até ele.

Ele foi cantando até chegar no hospital, me admirava sua alegria e entusiasmo, não é qualquer um que ficaria numa alegria dessas, pra saber se pode ou não ter um filho ainda, mais traficante é uma coisa que eles menos querem. Mais é como dizem, não devemos julgar as pessoas sem nem ao menos conhecer. Chegamos no hospital, falei com a recepcionista e logo fui encaminhada pra sala do meu médico.

Batemos na porta e logo escutamos um "Entre".

— Bom dia senhora Dandara, bom dia Sr°. — o médico nos cumprimenta.

— Bom dia Doutor. — falamos e nos sentamos na cadeira a sua frente.

— Então deseja ter filhos? — perguntou pra gente e os olhos do Kaique brilhava, só de escutar a palavra filho.

— Sim Doutor, queríamos saber qual é a chance de conseguir engravidar e ter uma gravidez saudável.— digo.

— vamos fazer uns exames.— falou se levantando.— vá a cabine e troque de roupa por gentileza.— pediu, e assim eu fiz, enquanto eu me trocava escutava as perguntas do Doutor para o Kaique e várias outras.

Me troquei e voltei pra sala onde começaram os exames, e várias perguntas onde algumas eu conseguia responder, e outras nem tanto. depois de minutos ali o médico começou a falar.

— As chances de alguém engravidar após os 45 anos, são baixas (menos de 1%). mas, como sabemos, bastam um óvulo e um espermatozoide para que "difícil não seja impossível". — falou e eu apenas concordei. — você está em um perfeito estado, não vejo porque não conseguir engravidar, porém os riscos são grandes, se conseguir será repouso absoluto, sem muito estresse. — explicou.

— Então podemos tentar?. — perguntei, até então Kaique escutava tudo calado, sem falar uma palavra.

— Sim podem, qualquer coisa é só voltar aqui e me procurar, cuidarei do seu caso, me interessei bastante nele.— falou me entregando os papéis dos exames.

— vlw ai doutor. — Kaique agradece pegando na mão do mesmo, e eu fiz a mesma coisa.

Saímos dali sem falar uma palavra, Kaique estava pensativo, e eu então estava no mundo da lua, chances são poucas de conseguir engravidar, mais eu queria poder sentir novamente todas aquelas sensações, mudanças no corpo, sentir os primeiros chutes, poder amamentar, era a melhor parte da gravidez, mesmo sendo cansativo.

— você quer tentar?. — perguntou me olhando rápido, e depois volta o olhar pra estrada.

— claro que eu quero, vamos tentar e se não conseguirmos, agente vai em um orfanato. — falei

vendo seu sorriso maravilhoso.

— você não sabe o quanto isso me deixa feliz.— Kaique fala e eu sorri alegremente.

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